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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO - UFOP

NUGEO
NÚCLEO DE GEOTECNIA DA ESCOLA DE MINAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA GEOTÉCNICA
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO EM GEOTECNIA DE PAVIMENTOS

CARACTERIZAÇÃO MECÂNICA
- RESISTÊNCIA À TRAÇÃO ESTÁTICA

Aluno: Roner Walisson Ramalho


INTRODUÇÃO:

Tendo em vista à dificuldade de se obter a resistência à tração - RT -


diretamente, diversos métodos indiretos têm sido desenvolvidos para a
sua determinação (Carneiro, 1943; Hawkes e Mellor, 1970; Roberts,
1977; Lama & Vutukuri, 1978).
O professor Lobo Carneiro no Rio de Janeiro, desenvolveu o ensaio
brasileiro de compressão diametral para determinação indireta da
Resistência a tração para concreto de cimento Portland (Carneiro, 1943).

Devidamente pela facilidade e rapidez de execução, mas também pelo fato


de utilizar o mesmo corpo-de-prova cilíndrico e o mesmo equipamento
usado para a obtenção da resistência à compressão do concreto de
cimento Portland, tornou se muito popular no mundo todo.
Tem sido adotado desde 1972 para a caracterização de misturas asfálticas,
porém com a aplicação das forças de frisos de carga no corpo-de-prova
cilíndrico Marshall convencional, visto que eles apresentam superfície lateral
irregular e são bem mais deformáveis.

A configuração desse ensaio considera a aplicação de duas forças


concentradas e diametralmente opostas de compressão em um cilindro que
gerem, ao longo do diâmetro solicitado, tensões de tração uniformes
perpendiculares a esse diâmetro.
Ensaios a 25°C, qualquer idade das misturas
NBR 15087:2004 DNER-ME 138/94

Misturas asfálticas - Determinação da resistência à tração por compressão


diametral.

Esta Norma prescreve o método para determinação da resistência à tração


por compressão diametral de corpos-de-prova cilíndricos de misturas
asfálticas moldados em laboratório ou extraídos de revestimentos
asfálticos de pavimentos.
APARELHAGEM NECESSÁRIA PARA A REALIZAÇÃO DO
ENSAIO DE RESISTÊNCIA A TRAÇÃO

•Prensa mecânica com sensibilidade inferior ou igual a 19,60N e


velocidade do êmbolo de 0,80 ± 0,1 mm/s;
•Estufa para condicionamento dos cps;
•Sistema de refrigeração capaz de manter a temperatura de ensaio
(25ºC);
•Paquimetro para medição das dimensões dos cps;
O ENSAIO É REALIZADO DA SEGUINTE FORMA:

•Medir a altura (H) – média de quatro determinações e o diâmetro (D) –


média de três determinações do cp com o paquímetro;
•Submeter o cp a um condicionamento em estufa, por duas horas, a
25ºC;
•Colocar o cp entre os dois frisos metálicos;
•Ajustar os pratos da prensa para manter a posição do cp;
•Aplicar a carga progressivamente (0,80 ± 0,1mm/s até que ocorra a
ruptura do cp;
•Realizar a leitura no extensômetro (L);
•Multiplicar o valor da leitura pela constante do anel dinamométrico da
prensa utilizada para obtensão da carga de ruptura (F).
Determinar a resistência à tração de corpos de prova cilíndricos de
misturas betuminosas através do ensaio de compressão diametral.

Com o valor da carga de ruptura (F), a RT do corpo de prova é


calculada através da expressão:

H
2F
RT 
πDH
F d
RT  0.064
H
onde,
RT = resistência à tração a – Corda do Friso
F = carga de ruptura (12,7mm)
D = diâmetro do cp F – Carga Aplicada
H = altura do cp
Ensaios a 25º C, qualquer idade das misturas
ENSAIO DE RESISTÊNCIA A TRAÇÃO

Teste de Tração Direta


Uniaxial

NF 98-260-1 / Cilindros /
T: –10 a +15ºC

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