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- O crescimento e desenvolvimento depende, dentre outros fatores, da produção do hormônio GH (growth hormone), que é produzido na
hipófise.
- O crescimento e desenvolvimento consiste na adição organizada de novo tecido desde a fase intrauterina até a idade adulta.
Fatores Etiológicos
- Os Fatores Etiológicos para as anomalias podem ser:
1) de origem Genética (ou herdados ou mutagênicos);
2) de origem Congênita
3) de origem Ambiental
4) de origem Infecciosa; ex: rubéola, escarlatina, influenza A...
5) originada de Lesões Físicas; ex: radiação, pressão...
6) de origem Nutricional;
7) de origem Respiratória; ex: hipóxia, excesso de dióxido de Carbono, CO, etc.
8) originada do uso de Agentes Teratogênicos; ex: álcool, cortisona...
9) originada do uso de Drogas ou outras Substâncias Químicas; ex: imipramina (que é um antidepressivo), metronidazol (anti-amebíaco),
talidomida (anti-hanseníaco);
B) Gigantismo
- O gigantismo é um transtorno que ocorre quando a hipófise passa a produzir excessivamente o hormônio do crescimento (GH). É um quadro
de crescimento desordenado, principalmente nos braços e nas pernas, sendo acompanhado de crescimento correspondente na estatura.
- Pode surgir ainda na infância, antes da finalização do processo de calcificação, ou durante a puberdade, quando falhas genéticas impedem a
calcificação normal desta fase. Em ambos os casos, ocorre uma superprodução do hormônio do crescimento, ocorrendo assim, o quadro de
gigantismo.
C) Acromegalia
- A acromegalia é um transtorno relacionado ao gigantismo, que ocorre devido à produção excessiva do hormônio de crescimento já na fase
adulta (fase na qual as cartilagens de crescimento já se encontram fechadas). Neste caso, ocorre crescimento exagerado nas mãos, pés e
queixo.
- Assim como o Gigantismo, pode estar relacionado à Síndrome de McCune-Albright;
- Pode gerar complicações secundárias, tais como: macrodontia verdadeira generalizada, neuropatias periféricas, osteoporose, doenças
pulmonares e morte precoce.
Toro Palatino
- O toro palatino é uma exostose comum que ocorre na linha média do palato duro. Normalmente são pequenos com no máximo 2 cm de
diâmetro, e com o passar dos anos pode aumentando de volume. A característica clínica do toro palatino é de uma massa dura de osso na
linha média do palato duro.
- Em geral não é dolorido apesar de que em alguns casos pode ulcerar devido a algum trauma.
- Mais frequente em asiáticos. Proporção homem mulher = 2:1. Prevalência na população é de 20 a 35%;
- Etiologia mista: herança genética + fatores ambientais + outros;
- Diagnóstico é clínico (inchaço no palato duro, comumente em forma de “lojas”) e radiográfico (massa radiopaca);
Toro Mandibular
- O toro mandibular se forma ao longo da superfície lingual da mandíbula sobre a linha miloióidea na região dos pré-molares. Pode ocorrer em
ambos os lados em 90% dos casos. Eles podem aparecer em radiografias periapicais e nas radiografias oclusais são facilmente visualizados
(áreas radiopacas).
- Indolor
- Cirurgia é plástica e cosmética;
- Prevalência de 7 a 10%. Maior predileção em homens jovens adultos. Mais em etnia asiática.
Fissuras Orofaciais
- Pode ser um defeito de fusão do processo nasal mediano com o processo maxilar, resultando numa fissura labial (FL); a maioria cos casos de
FL são unilaterais de lado esquerdo. Mais frequente em mulheres. Cirurgia é feita em 3 meses.
- Ou pode ser um defeito nas prateleiras palatinas, resultando numa fissura palatina (FP); 1 em cada 2500 nascidos vivos. Cirurgias mais
extensas.
- Não raro há acometimento duplo, ou seja fissuras lábio-palatinas (FLP); prevalente em homens, e etnia branca.
- Para as FP e FLP, em radiografias vê-se área radiopaca no palato, potenciais dentes inclusos perto da falha, e solução de continuidade no
palato.
- Possíveis causas: suprimento vascular deficiente, infecções, hereditariedade, distúrbio mecânico da língua, substâncias circulantes tóxicas,
ausência de força inerente de desenvolvimento.
- Problemas associados: aparência clínica, dificuldade de alimentação, fonação, má-oclusão, problemas dentários.
- Tratamento é multidisciplinar, envolve cirurgia, pediatria, psicologia, ortodontia, etc. Quanto mais precoce o tratamento, melhor.
- Etiologia: desequilíbrios hormonais, anomalias cromossômicas, alteração localizada do desenvolvimento intra-uterino, anomalias linfáticas,
anomalias vasculares, anomalias neurogênicas.
- Tratamento: Cirurgias, cirurgias plásticas, neurologista, pediatra, fonoaudiologia, bucomaxilofacial, odontopediatria, ortodontia, prótese,
patologia, aconselhamento genético.
- Hipoplasia hemifacial: proporção mulheres-homens = 2:1, nota-se na puberdade.
- A anomalia dependerá: de qual fase da formação dentária houve algum tipo de erro/problema.
- Essas anomalias acima podem ser fatores etiológicos para: diastemas, giroversão, mordida cruzada, apinhamento, problemas periodontais,
problemas estéticos e funcionais, cistos e tumores.
Microdontia:
- A microdontia generalizada verdadeira está correlacionada com o nanismo;
- Também há caso generalizado relativo;
- Há casos isolados;
- Clinicamente: dentes menores em tamanho;
Macrodontia:
- A macrodontia generalizada verdadeira está associada com o gigantismo;
- Também há caso generalizado relativo;
- Há casos isolados;
- Clinicamente: dentes costumam ser maiores e bem mais largos do que o usual;
Geminação:
- Quando o germe dental se divide durante o período de evolução, dando origem a uma coroa dupla;
- Radiograficamente, normalmente haverá uma descontinuidade da borda oclusal/incisal do dente;
Fusão:
- Dois dentes (distintos) são unidos pela dentina e esmalte, sendo que as polpas podem ou não estar unidas.
- Incidência é de 0,5%;
- A diferença de fusão e de germinação: se dois dentes unidos forem contados como 1 , na fusão haverá uma redução do número total de
dentes da arcada, mas na germinação a contagem é normal.
Concrescência:
- União de dois dentes pelo cemento radicular, fazendo com que o dente tenha 2 coroas e 1 raíz.
Dens-in-dente:
- Alteração de desenvolvimento dos dentes originada pela invaginação na superfície da coroa de um dente antes de
ter ocorrido sua calcificação.
- Patogenia: proliferação ativa de uma área localizada do epitélio odontológico em direção à papila dentária.
- Incisivos superiores são os mais acometidos.
Dilaceração
- Curvatura proeminente da coroa ou raíz dental, provavelmente o trauma durante a odontogênese seja o fator
etiológico mais acentuado para sua ocorrência.
Taurodontismo
- Coroa dentária longa, câmara pulpar grande e raízes pequenas.
- Há casos isolados ou associados à amelogênese imperfeita;
Pérolas no esmalte:
- Pequena massa focal excessiva de esmalte na superfície de um dente, junto à bi ou trifurcação de raízes.
- Grupos de ameloblastos deslocados.
Anomalias do Nº de dentes
Dentes supranumerários:
- Existência de um elemento dental a mais que o normal, podendo ele se assemelhar ou não a um grupo dental;
- Problemas: impacção dos dentes permanentes, desvio do germe do permanente, apinhamento, má-oclusão, reabsorção da raíz do
permanente, lesões císticas, odontomas e fístulas;
- Incidência: 3%. Duas vezes mais frequente em homens.
- Tratamento: remoção cirúrgica do dente permanente, correção ortodôntica, manutenção do supranumerário com acompanhamento
frequente.
Displasia cleidocraniana:
- Ausência dos ossos claviculares;
- Há consequências odontológicas: supranumerários, impacção e desordens da cronologia de irrupção.
Síndrome de Gardner:
- Dentes não-irrompidos, supranumerários, odontomas compostos, cístis dentígeros, hipercementoses, prognatismo mandibular, palato
estreito e arqueado.
Dentes de Hutchinson:
- Hipoplasia devido à sífilis congênita;
- Incisivos de Hutchinson: dentes em forma de chave de fenda;
- Molares em amora: massa aglomerada em glóbulos;
- Molares de fournier;
Hipoplasia de esmalte:
- Tipos:
Hipoplásico: formação deficiente na matriz;
Hipocalcificado: hipomineralização;
Hipomaturação: cristais do esmalte imaturos;
Amelogênese imperfeita:
- Amelogênese imperfeita é uma alteração dentária de caráter hereditário que afeta o esmalte. Ela pode afetar de um a todos os dentes das
dentições decíduas e permanentes.
- Tem caráter genético, consequentemente não é possível a realização de um tratamento preventivo nesses pacientes, logo, a terapia é
voltada para a reabilitação estética e funcional.
Dentinogênese imperfeita:
- Raízes curtas e cônicas, obliteração precoce total ou parcial das câmaras pulpares e dos canais radiculares;
- 1 caso a cada 8000 nascidos vivos.
Displasia dentinária:
- Dentes sem raízes (autossômica dominante);
- Formação de dentina atípica com morfologia pulpar anormal; raízes cônicas, rombas, curtas e/ou malformadas;
- Displasia dentinária radicular: 1 a cada 100.000 nascidos vivos. Mobilidade ou exfoliação prematuras, ou raízes ausentes.
- Displasia dentinária coronária: coroas bulbosas, constrição cervical, translucidez coronária, raízes delgadas, obliteração pulpar precoce e
nódulos pulpares.
Odontodisplasia:
- Dentes fantasmas, odontogênese imperfeita, etiologia desconhecida.
- Mutação somática, vírus latente no epitélio odontogênico que, subsequentemente, torna-se ativo durante o desenvolvimento do dente
opalescente e translúcido.
Anomalias de Irrupção
Irrupção retardada:
- Fatores sistêmicos: raquitismo, cretinismo, displasia cleidocraniana.
- Fatores locais: fibromatose gengival;
- O não-irrompimento dental pode ser consequência da ausência de espaço, dentes volumosos, obstáculo causado pelo dente vizinho,
supranumerários e tumores.
- Complicações: desvios de dentes, manifestações neurológicas, manifestaç~ies tumorais, manifestações infecciosas.
- Classificação de Winter: usado para classificar dentes não-irrompidos. Mesioangular, distoangular, vertical, horizontal, transverso.
- Etiologia da impacção dos 3ºos molares: multifatorial! Sendo uma junção da fatores genéticos, falta de espaço, retardo de crescimento,
direção de irrupção, influência da linha oblíqua.
2) Querubismo:
- Desordem genética hereditária;
- Expansão assintomática;
- É bilateral sempre;
- Pode acometer mandíbula e/ou maxila, mas há predileção pelo ângulo da mandíbula;
- Afeta o olhar do indivíduo, que passa a ficar olhando mais para cima do que o normal. Isso se dá porque o assoalho da órbita é empurrado
pelos inchaços do seio maxilar, levando a um desvio do globo ocular em si.
- Diagnóstico já é possível aos 7 anos de idade, mas sinais não são presentes ao nascimento;
- Classificação em graus:
GRAU 1 = ambos os ramos ascendentes
GRAU 2 = ambos os ramos ascendentes, e uma tuberosidade;
GRAU 3 = envolvimento da maxila e mandíbula, exceto os côndilos;
GRAU 4 = envolvimento da maxila e mandíbula + assoalho da órbita afetado;
- Cura-se sozinho depois da puberdade ou juventude, mexer no paciente será pior pois pode gerar fraturas.
- Radiograficamente, vê-se áreas radiolúcidas multiloculadas; em outras palavras, altos “favor de mel” espalhados de forma generalizada pelos
ossos da região crânio-facial, somado a irregularidade da posição e da presença dos dentes;
- Dentes podem deslocar-se ou impactar-se nas lojas;
- Há expansão das corticais e distorção alveolar;
3) Doença de Paget:
- Osteíte deformante: processo inflamatório que gera alterações ósseas;
- Geralmente assintomático;
- Etiopatogenia desconhecida;
- Início tardio (35 ~ 50 anos);
- Diagnóstico é através de exames laboratoriais, arqueamento e cintilografia;
- Aspectos radiográficos: em fase inicial, há áreas radiolúcidas mal-delimitadas com focos radiopacos; em fases tardias, há regiões que ficam
muito radiopacas (brancas ao Raio x).
4) Lesões Fibroósseas:
- Processo que ocorre substituição do osso normal por tecido fibroso;
- Mexer na lesão comumente gera osteomielite;
Displasias Fibrosas:
- Anomalia do tecido mesenquimal, inviabilizando a produção de osso lamelar maduro;
- É autolimitante;
- Acomete 1ªs e 2ªs décadas de vida;
- Crescimento da lesão é lenta e contínua;
- Pode ser monostótica (afeta um único osso) ou poliostótica (afeta diversos ossos, tanto da crânio-face quanto osso longos); mas nunca
transita entre uma fase e outra.
- Na fase monostótica:
Aumento de volume assintomático;
Deslocamento dentário;
Não tem reabsorção dental;
Pode causar assimetria e invadir seios maxilares;
Há 3 “momentos”: áreas ficam radiolúcidas, depois, com aspecto de vidro despolido, e, por fim, áreas ficam radiopacas.
- Na fase poliostótica:
Mutação se dá em idades mais precoces;
Há deformação do osso fêmur;
Associada à Síndrome de McCune-Albright;
Há inchaço muito grande visto externamente;
Fundo de sulco desaparece;
D.C.O. Periapical:
-Acomete o periápice dos dentes;
- Radiograficamente: múltiplos dentes com aspecto de cisto periapical;
D.C.O. Focal:
- Acomete o corpo da mandíbula;
- Sempre associada a dentes;
- Lembra um cisto, só que o dente vitimado continua vital;
6) Fibroma ossificante:
- É uma neoplasia benigna;
- É preciso fazer biópsia para confirmar o diagnóstico;
- Crescimento lento e assintomático;
- Há subtipo “fibroma ossificante juvenil”;
- Bem delimitado;
- Circular ou oval;
- Há 3 fases: radiolucência, radiopacidade puntiforme, radiopacidade.
OBSs aleatórias:
- Diferenciando ROPC de um cisto grande sem halo: simplesmente faz-se uma endodontia e aguardar. Se curar, é porque se tratava mesmo de
um granuloma; se não curar, é porque é um cisto, será preciso fazer enucleação.
- Imagem radiolúcida sobreposta a outra imagem mais radiolúcida ainda, o que significa? Significa que houve perda óssea cortical na vestibular
E na palatina (ou lingual).
Cistos odontogênicos:
1) Queratocisto
- Tem paraqueratina;
- É benigno e encapsulado;
- O problema é a recidiva;
- Crescimento do cisto não causa “inchaço” externo;
- Geralmente é caracterizado radiograficamente como radiolucência no ângulo da mandíbula; podendo ser uni ou multi-
loculado;
- Queratocisto vs Ameloblastoma: usa-se crioterapia para ambo os casos.
2) Cisto Residual
- Geralmente é quando há exodontia;
- Só leva esse nome quando não há nenhum dente associado;
3) Cisto Radicular
- Há expansão cortical;
- Bem-delimitado, halo radiopaco;
- Associada à ápice de algum dente;
- Fratura: solução de continuidade em ossos e dentes; Melhor tratamento é a imobilização; Fraturas de mandíbula são comuns;
- Disjunção: ruptura esquelética seguindo as suturas craniofaciais;
- Luxação: ocorre em articulações, deslocamento das estruturas que compões uma articulação e que não permitem o retorno à sua posição
original; comum ocorrer em ATM.
2) Causas eficientes.
- Traumatismo acidental ou cirúrgico capaz de causar fraturas;
B) Quanto à severidade:
- Simples: há fratura no osso, sem exposição do mesmo para o ambiente externo;
- Exposta: osso fratura-se e fica exposto externamente;
D) Quanto ao comprometimento:
-- Parcial (apenas “trinca” em um osso);
-- Completa (separação de partes de um osso). Este tipo subdivide-se em: Simples (1 osso quebra-se em 2 partes), Múltipla (1 osso quebra-se
em várias partes), ou Cominutiva (osso esfarela-se);
-- Incompleta (conhecida como “fratura em galho verde”, pois as partes que se dividiram não perdem por completo o “contato”, mas
continuam unidas por algumas fibras; comum ocorrer em crianças, cujos ossos ainda não sofreram maturação completa);
OBS: durante a odontogênese, a mandíbula fica mais aberta a fraturas do que o normal, pois as zonas de formação do órgão dentário ocupam
espaço que normalmente haveria osso, com tecidos menos resistentes.
Técnicas:
- Radiografias convencionais ou digitais (intra ou extraorais);
- Tomografias;
- Métodos radiográficos de localização;
- Radiografias conjugadas;
A localização destas estruturas no complexo dento-maxilo-mandibular é de fundamental importância em virtude das estruturas e funções
nobres ali sediadas.
As iatrogenias são a principal causa de presença de corpos estranhos nos pacientes. A utilização crescente de radiografias panorâmicas
aumentou o número de achados radiográficos relacionados a corpos estranhos.
Limitações:
- Artefatos de imagens (imagens fantasmas);
- Resíduos no cilindro e chassi porta-filme;
- Processamento radiográfico;
- Acidentais Extraordinários: projéteis, pregos, alfinetes, joias, grampos, clips, brinquedos (acidentalmente ingeridos por crianças), etc.