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A Hidrografia do Brasil

• Sabe-se que as águas superficiais


constituem parte da riqueza dos recursos
hídricos de um país. E que os rios são
apenas uma das formas de águas
continentais, lembrando que encontramos
também as águas subterrâneas, os lagos
e as gelerias.
Bacias Sedimentares
• As bacias sedimentares são depressões da superfície terrestre
formadas por abatimentos da litosfera, nas quais se depositam, ou
depositaram, sedimentos e, em alguns casos materiais vulcânicos.
• Estas podem ser de vários tipos, de acordo com as causas da sua
formação e destacam-se as frontais, que se localizam à frente de
uma cadeia montanhosa ou de um arco de ilhas vulcânicas, que
são o resultado da convergência de placas que obriga à flexão e
afundamento da litosfera; as de retroarco localizam-se entre o arco
de ilhas vulcânicas e o continente, pois resultam da formação de
cadeias montanhosas; as de estiramento resultam da distensão da
litosfera devido à actuação de forças tectónicas distensivas e um
exemplo destas são os riftes; por último, existem as bacias
sedimentares que resultam do arrefecimento da litosfera, pois este
provoca um aumento da densidade das rochas e a sua subsidência.
• O registro sedimentar dessas áreas é geralmente
composto por um espesso pacote sedimentar no seu
interior, o qual diminui de espessura ao se aproximar
das bordas da bacia e apresentam camadas de rochas
que mergulham da periferia para o centro.
• As bacias sedimentares preservam um registro
detalhado do ambiente e dos processos tectônicos que
deram forma à superfície da Terra através do tempo
geológico. Também servem como importante repositório
de recursos naturais, tais como água subterrânea,
petróleo e recursos minerais diversos.
Bacia Sedimentar
Bacia Sedimentar
Bacia Hidrográfica
• Uma bacia hidrográfica ou bacia de drenagem de um curso de
água é o conjunto de terras que fazem a drenagem da água das
precipitações para esse curso de água e seus afluentes.
• A formação da bacia hidrográfica dá-se através dos desníveis dos
terrenos que orientam os cursos da água, sempre das áreas mais
altas para as mais baixas. A bacia hidrográfica pode também
definir-se como bacia de drenagem onde, constitui uma área da
superfície terrestre que drena água, em forma de rios principais e
seus tributários, sedimentos, materiais sólidos e dissolvidos com
destino a uma saída comum sobre um ponto determinado de cada
canal fluvial. Os elementos mais importantes a serem estudados
numa bacia hidrográfica são: relevo, solo, água, vegetação, ar, etc,
considerando os processos que se relacionam como, infiltração,
erosão, escoamento, assoreamento e inundação. Com a análise de
todos esses fatores citados pode-se determinar a qualidade
ambiental de todo um ecossistema e as bacias de drenagem que a
ele pertencem.
• Em relação à extensão de bacias hidrográficas,
pesquisas realizadas mostram que, segundo
Coelho Neto apud Silva; Schulz; Camargo (op
cit.),
• ...bacias de diferentes tamanhos articulam-se a partir de
divisores de drenagem principais e drenam em direção a
um canal, tronco ou coletor principal, constituindo um
sistema de drenagem hierarquicamente organizado [...]
As bacias de drenagem podem ser desmembradas em
um número qualquer de sub-bacias, dependendo do
ponto de saída considerado ao longo de seu eixo-tronco
ou canal coletor.
Os Rios
• O conceito de rio se define como uma
corrente de água permanente que leva o
excesso das águas continentais
superficiais até os lagos, mares e
oceanos.
• Sabe-se que as águas das chuvas que
não infiltram no solo acabam drenando
pela superfície, formando assim, os
cursos de água, sendo eles:
• Permanentes – rios perenes
• Efêmeros – torrentes, transitórias,
passageiros ou que duram pouco tempo
• Intermitentes – rios temporários
• Os rios estão organizados
hierarquicamente, formando assim, uma
rede hidrográfica com seu rio principal, e
demais rios afluentes ou tributários, ou
subafluentes.
Divisores de água ou Interflúvio

• Os divisores de água ou interflúvios são


as partes mais elevadas do relevo, como
planaltos, serras e montanhas, que
separam os rios da rede hidrográfica,
delimitando assim suas bacias
INTERFLÚVIO
• O caminho percorrido pelo rio de sua
nascente até a foz é chamado de curso.
Isso devido a inclinação do relevo, pois o
rio corre das partes mais altas para as
mais baixas. Com isso podemos distinguir
em um rio seu curso superior, médio e
inferior
Perfil Longitudinal
Perfil Transversal
• O lugar onde o rio lança suas águas chama-se foz. Fatores
como tipo do terreno, profundidade do leito, e volume d’água
tornam possível a existência de determinados tipo de foz como:
• - Estuário: desembocadura larga e profunda onde o rio lança
suas águas sem obstáculos.
• - Barra: rios que carregam muitos sedimentos e lançam suas
águas em mares poucos profundos. E com o tempo o material
depositado acumula-se tornando como obstáculo na saída da
água.
• - Delta: pequenas ilhas formadas pela deposição dos
sedimentos, dividindo assim, as águas fluviais em vários canais.
• A drenagem dos rios no Brasil é exorreica, onde os rios
desaguam no mar e todos são tributários do oceano
Atlântico.
Foz Estuário
Foz Barra
Foz Delta
Aquíferos Brasileiros

• Aquífero é uma formação geológica, formada


por rochas permeáveis seja pela porosidade
granular ou pela porosidade fissural, capaz de
armazenar e transmitir quantidades
significativas de água. O aquífero pode ser de
variados tamanhos. Eles podem ter extensão de
poucos km2 a milhares de km2, ou também,
podem apresentar espessuras de poucos
metros a centenas de metros.
• Estocagem e regularização da água – Durante o período de
chuvas, os aquíferos funcionam como receptores de água. Parcela
significativa das águas pluviais infiltram-se, abastecendo os
aquíferos, que, em períodos de estiagem, fazem a manutenção do
nível dos rios e lagos de forma lenta e interrupta.
• Filtragem – Uma das grandes vantagens no aproveitamento das
águas dos aquíferos é o fato de que elas, na maioria das vezes,
são potáveis, não necessitando de tratamento para o consumo, fato
que barateia o seu uso. Quando a água infiltra-se nas camadas
inferiores da crosta terrestre, passa por diferentes materiais, que a
filtram. Entretanto, os aquíferos também sofrem contaminação,
quando na sua área de recarga são encontrados agentes
poluidores, como lixões; quando são áreas em que ocorre intenso
uso de agrotóxicos; ou em áreas grandemente urbanizadas.
Aquíferos Brasileiros
Maiores Aquíferos do Brasil
Aquífero Guarani

• Nomeado em homenagem à tribo Guarani, possui um


volume de aproximadamente 55 mil km³ e profundidade
máxima por volta de 1 800 metros, com uma capacidade
de recarregamento de aproximadamente 166 km³ ao
ano por precipitação. É dito que esta vasta reserva
subterrânea pode fornecer água potável ao mundo por
duzentos anos. Devido a uma possível falta de água
potável no planeta, que começaria em vinte anos, este
recurso natural está rapidamente sendo politizado,
tornando-se o controle do Aquífero Guarani cada vez
mais controverso.
Aquífero Guarani
Aquífero Alter do Chão
• O Aquífero Alter do Chão já era conhecido havia muito
tempo, porém, o que não se sabia era a quantidade de
água armazenada por ele. Os estudos mais recentes
dos pesquisadores paraenses e cearenses chegaram ao
incrível número de 96 mil quilômetros cúbicos de água –
quantia que ainda pode crescer, dependendo de
investimentos para aprofundar as pesquisas. Com a
atual medição de volume, calcula-se que a água
existente no Alter do Chão seria suficiente para
abastecer toda a população mundial por 100 vezes.
Para efeito de comparação, o Aquífero Guarani,
considerado até então o maior do Brasil, tem um
reservatório de 45 mil quilômetros cúbicos, sendo a Alter
do Chão duas vezes maior que o Guarani.
Aquífero Alter do Chão

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