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Callicebus coimbrai

O guigó-de-coimbra-filho, ou
simplesmente guigó, é
um primata endêmico da Mata
Atlântica.
Apresenta hábito diurno e arborícola,
sua localização e visualização são
difíceis. É uma espécie de fácil
adaptação, com uma dieta variada,
alimenta-se de folhas, frutos, insetos.

A estrutura social envolve a formação


de grupos com casais monogâmicos de
longo prazo, fortemente unidos e
altamente territorialistas. Usualmente,
geram uma única prole ao ano.
O guigó-de-coimbra-
filho só ocorre
naturalmente nas
florestas costeiras
(Mata Atlântica) do
Nordeste do Brasil,
em uma área
relativamente
pequena dos estados
de Sergipe e Bahia.
A Mata Atlântica é
certamente um dos
ecossistemas brasileiros com
maior perturbação antrópica
e maiores taxas de ocupação
humana, desde o seu
descobrimento. Atualmente,
com algumas poucas
exceções, somente são
encontrados fragmentos
dispersos, variando em
tamanho e grau de
conservação.
O maior fragmento no
qual a espécie foi
registrada é a Mata do
Crasto, uma reserva
de Mata Atlântica
situada a 90 km de
Aracaju e primeira
Reserva Particular de
Mata Atlântica de
Sergipe.
É atualmente considerado como “ameaçado de extinção” na Lista Vermelha
da IUCN, sendo uma espécie em perigo crítico (CR) que representa um risco
extremamente elevado de extinção na natureza.

Entre a grande variedade de ameaças, tanto naturais quanto humanas, estão


a perda de habitat, opções reprodutivas limitadas e aumento da predação. A
distribuição geográfica natural da espécie também contribui como uma
ameaça.
Quanto às interferências humanas estão:

• Desenvolvimento das áreas no entorno, incluindo a pavimentação de


estradas e na promoção do turismo;

• Aumento da exploração madeireira;

• Áreas convertidas em pastos para pecuária, entre outros.

Todas essas atividades contribuem para uma elevada fragmentação do


habitat, que limita o tamanho das populações reprodutivas e consequente
limitação da diversidade genética da espécie. Há também um maior risco
de predação devido ao deslocamento de um fragmento para o outro.
A ameaça biológica primária para ele vem a partir do seu
comportamento de acasalamento.
Enquanto os membros juvenis das espécies permanecem em
seus grupos natais, na maturidade sexual saem e vivem
independentes.
Juntamente com a fragmentação do habitat enfrentado pela
espécie, este comportamento limita o número de indivíduos
sexualmente maduros em cada fragmento da população,
limitando as opções reprodutivas.
O guigó faz parte de um Plano de Ação Nacional
de conservação de espécies, o chamado PAN
Primatas do Nordeste. Tem como objetivo
garantir pelo menos cinco populações viáveis
para cada espécie-alvo, aumentando a área e a
conectividade dos habitats diminuindo os
conflitos socioambientais na áreas de
ocorrência, até 2016.

Entre as espécies estão: Alouatto belzebul,


Callicebus barbarabrownae, Cebus flavius,
Cebus xanthosternos e o Callicebus coimbrai.
Estudos recentes têm
demonstrado que, devido a
tolerância para perda e
fragmentação do habitat, a
espécie tem uma projeção
positiva. No entanto, medidas
que evitem o desmatamento e
fragmentação da Mata Atlântica
ainda se fazem extremamente
necessárias, além da
implementação de planos que
ajudem a sustentabilidade da
espécie.

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