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Parnasianismo…

Realismo…

Simbolismo… IMPRESSIONISMO…

Anexo 2
“Pinto quadros por letras, por sinais”
Nós, 1884

poeta-pintor que capta as impressões da realidade que o


cerca
descreve objectos de forma a despoletar no outro
sensações

efeito aguarela
Impressionismo
“visão do artista”
Liga o realismo extremo das imagens a uma fulgor
simbólico coincidente ( transfiguração do real)
Características temáticas

Binómio CAMPO | CIDADE Oposição PASSADO | PRESENTE


vida morte
natural artificial
liberdade opressão
A humilhação (sentimental | estética | social)

A questão da inviabilidade do Amor na cidade

A preocupação com as injustiças sociais


O sentimento anti-burguês

O movimento deambulatório pela cidade  Poetização do real ( o quotidiano na


poesia) | A “ visão do artista”

Presença obsessiva da figura feminina


A Imagética Feminina

 Mulher Anjo | Mulher Opressora


relacionada com o campo contaminada pela vida urbana
 Mulher Regeneradora : frágil, pura, natural, simples
( representa os valores do campo na cidade)
 Mulher Oprimida : tísica, resignada, vítima da opressão
social urbana, humilhada
 Mulher como sinédoque social
 Mulher objecto : vista enquanto estímulo dos
sentidos carnais, sensuais, como impulso erótico
Características estilísticas

 Realismo visual ( observação terra-a-terra da realidade)

“E os nabos, ossos nus, da cor do leite” “Que vem bater nas faces de uns alperces”
Num Bairro Moderno (1887) Num bairro Moderno (1887)
Características estilísticas

A estrutura narrativa dos seus poemas


Poesia itinerante | estrutura deambulatória
O olhar selectivo: a descrição /evocação do espaço é filtrada pelo olhar
do poeta, profundamente sinestésico ( transfiguração do real )
O contraste LUZ | SOMBRA
A adjectivação (dupla; tripla)
 Técnica descritiva assente nas imagens, nas sinestesias, nas hipálages,
no diminutivo, no advérbio
A enumeração ( os substantivos ao serviço da concretização da
realidade observada, sugerindo acumulação de elementos,
característicos da construção pictórica)
 Uso da oração coordenada assindética, que resulta da técnica de
justaposição de diversas percepções; Linguagem prosaica e coloquial
com que descreve o real
 O rigor da forma ( versos decassílabos; alexandrinos)

“Pinto quadros por letras, por sinais”


Cesário Verde –
O poeta-pintor

Serigrafia de João Vieira


Imagens disponíveis em google.images
Bibliografia

BUESCU, Helena Carvalhão (1997), "Cesário Verde e o


Romantismo", in D icionário do Romantismo Literário Português ,
Lisboa, Editorial Caminho.

COELHO, Jacinto do Prado (1976) , “Cesário Verde, poeta do


espaço e da memória”, in Ao contrário de Penélope, Lisboa,
Bertrand.

CÓIAS, Elisa ( 1983), “Cesário poeta realista?”, Cadernos de


Literatura.

GUIMARÃES, Fernando (1996) , "Cesário Verde", in Dicionário de


Literatura Portuguesa , Lisboa, Editorial Presença.

MACEDO, Hélder (1986), Nós - Uma leitura de Cesário Verde, 3.ª


ed., Lisboa, D. Quixote.

MARTINS, Cabral (1988), Cesário Verde ou a transformação do


mundo, Editorial Comunicação.

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