constituem parte da riqueza dos recursos hídricos de um país. E que os rios são apenas uma das formas de águas continentais, lembrando que encontramos também as águas subterrâneas, os lagos e as gelerias. Bacias Sedimentares • As bacias sedimentares são depressões da superfície terrestre formadas por abatimentos da litosfera, nas quais se depositam, ou depositaram, sedimentos e, em alguns casos materiais vulcânicos. • Estas podem ser de vários tipos, de acordo com as causas da sua formação e destacam-se as frontais, que se localizam à frente de uma cadeia montanhosa ou de um arco de ilhas vulcânicas, que são o resultado da convergência de placas que obriga à flexão e afundamento da litosfera; as de retroarco localizam-se entre o arco de ilhas vulcânicas e o continente, pois resultam da formação de cadeias montanhosas; as de estiramento resultam da distensão da litosfera devido à actuação de forças tectónicas distensivas e um exemplo destas são os riftes; por último, existem as bacias sedimentares que resultam do arrefecimento da litosfera, pois este provoca um aumento da densidade das rochas e a sua subsidência. • O registro sedimentar dessas áreas é geralmente composto por um espesso pacote sedimentar no seu interior, o qual diminui de espessura ao se aproximar das bordas da bacia e apresentam camadas de rochas que mergulham da periferia para o centro. • As bacias sedimentares preservam um registro detalhado do ambiente e dos processos tectônicos que deram forma à superfície da Terra através do tempo geológico. Também servem como importante repositório de recursos naturais, tais como água subterrânea, petróleo e recursos minerais diversos. Bacia Sedimentar Bacia Sedimentar Bacia Hidrográfica • Uma bacia hidrográfica ou bacia de drenagem de um curso de água é o conjunto de terras que fazem a drenagem da água das precipitações para esse curso de água e seus afluentes. • A formação da bacia hidrográfica dá-se através dos desníveis dos terrenos que orientam os cursos da água, sempre das áreas mais altas para as mais baixas. A bacia hidrográfica pode também definir-se como bacia de drenagem onde, constitui uma área da superfície terrestre que drena água, em forma de rios principais e seus tributários, sedimentos, materiais sólidos e dissolvidos com destino a uma saída comum sobre um ponto determinado de cada canal fluvial. Os elementos mais importantes a serem estudados numa bacia hidrográfica são: relevo, solo, água, vegetação, ar, etc, considerando os processos que se relacionam como, infiltração, erosão, escoamento, assoreamento e inundação. Com a análise de todos esses fatores citados pode-se determinar a qualidade ambiental de todo um ecossistema e as bacias de drenagem que a ele pertencem. • Em relação à extensão de bacias hidrográficas, pesquisas realizadas mostram que, segundo Coelho Neto apud Silva; Schulz; Camargo (op cit.), • ...bacias de diferentes tamanhos articulam-se a partir de divisores de drenagem principais e drenam em direção a um canal, tronco ou coletor principal, constituindo um sistema de drenagem hierarquicamente organizado [...] As bacias de drenagem podem ser desmembradas em um número qualquer de sub-bacias, dependendo do ponto de saída considerado ao longo de seu eixo-tronco ou canal coletor. Os Rios • O conceito de rio se define como uma corrente de água permanente que leva o excesso das águas continentais superficiais até os lagos, mares e oceanos. • Sabe-se que as águas das chuvas que não infiltram no solo acabam drenando pela superfície, formando assim, os cursos de água, sendo eles: • Permanentes – rios perenes • Efêmeros – torrentes, transitórias, passageiros ou que duram pouco tempo • Intermitentes – rios temporários • Os rios estão organizados hierarquicamente, formando assim, uma rede hidrográfica com seu rio principal, e demais rios afluentes ou tributários, ou subafluentes. Divisores de água ou Interflúvio
• Os divisores de água ou interflúvios são
as partes mais elevadas do relevo, como planaltos, serras e montanhas, que separam os rios da rede hidrográfica, delimitando assim suas bacias INTERFLÚVIO • O caminho percorrido pelo rio de sua nascente até a foz é chamado de curso. Isso devido a inclinação do relevo, pois o rio corre das partes mais altas para as mais baixas. Com isso podemos distinguir em um rio seu curso superior, médio e inferior Perfil Longitudinal Perfil Transversal • O lugar onde o rio lança suas águas chama-se foz. Fatores como tipo do terreno, profundidade do leito, e volume d’água tornam possível a existência de determinados tipo de foz como: • - Estuário: desembocadura larga e profunda onde o rio lança suas águas sem obstáculos. • - Barra: rios que carregam muitos sedimentos e lançam suas águas em mares poucos profundos. E com o tempo o material depositado acumula-se tornando como obstáculo na saída da água. • - Delta: pequenas ilhas formadas pela deposição dos sedimentos, dividindo assim, as águas fluviais em vários canais. • A drenagem dos rios no Brasil é exorreica, onde os rios desaguam no mar e todos são tributários do oceano Atlântico. Foz Estuário Foz Barra Foz Delta Aquíferos Brasileiros
• Aquífero é uma formação geológica, formada
por rochas permeáveis seja pela porosidade granular ou pela porosidade fissural, capaz de armazenar e transmitir quantidades significativas de água. O aquífero pode ser de variados tamanhos. Eles podem ter extensão de poucos km2 a milhares de km2, ou também, podem apresentar espessuras de poucos metros a centenas de metros. • Estocagem e regularização da água – Durante o período de chuvas, os aquíferos funcionam como receptores de água. Parcela significativa das águas pluviais infiltram-se, abastecendo os aquíferos, que, em períodos de estiagem, fazem a manutenção do nível dos rios e lagos de forma lenta e interrupta. • Filtragem – Uma das grandes vantagens no aproveitamento das águas dos aquíferos é o fato de que elas, na maioria das vezes, são potáveis, não necessitando de tratamento para o consumo, fato que barateia o seu uso. Quando a água infiltra-se nas camadas inferiores da crosta terrestre, passa por diferentes materiais, que a filtram. Entretanto, os aquíferos também sofrem contaminação, quando na sua área de recarga são encontrados agentes poluidores, como lixões; quando são áreas em que ocorre intenso uso de agrotóxicos; ou em áreas grandemente urbanizadas. Aquíferos Brasileiros Maiores Aquíferos do Brasil Aquífero Guarani
• Nomeado em homenagem à tribo Guarani, possui um
volume de aproximadamente 55 mil km³ e profundidade máxima por volta de 1 800 metros, com uma capacidade de recarregamento de aproximadamente 166 km³ ao ano por precipitação. É dito que esta vasta reserva subterrânea pode fornecer água potável ao mundo por duzentos anos. Devido a uma possível falta de água potável no planeta, que começaria em vinte anos, este recurso natural está rapidamente sendo politizado, tornando-se o controle do Aquífero Guarani cada vez mais controverso. Aquífero Guarani Aquífero Alter do Chão • O Aquífero Alter do Chão já era conhecido havia muito tempo, porém, o que não se sabia era a quantidade de água armazenada por ele. Os estudos mais recentes dos pesquisadores paraenses e cearenses chegaram ao incrível número de 96 mil quilômetros cúbicos de água – quantia que ainda pode crescer, dependendo de investimentos para aprofundar as pesquisas. Com a atual medição de volume, calcula-se que a água existente no Alter do Chão seria suficiente para abastecer toda a população mundial por 100 vezes. Para efeito de comparação, o Aquífero Guarani, considerado até então o maior do Brasil, tem um reservatório de 45 mil quilômetros cúbicos, sendo a Alter do Chão duas vezes maior que o Guarani. Aquífero Alter do Chão