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Integração ao Sistema de Gestão

Teoria Geral de Sistema


A teoria geral de sistemas (também conhecida pela sigla, T.G.S.) surgiu
com os trabalhos do biólogo austríaco Ludwig von Bertalanffy, publicados
entre 1950 e 1968.
A importância da TGS é significativa tendo em vista a necessidade de se
avaliar a organização como um todo e não somente em departamentos ou
setores. O mais importante ou tanto quanto é a identificação do maior
número de variáveis possíveis, externas e internas que, de alguma forma,
influenciam em todo o processo existente na Organização.
Outro fator também de significativa importância é o feed-back que deve
ser realizado ao planejamento de todo o processo.

Tipos de sistemas
Há uma grande variedade de sistemas e uma ampla gama de tipologias
para classificá-los, de acordo com certas características básicas.
Quanto a sua constituição:
Físicos ou concretos – Exemplos: Equipamento, objetos, hardware;
Abstratos ou conceituais – exemplos: Comceitos, planos, idéias, software).

Quanto a sua natureza:


Fechados – Exemplo: A matemática é um sistema fechado, pois não
sofrerá nenhuma influência do meio ambiente, sempre 1+1 será 2.
Abertos – Exemplo: Sistemas que apresentam relações de intercâmbio com
o ambiente, por meio de entradas e saídas.
Funções primárias das organizações:
a) Ingestão: As organizações adquirem ou compram materiais para
processá-los de alguma maneira.
b) Processamento: Os materiais são processados havendo certa relação
entre entradas e saídas.
c) Reação ao ambiente: As organizações também reagem ao ambiente,
mudando seus materiais, consumidores, empregados e recursos financeiros.
d) Suprimento das partes: Dados de compras, produção, vendas ou
contabilidade, e são recompensados principalmente sob a forma de salários
e benefícios.
e) Regeneração das partes: Os membros das organizações também podem
adoecer, aposentar-se, desligar-se da firma ou então morrer. As máquinas
podem tornar-se obsoletas.
f) Organização: administração e decisão sobre as funções;
Principais características das organizações
a) Comportamento probabilístico: As organizações são sempre afetadas
pelas variáveis externas. O comportamento humano nunca é totalmente
previsível
b) Parte de uma sociedade maior: As organizações são vistas como
sistemas dentro de sistemas.
c) Interdependência entre as partes: Uma variedade de subsistema deve
cumprir a função do sistema e as suas atividades devem ser coordenadas. –
divisão de trabalho, coordenação, integração e controle;
d) Homeostasia versus Adaptabilidade: A homeostasia (auto regulação)
garante a rotina e a permanência do sistema, enquanto a adaptabilidade leva
a ruptura, à mudança e à inovação.
e) Fronteiras ou limites: É a linha imaginária que serve para marcar o que
está dentro e o que está fora do sistema. Nem sempre a fronteira de um
sistema existe fisicamente
f) Morfogênese: Capacidade de se modificar, de determinar o crescimento
e as formas da organização, de se corrigir e de obter novos e melhores
resultados;
g) Resiliência: Capacidade de o sistema superar o distúrbio imposto por
um fenômeno externo
h) Sinergia: Esforço simultâneo de vários órgãos que provoca um resultado
ampliado. A soma das partes é maior do que o todo (2 + 2 = 5 ou mais);

i) Entropia: Consequência da falta de relacionamento entre as partes de


um sistema, o que provoca perdas e desperdícios. É um processo inverso a
sinergia, a soma das partes é menor que o todo (2 + 2 = 3
Estrutura das Normas
Conceito de ‘Normas’ : ‘Regulamento’, ‘regra’, ‘leis’.
Existem seis Componentes de normas (Wright 1963)
• Tipo, Conteúdo, Condição, Autoridade, Indivíduo e Ocasião.
Normas - que Controlam o comportamento humano
• Perceptiva, Cognitiva, Avaliativa, Comportamental e Denotativa.
Efeitos da execução de normas
• Ordens permanentes; normas de estado; poderes de intervenção; poderes
legislativo.

 Análise de norma conforme o tipo de objeto


• normas substantivas; normas de comunicação; normas de controle

 Completa análise de norma pode ser executada em:


• (1) análise de responsabilidade;
• (2) análise Proto-norma;
• (3) análise gatilho;
• (4) especificação de normas detalhadas

 Classificação de restrições (Weigand 1993)


• Restrição analítica; Restrição Empírica; Restrição Deontic.
Conceito das Normas
 Sinônimos ‘Normas’: ‘Regulamento’, ‘regra’, ‘leis’.
 Norma corresponde ao social e ao individual.
 São desenvolvidas por experiências práticas de agentes em
uma sociedade, tendo a função de dirigir, coordenar e controlar ações
da sociedade.
 As funções de normas: como lei e regulamento dos agentes
complexos (clubes culturais, partidos políticos, governos) são
determinar padrões de comportamento aceitáveis dentro do contexto
social.
Os componentes das Normas
Existem seis componentes de normas (Wright 1963)
1. The character (tipo): O efeito da norma, ‘deva’ para norma
obrigatória,
‘possa’ para norma permissiva, e ‘não deva’ para norma proibitiva.

2. The content (conteúdo): A ação ou atividade prescritos em normas.

3. The condition (condição): A circunstância ou o estado do incidente no


qual a norma deverá ser aplicada.

4. The authority (autoridade): O agente que dá ou emite a norma.


5. The subject (indivíduo) : O agente que pode aplicar a norma.
6. The occasion (ocasião): Local (espaço) ou espaço de tempo (tempo) em
que a norma é aplicada.
Normas em Organizações
Um modo de categorizar as normas é como as normas
controlam o comportamento humano. Cinco tipos de normas podem ser
identificadas:

1. Normas Perceptivas: Como pessoas recebem sinais do ambiente pelos


sentidos – (luz, som e sabor).
2. Normas Cognitivas: Permite incorporar as convicções e conhecimentos
de uma cultura, interpretar o que é percebido, e alcançar uma compreensão
baseado no conhecimento existente.
3. Normas Avaliativas: Ajudam a explicar o porque as pessoas têm certas
convicções, valores e objetivos.
4. Normas do Comportamento: Governam o conhecimento das
pessoas dentro de padrões regulares.
5. Normas Denotativas: Direciona a escolha de sinais por significado;
(ex.:a escolha de uma cor para significar felicidade ou tristeza)

Outro Método de Classificação de Norma


Este outro método esta baseado nos efeitos de sua execução:
 Standing Orders (Ordens Permanentes): A sua execução pode
resultar em uma mudança no mundo físico. São comandos para
executar ações, e normalmente é expressado como um possa, não
possa, deva, não deva fazer algo. Exemplo - Em um ambiente
empresarial um gerente pode dar uma Ordem Permanente para as
pessoas do departamento.

 Status Norms (Normas de Estado): A sua execução frequentemente


altera a estrutura social e relações legais. A norma designa
responsabilidade, imunidade, direito ou nenhum direito em certos
eventos ou ações. Exemplo - Descrição de cargos e regulamentos da
companhia.

 Power of Intervention (Poderes de Intervenção): A execução invoca


ou inibe o uso de existentes Ordens Permanentes e Normas de
Estado. Exemplo – Um juiz pode ter o poder de decidir qual lei
aplicar a um caso.

 Legislative Powers (Poderes Legislativo): Mudam outras


normas. A execução deste tipo de norma pode conduzir a uma
alteração da estrutura legislativa. O agente que aplica a norma tem
que ter direito para modificar ou criar uma norma. Exemplo – O
conselho de administração de uma empresa tem poderes para alterar
o regimento e montar regras novas.

Normas podem também ser classificadas de acordo com os tipos e


objetos as quais são aplicadas:
 Substantive Norms (Normas de Estado): Estão preocupadas
com as funções do negócio e operações. Estas funções e operações
contribuem diretamente a objetivos da organização.

 Communication Norms (Normas de Comunicação): Especificam


padrões, estruturas e procedimentos de comunicação dentro de uma
organização. O papel das normas é assegurar que todos conheçam
qual informação deverá ser mantida, e portanto qual ação deverá ser
tomada. Sem estas normas as organizações não podem agir de uma
maneira coordenada para alcançar seus objetivos.

 Control Powers (Controle de Normas): Apresentam sanções


e recompensas. Age como um mecanismo para reforçar o que todos
devem fazer, conforme prescrito pelos outros dois tipos de normas.

Análise de normas

• Análise de Normas é útil para estudar uma organização na perspectiva


do comportamento dos agentes que são dirigidos por normas. Desta
perspectiva, especificar uma organização pode ser feito especificando
normas (Stamper 1992).

• Normas podem ser expressadas em um idioma natural e uma formal


(linguagem executável de máquina) e ela deverá estar incorporada no
banco de dados como integridade e restrições de consistência.

• Os padrões de conhecimento especificados no modelo semântico são


partes das normas fundamentais que retêm a ontologia determinando
relações entre os agentes e ações sem impor restrições adicionais.

Normalmente uma análise de normas pode ser executado em quatro passos:


(1) Responsability Analisis (Análise de Responsabilidade):
• Esta análise permite identificar e nomear os agentes responsáveis para
cada ação.
• Focaliza nos tipos de agente e tipos de ações;
• Preocupa-se com os agentes que provocam mudanças no comportamento;
• Decidir se um tópico deveria ser incluído na conferencia é
responsabilidade do comitê.

(2) Proto-norm analysis (Análise Proto-norma)


• Facilitar as decisões humanas sem negligenciar qualquer fator necessário
ou informação.
• Tem que ter informações das pessoas para saber quem vai ser convidado.

(3) Trigger Analysis (Análise Gatilho)


• Considera ações a serem levadas em relação ao tempo absoluto e relativo.
Absoluto o tempo de calendário e tempo relativo faz uso de referência a
outros eventos.
• Em proto-norm analysis não faz referência quando deveriam ser providos
as informações.
• Os convites devem ser enviados a tempo para os participantes.

(4) Detailed norm especification (Especificação de Normas Detalhadas)


• Especifica o conteúdo de normas em duas versões, um idioma natural e
um idioma formal. Os motivos são:

4.1 - Capturar normas como referências para decisões humanas (inglês).

4.2 - Executar ações no sistema automatizado executando as normas no


idioma formal (LEGOL).
Especificação de normas de comportamento (ex.: de Liv & Dix 19997.
Sempre que <condição> Se <estado> então <o agente> É <operador de
Deontic> Para <ação>
• Exemplo: a menos que haja um acordo especial feito, por exemplo com o
gerente da conta, o proprietário do cartão não pode ultrapassar o limite de
crédito.
Sempre que comprando
Se nenhum acordo especial é feito então o proprietário da conta
É proibido Para exceder o limite do cartão.

As vantagens da Integração Qualidade, Meio Ambiente e Segurança


• A gestão de 3 sistemas isolados Qualidade/Ambiente/Segurança, pode
implicar uma série de desvantagens para a organização a vários níveis,
podendo dar origem a um sistema de gestão demasiado complexo e
confuso.
• Um Sistema Integrado de Gestão - Qualidade, Meio Ambiente e
Segurança, quando implementado corretamente, minimiza e otimiza os
processos e os componentes de vários sistemas, criando assim um só
sistema de gestão, centrando as atenções para um conjunto único de
procedimentos, que associam as 3 áreas de interesse.
• O Sistema Integrado de Gestão permite garantir a eficácia de uma
organização, bem como a satisfação total do cliente, com redução
simultânea de riscos associados à sua atividade e a redução e respectivos
impactos ambientais.
• O Sistema Integrado de Gestão também possibilita a otimização dos
processos, acompanhados de um aumento de produtividade e rentabilidade,
numa base de evolução sustentada, com melhoria da sua imagem de
mercado face à concorrência
As vantagens da Integração Qualidade, Meio Ambiente e Segurança
• Com este tipo de Sistema de Gestão, são definidos procedimentos
orientadores de regras para alcançar os objetivos definidos com a
introdução na gestão diária das organizações.
• A Implementação de um Sistema Integrado de Gestão oferece às
organizações um leque variado de vantagens:
• Otimização de processos no trabalho;
• Aumento da produtividade;
• Evolução sustentada da empresa / rentabilidade;
• Consolidação da imagem da empresa em relação à concorrência e
parceiros;
• Redução de impactos ambientais;
• Redução do Índice de Risco da Atividade (Acidentes);
• Nova dinâmica de gestão (Visão diferenciada);
• Permite a consideração de custos ambientais e de segurança em paralelo
com os custos da qualidade (Custo de Avaliação)
• Redução de custos de implementação e de manutenção pela partilha de
estruturas e modos de atuação;
• Prevenção de reclamações, impactos ambientais e riscos;
• Redução de “compartimentação” na organização, coerente com a gestão
por processos porque distribui responsabilidades;
• Melhoria do know-how e as competências com base na definição da
responsabilidade individual;
• Permite um sistema de informação e gestão único para o processo de
tomada de decisão na organização;
• Otimização da gestão documental (redução da burocracia);
• Redução do número de auditorias externas.

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