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POTÊNCIA
DEFINIÇÃO
A Electrónica de Potência abrange toda a conversão de
energia eléctrica com o uso de dispositivos electrónicos.
Esses dispositivos, denominados Conversores Estáticos de
Potência, são baseados em dispositivo semicondutores de
potência que permitem fazer transformações de energia eléctrica.
Portanto, a eletrônica de potência pode ser considerada uma
tecnologia interdisciplinar que envolve três campos básicos: a
potência, a eletrônica e o controle.
Os circuitos em eletrônica de potência são denominados não-
lineares, pois utilizam os semicondutores como chaves, ligadas ou
desligadas.
DISPOSITIVOS SEMICONDUTORES DE
POTÊNCIA
SEMICONDUTORES
CARACTERÍSTICAS GERAIS
Díodos são dispositivos semicondutores de dois terminais
São compostos por uma junção de semicondutores com
dopagem tipo p e n (junção p-n)
Permitem a passagem da corrente eléctrica em um sentido
único
Possuem dois terminais: o ânodo (terminal positivo) e o cátodo
(terminal negativo).
Possuem uma região central chamada Zona de Depleção,
onde se concentra uma troca de electrões e protões entre os
semicondutores p e n
CONSTRUÇÃO INTERNA,
ILUSTRAÇÃO DO
COMPONENTE E
SIMBOLOGIA
POLARIZAÇÃO INVERSA DO
DÍODO
Se um potencial externo V for aplicado entre os terminais
contrários do díodo, haverá uma polarização inversa
Resulta no aparecimento de uma corrente de saturação
Se uma tensão contraria for
aplicada a polaridade normal do
díodo, não haverá passagem da
corrente eléctrica e, por sua vez,
haverá um aumento da zona de
depleção
POLARIZAÇÃO DIRECTA DO
DÍODO
Quando se aplica um potencial entre os terminais ânodo e
cátodo do díodo, haverá uma polarização directa
Haverá uma troca de protões e electrões entre os
semicondutores p e n
Implica na
diminuição da Zona
de Depleção
TIRÍSTORES SCR
(RECTIFICADORES PARTE 3
CONTROLADOS DE
SILÍCIO)
CARACTERÍSTICAS GERAIS
Os Tirístores englobam uma família de semicondutores que
operam em regime chaveado
São dispositivos semicondutores de quatro camadas, de
estrutura p-n-p-n, tendo em conta três juncões p-n
O Tirístor mais usado é o SCR (Rectificador Controlado de
Silício), embora é simplesmente chamado de Tirístor
Possui três terminais: ânodo (A), cátodo (C) e porta (gate) [G]
A condução de corrente eléctrica, através dos terminais ânodo
e cátodo, é sujeita a uma injecção de corrente a partir da porta
(gate).
ESTRUTURA, SIMBOLOGIA,
ASPECTO FÍSICO E CIRCUITO
EQUIVALENTE COM
TRANSÍSTORES
PARÁMETROS E JUNCÕES DO
SCR
VAC – tensão que flui no ânodo e cátodo
VBO – tensão de disparo
IH – corrente de manutenção
IL – corrente de retenção
IG – corrente que flui no gate
VRI – tensão de ruptura inversa
POLARIZAÇÃO INVERSA DO
SCR
Quando a VAC = 0, o tirístor não conduz, isto é, funciona
como uma chave aberta
Existe também uma corrente de polarização inversa muito
baixa, geralmente na ordem dos nano amperes, como ocorre
nos díodos
Quando a tensão inversa atinge o valor de VRI, o SCR irá
conduzir corrente
N.B: Na polarização directa, as junções J1 e J3 estarão
inversamente polarizados e o J2 estará polarizado
inversamente (reveja a figura da pagina 13)
POLARIZAÇÃO DIRECTA SCR
Polarização directa em Polarização directa com
bloqueio condução
Quando a corrente que flui Para o SRC conduzir deve
no gate for igual a zero, o receber uma corrente
SCR permanece bloqueado suficiente, cujo valor mínimo
é o IL
Deve-se quando a VAC for
menor que a VBO Este valor é geralmente de
duas a três vezes a IH que,
Quando a VAC = VBO, o SCR uma vez retirada a corrente
dispara e a corrente do gate, é suficiente para
aumenta, sendo limitada pela manter o estado de condução
RC, ligada em série com o
SCR.
PROPRIEDADES E
CONDIÇÕES DE DISPARO
Disparo por variação de
Disparo por sobretensão
tensão
Quando o SCR tiver Usa-se um Capacitor para armazenar
polarização directa, a VAC carga eléctrica na junção J2, que terá
polarização inversa ao polarizamos
aumenta e as junções J1 e J2 directamente o SCR
Os portadores serão Não havendo pulso no gate, fecha-se o
acelerados na junção J2, CH1 e a capacitância da juncão J2 fará
com que circule uma corrente no gate.
podendo atingir uma energia
muito grande que provoca o A corrente resultante poderá ser
suficiente para estabelecer o processo
fenómeno de avalanche de realimentação, fazendo com que o
Para IG = 0, a VBO permitira tirístor entre em condução
que o SCR passa para o estado
de condução
ESQUEMA DE DISPARO POR
VARIAÇÃO DE TENSÃO DO
SCR
COMUTAÇÃO NATURAL DO
SCR
Ocorre quando IA < IH
A correte passa pelo zero em algum ponto do ciclo, levando
ao bloqueio do SCR
Portanto, o bloqueio
também ocorre quando
a tensão da rede for
zero.
COMUTAÇÃO FORÇADA DO
SCR
Bloqueio por chave Bloqueio por Capacitor
Quando fecha-se CH3, a lâmpada não Quando fecha-se CH1, provoca a
se apagara naturalmente IG, e o SCR dispara e a lâmpada
A CH3 curto-circuita o SCR e a acende
lâmpada é alimentada directamente Quando o SCR estiver a conduzir,
pela tensão da rede
cria-se um caminho de corrente
A corrente da lâmpada passa pela para carregar o Capacitor
CH3 e IA < IH, bloqueando o SCR
Ao fechar CH2, o Capacitor fica
Quando CH3 abre, a lâmpada se em paralelo com o SCR e aplica-
apaga e o SCR continua bloqueado
se uma tensão inversa,
A lâmpada acenderá novamente se bloqueando o SCR
CH2 fechar novamente, provocando a
IG no SCR
ESQUEMAS DE COMUTAÇÃO
FORÇADA DE SCR
Bloqueio por chave Bloqueio por Capacitor
Exercícios de
Consolidação