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daltrolopes@uni9.pro.br
Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY
EMENTA
DA PRISÃO EM FLAGRANTE
PRISÃO CAPTURA
- pode ser realizada por policiais ou qualquer um do povo. Trata-se da detenção do indivíduo que
acabou de cometer um crime, não importando a natureza da infração (se de menor potencial
ofensivo ou não), nem as qualidades do agente (imputável ou inimputável).
- O objetivo principal da prisão-captura é proteger o bem jurídico que está sendo lesado com
a conduta criminosa.
CONDUÇÃO COERCITIVA
- Com o encerramento dos procedimentos de Polícia - Trata-se de uma fase da prisão em flagrante cuja atribuição é
Judiciária, que documentam e legitimam a prisão em praticamente exclusiva do delegado de polícia.
flagrante, o delegado de polícia deve enviar o auto no
prazo máximo de 24 horas ao Poder Judiciário para - Caberá a esta autoridade atuar como um defensor dos
que a legalidade de prisão seja novamente analisada, direitos individuais das pessoas envolvidas na ocorrência,
desta vez, pela autoridade judicial. analisando a situação, decidir, fundamentadamente, sobre a
legalidade da prisão.
RECOLHIMENTO AO CÁRCERE
- Após a lavratura do auto de prisão em flagrante, não
TC sendo possível a concessão de fiança pelo delegado de
polícia ou, se concedida, o preso não tiver condições de
pagá-la, o conduzido/indiciado será recolhido ao cárcere,
onde ficará à disposição do Poder Judiciário.
HIPÓTESES CONCEITO E ESPÉCIES
DE PRISÃO
EM
FLAGRANT Artigo 302 do CPP, em rol taxativo:
E
“Considera-se em flagrante delito quem:
II - acaba de cometê-la;
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer
pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;
b) flagrante impróprio (art. 302, III do CP): também chamado de quase flagrante. É a situação em o autor da
infração é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça
presumir ser autor da infração
c) flagrante presumido ou ficto (art. 302, IV do CP): trata-se de hipótese em que, logo depois do crime, alguém é
encontrado com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam com que se presuma ser, essa pessoa, a
autora da infração. Não há perseguição.
d) flagrante preparado ou provocado: é a situação em que o autor do crime é induzido a praticar o ato, em
cenário montado para tal fim.
e) flagrante esperado: Consiste no ato de esperar a ocorrência do delito, para que seja possível a prisão em
flagrante do criminoso. Não é ilegal.
f) flagrante prorrogado ou retardado: como já comentado anteriormente, a autoridade policial e os seus agentes
tem o dever legal de efetuar a prisão de quem se encontre em flagrante delito. Contudo, em situações
excepcionais, previstas na legislação, pode o agente público deixar de efetuar a prisão em flagrante, quando, para
a investigação criminal, for mais interessante a prisão em momento posterior.
A doutrina tem entendido que o “logo depois”, do flagrante
presumido, comporta um lapso temporal maior do que o “logo
após”, do flagrante impróprio.
“LOGO
DEPOIS”
https://recordtv.r7.com/jornal-da-record/videos/exclusivo-pms-forjam-flagrante-em-carro-e-colo
cam-inocente-na-cadeia-21082019
RELAXAMENTO DA
PRISÃO EM FORMALIDADES
FLAGRANTE
a) O preso deverá ser informado de seus direitos, entre
os quais o de permanecer calado (vide Art. 5º, inciso
LXIII da CF c/c Art 8º, item 2, alínea "g" do Decreto
678/92);
NOTA DE CULPA, conforme previsão expressa b) Direito de assistência da família e de advogado (Art.
do Art. 306 § 2º do Código de Processo Penal. A 5º, inciso LXIII c/c Art 306 do CPP);
nota de culpa é documento que possibilita c) O preso tem direito à identificação dos responsáveis
assegurar o direito do preso de saber quem são os
por sua prisão ou por seu interrogatório policial;( Art. 5º,
responsáveis por sua prisão, bem como o nome do
condutor e os das testemunhas.
inciso LXIV, c/c Art. 306 § 2º do CPP);
d) Direito à que seja respeitada sua integridade física e
A remessa do auto de prisão em flagrante moral e de não ser submetido à tortura (Art. 5º, incisos
deverá ser efetivada até no máximo 24 (vinte III e LXIX da CF);
quatro) horas contadas do momento da captura e) Direito de informar o o nome de seu advogado, ou na
do preso conforme o disposto no Art. 306 § 1º do falta remessa de cópia integral do auto à defensoria
CPP. pública (Art. 306 § 1º do CPP); etc.
Prerrogativas profissionais do advogado (art. 7º, III, XIV, XXI, §§ da Lei nº
8.906/94).
III –comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração, quando estes
se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos civis ou militares, ainda que
considerados incomunicáveis;
XIV – examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir investigação, mesmo sem
procuração, autos de flagrante e de investigações de qualquer natureza, findos ou em andamento, ainda
que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos, em meio físico ou digital;;
XXI -assistir a seus clientes investigados durante a apuração de infrações, sob pena de nulidade absoluta
do respectivo interrogatório ou depoimento e, subsequentemente, de todos os elementos investigatórios
e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou indiretamente, podendo, inclusive, no curso da
respectiva apuração:
a) apresentar razões e quesitos;
§ 10. Nos autos sujeitos a sigilo, deve o advogado apresentar procuração para o exercício dos
direitos de que trata o inciso XIV.
§ 11. No caso previsto no inciso XIV, a autoridade competente poderá delimitar o acesso do
advogado aos elementos de prova relacionados a diligências em andamento e ainda não
documentados nos autos, quando houver risco de comprometimento da eficiência, da eficácia ou
da finalidade das diligências.