O SETOR PÚBLICO NUMA

ECONOMIA MIXTA DE MERCADO

 QUESTÕES BÁSICAS
• PORQUE O GOVERNO FAZ ALGUMAS ATIVIDADES E NÃO
OUTRAS?
• PORQUE O ESCOPO DAS ATIVIDADES PÚBLICAS MUDA AO
LONGO DOS ANOS?
• PORQUE O GOVERNO FAZ MAIS ATIVIDADES EM ALGUNS
PAÍSES EM RELAÇÃO A OUTROS PAÍSES?
• O GOVERNO FAZ COISAS DEMAIS?
• O GOVERNO EXECUTA DE MODO EFICIENTE SUAS
ATIVIDADES?
• AS ATIVIDADES DO GOVERNO REFLETEM AS DEMANDAS DA
SOCIEDADE?
NECESSIDADE DA INTERVENÇÃO DO SETOR
PÚBLICO NUMA ECONOMIA DE MERCADO

• EXISTÊNCIA DE FALHAS DE MERCADO

• QUESTÕES RELACIONADAS A REDISTRIBUIÇÃO

DE RENDA E PROVIMENTO DE BENS MERITÓRIOS
 CRÍTICAS À INTERVENÇÃO GOVERNAMENTAL
NA ECONOMIA DE MERCADO
• OS FRACASSOS E DEFEITOS SISTEMÁTICOS NA IMPLEMENTAÇÃO DOS PROGRAMAS
GOVERNAMENTAIS LEVOU, NOS ANOS 70, A UMA INVESTIGAÇÃO DE SUAS CAUSAS
SOB A SEGUINTE ÓTICA:
# SOB QUE CONDIÇÕES OS PROGRAMAS DO GOVERNO NÃO
FUNCIONAM BEM?
# AS FALHAS DOS PROGRAMAS DO GOVERNO SÃO MERO
ACIDENTE, OU SÃO RESULTADOS PREDIZÍVEIS DA NATUREZA
INERENTE DO SETOR PÚBLICO?
# EXISTEM LIÇÕES A SEREM APRENDIDAS PARA ORIENTAR A
FORMULAÇÃO DE PROGRAMAS DE AÇÃO PÚBLICA NO FUTURO?

SÃO SEGUINTES AS RAZÕES PARA FALHAS SISTEMÁTICAS NA AÇÃO GOVERNAMENTAL:

(1) INFORMAÇÃO LIMITADA
(2) CONTROLE LIMITADO SOBRE AS RESPOSTAS DO SETOR PRIVADO
(3) CONTROLE LIMITADO SOBRE A BUROCRACIA
(4) LIMITAÇÕES IMPOSTAS PELO PROCESSO POLÍTICO
 O SETOR PÚBLICO E AS QUESTÕES
ECONÔMICAS FUNDAMENTAIS
• (1) O QUE DEVE SER PRODUZIDO?
(B.pub x B.priv)

• (2) COMO DEVE SER PRODUZIDO?

(GOV?, SPRIV?, AMBOS?, DE QUE FORMA?)

• (3) PARA QUEM DEVE SER PRODUZIDO?

(REDISTRIBUIÇÃO RENDA/TRIBUTAÇÃO → RENDA DISPONÍVEL )

• (4) DE QUE FORMAS SÃO FEITAS AS ESCOLHAS PÚBLICAS?

(ESCOLHAS PÚBLICAS EM DEMOCRACIAS)
EFICIÊNCIA EM MERCADOS PERFEITAMENTE COMPETITIVOS
• MUITOS ECONOMISTAS PARTILHAM DA CRENÇA DE QUE A ECONOMIA DE LIVRE MERCADO É A ÚNICA FORMA DE ORGANIZAÇÃO
ECONÔMICA QUE TEM CERTAS CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS, EM PARTICULAR, QUE ESSE TIPO DE ORGANIZAÇÃO DAS DECISÕES
ECONÔMICAS LEVA À UMA ALOCAÇÃO EFICIENTE DOS RECURSOS (PARETO-ÓTIMO).

• SE ISSO É VERDADE, ENTÃO SE COLOCA A QUESTÃO DE POR QUE É NECESSÁRIO O GOVERNO?

• EM PRINCÍPIO, COMO ARGUMENTOU ADAM SMITH, AS PESSOAS MOVIDAS PELO AUTO-INTERESSE GERAM INDIRETAMENTE O
INTERESSE PÚBLICO COMO SE FOSSEM MOVIDOS POR UMA MÃO INVISÍVEL, ASSIM COMO, GERAM UMA ALOCAÇÃO EFICIENTE DOS
RECURSOS NA ECONOMIA, NUM ÓTIMO PARETO. O BEM-ESTAR SOCIAL E INDIVIUAL É PARETO-MAXIMIZADO.

• TODAVIA, UMA RESPOSTA MAIS ABRANGENTE A ESSA INDAGAÇÃO NO CONTEXTO DE UMA ECONOMIA DE MERCADO, PROVÉM, COMO
VEREMOS, DA ANÁLISE DOS ACERTOS E DAS FALHAS DOS MERCADOS PRIVADOS.

• ASSIM SENDO, EM PRIMEIRO LUGAR CABE CARACTERIZAR :

• QUAL É O SENTIDO DA EFICIÊNCIA DOS MERCADOS COMPETITIVOS PRIVADOS.

• (1) EM MERCADOS PERFEITAMENTE COMPETITIVOS OCORRE O EQUILÍBRIO GERAL COMPETITIVO:

# ASSUMINDO OS PRESSUPOSTOS DE UMA ECONOMIA PERFEITAMENTE COMPETITIVA , TIPO ARROW-DEBREU.

# O COMPORTAMENTO DOS AGENTES ECONÔMICOS SE CARACTERIZA POR SER COMPETITIVO, NO SENTIDO DE QUE INDIVÍDUOS E
FIRMAS TOMAM OS PREÇOS COMO DADOS QUANDO EFETUAM SUAS DECISÕES, AS QUAIS BUSCAM A MAXIMIZAÇÃO DE UTILIDADE
(PELOS INDIVÍDUOS) E A MAXIMIZAÇÃO DOS LUCROS (PELAS FIRMAS).

# OS PREÇOS FORAM AJUSTADOS PARA ELIMINAR QUALQUER EXCESSO DE DEMANDA OU OFERTA, DE FORMA QUE
HÁ O EQUILÍBRIO SIMULTÂNEO EM TODOS OS MERCADOS.
SOBRE O CRITÉRIO EFICIÊNCIA DE PARETO
• O CRITÉRIO DE EFICIÊNCIA UTILIZADO NO JULGAMENTO DE MERCADOS (COMPETITIVOS) É O CONCEITO
DE PARETO-ÓTIMO. SUBJACENTE AO CRITÉRIO DE PARETO ESTÃO OS SEGUINTES VALORES DE
JULGAMENTO:

• (1) NÃO HÁ SOCIEDADE ACIMA E ALÉM DO INDIVÍDUO. ASSIM, AO EFETUARMOS JULGAMENTOS DE VALOR,
DEVEREMOS ESTAR INTERESSADOS SOMENTE NO BEM-ESTAR DE INDIVÍDUOS. E, A SOCIEDADE É
SIMPLESMENTE A SOMA DOS INDIVÍDUOS.

• (2) OS INDIVÍDUOS SÃO OS MELHORES JUÍZES DE SEU PRÓPRIO BEM-ESTAR E ESCOLHEM O MELHOR PARA SI
PRÓPRIOS.

• (3) O BEM-ESTAR SOCIAL PODE SER DITO COMO TER AUMENTADO SE O BEM-ESTAR DE UMA PESSOA
MELHOROU SEM NINGUÉM TER PIORADO O SEU BEM-ESTAR. NÃO HÁ AMBIGUIDADE NESSE TIPO DE
JULGAMENTO DE VALOR.

EM SUMA A NOÇÃO DE EFICIÊNCIA DE PARETO É DE CARÁTER INDIVIDUALISTA:

# DIZ RESPEITO SOMENTE AO BEM-ESTAR DE CADA INDIVÍDUO, ISTO É, VALE SOMENTE A PERCEPÇÃO
INDIVIDUAL SOBRE SEU BEM-ESTAR E NÃO AO BEM-ESTAR RELATIVO A INDIVÍDUOS DIFERENTES. ISTO É,
NÃO DIZ RESPEITO À DESIGUALDADE DIRETAMENTE.

# O JULGAMENTO DE VALOR (3) É CRUCIAL E DEFINE O QUE SE ENTENDE POR INEFICIÊNCIA E EFICIÊNCIA
DE PARETO:
UMA ECONOMIA EFICIENTE É AQUELA NA QUAL, DADA A ALOCAÇÃO EXISTENTE DE RECURSOS
(INSUMOS) NA PRODUÇÃO E DE PRODUTOS NO CONSUMO, SE TORNA IMPOSSÍVEL MELHORAR ALGUÉM
(CONSUMIDOR OU PRODUTOR) SEM PIORAR OUTRÉM MEDIANTE UMA REALOCAÇÃO DE INSUMOS E/OU
PRODUTOS.
EM MERCADOS PERFEITAMENTE COMPETITIVOS OCORRE O EQUILÍBRIO GERAL
COMPETITIVO:
OS MERCADO AJUSTAM OS PREÇOS PARA ELIMINAR QUALQUER EXCESSO DE DEMANDA OU OFERTA,
LEVANDO AO EQUILÍBRIO SIMULTÂNEO EM TODOS OS MERCADOS.

OS AGENTES ECONÔMICOS, INDIVÍDUOS E FIRMAS, TOMAM OS PREÇOS COMO DADOS QUANDO

EFETUAM SUAS DECISÕES, AS QUAIS BUSCAM A MAXIMIZAÇÃO DE UTILIDADE (PELOS INDIVÍDUOS) E A
MAXIMIZAÇÃO DOS LUCROS (PELAS FIRMAS).

E, NO EQUILÍBRIO COMPETITIVO SE VERIFICA:

• (1) A EFICIÊNCIA NO CONSUMO: O BENEFÍCIO MARGINAL (BMg) OBTIDO NO CONSUMO DE BENS E

SERVIÇOS IGUALA AO PREÇO DE MERCADO PAGO PELOS MESMOS: BMg = PREÇO.

• (2) A EFICIÊNCIA NA PRODUÇÃO: A RECEITA MARGINAL OBTIDA NA VENDA DE BENS E SERVIÇOS (E QUE
É O PREÇO DE MERCADO) IGUALA AO CUSTO MARGINAL (CMg) DE PRODUÇÃO DOS BENS E SERVIÇOS:
CMg = PREÇO.

(3) A EFICIÊNCIA ECONÔMICA GERAL DA ECONOMIA: OS PREÇOS NA ECONOMIA REFLETEM OS

CUSTOS MARGINAIS DE PRODUÇÃO E HÁ PLENA UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS EXISTENTES, DE FORMA
QUE O AUMENTO MARGINAL DA PRODUÇÃO DE UM BEM (X) EXIGE A REDUÇÃO MARGINAL DO OUTRO
BEM (Y) NA EXATA QUANTIDADE QUE O MERCADO TROCA UM BEM PELO OUTRO E QUE É EXPRESSA NO
DADO PREÇO RELATIVO: “(Px/Py) = (CMgX/CMgY)”. EM SUMA, A ECONOMIA SE ENCONTRA NUM
MÁXIMO DE PRODUÇÃO SOBRE A FRONTEIRA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO (F.P.P.)
CONCLUSÃO: A EFICIÊNCIA ECONÔMICA REQUER QUE O BENEFÍCIO MARGINAL ASSOCIADO AO CONSUMO DE CADA BEM IGUALE AO
CUSTO MARGINAL DE PRODUÇÃO DOS MESMOS.

PORTANTO, COM EFICIÊNCIA ECONÔMICA: BMg = PREÇO = CMg.

SE, POR EXEMPLO, O BENEFÍCIO MARGINAL EXCEDE O CUSTO MARGINAL, A SOCIEDADE GANHARIA COM A PRODUÇÃO E CONSUMO
ADICIONAL DESSE BEM, E VICE-VERSA.

O PROCESSO DE MERCADO NUMA ECONOMIA COMPETITIVA LEVA À EFICIÊNCIA GLOBAL:

AO DECIDIR QUANTO E O QUE COMPRAR, OS INDIVÍDUOS IGUALAM O
BENEFÍCIO MARGINAL AO PREÇO DE MERCADO. AS FIRMAS, POR OUTRO
LADO, AO DECIDIREM O QUE E QUANTO PRODUZIR, EM COMPETIÇÃO PERFEITA
IGUALAM O PREÇO DE MERCADO AO CUSTO MARGINAL DE PRODUÇÃO. A INTERAÇÃO
DE AMBOS, PORTANTO, LEVA A QUE SE OBTENHA: BMg = PREÇO = CMg.

OU SEJA, O EQUILÍBRIO DE MERCADO OCORRE NAQUELE PREÇO EM QUE A DEMANDA

IGUALA À OFERTA (DE CADA BEM) E, PORTANTO, RESULTANDO QUE O BENEFÍCIO
MARGINAL IGUALA O CUSTO MARGINAL DE PRODUÇÃO.

EM SUMA, MERCADOS PERFEITAMENTE COMPETITIVOS LEVAM À EFICIÊNCIA ECONÔMICA EM TODOS OS MERCADOS E,

PORTANTO, NA ECONOMIA COMO UM TODO E, EM COMPETIÇÃO PERFEITA, NÃO HÁ DISTINÇÃO ENTRE O SOCIAL E O PRIVADO,
ISTO É, SOCIAL = PRIVADO.

PORTANTO, EFICIÊNCIA ECONÔMICA EM MERCADOS COMPETITIVOS RESULTA EM:

BENEFÍCIO MARGINAL = PREÇO DE MERCADO = CUSTO MARGINAL

• UMA ECONOMIA PERFEITAMENTE COMPETITIVA É ECONOMICAMENTE EFICIENTE
E SE SITUA SOBRE A FRONTEIRA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO

PON
T
DAD O ÓTIM
OS O O
S PR DE PRO
EÇO
S DE DUÇÃO
(Y) FPP p1 < p0 MER E
CAD CONSUM
O (p O
0 )

Y0
O PROCESSO DE MERCADO LEVA A
ALGUM PONTO SOBRE A FRONTEIRA
DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO INCLINAÇÃO DADO POR:
p0 = (PX/PY)0
TAXA MARGINAL DE
TRANSFORMAÇÃO

X0 (X)
• (2) EQUILÍBRIO E EFICIÊNCIA NO CONSUMO:

# DADOS OS PREÇOS E RENDA, O ÓTIMO DO CONSUMIDOR IGUALA A

TAXA MARGINAL DE SUBSTITUIÇÃO ENTRE OS BENS (X, Y) (IGUAL À
INCLINAÇÃO DA CURVA DE INDIFERENÇA DE UTILIDADE: (UMg(X) /UMg(Y))
AO PREÇO RELATIVO DOS MESMOS (Px/Py):

TxMgSubx,y = (UMg(X) /UMg(Y)) = (Px/Py)

# PORTANTO, EM EQUILÍBRIO DE MERCADO, OS CONSUMIDORES (A, B)

IGUALAM ENTRE SI AS TAXAS MARGINAIS DE SUBSTITUIÇÃO ENTRE OS BENS.
ASSIM, EM SITUAÇÃO DE EQUILÍBRIO DE MERCADO SE VERIFICA:

TxMgSubx,y(A) = (UMg(X) /UMg(Y))A = TxMgSubx,y(B) = (UMg(X) /UMg(Y))B = (Px/Py)

# OU SEJA, EM CONDIÇÕES DE EQUILÍBRIO, OS CONSUMIDORES

TANGENCIAM SUAS RESPECTIVAS CURVAS DE INDIFERENÇA E SE
SITUAM SOBRE UM PONTO ESPECÍFICO DA FRONTEIRA DE
POSSIBILIDADES DE UTILIDADE (“UM PONTO SOBRE A CURVA DE
CONTRATO DA CAIXA DE EDGEWORTH”) E, PELO CRITÉRIO DE EFICIÊNCIA
DE PARETO, NÃO É POSSÍVEL MELHORAR UM CONSUMIDOR SEM
PIORAR ALGUM OUTRO CONSUMIDOR.
• (3) EQUILÍBRIO E EFICIÊNCIA NA PRODUÇÃO:

# DADOS OS PREÇOS E CUSTO TOTAL, O ÓTIMO DO PRODUTOR, O QUAL

IMPLICA NA MINIMIZAÇÃO DE CUSTOS, OCORRE A IGUALAÇÃO ENTRE A
TAXA MARGINAL DE SUBSTITUIÇÃO ENTRE OS INSUMOS (K, L) NAS DIVERSAS
PRODUÇÕES COM O PREÇO RELATIVO DOS INSUMOS. ISTO É, OCORRE A
TANGÊNCIA DAS CURVAS DE ISOQUANTA DE PRODUÇÃO E QUE LEVA A QUE:
TxMgSubL,K = (PMg(L) /PMg(K)) = (W/R)

# PORTANTO, EM EQUILÍBRIO OS PRODUTORES IGUALAM ENTRE SI AS

TAXAS MARGINAIS DE SUBSTITUIÇÃO DE FATORES. ASSIM, EM SITUAÇÃO
DE EQUILÍBRIO SE VERIFICA:
TxMgSubL,K(X) = (PMg(L) /PMg(K))X = TxMgSubL,K(Y) = (PMg(L) /PMg(K))Y = (W/R)

# OU SEJA, EM CONDIÇÕES DE EQUILÍBRIO, OS PRODUTORES

TANGENCIAM SUAS RESPECTIVAS ISOQUANTAS DE PRODUÇÃO E SE
SITUAM SOBRE UM PONTO ESPECÍFICO DA FRONTEIRA DE
POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO PARA DADA DOTAÇÃO DE FATORES (“UM
PONTO SOBRE A CURVA DE CONTRATO DA CAIXA DE EDGEWORTH”) E, PELO
CRITÉRIO DE EFICIÊNCIA DE PARETO, NÃO É POSSÍVEL AUMENTAR A
PRODUÇÃO DE UM BEM SEM REDUZIR A PRODUÇÃO DE ALGUM OUTRO.
• (4) EQUILÍBRIO E EFICIÊNCIA NA ECONOMIA:

# A ECONOMIA SE SITUA NUM DETERMINADO PONTO SOBRE

A CURVA DE POSSIBILIDADE DE PRODUÇÃO (CUJA
INCLINAÇÃO É A “TAXA MARGINAL DE TRANSFORMAÇÃO”)
TAL QUE, A DADOS PREÇOS (“DE EQUILÍBRIO DE
MERCADOS”), O INCREMENTO MARGINAL NA PRODUÇÃO
DE UM BEM EXIGE A REDUÇÃO MARGINAL DO OUTRO BEM NA
EXATA QUANTIDADE QUE O MERCADO TROCA UM BEM PELO
OUTRO E QUE É EXPRESSA NO DADO PREÇO RELATIVO: “(Px/Py)”.

# OU SEJA, A CONDIÇÃO DE ALOCAÇÃO EFICIENTE DE

RECURSOS NA ECONOMIA EXIGE QUE:

TxMgSubX,Y(A) = TxMgSubX,Y(B) = (Px/Py) = (CMgX /CMgY) = TMgTX,Y

• CONCLUSÃO:
• A COMPETIÇÃO LEVA À EFICIÊNCIA PORQUE AO DECIDIR QUANTO E O QUE COMPRAR, OS INDIVÍDUOS IGUALAM O BENEFÍCIO
MARGINAL AO PREÇO, O QUAL É JUSTAMENTE O CUSTO MARGINAL DE PRODUÇÃO DOS BENS EM COMPETIÇÃO PERFEITA.

• AS FIRMAS, POR OUTRO LADO, AO DECIDIREM O QUE E QUANTO PRODUZIR, IGUALAM O PREÇO (RECEITA MARGINAL) AO CUSTO
MARGINAL DE PRODUÇÃO, EM COMPETIÇÃO PERFEITA.

• A EFICIÊNCIA ECONÔMICA REQUER QUE O BENEFÍCIO MARGINAL ASSOCIADO COM A PRODUÇÃO DE CADA BEM IGUALE AO CUSTO
MARGINAL DE PRODUÇÃO. (PORTANTO, A EFICIÊNCIA ECONÔMICA IMPLICA EM: BMg = PREÇO = CMg)

• ASSIM, SE O BENEFÍCIO MARGINAL EXCEDE O CUSTO MARGINAL, A SOCIEDADE GANHARIA COM A PRODUÇÃO ADICIONAL DESSE BEM, E
VICE-VERSA.

• O EQUILÍBRIO DE MERCADO OCORRE NO PONTO EM QUE A DEMANDA IGUALA À OFERTA (DE CADA BEM) AO PREÇO DE EQUILÍBRIO DE
MERCADO. OU SEJA, EM COMPETIÇÃO PERFEITA, NO EQUILÍBRIO DE MERCADO SE VERIFICA QUE O BENEFÍCIO MARGINAL IGUALA O
CUSTO MARGINAL DE PRODUÇÃO.

EM SUMA, MERCADOS PERFEITAMENTE COMPETITIVOS LEVAM À EFICIÊNCIA ECONÔMICA EM TODOS OS MERCADOS E, PORTANTO, O
EQUILÍBRIO GERAL DE MERCADOS COMPETITIVOS SE CARACTERIZA PELO SEGUINTE:

• BMg SOCIAL = BMg PRIVADO = PREÇO DE MERCADO = CMg DE PRODUÇÃO = CMg SOCIAL

UMA POSSÍVEL CRÍTICA:

O CRITÉRIO DE EFICIÊNCIA AQUI DESENVOLVIDO É O DE EFICIÊNCIA ESTÁTICA , NO SENTIDO DE QUE NÃO HÁ MUDANÇA TECNOLÓGICA.
NUMA ABORDAGEM MAIS AMPLA, DE EFICIÊNCIA DINÂMICA, TAMBÉM DEVEM SER LEVADOS EM CONSIDERAÇÃO OS INCENTIVOS À
INOVAÇÃO E À BUSCA DE NOVAS OPORTUNIDADES DE LUCRO, OS QUAIS PODEM IMPLICAR, POR EXEMPLO, EM SITUAÇÕES TEMPORÁRIAS
DE MONOPÓLIO (EXCLUÍDOS DO CRITÉRIO ESTÁTICO).
 TEOREMAS FUNDAMENTAIS DA ECONOMIA
DE BEM-ESTAR
APÓS TERMOS ALCANÇADO UM EQUILÍBRIO DE MERCADO, ESSE EQUILÍBRIO É
PARETO-EFICIENTE? HAVERÃO OUTRAS TROCAS?

CONDIÇÕES INERENTES AO EQUILÍBRIO GERAL COMPETITIVO:

EM PRIMEIRO LUGAR, O EQUILÍBRIO COMPETITIVO DE MERCADO É

PARETO-EFICIENTE, POIS NÃO É POSSÍVEL MELHORAR A SITUAÇÃO DE
ALGUÉM SEM PIORAR A SITUAÇÃO DE, PELO MENOS, UMA OUTRA PESSOA.
(O EQUILÍBRIO APRESENTA A EFICIÊNCIA DE PARETO).

ALÉM DISSO, COMO AS TROCAS SÃO VOLUNTÁRIAS, APÓS SE ALCANÇAR A

SITUAÇÃO DE EQUILÍBRIO DE MERCADO NÃO SERÃO REALIZADAS TROCAS
ADICIONAIS, POIS IMPLICARIA PARA PELO MENOS UM INDIVÍDUO PIORAR
A SUA SITUAÇÃO.
(O EQUILÍBRIO É ESTÁVEL).
DO PRIMEIRO TEOREMA FUNDAMENTAL DO BEM-ESTAR:

SOB CONDIÇÕES DE UMA ECONOMIA PERFEITAMENTE COMPETITIVA

E DADOS RECURSOS INICIAIS AOS AGENTES ECONÔMICOS E A TECNOLOGIA,
O EQUILÍBRIO COMPETITIVO DE MERCADO É ALCANÇADO NA FRONTEIRA
DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO COM A EFICIÊNCIA NA TROCA,
A EFICIÊNCIA NA PRODUÇÃO E A EFICIÊNCIA NA ALOCAÇÃO DE RECURSOS
DA ECONOMIA.
EM SUMA, O EQUILÍBRIO GERAL COMPETITIVO É PARETO-EFICIENTE.

DO SEGUNDO TEOREMA FUNDAMENTAL DO BEM-ESTAR:

SE AS PREFERÊNCIAS E A TECNOLOGIA SÃO CONVEXAS, ENTÃO QUALQUER

SITUAÇÃO PARETO-EFICIENTE DA ECONOMIA (I.E., QUALQUER PONTO SOBRE
A FRONTEIRA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO) É UM EQUILÍBRIO
COMPETITIVO PARA ALGUM PADRÃO DISTRIBUTIVO INICIAL DA DOTAÇÃO DE
RECURSOS.
EM SUMA, QUALQUER PONTO SOBRE A CURVA DE POSSIBILIDADES DE
PRODUÇÃO E DE UTILIDADE DA ECONOMIA PODE SER ALCANÇADO.
• RAZÕES PARA O GOVERNO
NUMA ECONOMIA DE
MERCADO
 REVISÃO DO QUE VIMOS
• # VIMOS QUE SE A ECONOMIA SE CARACTERIZA EM MERCADOS DE COMPETIÇÃO
PERFEITA, O 1o. TEOREMA DO BEM-ESTAR GARANTE QUE A ECONOMIA
ALCANÇA UMA SITUAÇÃO PARETO-EFICIENTE, ISTO É, A ECONOMIA SE SITUARÁ
SOBRE UM PONTO NA FPP.

• # ALÉM DISSO, O 2o. TEOREMA DO BEM-ESTAR GARANTE QUE QUALQUER PONTO

SOBRE A FPP (E, PORTANTO, TAMBÉM É PARETO-EFICIENTE) É PASSÍVEL DE SER ATINGIDO,
MEDIANTE REDISTRIBUIÇÃO INICIAL ADEQUADA DOS RECURSOS EXISTENTES.

• # NESSE CONTEXTO, PORTANTO, SEM O SACRIFÍCIO DA EFICIÊNCIA-PARETO O GOVERNO TERIA

UMA FUNÇÃO DE REDISTRIBUIÇÃO INICIAL DOS RECURSOS ENTRE OS INDIVÍDUOS, DEIXANDO
QUE O PROCESSO COMPETITIVO DE MERCADO COLOQUE A ECONOMIA SOBRE O
ESPECÍFICO PONTO DA FPP DESEJADO PELA SOCIEDADE.

• # NESSE MUNDO AUSENTE DE IMPERFEIÇÕES, SE QUIZERMOS A MANUTENÇÃO DA EFICIÊNCIA

ECONÔMICA NÃO CABE OUTRA ATIVIDADE AO GOVERNO, SENÃO A REDISTRIBUIÇÃO INICIAL
DOS RECURSOS, POIS O PROCESSO PERFEITAMENTE COMPETITIVO DE MERCADO
GARANTE A COMBINAÇÃO ÓTIMA DESEJADA DE PRODUTOS (E DISTRIBUIÇÃO) PELA
SOCIEDADE, COM ATENDIMENTO DA CONDIÇÃO DE EFICIÊNCIA ECONÔMICA
(CRITÉRIO DE PARETO) NO QUAL, DADO A AUSÊNCIA DE IMPERFEIÇÕES, SERÁ
SATISFEITA A CONDIÇÃO DE QUE:

BENEFÍCIO MARGINAL SOCIAL = CUSTO MARGINAL SOCIAL.

• SUMARIZANDO, PELO 1o. TEOREMA DE BEM-ESTAR:
• (DADO UM DISTRIBUIÇÃO INICIAL DOS RECURSOS)
• O EQUILÍBRIO GERAL COMPETITIVO IMPLICA: EFICIÊNCIA-PARETO

• (1) OTIMIZAÇÃO DO CONSUMIDOR IMPLICA: EFICIÊNCIA NA TROCA

• TMSX,Y(A) = Px/Py
• TMSX,Y(B) = Px/Py TMSX,Y(A) = TMSX,Y(B)

• (2) MINIMIZAÇÃO DE CUSTOS IMPLICA: EFICIÊNCIA NA PRODUÇÃO

• TMSTL,K(X) = W/R
• TMSTL,K(Y) = W/R TMSTL,K(X) = TMSTL,K(Y)
• (3) MAXIMIZAÇÃO DE LUCROS COM
• Px = CMg(X)
• Py = CMg(y) IMPLICA: MERCADOS COMPETITIVOS

• (1), (2) e (3) CONJUNTAMENTE IMPLICAM: EFICIÊNCIA NA ECONOMIA

• (CMg(X)/CMg(Y)) = TMTX,Y = (Px/Py) = TMSX,Y(A), (B) = (UMgX /UMgY)

• ALÉM DISSO: CMgX, Y (SOCIAL) = PX, Y = CMgX, Y (PRIVADO)

• BMgX, Y (SOCIAL) = PX, Y = BMgX, Y (PRIVADO)
 PRESSUPOSTOS DA ECONOMIA
PERFEITAMENTE COMPETITIVA
• O CONJUNTO DE PRESSUPOSTOS DA ECONOMIA
PERFEITAMENTE COMPETITIVA SE DIVIDEM EM:

(1) PRESSUPOSTOS SOBRE A ESTRUTURA DOS MERCADOS DE

PRODUTO E DE FATORES, E

(2) PRESSUPOSTOS TÉCNICOS COM RELAÇÃO ÀS

PREFERÊNCIAS INDIVIDUAIS E ÀS TECNOLOGIAS DE PRODUÇÃO.
• (1) PRESSUPOSTOS SOBRE OS MERCADOS:

(A) GRANDE NÚMERO (INFINITO) DE COMPRADORES E PRODUTORES, DE MODO QUE A AÇÃO DE

QUALQUER CONSUMIDOR OU PRODUTOR INDIVIDUAL NÃO TENHA EFEITO SOBRE O MERCADO.

(B) BENS (“PRIVADOS”) E FATORES HOMOGÊNEOS.

(C) INFORMAÇÃO PERFEITA, NO SENTIDO DE QUE CADA CONSUMIDOR E PRODUTOR TENHA TODA
INFORMAÇÃO RELEVANTE NECESSÁRIA PARA EFETUAR SUA DECISÃO DE TROCA E PRODUÇÃO COM
CONFIANÇA.

(D) AUSÊNCIA DE BARREIRAS À ENTRADA E SAÍDA, DE TAL FORMA QUE TODOS OS CONSUMIDORES E
PRODUTORES TENHAM ACESSO IGUAL ÀS OPORTUNIDADES DE MERCADO.

OS PRESSUPOSTOS (A), (B) E (C) IMPLICAM QUE CADA CONSUMIDOR E PRODUTOR É UM TOMADOR DE PREÇO
(CONDIÇÃO DE COMPETIÇÃO PERFEITA NOS MERCADOS DE PRODUTO E DE FATORES). O PRESSUPOSTO (D), DE
OPORTUNIDADES IGUAIS, DEFINE A CARACTERÍSTICA DE UMA ECONOMIA QUE TAMBÉM SEJA PERFEITAMENTE
COMPETITIVA NO LONGO PRAZO.

(E) MERCADOS DE PRODUTOS E DE FATORES COMPLETOS, DE TAL FORMA QUE HAJA O CONJUNTO
COMPLETO DE MERCADOS CORRENTES E FUTUROS E QUE TAMBÉM CUBRAM TODAS AS POSSÍVEIS
CONTINGÊNCIAS.

O PRESSUPOSTO (E) É NECESSÁRIO PARA QUE SE OBTENHA UM EQUILÍBRIO GERAL COMPETITIVO WALRASIANO.
• (2) PRESSUPOSTOS SOBRE PREFERÊNCIAS E TECNOLOGIAS:

(F) COM RELAÇÃO ÀS PREFERÊNCIAS, CADA CONSUMIDOR POSSUI UM MAPA PADRÃO DE CURVAS DE
INDIFERENÇA E QUE É DERIVADO DE “PREFERÊNCIAS BEM COMPORTADAS”:

# AS CURVAS DE INDIFERENÇA SÃO CONTÍNUAS E REPRESENTAM A

ORDENAÇÃO COMPLETA DE CESTAS DE BENS, OU SEJA, O
CONSUMIDOR PODE DETERMINAR SE PREFERE UMA CESTA À
OUTRA. ALÉM DISSO, ESSA ORDENACÃO É TRANSITIVA.

# A INCLINAÇÃO DE CADA CURVA DE INDIFERENÇA, OU TAXA

MARGINAL DE SUBSTITUIÇÃO ENTRE X E Y (TMSX,Y) DIMINUI NA
MEDIDA EM QUE X AUMENTA. ISTO É, A DESEJABILIDADE DE
TROCAS ADICIONAIS DE Y POR X SE REDUZ NA MEDIDA EM QUE O
CONSUMIDOR TEM CADA VEZ MAIS DE X E MENOS DE Y.

(G) COM RELAÇÃO À PRODUÇÃO, AS CONDIÇÕES IMPOSTAS SOBRE AS ISOQUANTAS DE PRODUÇÃO

SÃO SEMELHANTES ÀQUELAS IMPOSTAS SOBRES AS CURVAS DE INDIFERENÇA DO CONSUMIDOR:

# AS ISOQUANTAS SÃO CONTÍNUAS E O MAPA DAS MESMAS REPRESENTA AS POSSIBILIDADES TOTAIS

DE PRODUÇÃO DE DETERMINADO PRODUTO.

# A INCLINAÇÃO DA ISOQUANTA, OU TAXA MARGINAL DE SUBSTITUIÇÃO TÉCNICA ENTRE OS FATORES

DE PRODUÇÃO TRABALHO (L) E CAPITAL (K) (TMSTL,K) É DECRESCENTE.

# ESSAS CONDIÇÕES PARA AS ISOQUANTAS GARANTEM QUE A FPP EXIBE CUSTOS DE OPORTUNIDADE CRESCENTE
OU CONSTANTE ENTRE DOIS BENS.

• (H) AUSÊNCIA DE EXTERNALIDADES NO CONSUMO OU NA PRODUÇÃO, ISTO É, AS FUNÇÕES DE UTILIDADE DE CADA

INDIVÍDUO DEPENDEM SOMENTE DO CONSUMO DE CADA INDIVÍDUO E AS FUNÇÕES DE PRODUÇÃO DE CADA
FIRMA DEPENDEM SOMENTE DOS FATORES DE PRODUÇÃO UTILIZADOS POR CADA UMA INDIVIDUALMENTE NA SUA
ATIVIDADE PRODUTIVA.
 UMA JUSTIFICATIVA DE GOVERNO EM ECONOMIA DE MERCADO:
CONSISTE EM GERAR CONDIÇÕES PARA O ATENDIMENTO DA
EFICIÊNCIA ECONÔMICA, ISTO É, CORRIGIR AS
“FALHAS DE MERCADO”
• (1) FALHA DE COMPETIÇÃO

SE MERCADOS OPERAM SOB CONDICÕES DE CONCORRÊNCIA IMPERFEITA (EX.: MONOPÓLIO) ENTÃO TEREMOS UMA
SITUAÇÃO EM QUE: BMg (SOCIAL = PRIVADO) > CMg (SOCIAL = PRIVADO).

• (2) BENS PÚBLICOS

• PARA QUE UM DETERMINADO BEM SEJA COMPLETAMENTE SUPRIDO PELO MERCADO, O MESMO DEVE TER DUAS
PROPRIEDADES: (A) RIVALIDADE NO CONSUMO, E (B) POSSIBILIDADE DE EXCLUSÃO NO CONSUMO.

• OS BENS PÚBLICOS PUROS SÃO CARACTERIZADOS POR (1) NÃO TEREM RIVALIDADE NO CONSUMO E (2) NÃO TEREM
POSSIBILIDADE DE EXCLUSÃO NO CONSUMO. BENS QUE TENHAM PELO MENOS EM ALGUM GRAU ESSAS DUAS
PROPRIEDADES DE BENS PÚBLICOS OU NÃO SERÃO PRODUZIDOS PELO SETOR PRIVADO, OU, SE SUPRIDOS, O SERÃO EM
QUANTIDADE INSUFICIENTE.

# CONSUMO NÃO-RIVAL: DADO A PRODUÇÃO DO BEM, O CONSUMO DESSE BEM NÃO

DIMINUI A QUANTIDADE DE CONSUMO POR OUTRA PESSOA: CMg DE USO = 0.

# NÃO-EXCLUSÃO DO CONSUMO: DADO A PRODUÇÃO DO BEM, É IMPOSSÍVEL, OU

PROIBITIVAMENTE CUSTOSO, RESTRINGIR OS BENEFÍCIOS DESSE BEM PARA PESSOAS
SELECIONADAS.
 (3) EXTERNALIDADES

• AS AÇÕES DOS INDIVÍDUOS E/OU FIRMAS AFETAM OUTROS INDIVÍDUOS E/OU FIRMAS. NESTE CASO, AS DECISÕES DE OTIMIZAÇÃO INDIVIDUAL DE
FIRMAS E INDIVÍDUOS (CUJAS DECISÕES NA OTIMIZAÇÃO INDIVIDUAL LEVAM A QUE: BMg PRIVADO = CMg PRIVADO), POR NÃO LEVAREM EM
CONSIDERAÇÃO ESSAS INTERAÇÕES EXTERNAS, RESULTA QUE:
• BMg PRIVADOS < BMg SOCIAIS (EXTERNALIDADE POSITIVA)
• CMg PRIVADOS < CMg SOCIAIS (EXTERNALIDADES NEGATIVAS)

OU SEJA, NA PRESENÇA DE EXTERNALIDADES VERIFICA-SE QUE:

BMg SOCIAL ≠ CMg SOCIAL

E, PORTANTO, A ALOCAÇÃO DOS RECURSOS EFETUADA PELOS MERCADOS SERÁ NÃO EFICIENTE.

• (4) MERCADOS INCOMPLETOS

TODA VEZ QUE OS MERCADOS PRIVADOS FALHAM EM PROVER UM BEM OU SERVIÇO, MESMO QUE O CUSTO DE PROVIMENTO SEJA MENOR DO
QUE OS INDIVÍDUOS ESTÃO DISPOSTOS A PAGAR, ENTÃO EXISTE UMA FALHA DE INCOMPLITUDE DE MERCADO.

(4.1) MERCADOS DE SEGUROS

MERCADOS PRIVADOS NÃO PROVÊEM SEGUROS PARA CERTOS TIPOS DE RISCO
QUE OS INDIVÍDUOS ENFRENTAM

(4.2) MERCADO DE CAPITAIS

DEVIDO AOS PROBLEMAS DE RISCO MORAL E SELEÇÃO ADVERSA DEVIDO A ASSIMETRIA DE INFORMAÇÃO, OS
MERCADOS FINANCEIROS PRIVADOS NÃO PROVÊEM (TOTAL OU PARCIALMENTE) PARA CERTOS
TIPOS DE EMPRÉSTIMO OU DE EMPRÉSTIMOS A LONGO PRAZO

(4.3) MERCADOS COMPLEMENTARES

EM MUITOS CASOS É REQUERIDA UMA COORDENAÇÃO EM GRANDE ESCALA PARA QUE CERTOS MERCADOS,
OS QUAIS REQUEREM O FUNCIONAMENTO DE MERCADOS COMPLEMENTARES, POSSAM FUNCIONAR
ADEQUADAMENTE
• (5) FALHAS DE INFORMAÇÃO
• A INFORMAÇÃO EM MUITOS ASPECTOS É UM BEM PÚBLICO. O FORNECIMENTO DA INFORMAÇÃO A UM INDIVÍDUO OU
FIRMA, PARA QUE EFETUE CORRETAMENTE SUAS DECISÕES, NÃO REDUZ O MONTANTE DISPONÍVEL A OUTROS. A EFICIÊNCIA
REQUER QUE A INFORMAÇÃO SEJA LIVREMENTE DISSEMINADA, OU DISPONÍVEL AO SEU CUSTO DE TRANSMISSÃO. OS
MERCADOS PRIVADOS, ENTRETANTO, PROVÊEM OFERTA INADEQUADA DE INFORMAÇÃO, DE MODO SEMELHANTE COMO
OFERTAM MONTANTES INADEQUADOS DE OUTROS BENS PÚBLICOS.

• ASSIM SENDO, INFORMAÇÃO PRIVADA OU INFORMAÇÃO ASSIMÉTRICA REFERE-SE À INFORMAÇÃO RELEVANTE PARA AS
DECISÕES ECONÔMICAS QUE SOMENTE ALGUNS INDIVÍDUOS OU FIRMAS POSSUEM PARA SI PRÓPRIOS, MAS QUE OS OUTROS
INDIVÍDUOS OU FIRMAS NÃO POSSUEM DEVIDO A CUSTOS DE PROVIMENTO MUITO ALTOS. NESTE CASO, AS DECISÕES
ECONÔMICAS NÃO GARANTEM A OBTENÇÃO DA EFICIÊNCIA NA ECONOMIA, SENDO QUE ATÉ MESMO MUITOS MERCADOS
NÃO FUNCIONARÃO OU FUNCIONARÃO DE MODO INADEQUADO DEVIDO A INEXISTÊNCIA DE INFORMAÇÃO INCOMPLETA.

• (6) ECONOMIAS CRESCENTE DE ESCALA/ CUSTOS DECRESCENTES

SE AS CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO SÃO TAIS QUE GERAM ECONOMIAS CRESCENTES DE ESCALA DE NATUREZA INTERNA OU
EXTERNA À FIRMA, ENTÃO BMg SOCIAL ≠ CMg SOCIAL

POR UM LADO, ECONOMIAS DE ESCALA DE NATUREZA INTERNA À FIRMA GERAM MERCADOS DE COMPETIÇÃO IMPERFEITA,
LEVANDO A QUE: PREÇO (BMg PRIVADO E SOCIAL) > CMg (PRIVADO E SOCIAL).

POR OUTRO LADO, ECONOMIAS DE ESCALA DE NATUREZA EXTERNA À FIRMA TENDEM A GERAR EXTERNALIDADES
(POSITIVAS) NO SETOR, LEVANDO A QUE: BMg SOCIAL > CMg SOCIAL ( = PRIVADO).

• (7) CICLOS E FLUTUAÇÕES ECONÔMICAS PERSISTENTES: DESEMPREGO E INFLAÇÃO

• EPISÓDIOS DE ALTO DESEMPREGO E/OU SUA PERSISTÊNCIA TALVEZ SEJAM A EVIDÊNCIA AGREGADA DE QUE ALGO NÃO
FUNCIONA ADEQUADAMENTE NO AJUSTE DOS MERCADOS PRIVADOS DESCENTRALIZADOS. A ECONOMIA PODE ESTAR EM
DESEQUILÍBRIO E O MECANISMO AUTOMÁTICO DE AJUSTE AO EQUILÍBRIO, POR FALHAS DE COORDENAÇÃO E ATÉ DE
OPERAÇÃO DEFICIENTE DOS MERCADOS, PODE NÃO ESTAR OPERANDO PARA MOVER A ECONOMIA EM DIREÇÃO AO SEU
EQUILÍBRIO GERAL. NESTE CASO, HÁ JUSTIFICAÇÃO PARA INTERVENÇÃO GOVERNAMENTAL PARA ESTABILIZAR A ECONOMIA.
JUSTIFICATIVAS ADICIONAIS PARA EXISTÊNCIA DE GOVERNO
NUMA ECONOMIA DE MERCADO:
“JUSTIFICATIVAS OUTRAS QUE EFICIÊNCIA ECONÔMICA”
• (1) DISTRIBUIÇÃO DE RENDA
• MESMO QUE OS MERCADOS PRIVADOS OPEREM EM CONDIÇÕES DE EFICIÊNCIA ECONÔMICA, HÁ
JUSTIFICATIVA PARA EXISTÊNCIA DE GOVERNO NO SENTIDO DE GARANTIR UMA DISTRIBUIÇÃO DE
RENDA “JUSTA” NA SOCIEDADE. DADA UMA DISTRIBUIÇÃO INICIAL DOS RECURSOS, OS MERCADOS
COMPETITIVOS ALCANÇAM UM EQUILÍBRIO PARETO-EFICIENTE SOBRE A FPP MAS QUE, TODAVIA, PODE
IMPLICAR NUMA DISTRIBUIÇÃO MUITO DESIGUAL E SOCIALMENTE INACEITÁVEL DA RENDA. NESTE
CASO, A INTERVENÇÃO GOVERNAMENTAL VISA REDISTRIBUIR OS RECURSOS DE FORMA QUE OS
MERCADOS PRIVADOS, ATUANDO COMPETITIVAMENTE E DESCENTRALIZADAMENTE, OBTENHAM UM
EQUILÍBRIO PARETO-EFICIENTE SOBRE A FPP QUE IMPLIQUE NUMA DISTRIBUIÇÃO DE RENDA
SOCIALMENTE ACEITÁVEL .

• (2) BENS MERITÓRIOS

• ALGUMAS VEZES O SUPOSTO PARETIANO DE QUE OS INDIVÍDUOS SÃO OS MELHOR JUÍZES DE SEU BEM-
ESTAR É VIOLADO. NO CASO DE BENS MERITÓRIOS NÃO SE VERIFICA ESSE PRESSUPOSTO PARETIANO,
SENDO EXEMPLOS DISSO ALGUMAS QUESTÕES RELACIONADAS À PREVIDÊNCIA/ASSISTÊNCIA DE SAÚDE,
À EDUCAÇÃO, AO CONSUMO DE BENS DE VÍCIO (“BENS DE DEMÉRITO”), ETC….
• A AÇÃO DO GOVERNO PODE SER COMO OFERTADOR, COMO PROVEDOR DE SUBSÍDIOS/TRIBUTOS, OU
MESMO DE INDUÇÃO COMPULSÓRIA PARA QUE UM CONSUMO MÍNIMO DE BENS DE MÉRITO OCORRA
E, NO CASO DE BENS DE DEMÉRITO, PARA QUE O CONSUMO DE BENS DE VÍCIO SEJA RESTRITO AO
MÁXIMO POSSÍVEL.
• QUAL O PAPEL, ENTÃO, DA EFICIÊNCIA
(PARETO) DE UMA ECONOMIA DE
MERCADOS PERFEITOS E COMPETITIVOS?
•
UM PADRÃO PARA COMPARAÇÃO COM OS
EFEITOS DE DISTORÇÕES GERADAS PELAS
DIFERENTES AÇÕES GOVERNAMENTAIS
IMPORTÂNCIA DA QUESTÃO: TODA A AÇÃO DO GOVERNO QUE INTERFERE NOS MECANISMOS DE
MERCADO LEVA À INEFICIÊNCIA E MÁ ALOCAÇÃO DE RECURSOS.

UM EXEMPLO MARCANTE E RECORRENTE DESSA QUESTÃO DE INEFICÊNCIA GERADA PELA AÇÃO

GOVERNAMENTAL CONSISTE DA AÇÃO PÚBLICA QUE BUSCA GARANTIR MAIOR EQUIDADE NA SOCIEDADE.
TRATA-SE DO DILEMA: EFICIÊNCIA E EQUIDADE.

• NEM TODA SOLUÇÃO DE MERCADO (EQUILÍBRIO DE MERCADO) É NECESSARIAMENTE JUSTA E

SOCIALMENTE ACEITÁVEL. O MERCADO PODE LEVAR A UM EQUILÍBRIO QUE REPRESENTE UMA
DISTRIBUIÇÃO DA RENDA INJUSTA E, ASSIM, MOTIVA A INTERFERÊNCIA DO GOVERNO NO PROCESSO DE
MERCADO E EM TRANSFERIR RENDA AOS MAIS POBRES.

• TODAVIA, A INTERVENÇÃO DO GOVERNO NO PROCESSO DE MERCADO E A PRÓPRIA TRANSFERÊNCIA

DE RENDA VISANDO AOS MAIS NECESSITADOS, O GOVERNO NECESSITA DE RECURSOS E, PORTANTO,
RECORRE À MAIOR TRIBUTAÇÃO QUE, POR SUA VEZ, CAUSA DISTORÇÕES NA ECONOMIA QUE LEVAM À
DECISÕES SUB-ÓTIMAS DOS AGENTES ECONÔMICOS E A UMA ALOCAÇÃO INEFICIENTE DOS RECURSOS.

• A AÇÃO REDISTRIBUTIVA DO GOVERNO, PORTANTO, LEVA A UMA PERDA DE EFICIÊNCIA (E, PORTANTO, DE
PRODUTO), POIS A ECONOMIA NÃO MAIS SE SITUA SOBRE A FPP, MAS NUM PONTO INTERNO À FPP.

PORTANTO, A UTILIZAÇÃO DO SISTEMA TRIBUTÁRIO NA ATUAÇÃO POR MELHOR REDISTRIBUIÇÃO DOS

RECURSOS IMPÕE UM DILEMA ENTRE EFICIÊNCIA E EQUIDADE:

QUANTO MAIS DISTORCIVO FOR A ESTRUTURA TRIBUTÁRIA E QUANTO MAIS FORTE

FOR A TRIBUTAÇÃO, MAIS AGUDO SERÁ O DILEMA ENTRE EFICIÊNCIA E EQUIDADE
NA SOCIEDADE.
• EM SUMA, QUANTO MAIOR FOR O NÍVEL DA TRANSFERÊNCIA
EFETUADA QUE É EFETUADA, ENTÃO DEVIDO AO SISTEMA
TRIBUTÁRIO DISTORCIVO, TANTO MAIOR (E DE MODO EXPONENCIAL)
SERÁ A INEFICIÊNCIA/PERDA DE PRODUTO DECORRENTE DESSA
TRANSFERÊNCIA DE RENDA.

OU SEJA, O CUSTO DE OPORTUNIDADE ENTRE EFICIÊNCIA E

EQUIDADE É CRESCENTE: A ESCOLHA DA COMBINAÇÃO ENTRE
O GRAU DE EFICIÊNCIA E O DE EQUIDADE
• DEPENDE DA FUNÇÃO DE BEM-ESTAR SOCIAL
EQUIDADE

•
EFICIÊNCIA
• SÃO SEGUINTES AS DISTORÇÕES USUAIS IMPOSTAS
PELA TRIBUTAÇÃO:

• DISTORCE DECISÃO RENDA/LAZER:

DESINCENTIVA O TRABALHO

• DISTORCE A DECISÃO CONSUMO:

DESINCENTIVA POUPANÇA/INVESTIMENTO

• EM GERAL, DISTORCE OS PREÇOS RELATIVOS

E, PORTANTO, DISTORCE A ALOCAÇÃO DOS
RECURSOS E GERA MAIOR INEFICIÊNCIA NA
PRODUÇÃO (E NO CONSUMO)
 BIBLIOGRAFIA
• HYMAN, DAVID N. – PUBLIC FINANCE (8th ED., 2005)
CAP. 2.

• STIGLITZ, JOSEPH E. – ECONOMICS OF THE PUBLIC

SECTOR (3th ED., 2000)
CAP.’S: 1,3 e 4.

ROSEN, HARVEY S. - PUBLIC FINANCE (7th ED., 2005)

CAP.: 3.