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‘‘... É absolutamente proibido às mulheres qualquer tipo de trabalho fora de casa, incluindo professoras,
médicas, enfermeiras, engenheiras, etc; É proibido às mulheres andar nas ruas sem a companhia de um
“nmahram” (pai, irmão ou marido); É proibido falar com vendedores homens; É proibido ser tratada
por médicos homens, mesmo que em risco de vida; É proibido o estudo em escolas, universidades ou
qualquer outra instituição educacional; É obrigatório o uso do véu completo (“burca”) que cobre a
mulher dos pés à cabeça; É permitido chicotear, bater ou agredir verbalmente as mulheres que não
usarem as roupas adequadas (“burca”) ou que desobedeçam a uma ordem talibã; É permitido chicotear
mulheres em público se não estiverem com os calcanhares cobertos...[1]’’
Na Arábia Saudita, as mulheres também se encontram em uma posição
desvantajosa socialmente. Além de o país não ser adepto á Declaração
Universal dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas, as
mulheres possuem poucos direitos políticos porque o Governo local os
restringe. Em 2009, o Fórum Econômico Mundial listou a Arábia Saudita como
um dos piores países no quesito da igualdade de gêneros.
Isso fica evidente quando as mulheres ocupam cerca de setenta por cento das
vagas nas universidades, mas que a participação delas na força de trabalho é de
cinco por cento. No país ainda prevalece o modelo patriarcal, fazendo com que
ocorra uma divisão entre os homens e as mulheres. Na Somália, a influência da
religião também faz com que o direito das mulheres seja precário. Além de o
acesso à educação ser raro, a violência doméstica é muito comum.
INSERÇÃO GRADATIVA DA MULHER
Na fase da Idade Média, período de transição da escravidão para o feudalismo, as
mulheres passaram a ser aceitas em algumas áreas do mercado de trabalho, mas
não em posições de destaque. Mesmo tendo sua mão-de-obra vista como inferior
á realizada pelos homens, á elas foi designado funções como as de fiandeira,
tecedeira de seda.
Apesar de serem trabalhos meramente artesanais, despertou-se o interesse por outras
atividades que não fossem os afazeres domésticos. Aos poucos, a mulher foi
recebendo mais oportunidades de emprego, passando a ocupar cargos na
fabricação de tecidos.
INSERÇÃO GRADATIVA DA MULHER
Na fase da Idade Média, período de transição da escravidão para o feudalismo, as
mulheres passaram a ser aceitas em algumas áreas do mercado de trabalho, mas
não em posições de destaque. Mesmo tendo sua mão-de-obra vista como inferior
á realizada pelos homens, á elas foi designado funções como as de fiandeira,
tecedeira de seda.
Apesar de serem trabalhos meramente artesanais, despertou-se o interesse por outras
atividades que não fossem os afazeres domésticos. Aos poucos, a mulher foi
recebendo mais oportunidades de emprego, passando a ocupar cargos na
fabricação de tecidos.
INSERÇÃO GRADATIVA DA MULHER
Durante o século XVIII, a sociedade então foi fortemente impactada pela Revolução.
Uma fase histórica marcada pela substituição do trabalho artesanal e pela
introdução das máquinas industriais como mão-de-obra. O período foi marcado
pela necessidade do sistema capitalista em intensificar o lucro e a consequência
disso foram as condições precárias de trabalho.
Naquele período, a mão-de-obra feminina era considerada mais barata do que a
masculina, pois sua capacidade produtiva era menor do que a realizada pelos
homens. Como o Estado não intervia nas relações de trabalho, elas passaram a ser
exploradas, não possuíam condições de trabalho segura, trabalhavam em jornadas
superiores a 15 horas sem descanso, em ambientes sem condições de higiene,
executando funções bem além de suas forças.
A Primeira Guerra Mundial fez com que as mulheres que residiam nos
locais envolvidos no combate alterassem sua forma de viver. Mais de
20 milhões de homens foram designados para representar seus países
na Guerra. Seus maridos e filhos passaram a se deslocar em massa
para a Guerra e a falta de mão-de-obra no mercado de trabalho foi
enorme. As mulheres passaram a trabalhar fora de casa inicialmente
para auxiliar no sustento de seus lares e para suprir a quantidade
enorme de homens que faltava.
‘‘... Durante a Primeira Guerra Mundial, as mulheres que viviam nos
países envolvidos no conflito, sofreram as consequências. Enquanto
os homens deslocavam-se em grande quantidade para os campos de
batalha, mulheres de classe média e alta passaram a trabalhar fora de
casa.’’
Nas regiões agrícolas, as mulheres passaram a comandar e gerenciar a produção agrícola e a criação
dos animais. E as que viviam nas zonas urbanas foram trabalhar nos comércios e algumas para os
campos de batalha para trabalhar como enfermeiras, cozinheiras, motoristas de ambulâncias e etc.
Algumas mulheres mesmo com o fim da Guerra conseguiram se tornar profissionais e adquirir a
independência financeira.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), são direitos das mulheres:
‘‘... Direito à vida, direito à liberdade e à segurança pessoal, direito à igualdade e a
estar livre de todas as formas de discriminação, direito à liberdade de pensamento,
direito à informação e à educação, direito à privacidade, direito à saúde e à
proteção desta, direito a construir relacionamento conjugal e a planejar a sua
família, direito a decidir ter ou não ter filhos e quando tê-los, direito aos benefícios
do progresso científico, direito à liberdade de reunião e participação política e
direito a não ser submetida a torturas e maltrato...’’
LEI MARIA DA PENHA
a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006): foi criada para coibir a violência
doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8 do art. 226 da Constituição Federal, da
Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da
Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe
sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; alterando assim
o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras
providências.
A necessidade protetiva ao trabalho feminino tornou-se, inicialmente objeto de vários organismos
internacionais, que influenciaram muito a legislação trabalhista nacional, principalmente no
capítulo referente ao trabalho da mulher presente na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
GÊNERO E EDUCAÇÃO
O Informe Brasil - Gênero e Educação aponta que as
problemáticas de gênero na educação brasileira atualmente se
relacionam a seis grandes desafios, profundamente
interligados:
‘‘(...) as desigualdades persistentes entre as mulheres
brasileiras, o avanço nos indicadores de acesso e desempenho
é marcado pelas desigualdades entre mulheres de acordo com
a renda, raça e etnia e local de moradia (rural e urbano), com
destaque para a situação das mulheres negras e indígenas; a
situação de pior desempenho e de maiores obstáculos para
permanência na escola por parte dos meninos brasileiros, em
especial, dos meninos negros; a manutenção de uma educação
sexista, homofóbica/lesbofóbica/transfóbica, racista e
discriminatória no ambiente escolar; a concentração das
mulheres em cursos e carreiras ditas feminina, com menor
valorização profissional e limitado reconhecimento social; a
baixa valorização das profissionais de educação básica, que
representam quase 90% do total dos profissionais de educação,
que – em sua gigantesca maioria – recebem salários indignos e
exercem a profissão em precárias condições de trabalho; o
acesso desigual à educação infantil de qualidade.’’[22]