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SISTEMA

RESPIRATÓRIO
MACRO E MICRO MORFOLOGIA
RESPIRATÓRIA

 A respiração é um processo essencial para os seres humanos, uma vez que


é através dela que é disponibilizado o oxigênio que será utilizado
pelas células para a produção de energia.
 Além disso, o sistema respiratório é responsável por retirar o gás
carbônico resultante do metabolismo celular.

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 Para que ocorra o processo de respiração, é
necessária uma ação conjunta de músculos
intercostais e do diafragma, que permitem a
entrada e a saída do ar. Sendo o ato de respirar
dividido em dois movimentos básicos:
inspiração e expiração.

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 Durante a inspiração e expiração, o
ar passa por diversos e diferentes
segmentos que fazem parte do
aparelho respiratório.
 Estruturalmente, o sistema
respiratório consiste em duas
partes:
Sistema respiratório superior:
 Nariz

 Faringe

Sistema respiratório inferior:


 Laringe

 Traqueia

 Brônquios

 Pulmões 4
 Nariz: é o primeiro segmento por onde, de preferência,
passa o ar durante a inspiração. Ao passar pelo nariz, o
ar é filtrado, humidificado e aquecido. Na impossibilidade
eventual da passagem do ar pelo nariz, tal passagem
pode acontecer pela boca.

 Faringe: após a passagem pelo nariz, antes de atingir a


laringe, o ar deve passar pela faringe, segmento que
também serve de passagem para os alimentos.

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 Laringe: normalmente permite apenas a passagem de
ar. Durante a deglutição de algum alimento, uma
pequena membrana (epiglote) obstrui a abertura da
laringe, o que dificulta a passagem fragmentos, que não
sejam ar, para as vias respiratórias inferiores. Na laringe
localizam-se também as cordas vocais, responsáveis
para produção de nossa voz.

 Traqueia: pequeno tubo cartilaginoso que liga as vias


respiratórias superiores às inferiores.

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 Brônquios: ligam a traqueia aos pulmões. São dois
tubos cartilaginosos que levam o ar aos pulmões, onde
se ramificam em tubos cada vez menores chamados
bronquíolos. Dos bronquíolos surgem novas ramificações
que originam os dutos alveolares, que por sua vez
terminam em estruturas chamadas alvéolos pulmonares,
onde ocorrem as trocas gasosas.

 Pulmão: os brônquios penetram no pulmão através do


hilo. Esses brônquios ramificam-se várias vezes,
originando os bronquíolos, que penetram no lóbulo
pulmonar e ramificam-se, formando os bronquíolos
terminais, que originam os bronquíolos respiratórios, que
terminam nos alvéolos pulmonares.

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FUNÇÕES DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

As suas funções, no sentido mais amplo, compreendem os seguintes


pontos:
 captação de O2 da atmosfera e fornecimento deste gás ao sangue;
 remoção do CO2 do sangue e eliminação deste gás na atmosfera;
 participação na manutenção do pH;
 atua na produção dos sons que emitimos, pois, o fluxo de ar sai dos
pulmões e vai para as pregas vocais (fonação)
 ajuda a fazer a regulação da acidez presente nos fluídos do corpo
humano;
 filtrar, aquecer e umidificar o ar que respiramos

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VENTILAÇÃO (REGULAÇÃO E
ALTERAÇÕES)

 As nossas células necessitam de um suprimento


contínuo de oxigênio para que, no processo químico
de respiração celular, possam gerar a energia
necessária para o seu perfeito funcionamento e
produção de trabalho.

 O oxigênio existe em abundância na nossa atmosfera


e para captá-lo necessitamos do nosso aparelho
respiratório, através do qual este gás atinge a corrente
sanguínea, pela qual é transportado até as células.

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 As células libertam gás carbônico que, após ser
transportado pela mesma corrente sanguínea, é eliminado
na atmosfera também pelo mesmo aparelho respiratório.
Para que seja possível uma adequada difusão de gases
através da membrana respiratória é necessária um processo
constante de ventilação pulmonar.

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A ventilação pulmonar consiste numa renovação
contínua do ar presente no interior dos alvéolos,
produzida pelos movimentos respiratórios (inspiratórios e
expiratórios) que proporcionam insuflação e de-
sinsuflação de todos ou quase todos os alvéolos. A função
respiratória obedece a um conceito básico: o ar desloca-
se das áreas de alta pressão para as de baixa pressão.

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A regulação da respiração pode ser nervosa, química ou
mecânica e consiste em respostas integradas de três elementos
básicos:
1. Recetores, que recebem informação e enviam-na para os
2. Centros Respiratórios, que coordenam a informação e ativam ou
inibem a ação dos
3. Músculos da Respiração, responsáveis pela Ventilação

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FUNÇÃO PULMONAR
 É através das vias respiratórias que o ar entra e sai
dos pulmões. Como o ar atmosférico contém várias
impurezas (por exemplo, poeiras, poluentes e
microrganismos), as mucosas que revestem a parede
interna das vias respiratórias (à exceção da faringe)
segregam um muco que as retém.

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 O ar é ainda humedecido pelo muco e aquecido pelo
sangue dos capilares das paredes das fossas nasais.
Desta forma, o ar antes de chegar aos pulmões é
aquecido, humidificado e filtrado.

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 Os pulmões são o local do sistema respiratório onde
ocorrem as trocas gasosas. Para além dos pulmões,
neste processo intervêm outras unidades:

Pleura Diafragma
• membrana dupla que • músculo
reveste e protege os largo e fino,
pulmões. É constituída por que separa a
dois folhetos: visceral cavidade
(interno), que reveste cada torácica da
pulmão, e parietal (externo), cavidade
que reveste a cavidade abdominal.
torácica. O líquido contido
entre as duas camadas
facilita a constante expansão
e contração dos pulmões.
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TROCAS GASOSAS
 As trocas gasosas que ocorrem nos pulmões a nível
alveolar designam-se hematose pulmonar. As
paredes dos alvéolos pulmonares, que são constituídas
por uma só camada de células e irrigadas por
numerosos capilares sanguíneos, tornam possíveis as
trocas gasosas

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 Durante a inspiração, os alvéolos pulmonares
apresentam elevada pressão parcial de oxigénio e
baixa pressão parcial de dióxido de carbono. Nos
capilares sanguíneos, a pressão parcial de dióxido
de carbono é elevada e a pressão parcial de
oxigénio é baixa. Assim, por difusão, o oxigénio
passa dos alvéolos pulmonares para o sangue e o
dióxido de carbono desloca-se em sentido contrário.

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 Ao nível das células ocorrem também trocas
gasosas, que se designam hematose celular.

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 As células apresentam elevada pressão parcial de
dióxido de carbono e baixa pressão parcial de
oxigénio. Nos capilares sanguíneos, a pressão
parcial de oxigénio é elevada e a pressão parcial
de dióxido de carbono é baixa. Deste modo, o
oxigénio dos capilares sanguíneos para as células
e o dióxido de carbono desloca-se em sentido
contrário.

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 É através da realização da hematose pulmonar,
processo que decorre durante a circulação
pulmonar, que o sangue venoso passa para
sangue arterial.

 É durante a hematose celular, que o sangue


arterial passa a sangue venoso.

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TRANSPORTE DE OXIGÉNIO E
DE DIÓXIDO DE CARBONO NO
SANGUE
 O transporte de gases respiratórios é essencial à
manutenção da vida. Por forma a manter o
metabolismo celular, nomeadamente a respiração
celular - processo responsável pela produção da
energia de que o organismo necessita - , as células
precisam de receber, constantemente, oxigénio e
libertar vários metabolitos, entre os quais o dióxido
de carbono. O transporte dos gases é feito pela
corrente sanguínea, que assegura o seu fluxo entre
os pulmões e todas as células do organismo.

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 O principal modo de transporte
deste gás respiratório (oxigénio) é
concretizado através da sua
associação à hemoglobina,
molécula com a qual tem grande
afinidade, estabelecendo uma
reação reversível, em que se
forma oxiemoglobina
(hemoglobina associada ao
oxigénio).

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 Nos capilares sanguíneos, junto às células recetoras, o
oxigénio desliga-se da hemoglobina, difundindo-se para as
células dos tecidos e órgãos, onde a sua concentração é
mais baixa.

 O sangue volta depois aos pulmões carregado de dióxido de


carbono, que também é transportado ligado à hemoglobina
– formando carboemoglobina. Ao atingir os alvéolos, há
uma troca: o dióxido de carbono é libertado e passa por
difusão para o interior dos alvéolos, sendo expelido.

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 O transporte de oxigénio por hemoglobina é tão importante
que, quando este é bloqueado, ocorre a morte por asfixia:
por exemplo, quando é inalado o monóxido de carbono,
este liga-se à hemoglobina e pode causar a morte por
asfixia. Por isso, é perigoso ficar num ambiente fechado
com o motor de um carro ligado.

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SISTEMA
DIGESTIVO
FUNÇÃO DO SISTEMA
DIGESTIVO
 Fornecer ao
organismo os
nutrientes
necessários ao seu
perfeito
funcionamento
FUNÇÃO DO SISTEMA
DIGESTIVO
 Estes nutrientes
encontram-se nos
alimentos porém numa
forma complexa pelo que,
para serem absorvidos e
utilizados pelas células do
nosso organismo têm que
ser transformados em
moléculas simples
FUNÇÃO DO SISTEMA
DIGESTIVO
 A digestão é um processo
através do qual moléculas
complexas dos alimentos
são desdobradas, com o
auxilio de enzimas, em
moléculas simples, que
podem ser absorvidas
FUNÇÃO DO SISTEMA
DIGESTIVO
 Os alimentos sofrem, durante a digestão, uma
acção mecânica e uma acção química
 A acção mecânica é desenvolvida pela língua,
pelos dentes e pelos movimentos peristálticos
que ocorrem ao longo de todo o tubo digestivo
(com inicio no esófago)
 A acção química é provocada pelos sucos
digestivos (que possuem na sua maioria enzimas
digestivas)
FUNÇÃO DO SISTEMA
DIGESTIVO
Esta função inclui vários processos:
1. Ingestão (mecanismo de tomar e engolir alimentos)
2. Digestão (transformação mecânica e química de substancias
alimentares de forma a serem absorvíveis)
FUNÇÃO DO SISTEMA
DIGESTIVO
Esta função inclui vários processos:
3. Absorção (passagem das substancias alimentares absorvíveis do tubo
digestivo para o sangue)
4. Eliminação
SISTEMA DIGESTIVO
 Anatomicamente o tracto
digestivo é um tubo continuo
desde a boca até ao anús
SISTEMA DIGESTIVO
BOCA
BOCA
O alimento é introduzido na boca, onde é triturado e
misturado com saliva, segregada pelas glândulas salivares,
que contém:
 mucina (que contribui para a lubrificação do alimento)
 ptialina (uma enzima, a amilase salivar, capaz de iniciar a
digestão do amido e outros glícidos)
BOCA
BOCA
Este processo de trituração e ensalivação dos alimentos
conta também com o contributo dos dentes e da língua

Os alimentos triturados e lubrificados formam o bolo


alimentar que é empurrado para trás preparando a
deglutição
FARINGE

Faringe
FARINGE
 Comum ao sistema digestivo e
respiratório
 A contracção dos seus tecidos musculares
canaliza os alimentos e os líquidos para o
esófago, obstruindo as entradas para a
laringe e cavidades nasais
ESÓFAGO
ESÓFAGO
 Liga a faringe ao estômago
 É um musculo cilíndrico, oco
 Termina num esfíncter
denominado cárdia que evita a
regurgitação
ESÓFAGO
 As paredes do esófago possuem
glândulas que segregam mucina ,
que conjuntamente com os
movimentos peristálticos
promovem a passagem do bolo
até ao estômago
ESÓFAGO
ESTÔMAGO
ESTÔMAGO
 Estrutura muscular em forma de
bolsa
 O bolo atinge agora o estômago,
cujas paredes se encontram
forradas por glândulas gástricas que
segregam o suco gástrico
ESTÔMAGO
 O suco gástrico contém mucina (que
lubrifica as paredes do estômago e o
bolo alimentar), enzimas e ácido
clorídrico, alterando a consistência do
bolo alimentar, transformando-o num
mistura semi-liquida chamada quimo
ESTÔMAGO
 As enzimas produzidas no
estômago actuam sobre as
proteínas (proteases) e sobre
os lípidos (lipases)
ESTÔMAGO

 O quimo é armazenado no
estômago e libertado gradualmente
no intestino delgado o que é
controlado pelo esfíncter pilórico
 Alguma absorção de nutrientes
INTESTINO DELGADO
 Tubo delgado dobrado na cavidade
abdominal com cerca de 4 cm de
diâmetro e 6/7m de comprimento
 Formado por três secções:
 O duodeno (parte proximal)
 O jejuno (a parte do meio)
 O íleon (parte distal)
INTESTINO DELGADO
INTESTINO DELGADO
 Quando o quimo passa a válvula
pilórica para o duodeno estimula
a secreção do suco intestinal
que contém várias enzimas
 Também aqui serão lançados o
suco biliar (não enzimático)
produzido no fígado e o suco
pancreático produzido no
pâncreas
PÂNCREAS
PÂNCREAS
 O pâncreas segrega
enzimas capazes de
degradar proteínas
(proteases), os
lípidos (lipases
pancreáticas) e o
amido (amilases
ancreáticas)
FÍGADO
FÍGADO
 O fígado produz a bílis
que é armazenada na
vesícula biliar
 A principal função da
bílis é o
emulsionamento das
gorduras para que
possam ser
degradadas pelas
lipases
INTESTINO DELGADO
 O suco intestinal contém proteases,
glicidases e lipases intestinais
 Agora os nutrientes encontram-se
na sua forma mais simples
(aminoácidos, monossacarideos,
ácidos gordos e glicerol)
INTESTINO DELGADO
 Ocorre agora a passagem dos
nutrientes do intestino para o
sangue e para a linfa. Este processo
denomina-se absorção
 O intestino delgado é a principal
área de absorção dos nutrientes
INTESTINO DELGADO
 O quilo é o resultado do processo
digestivo no intestino delgado e
contém além dos nutrientes
digeridos, a água, as vitaminas,
os minerais e as fibras que não
sofrem acção digestiva
INTESTINO GROSSO

 Tubo de maior diâmetro (+/- 6


cm) e cerca de 1,5 m de
comprimento que comunica com
o intestino delgado através do
cego e termina no recto que abre
para o exterior através do anús
INTESTINO GROSSO
 Formado por três
porções:
 Cólon ascendente
 Cólon tranverso
 Cólon descendente
INTESTINO GROSSO
INTESTINO GROSSO

 As substâncias não digeridas passam


para o intestino grosso misturadas com
água. Aqui ocorre a absorção da maior
quantidade de água possível
 O resto dos alimentos juntamente com
bactérias, muco e células mortas das
paredes intestinais formam as fezes que
serão expulsas pelo anús
SISTEMA
ENDÓCRINO
MACRO E MICRO
MORFOLOGIA
ENDÓCRINA
 Dá-se o nome de sistema
endócrino, pelas glândulas
endócrinas, assim chamadas por
lançarem, diretamente no sangue, as
hormonas que produzem. Os órgãos
que têm a sua função controlada
e/ou regulada pelas hormonas são
denominados órgãos-alvo.

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 As hormonas influenciam praticamente todas as
funções dos demais sistemas corporais. Alguns
dos principais órgãos produtores de hormonas no ser
humano são a hipófise, o hipotálamo, a tireoide,
as paratireoides, as suprarrenais, o pâncreas e
as gônadas.

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 o sistema endócrino, juntamente com o sistema nervoso,
atua na coordenação e regulação das funções corporais. O
sistema nervoso pode fornecer ao endócrino a informação
sobre o meio externo, ao passo que o sistema endócrino
regula a resposta interna do organismo a esta informação.

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FUNÇÕES DO SISTEMA
ENDÓCRINO

As ações mais importantes são:

 Metabolismo e maturação dos tecidos


 Regulação de iões
 Equilíbrio hídrico
 Regulação do sistema imunitário
 Frequência cardíaca e regulação da frequência arterial
 Controlo das funções reprodutoras
 Contração uterina e produção de leite
 Desenvolvimento e crescimento neuronal e muscular

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O sistema endócrino nem sempre funciona
corretamente. Por vezes, este apresenta disfunções, o
que leva a problemas no organismo.

 Geralmente estes problemas estão associados á quantidade


de hormonas produzidas, tanto por excesso (hiperfunção)
como por decrescimento (hipofunção).

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HIPÓFISE E HIPOTÁLAMO

 O Hipotálamo trata-se duma área do encéfalo situada no


crânio, responsável pela regulação da produção hormonal
e pela estabilidade fisiológica do corpo, bem como o
sono.

 O centro de controlo do nosso organismo de forma a


manter a homeostasia e regular a secreção de
hormonas lançadas na corrente sanguínea.

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O hipotálamo controla o
sistema endócrino através de
várias vias.

 O hipotálamo tem este papel


produzindo hormonas
libertadoras ou inibidoras,
conhecidos como neuro-
hormonas. A libertação de
hormonas estimula a
produção de hormonas na
hipófise, enquanto a
inibição das hormonas a
inibe.

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As neuro-hormonas produzidas pelo hipotálamo para manipular a
produção de hormonas pela hipófise são:

 Hormona antidiurética (ADH) ou vasopressina: aumenta a


absorção de água nos rins.

 Hormona libertadora de corticotrofinas (CRH): estimula a


libertação de corticosteroides pelas glândulas suprarrenais,
regulando o metabolismo e a resposta imunológica.

 Hormona libertadora de gonadotrofinas (GnRH): A GnRH


estimula a produção da hormona folículo estimulante (FSH) e da
hormona luteinizante (LH), que, em conjunto, mantêm o
funcionamento dos ovários e testículos.

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 Hormona libertadora da hormona de crescimento (GHRH) e
hormona inibidora da hormona do crescimento (GHIH): A GHRH
estimula a libertação da hormona de crescimento (GH), enquanto a
GHIH tem o efeito oposto. Em crianças, a GH é essencial para manter
uma composição corporal saudável. Em adultos, assegura ossos
saudáveis ​e massa muscular e está envolvido na distribuição de
gordura.

 Oxitocina: está envolvida na libertação do leite materno, orgasmo e


contração muscular lisa. Também regula a temperatura corporal
ajudando a redistribuir o calor, e regula os ciclos de sono, já que se
acredita que níveis crescentes de oxitocina ajudem a induzir o sono.

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 Hormona libertadora de prolactina (PRH) e
hormona inibidora de prolactina (PIH): A PRH
estimula a produção de leite materno, e a PIH inibe-a.
Isto também pode ser visto em homens, embora seja um
sinal de problemas de saúde significativos.

 Hormona libertadora de tirotrofina (TRH): A TRH


desencadeia a libertação da hormona estimulante da
tiroide (TSH), causando a libertação de hormonas
tireóideas que regulam o metabolismo, energia,
crescimento e desenvolvimento.

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A hipófise (também conhecida por glândula
pituitária) pode ser considerada a “glândula mãe”
do sistema endócrino já que tem como função
controlar o funcionamento das restantes glândulas
endócrinas.

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 Do ponto de vista fisiológico, a hipófise é dividida
anatomicamente e funcionalmente em duas partes
distintas: o lobo anterior (adeno-hipófise) e o
lobo posterior (neuro-hipófise).

 Ela armazena algumas das hormonas que o hipotálamo


produz antes de libertá-las no sangue. Dos dois lobos, o lobo
anterior é maior, constituindo 75% da glândula. Este lobo
também tem um papel maior na libertação de hormonas, embora
o lobo posterior ainda faça algum trabalho.
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O lobo anterior secreta um total de 7 hormonas diferentes na
corrente sanguínea, que são as seguintes:

 Hormona de crescimento (GH): a GH estimula o


crescimento do tecido e a síntese de proteínas para
reparação tecidual.

 Hormona estimulante da tiroide (TSH): a TSH provoca a


produção de hormonas pela glândula tiroide.

 Hormona folículo-estimulante (FSH): causa a produção


de estrogênio nas mulheres, bem como o desenvolvimento
de oócitos (óvulos imaturos). A FSH também estimula a
produção de espermatozoides nos testículos.

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 Hormona luteinizante (LH): a LH estimula a
produção de estrogénio e progesterona nas
mulheres e a produção de testosterona nos
homens.

 Prolactina (PRL): estimula a produção de leite


nas glândulas mamárias.

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 Hormona adrenocorticotrófica (ACTH): está
envolvida na resposta ao stresse do organismo e leva
a produção de cortisol no córtex suprarrenal.

 Hormona estimulante melanocítica (MSH): a


MSH pode causar escurecimento da pele. Pode
também estar envolvida na atividade cerebral, mas o
seu papel exato ainda é desconhecido.

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 Por outro lado, o lobo posterior da hipófise está
envolvido apenas na libertação de duas
hormonas: a oxitocina e a hormona antidiurética
(ADH), também conhecida como vasopressina. A
oxitocina tem um papel no parto, na produção de
leite e no orgasmo. A ADH é importante na
redução da perda de água, diminuindo a micção
e a transpiração, e aumentando a pressão
sanguínea.

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 A hipófise pode funcionar de forma anormal por vários
motivos, traumatismos, doenças infeciosas,
infiltrativas, tumorais ou mesmo defeitos
congénitos.

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 O tumor pode produzir em excesso um ou mais
hormonas hipofisárias ou pode pressionar as
células hipofisárias normais e causar a deficiência
de produção de um ou mais hormonas hipofisárias.

 O tumor também pode causar aumento da hipófise,


com ou sem perturbação da produção hormonal.
Algumas vezes, há produção em excesso de uma
hormona pelo tumor da hipófise e, simultaneamente,
uma deficiência de produção de outro por causa
da pressão.

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 Às vezes, o excesso de líquido cefalorraquidiano
pode preencher o espaço ao redor da hipófise e
comprimi-la (resultando na síndrome da sela turca
vazia). A pressão pode fazer com que a hipófise
produza muitas ou poucas hormonas.

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As doenças que resultam da produção de muitas
hormonas pela hipófise incluem:
 Acromegalia ou gigantismo: hormona do crescimento

 Galactorreia
(a secreção de leite por homens ou por
mulheres que não estão grávidas): Prolactina
 Disfunção erétil: Prolactina

As doenças que resultam da produção de poucas


hormonas pela hipófise incluem:
 Diabetes insipidus central ( consiste na ausência da
hormona vasopressina (hormona antidiurético), o que causa
produção excessiva de urina muito diluída) : Vasopressina
 Hipopituitarismo ( diminuição da atividade da hipófise:)
Múltiplos hormonas

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CONJUNTO HIPOTÁLAMO –
HIPÓFISE

O conjunto Hipotálamo –
Hipófise é uma das
associações mais complexas
do sistema endócrino, pois é
fundamental na coordenação de
toda a resposta endócrina,
estabelecendo assim relações de
controlo mutuo sobre a maioria
das glândulas endócrinas para
atingir a homeostasia corporal.

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 Pois muitas glândulas endócrinas são controladas
pela interação de sinais hormonais entre o
hipotálamo, localizado no cérebro, e a glândula
hipófise, localizada na base do cérebro. Essa interação é
conhecida como eixo hipotálamo-hipófise.

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GLÂNDULAS
 O sistema endócrino é composto
por um grupo de glândulas e
órgãos que regulam e
controlam várias funções do
corpo por meio da produção e
secreção de hormonas. As
glândulas do sistema endócrino
segregam hormonas que se
difundem ou são transportados
pela corrente circulatória a outras
células do organismo, regulando as
suas necessidades.

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 As glândulas endócrinas, também chamadas de
glândulas de secreção interna são capazes de
elaborar complexas substâncias com os ingredientes
que extraem do sangue e da linfa.

 Estes compostos, as hormonas, possuem


qualidades altamente específicas. Cada glândula
endócrina fabrica o seu produto ou produtos
característicos dotados de propriedades físicas,
fisiológicas ou farmacológicas especiais.

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As principais glândulas do sistema
endócrino que individualmente
fabricam um ou mais hormonas
específicos, são:
 Hipotálamo
 Hipófise
 Glândula tireoide
 Glândulas paratireoides
 Células ilhotas do pâncreas
 Glândulas adrenais ou supra renais
 Testículos nos homens e ovários na
mulher (Gónadas)

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Hipotálamo

 Ele faz a ligação entre o sistema nervoso e o


sistema endócrino, atuando na ativação de
diversas glândulas endócrinas e também,
produzindo as hormonas que são
armazenadas na neuro-hipófise. Quando chega
a altura, ele ‘passa a mensagem’ à hipófise
fazendo com que esta liberte as hormonas
necessárias para determinadas partes do
corpo.

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Hipófise

 A hipófise é considerada a glândula mestra. Produz


várias hormonas, entre as quais a hormona do
crescimento. Assim, o crescimento excessivo ou
reduzido pode ser sinal de uma disfunção na
hipófise durante a infância ou adolescência.
 As estimulinas são as hormonas produzidas
pela hipófise, que controlam a atividade de
outras glândulas endócrinas, como, por
exemplo, a tiroide, as suprarrenais, os testículos e
os ovários

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Glândula tiroidea
 A tiroide produz a tiroxina, hormona que controla a
velocidade de metabolismo do corpo. Se ocorrer
hipertiroidismo, isto é, funcionamento exagerado da
tiroide, todo o metabolismo fica acelerado.
 Este quadro favorece o desenvolvimento de doenças
cardíacas e vasculares, pois o sangue passa a circular
com maior pressão. Pode ocorrer o bócio, ou seja, um
“papo” causado pelo crescimento exagerado da tiroide.
Também pode aparecer a exoftalmia.

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 Se a tiroide trabalha menos ou produz menor
quantidade de tiroxina que o normal, ocorre o
hipotiroidismo, e o organismo também se altera.
Aqui, também pode ocorrer o bócio.

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Glândulas paratiroides
 As glândulas paratiroides são quatro pequenas
formações arredondadas ou ovais, de cor amarela,
com poucos milímetros de diâmetro e um peso total
de 25 a 40 mg. Individualmente, são os órgãos mais
pequenos de todo o corpo. Situam-se aos pares na
face posterior dos dois lobos laterais da tiroide, um
em cada lado da traqueia.

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A paratormona (PTH) é uma substância de
natureza proteica que participa no controlo dos
níveis de cálcio no sangue, juntamente com a
calcitonina produzida pela glândula tiroide e pela
vitamina D, pois a paratormona tem tendência para
aumentar os níveis sanguíneos de cálcio, atuando
basicamente a três níveis: sobre os ossos, sobre os
rins e no tubo digestivo.

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Células ilhotas do pâncreas

 Pâncreas é um órgão alongado que se situa


transversalmente na parte superior do abdómen,
estendendo-se do duodeno até o baço. Produz
duas hormonas na regulação da taxa de
glicose no sangue: a insulina e glucagon.
 As células que produzem estas hormonas são
denominadas ilhotas pancreáticas (ou Ilhotas de
Langerhans).

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Glândulas adrenais ou supra renais
 
 As supra-renais, são duas glândulas que se
situam acima dos rins, produzem
adrenalina, também conhecida como
hormona das “situações de emergência”. A
adrenalina prepara o corpo para a ação, ou
seja, em termos biológicos, para atacar ou
fugir.

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Os principais efeitos da adrenalina no organismo
são:
 Taquicardia (o coração dispara e impulsiona mais
sangue para os braços e pernas, dando-nos
capacidade de correr mais ou de nos exaltar mais
numa situação tensa, como uma discussão);
 Aumento da frequência respiratória e da taxa
de glicose no sangue (isso permite que as
células produzam mais energia);
 Contração dos vasos sanguíneos da pele (o
organismo envia mais sangue para os músculos
esqueléticos) – por essa razão, ficamos pálidos de
susto e também “gelados de medo”!

101
Testículos nos homens e ovários na mulher
(Gónadas)
 As gónadas são glândulas sexuais, que
constituem nos ovários (mulheres) e testículos
(homens). Estes gónadas produzem gametas
(óvulos e espermatozóides).

102
Ovários

 Existem dois ovários localizados um de cada lado da


cavidade pélvica. Os ovários produzem duas hormonas
sexuais femininas: o estrógeno e a progesterona. Estas
hormonas participam do desenvolvimento e do
funcionamento dos órgãos genitais femininos e da
expressão das características sexuais femininas.

Incluem:
 Desenvolvimento das mamas;

 Distribuição da gordura nos quadris, coxas e mamas;

 Distribuição de pelos em áreas específicas do corpo;

 Maturação de órgãos genitais;

 Fechamento das cartilagens epifisiais dos ossos longos.

103
Testículos

 Estãolocalizados dentro do escroto. A principal


hormona segregada pelos testículos é a testosterona. O
estímulo para secreção da testosterona é a
hormona luteinizante (LH).

A testosterona auxilia na maturação dos espermatozóides


e é responsável pelas características sexuais masculinas,
tais como:
 Crescimento e desenvolvimento dos órgãos genitais
masculinos;
 Crescimento músculo-esquelético;
 Crescimento e distribuição dos pelos;
 Aumento da laringe, acompanhado por alterações da voz.
104
HORMONAS E REGULAÇÃO
HORMONAL
 Normalmente, uma determinada hormona atua sobre
um número limitado de células, denominadas células
alvo. As células alvo correspondentes a determinada
hormona possuem, na membrana ou no citoplasma,
proteínas denominadas recetores hormonais,
capazes de se combinar especificamente com as
hormonas.

105
 Apenas quando ocorre a combinação correta, as células
alvo exibem respostas características da ação hormonal.
Assim, as hormonas podem atuar em locais distantes do
local onde são segregadas, tendo no local de atuação um
recetor específico. Esta é a forma do organismo
reconhecer a substância hormonal, uma espécie de
mecanismo de chave e fechadura.

106
FEEDBACK NEGATIVO” E
“FEEDBACK POSITIVO”
 As atividades do sistema endócrino são
controladas por mecanismos denominados de
feedback (retroalimentação). O feedback pode
ser negativo ou positivo.

107
Feedback Feedback
negativo positivo
• é o mais • é bem menos
comum no frequente e se
organismo e caracteriza por
tem como possuir um
objetivo limitar estímulo inicial
os excessos no que causa cada
corpo. vez mais
estimulação do
mesmo tipo.

108
CARACTERÍSTICAS DAS
HORMONAS
As hormonas podem ser
classificadas, de acordo com vários
critérios
Fisiológico

Anatómico-Topográfico

Químico

Bioquímico

109
 As hormonas também podem ser classificadas quanto
à sua solubilidade ou considerando os recetores aos
quais se ligam. De acordo com a sua solubilidade, as
hormonas podem ser classificadas

 lipossolúveis (derivadas de

aminoácidos e esteroides)

hidrossolúveis
(proteínas)
110
AÇÃO DAS HORMONAS

Hoje em dia, são conhecidos três mecanismos de


ação relacionados com a forma como é desencadeado
o sinal a partir da libertação de uma dada hormona:
 
Ação Ação Ação
endócrina parácrina autócrina
• a hormona é • a hormona • a hormona
distribuída atua atua na
pelo sangue e localmente mesma célula
liga-se a através da onde foi
células alvo difusão desde produzida.
distantes o local onde foi
produzida até
às células alvo
na sua
vizinhança.
111
O nosso corpo possui uma série de hormonas que garantem o
seu funcionamento adequado.

Entre essas hormonas, podemos citar:

 Hormona antidiurética
 Hormona do crescimento ou somatotrofina

 Ocitocina
 Tiroxina

 Paratormona
 Adrenalina ou epinefrina 

 Insulina 
 Glucagon

112

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