Você está na página 1de 46

Microeconomia A III

Prof. Edson Domingues


Tópicos Aula 4

 Equilíbrio Geral na Caixa de


Edgeworth
 Eficiência na Produção
 Economia com um consumidor e uma
firma
 Ganhos do Livre Comércio
Referências

 PINDYCK, R. S., RUBINFELD, D.L.


Microeconomia. São Paulo: Prentice Hall,
2002. (quinta edição)
 capítulo 16

 VARIAN, H. Microeconomia: princípios


básicos. Rio de Janeiro: Campus,1994.
(segunda edição americana, 1a. reimpressão)
 capítulo 28
Eficiência na Produção

 Suponha:
 Oferta total fixa de dois insumos; mão de obra
e capital
 Produção de dois produtos; alimento e
vestuário
 Número grande de indivíduos que possuem e
vendem insumos para auferir renda
 A renda é totalmente gasta em alimento e
vestuário
Eficiência na Produção

 Observações
 Ligação entre oferta e demanda (renda
e despesas)
 As mudanças no preço de um insumo
acarretam mudanças na renda e na
demanda, o que implica um efeito de
retroalimentação.
 Uso da análise de equilíbrio geral com
efeitos de retroalimentação.
Eficiência na Produção

 Produção na Caixa de Edgeworth


 A Caixa de Edgeworth pode ser usada
para medir as quantidades de insumos
de um processo produtivo.
Eficiência na Produção

 Produção na Caixa de Edgeworth


 Cada eixo mede a quantidade de um
insumo
 Horizontal: Mão de obra, 50 horas

 Vertical: Capital, 30 horas


 Cada origem representa um produto
 OA = Alimento
 OV = Vestuário
Eficiência na Produção
Eficiência
A é ineficiente Mão de obra na produção de vestuário

50L 40L 30L é preferida20L


A área sombreada aA 10L 0C
B e C são eficientes
30K
A curva de contrato de produção mostra

todas as combinações eficientes 80A

25V
D
10V
20K 10K
30V Capital
na produção
Capital de vestuário
na produção
de alimento C
Cada ponto mede quantidades B
10K
de insumos na produção 20K
A: 35L e 5K--Alimento
B: 15L e 25K--Vestuário
Cada isoquanta mostra as
A
combinações de insumos 60A
para determinada produção
Alimento: 50, 60, & 80 50A 30K
0F
Vestuário: 10, 25, & 30 10L 20L 30L 40L 50L

Mão de obra na produção de alimento


Eficiência na Produção

 Equilíbrio do Produtor em um
Mercado de Insumos Competitivo
 Os mercados competitivos levam a um
ponto de produção eficiente.
Eficiência na Produção
 Observações sobre o Mercado Competitivo
 O salário (w) e o preço do capital (r) são idênticos para
todas as indústrias.
 Minimização do custo de produção
 MPL/MPK = w/r
 w/r = TMgSTLK
 TMgST = inclinação da isoquanta
 O equilíbrio competitivo está situado sobre a curva de
contrato de produção.
 O equilíbrio competitivo é eficiente.
Eficiência na Produção
Mão de obra na produção de vestuário
50L 40L 30L 20L 10L 0C
30K
80F

25C
D
10C
20K 10K
30C Capital
na produção
Capital de vestuário
na produção
de alimento C
B
10K 20K
Descreva o processo de ajustamento
que levaria os produtores de A a B ou C.
A
60F
50F 30K
0F 10L 20L 30L 40L 50L

Mão de obra na produção de alimento


Eficiência na Produção

 A Fronteira de Possibilidades de
Produção
 Mostra as possíveis combinações de
alimento e vestuário que podem ser
produzidas a partir de quantidades fixas
de mão de obra e capital.
 Deriva da curva de contrato
Fronteira de Possibilidades de Produção

Vestuário Por que a fronteira de possibilidades


(unidades)
de produção é negativamente
OA inclinada? Por que ela é côncava?
60

B, C, & D são
B outras possíveis
combinações.

C
A
A é ineficiente. O triângulo ABC
também é ineficiente devido a
OA & OV D distroções no mercado de trabalho.
são casos
extremos.
OV
Alimento
100 (unidades)
Fronteira de Possibilidades de Produção

Vestuário
(unidades)
OA B
60
1V
1A
TMgT = CMgF/CMgC
B
D
C 2V
A
1A

A taxa marginal de
transformação (TMgT) D
é a inclinação da
fronteira em cada ponto.
OV
Alimento
100 (Unidades)
Eficiência na Produção

 Eficiência na Produção
 Os bens devem ser produzidos ao custo
mínimo e em combinações que os
indivíduos estejam dispostos a adquirir.
 Devemos ter produção eficiente e
alocação eficiente no sentido de
Pareto
 Ocorre quando TMgS = TMgT
Eficiência na Produção

 Suponha
 TMgT = 1 e TMgS = 2
 Os consumidores trocariam 2 unidades de
vestuário por 1 de alimento
 O custo de produzir 1 unidade de alimento é 1
unidade de vestuário
 A quantidade de alimento produzida será muito
baixa
 A produção de alimento deverá aumentar
(TMgS cai e TMgT aumenta)
Eficiência na Produção
Vestuário Como podemos encontrar a
TMgS = TMgT
(unidades) combinação para a qual
TMgS = TMgT no caso de muitos
60 consumidores com diferentes
curvas de indiferença?

Fronteira de Curva de
Possibilidades C
Indiferença
de Produção

Alimento
100 (Unidades)
Eficiência na Produção

 Eficiência nos Mercados Produtivos


 Alocação do orçamento do consumidor
TMgS  PA PV
 Maximização de lucro pela firma
PA  CMg A e PV  CMg V
CMg A PA
 TMgT    TMgS
CMg V PV
Competição e Eficiência na Produção
Vestuário PA1 / PV1  TMgT em A(V1, A1 ) A escassez de
alimento e excesso
(unidades) de vestuário causam
o aumento do
preço do alimento e a
60 redução do preço do
A
V1 vestuário.

B
V2
C U2
V*
O ajustamento continua
até que
PA = PA* e PV = PV*;
U1 TMgT = TMgS; QD = QS para
alimento e vestuário.

Alimento
A1 A* A2 100 (Unidades)
Os Ganhos do Livre Comércio

 Vantagem Comparativa
 O país 1 tem uma vantagem
comparativa sobre o país 2 na produção
de um bem se o custo de produção
daquele bem, relativamente ao custo de
produção de outros bens, for menor no
país 1 do que no país 2.
Os Ganhos do Livre Comércio

 Vantagem Comparativa
 A vantagem comparativa é uma medida
relativa, e não absoluta.
 Um país com vantagem absoluta na
produção de todos os bens não terá
vantagem comparativa na produção de
todos os bens.
 Exemplo: Holanda e Itália produzem
queijo e vinho
Horas de Mão-de-Obra Necessárias para
Produção

Queijo Vinho
(1 lb.) (1 gal.)

Holanda 1 2
Itália 6 3

A Holanda tem vantagem absoluta


na produção de ambos os produtos.
Horas de Mão-de-Obra Necessárias para
Produção

Queijo Vinho
(1 lb.) (1 gal.)

Holanda 1 2
Itália 6 3
A Holanda tem vantagem comparativa
na produção de queijo: o custo do queijo no país
é 1/2 do custo do vinho, enquanto que na Itália o custo
do queijo é o dobro do custo do vinho.
Horas de Mão-de-Obra necessárias para
Produção

Queijo Vinho
(1 lb.) (1 gal.)

Holanda 1 2
Itália 6 3

A Itália tem vantagem comparativa no vinho,


cujo custo é metade do custo do queijo.
Horas de Mão-de-Obra necessárias para
Produção

Queijo Vinho
(1 lb.) (1 gal.)

Holanda 1 2
Itália 6 3
Com comércio: suponha PV = PQ na Holanda & Itália.
A Holanda pode dispor de 24 horas de mão de obra,
podendo produzir:
-- produção máx. de vinho = 12 gals;
-- produção máx. de queijo = 24 lbs. ;
-- ou uma combinação dos dois bens
Horas de Mão-de-Obra necessárias para
Produção

Queijo Vinho
(1 lb.) (1 gal.)

Holanda 1 2
Itália 6 3
Com comércio: a Itália produz 8 gal. e
vende 6; consome 6 lbs. e 2 gals.
Sem comércio: 3 lbs. e 2 gals.
Os Ganhos do Comércio
Sem comércio: produção &
Queijo
Preços consumo da Holanda em A.
(libras) TMgT = PV/PQ = 2
mundiais Preços
antes do Com comércio (supondo preço
comércio relativo PV = PQ): Produção em
CB B, TMgT = 1
B
Consumo em D após o comércio.
A Holanda importa vinho e
exporta queijo.

A D
CD
U2
Quem ganha e quem
U1
perde com o comércio?

Vinho
WB WD (galões)
A Eficiência dos Mercados
Competitivos — Uma Visão Geral

 Condições Necessárias para a


Eficiência Econômica
 Eficiência nas Trocas

J K
TMgS AV  TMgS AV
A Eficiência dos Mercados
Competitivos — Uma Visão Geral

 Condições Necessárias para a


Eficiência Econômica
 Eficiência nas Trocas (para um
mercado competitivo)

J K
TMgS AV  PA / PV  TMgS AV
A Eficiência dos Mercados
Competitivos — Uma Visão Geral

 Condições Necessárias para a


Eficiência Econômica
 Eficiência na Utilização dos Insumos
na Produção

A V
TMgSTLK  TMgSTLK
A Eficiência dos Mercados
Competitivos — Uma Visão Geral

 Condições Necessárias para a


Eficiência Econômica
 Eficiência na Utilização dos Insumos
na Produção (para um mercado
competitivo)
A V
TMgSTLK  w/ r  TMgSTLK
A Eficiência dos Mercados
Competitivos — Uma Visão Geral

 Condições Necessárias para a


Eficiência Econômica
 Eficiência no Mercado de Produto

TMgTAV  TMgS AV (para todos os consumidores)


A Eficiência dos Mercados
Competitivos — Uma Visão Geral

 Condições Necessárias para a


Eficiência Econômica
 Eficiência no Mercado de Produto
(em um mercado competitivo)

PA  CMg A , PV  CMg V
TMgTAV  CMg A / CMgV  PA / PV
A Eficiência dos Mercados
Competitivos — Uma Visão Geral

 Condições Necessárias para a


Eficiência Econômica
 Mas os consumidores maximizam
sua satisfação em mercados
competitivos apenas se
PA / PV  TMgS AV (para todos os consumidores)
Logo, TMgS AV  TMgTAV
Produção e Teoremas de Bem-Estar

 Primeiro Teorema
 Se todas as firmas maximizam lucro, todo
equilíbrio competitivo é eficiente de Pareto.
 Considerações
 Maximização lucro implica eficiência mas

não “distribuição justa”


 Equilíbrio competitivo deve existir

 Não há externalidades de produção ou

de consumo
 Não pode haver retornos crescentes de

escala generalizados
Produção e Teoremas de Bem-Estar

 Segundo Teorema
 Qualqueralocação eficiente de Pareto é
um possível equilíbrio competitivo.
 Hipóteses
 Preferências dos consumidores
devem ser convexas (como antes)
 Conjuntos de produção das firmas
devem ser conexos (com produção)
Produção e Teoremas de Bem-Estar

 Segundo Teorema
 Implicações
 Qualquer alocação eficiente
desejável pode ser obtida com
redistribuição das dotações e
mercados competitivos
 Dificuldades práticas significativas
para realizar redistribuição adequada
de dotações
Por que os Mercados Falham?

 Poder de Mercado
 Em um monopólio no mercado de
produto, RMg < P
CMg = RMg
Nível de produção menor do que num
mercado competitivo
Recursos são alocados para outros
mercados
Alocação ineficiente
Por que os Mercados Falham?
 Poder de Mercado
 Monopsônio no mercado de trabalho
Oferta de trabalho restrita para a
produção de alimento
wA aumenta, wV cai
Na produção de vestuário:

TMgST V
LK  wV / r
Na produção de alimento:

TMgST A
LK  wA / r  wV / r  TMgST
V
LK
Por que os Mercados Falham?

 Informação Incompleta
 Falta de informação cria uma barreira à
mobilidade dos recursos.
 Externalidades
 O consumo ou a produção de um bem cria
custos ou benefícios que afetam terceiros,
modificando os custos e benefícios de suas
decisões e criando ineficiências.
Por que os Mercados Falham?

 Bens Públicos
 Os mercados tendem a ofertar bens
públicos em quantidades insuficientes,
devido às dificuldades na mensuração
do consumo desses bens.
Resumo
 A análise de equilíbrio parcial pressupõe que o
mercado de interesse não afete outros
mercados, enquanto que a análise de equilíbrio
geral examina todos os mercados
simultaneamente.
 Uma alocação é eficiente quando não é possível
aumentar o bem-estar de nenhum consumidor
através de trocas sem que o bem-estar de
algum outro consumidor seja reduzido.
Resumo

 Um equilíbrio competitivo
corresponde a um conjunto de
preços e quantidades determinados
de tal forma que, dadas as escolhas
de cada consumidor, a demanda
iguala a oferta em todos os
mercados.
Resumo

 Dado que um equilíbrio competitivo não é


necessariamente eqüitativo, o governo pode
estar disposto a atuar no sentido de
redistribuir riqueza dos ricos para os pobres.
 Uma alocação de insumos de produção é
tecnicamente eficiente se a produção de um
bem não pode ser aumentada sem que a
produção de algum outro bem seja reduzida.
Resumo

 A fronteira de possibilidades de produção


apresenta todas as alocações eficientes
em termos dos níveis de produção que
podem ser obtidos a partir de determinada
quantidade de insumos.
 A eficiência na alocação dos bens entre os
consumidores é alcançada somente
quando a TMgS de um bem pelo outro no
consumo é igual à TMgT de um bem pelo
outro na produção.
Resumo

 O livre comércio internacional


expande a fronteira de possibilidades
de produção dos países.
 Os mercados competitivos podem
ser ineficientes por quatro razões
distintas.

Você também pode gostar