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ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
Porto Alegre
2011
Daniele Marques Dalmas
Porto Alegre
2011
Daniele Marques Dalmas
BANCA EXAMINADORA:
________________________________________________
Prof. Eduardo Ribas
_________________________________________________
Profª. Denise Lindstrom Bandeira
AGRADECIMENTOS
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 8
1.1 PROBLEMA DE PESQUISA........................................................................... 10
1.2 OBJETIVO GERAL ......................................................................................... 11
1.2.1 Objetivos específicos ................................................................................... 11
1.3 JUSTIFICATIVA .............................................................................................. 11
2 ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS ............................................................... 14
2.1 ESTOQUES .................................................................................................... 15
2.2 PLANEJAMENTO DE ESTOQUES ................................................................ 18
2.3 PREVISÕES DE ESTOQUE........................................................................... 18
2.4 GESTÃO DE ESTOQUES .............................................................................. 20
2.5 CLASSIFICAÇÃO DE ESTOQUES ................................................................ 21
2.6 CLASSIFICAÇÃO ABC ................................................................................... 22
2.6.1 Elaboração da Curva ABC ........................................................................... 24
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ....................................................... 25
3.1 MÉTODO ........................................................................................................ 25
3.2 PLANO DE COLETA DE DADOS ................................................................... 26
3.3 ANÁLISE DE DADOS ..................................................................................... 26
4 DESCRIÇÃO DA SITUAÇÃO ATUAL ........................................................... 27
4.1 GESTÃO DE ESTOQUES NA CEEE-D.......................................................... 27
4.2 FLUXO DE ATENDIMENTO DE MATERIAIS................................................. 32
4.3 NÍVEIS DE ESTOQUE E DE DEMANDA ....................................................... 34
5 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA .......................................................... 37
5.1 DADOS COLETADOS E CLASSIFICAÇÃO ABC DOS MATERIAIS .............. 37
5.2 ANÁLISE DE RESULTADOS ......................................................................... 40
5.2.1 Itens de fabricação própria .......................................................................... 40
5.2.2 Itens obsoletos ............................................................................................. 41
5.2.3 Itens de consumo regional .......................................................................... 42
5.2.4 Avaliação da constância de aplicação ........................................................ 43
5.2.5 Proposta de gestão de estoques ................................................................. 44
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................. 49
ANEXO A – ROTEIRO DE ENTREVISTA...................................................... 51
ANEXO B – CLASSIFICAÇÃO ABC DOS MATERIAIS ................................ 53
ANEXO C – CLASSIFICAÇÃO ABC DOS MATERIAIS DA CLASSE A ....... 64
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1 INTRODUÇÃO
1.3 JUSTIFICATIVA
dos materiais e análise de resultados. Por fim, no sexto capítulo são tecidas as
considerações finais e apresentadas as principais conclusões do estudo, suas
limitações e as sugestões para trabalhos futuros.
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2 ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS
As três atividades acima citadas devem atuar de forma integrada, visto que
compartilham informações críticas para o processo de administração de materiais e
atuam de forma complementar.
2.1 ESTOQUES
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3.1 MÉTODO
Este capítulo irá apresentar a empresa e seus processos atuais, com base na
entrevista realizada conforme roteiro constante no Anexo A e nos relatórios
fornecidos. Na seção 4.1, irá descrever de forma abrangente as principais
características da atual sistemática de gestão dos estoques; na seção 4.2 irá
descrever em detalhes o fluxo de atendimento de materiais e os prazos envolvidos, e
na seção 4.3 apresentará os principais dados coletados e um diagnóstico da
situação atual.
5 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA
percentuais exatos foram assim distribuídos: 14,24% dos itens equivalem a 84,79%
do valor utilizado em 2010, correspondendo à classe A, 25,15% dos itens equivalem
a 13,21% do valor utilizado, correspondendo à classe B, e 60,61% dos itens
equivalem aos restantes 2% do valor, classe C.
valor relativo do primeiro item, ou seja, não justifica tratamento igual a todos os itens
integrantes da classe A.
Foi relatado durante a entrevista que não existe uma gestão diferenciada para
os itens obsoletos. Dos 688 itens, foram localizados 60 obsoletos, ou seja, cuja
especificação foi substituída por outra mais atualizada. As novas compras destes
itens estão proibidas, porém enquanto existirem saldos estes itens apresentarão
consumo. Estes itens merecem atenção criteriosa, pois seu consumo contamina o
consumo dos seus sucessores, ou seja, o consumo de itens considerados novos
pode permanecer baixo enquanto houver saldos dos itens antigos, e sofrerem uma
abrupta elevação quando os saldos se esgotarem. Neste caso o planejamento das
quantidades para aquisição dos itens que substituíram os obsoletos deve ser
realizado considerando a soma dos consumos dos itens (obsoleto e sucessor),
segundo critérios de substituição a serem repassados pela área técnica responsável.
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Foram encontrados 211 itens cujo consumo ocorreu, durante o ano de 2010,
apenas em um almoxarifado. Tal comportamento indica que, devido às
características técnicas específicas, estes itens poderão ser sistematicamente
utilizados em apenas uma localidade. Como exemplo pode-se citar os materiais
destinados à rede subterrânea, existente apenas em Porto Alegre. Dessa forma, e
caso seja confirmado que tecnicamente estes itens são de uso exclusivo de uma
regional, o planejamento deve ser diferenciado, se possível realizado anualmente
pelo setor usuário. Dessa forma evita-se a compra mês a mês destes itens,
principalmente os da classe C (200 itens).
Através da análise dos códigos dos grupos, foram identificados 9 itens que
possuem utilização específica, destinados à manutenção da nova rede subaquática
instalada em São José do Norte. São de consumo regional, porém a sua codificação
os destaca como importados, além de serem itens novos (a rede foi concluída no
início do ano de 2011). Dessa forma, também é devido tratamento diferenciado para
estes itens, principalmente quanto à previsão de demanda, que deve ser feita
exclusivamente pela área técnica.
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C, com o aumento de estoque nos itens que não possuem utilização regular. Tal
classificação não foi possível, pois requer conhecimento técnico dos materiais. A
estratégia de aquisição destes itens dependeria do resultado desta análise, se sob
demanda (só adquirido quando solicitado) ou idêntica à da classe C.
A existência de estoques mais elevados dos itens da classe C apresenta
ainda a vantagem de não impactar em maiores custos de transporte do centro de
distribuição até os almoxarifados locais caso haja falta destes itens, em entregas
intermediárias quando ocorriam faltas no atendimento mensal. Além disso, existe a
informação de que qualquer item pode impactar o andamento normal das obras em
caso de falta.
Os itens que compõem o grupo classificado como B merecem também
revisões periódicas, porém com períodos menores de análise. Ou seja, devem ser
pedidos de quantidades variáveis, períodos fixos (em torno de 2 meses) e margem
de segurança para o lead time do processo, baseados na demanda média do
período anterior ou da demanda futura cadastrada. Um comparativo entre a
demanda do período anterior e a demanda futura cadastrada pode indicar mudança
de comportamento de algum item, que pode ter suas quantidades para aquisição
alteradas com base nesta tendência.
Resolvendo a maioria dos itens, os esforços administrativos podem se
concentrar nos itens de maior relevância financeira. O grupo A possui características
próprias, como alto valor unitário ou consumo, e no caso da empresa em estudo
concentram também itens de lead time de entrega maiores (postes de concreto 90
dias, transformadores entre 45 e 60 dias e cabos 45 dias, em geral). Ou seja, o
planejamento deve ocorrer com bastante antecedência, tendendo a reduzir a
precisão da demanda. Assim, a adoção da revisão contínua dos itens, que
pressupõe quantidades fixas de aquisição, com monitoramento contínuo dos níveis
de estoques e demanda e a colocação de pedidos com a antecedência necessária
para cada grupo geraria níveis mais adequados de estoques. O custo do
monitoramento pode ser reduzido com o uso de ferramentas de software, cuja
programação alertaria quando um item atinge o nível mínimo de cobertura (tempo
que as quantidades existentes serão suficientes para cobrir a demanda média,
nunca menor que o lead time de aquisição e entrega do item) para ser emitido um
pedido.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
ainda mais rico o presente estudo. Assim, cabe à organização avaliar a classificação
realizada e ajustá-la se necessário, segundo características técnicas dos materiais.
A contribuição deste trabalho para a empresa em estudo é a classificação dos
688 itens integrantes do principal processo produtivo da empresa, que até então
dedica o mesmo tratamento a todos os itens. A análise dos grupos de materiais
encontrados possibilita o tratamento diferenciado e mais adequado a cada grupo de
materiais, dedicando controles e mecanismos de gestão diferentes para
comportamentos e contribuições também diferentes para o resultado final dos
processos da empresa.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GARNIER, Daniel Georges. Dinâmica dos Estoques. São Paulo: IMAN, 2002.