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Tópicos a serem discutidos

Tipos de Inputs físicos utilizados no


processo produtivo

Há que distinguir entre dois grupos de inputs:

1 – Materiais consumíveis no processo de


transformação

2 – Materiais de utilização permanente

Exemplos ??
Tipos de Inputs físicos utilizados no
processo produtivo
1 – Materiais consumíveis no processo de
transformação:
- nelas incluem-se matérias-primas e de consumo,
bem como quaisquer outros materiais que são
objecto de processamento interno da empresa.

Em contabilidade geral são classificados nas


diversas contas de existências, com excepção dos
produtos acabados.
Tipos de Inputs físicos utilizados no
processo produtivo
2 – Materiais de utilização permanente:
- Aqueles que não são consumidos no processo de
fabrico, mantendo-se ao serviço desse processo.

É aqui que englobamos os edifícios, os equipamentos


(máquinas e ferramentas), o material de transporte e
mesmo o equipamento administrativo

- aqui encontramos os elementos patrimoniais


geralmente classificados como imobilizações em
contabilidade geral.
Gestão de Stocks
Objectivos da gestão de stocks:

1 – prover à procura do consumidor,


- estar preparado para responder às solicitações
das entidades externas (consumidor) e das
entidades internas (departamento que processa ou
vende)
- prestar um serviço satisfatório ao consumidor
Gestão de Stocks
Objectivos da gestão de stocks:

2 – Alisar o processo de fabrico e facilitar o


processamento interno:

- criar condições para minimizar a incerteza


Gestão de Stocks

Objectivos da gestão de stocks:

3 – Comprar da forma mais económica

- Comprar na quantidade e no momento mais


oportuno em termos de preço e outras condições
de compra, bem como de quantidade.
Gestão de Stocks
Objectivos da gestão de stocks:
4 – Evitar a falta de vendas por ausência de produto

- evita a não efectivação de uma venda por falta de


produto em stock

- evitar danos emergentes, como seja, por exemplo, a


afectação negativa da imagem da empresa junto de dado
cliente que poderá optar por não fazer futuras compras
nessa empresa.
Conceitos básicos da gestão de stocks
Variáveis básicos a ter em conta em qualquer tipo de gestão de
stocks:
1 – Procura
2 – Custo do item
3 – Custos
3.1 – Custo de encomenda
3.2 – Custo de detenção ou stockagem
3.2.1 – Custo de capital
3.2.2 – Custo de armazenagem
3.2.3 – Custo de obsolescência, deterioração ou quebras
3.3 – Custo de ruptura
4 – Tempo de estrega
Conceitos básicos da gestão de stocks

1 – Procura:
Quanto e quando vai ser necessário ter disponível
um dado item

Conhecer o comportamento da procura é a chave


de todo o processo

Porque a função do stock é ser capaz de responder


às solicitações da procura
Conceitos básicos da gestão de stocks
2 – Custo do item:

Custo de aquisição ou produção do item em causa

Incluindo as condições especiais de compra (Ex: a


nível de desconto de quantidade) que possam
existir
Conceitos básicos da gestão de stocks
3 – Custos:

Quanto custa encomendar , possuir e não ter


determinado item.

Estamos perante três tipos de custos:


3.1 - Custo de encomenda
3.2 - Custo de detenção ou stockagem
3.3 - Custo de ruptura
Conceitos básicos da gestão de stocks

3.1 – Custo de encomenda:

Envolve custos relacionados com a colocação da


encomenda junto do fornecedor, transporte e recepção
da mesma.

Os custos aqui agregados incluem: custos


administrativos, transportes, seguros e movimentações
de carga e descarga e acondicionamento nos armazéns.
Conceitos básicos da gestão de stocks

3.2 – Custos de detenção de stockagem:


Envolve todos os outros custos inerentes a manter um
determinado item em armazéns.

Três componentes são de realçar:


3.2.1 – Custo de capital
3.2.2 – Custo de armazenagem
3.2.3 – Custo de obsolescência, deterioração ou quebras
Conceitos básicos da gestão de stocks
3.2 – Custo de detenção ou stockagem:
3.2.1 – Custo de capital
Custo de oportunidade do capital empatado nos stocks
detidos
3.2.2 – Custo de armazenagem
Inclui o custo do espaço ocupado (rendas ou custo de
oportunidade, seguros etc)
3.2.3 – Custo de obsolescência, deterioração ou quebras
Perda de valor por razões de mercado ou físicas de o
produto se manter em armazém
Conceitos básicos da gestão de stocks
3.3 – Custo de ruptura:
Custo de não ter o item em stock
Pode incluir perda da margem de contribuição obtida na
venda do produto
Ou os custos de uma paragem de produção.

Inclui ainda outros custos menos quantificáveis como:


- má imagem face ao cliente
- ou efeitos negativos de desorganização do processo
produtivo
Conceitos básicos da gestão de stocks
4 – Tempo de entrega:

Período que medeia entre a colocação da encomenda e a


entrega em armazém

Pode ser constante, variavel ou incerto


Programação de stocks

A empresa pode ser obrigada a deter um número


muito elevado de itens em stocks

Por isso deve desenvolver métodos de recolha e


tratamento de informação

Para dar ao gestor a necessária informação para a


tomada de decisão.
Programação de stocks
Referimos a um sistema (dos mais utilizados nas
empresas industriais) que é designado por
“planeamento das necessidades de materiais”

Ou na terminologia inglesa, materials requirements


planning, conhecido pela sigla MRP

O MRP consiste num sistema que identifica as


matérias-primas e componentes necessárias para
produzir um produto final.
Programação de stocks
Com base na programação da produção, o MRP permite
elaborar um calendário.

Neste calendário aparecem especificadas as datas e as


quantidades em que deve ser encomendado cada item
bem como quando devem entrar em armazém

Para que o plano de produção possa ser cumprido


Programação de stocks
O objectivo do uso da MRP é de:
Encomendar as componentes e matérias-primas
certas, no momento certo, de forma a que estejam
disponíveis quando necessárias para a produção.
Programação de stocks
Hoje em dia fala-se do principio do Just in time que
obriga a programação a ser sofisticada.

O principio do just in time é de que a componente ou


matéria prima só deve chegar à empresa quando
necessária para a produção indo integrar-se
directamente no ciclo de fabrico.

Neste principio como seria o stock???


Programação de stocks

Com o principio do Just in Time os stocks seriam


sempre nulos.
A Decisão de investimentos

Tipos de investimentos
Investimentos financeiros
Investimentos não directamente produtivos
Investimentos de substituição
Investimentos de expansão
Tipos de investimentos

Investimentos financeiros:
Consistem na aquisição de activos financeiros tais como:
- participação de capital de outras empresas
- títulos de rendimentos
- bens corpóreos como edifícios ou terrenos

Em que o objectivo fundamental é a obtenção de uma mais


valia futura na sua revenda ou obtenção de um rendimento no
decorrer da sua fruição.

Esses activos não são incorporados no processo produtivo.


Tipos de investimentos

Investimentos não directamente produtivos:


São investimentos em activos que não se
incorporam no processo produtivo da empresa.

Ex: Investimentos destinados a melhorar as


condições de trabalho ou na área de investigação e
desenvolvimento de produtos.
Tipos de investimentos

Investimentos de substituição:
São aqueles em que a empresa decide meramente
substituir determinado bem, equipamento ou
edifício, por um outro de características idênticas e
sem o objectivo de aumentar a sua capacidade
produtiva.
Componentes de um projecto de
investimento
Para avaliar qualquer projecto de investimentos há
que proceder aos seguintes estudos:

- Estudo do mercado
- Estudo técnico
- Quantificação do investimento
- Estudo financeiro
Componentes de um projecto de
investimento
Estudo do mercado:
Visa conhecer a capacidade que a empresa terá de vir a
colocar o produto junto dos clientes potenciais.

Quando poderá vender, e a que preço


Quen serão os clientes? Qual o seu comportamento como
consumidor? Qual o seu rendimento? Quem são os nossos
concorrentes?

São questões que são respondidas pelo estudo do mercado.


Componentes de um projecto de
investimento
O estudo técnico:
Tem por objectivo definir a base tecnológica do
projecto bem como as suas condições de laboração
e técnicas em geral.

Deve-se estudar quais as diferentes tecnologias


disponíveis de forma a optar pelas que mais
adaptam à realidade da empresa.
Componentes de um projecto de
investimento
A quantificação do investimento:

Fase em que são definidos os parâmetros básicos


que irão ser utilizados na avaliação do projecto.

(Falaremos dos principais critérios de análise de


investimentos)
Componentes de um projecto de
investimento
Estudo do financiamento:
Consiste na análise de como irá a empresa obter
fundos necessários para fazer face aos encargos do
projecto.

Aqui há que estudar onde e a que custo a empresa


se irá financiar ( sob pena de o projecto parar a
meio de sua implementação por falta de fundos)
Custos e proveitos na análise de
investimentos
Para proceder à análise económica de qualquer
projecto de investimento há que quantificar os
parâmetros dessa análise, a saber:

a) Capital investido
b) Receitas e despesas de exploração
c) Período de vida útil
d) Valor residual
e) Custo do capital
a) Capital investido

Há que definir com precisão todos os custos, por


exemplo de aquisição e de instalação, dos bens –
terrenos, edifícios, equipamentos fabris e
administrativos, material de transporte entre outros.

Determinar qual o capital de que teremos de dispor para


financiar o projecto.
b) Receitas e despesas de exploração:

Todas aquelas que derivarão directamente do


projecto para a empresa.

Estimar as vendas, custo com matéria-prima, mão-


de-obra (custos que tornam possível as vendas)
c) Período de vida útil:
É o tempo que o projecto de investimento é suposto
estar em produção, logo gerar proveitos e custos para a
empresa.

d) Valor residual:
É o valor que a empresa virá a receber no final do
periodo de vida útil do projecto pela venda dos activos
adstritos ao projecto.
e) custo do capital:
Deverá corresponder à estimativa da empresa de
qual a taxa de juro de mercado a que se irá
financiar.
Principais critérios de análise de
investimentos:
Permitem ao gestor analisar o interesse económico de
um projecto ou comparar o interesse económico de
vários projectos:

Os critérios mais usados são:


- Tempo de recuperação do capital (TRC)
- Calculo de cash-flow
- Valor actual líquido (VAL)
- Taxa interna de rendibilidade (TIR) ou taxa interna de
retorno
Tempo de recuperação do capital:

Período necessário de funcionamento do projecto


para que o somatório dos fluxos de receitas e
despesas cubra, isto é, iguale as despesas de
investimentos.
Valor Actual Líquido:
Valor calculado pelo somatório das receitas,
custos de exploração e investimentos actualizados,
ou descontados para o momento do arranque do
projecto.

VAL positivo = projecto viável economicamente


Taxa interna de rendibilidade (TIR):
É a taxa de actualização que torna nulo o VAL.

A regra de decisão neste caso é a de escolher os


projectos cuja TIR seja superior ao custo de capital.

Em termos relativos, o melhor projecto é aquele que


apresentar uma TIR mais elevada.

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