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Farmacotécnica das

Formas Farmacêuticas
Sólidas
Cápsulas
Prof.(a).: Mariana Miranda V. de A. Oliveira
Especialista em Farmácia Clínica e Prescrição
Farmacêutica

Disciplina: Farmacotécnica
Formas Farmacêuticas
Sólidas
COMPRIMIDOS
CÁPSULAS
PÍLULAS
GRÂNULOS
PÓS
SUPOSITÓRIOS
ÓVULOS
Na aula de hoje, veremos um pouco
PASTILHAS
mais sobre as Cápsulas!
Capsulas
Preparações de consistência sólida, constituídas por um invólucro duro ou mole,
de forma e capacidade variáveis, que contêm uma quantidade de princípio ativo
que normalmente se usa de uma só vez.
As capsulas possuem uma forma elegante, fácil de usar e de transporte,
tornaram-se aceitáveis pois podem ser facilmente deglutidas e os invólucros não
apresentam sabor ou cheiros desagradáveis.
Os invólucros são produzidos em grandes quantidades e economicamente numa
gama de cores variadas.
A libertação do fármaco é rápida, uma vez que a pressão usada ou numero de
excipientes usados são reduzidos, quando comparado com os comprimidos.
Capsulas Duras
São constituídos por um INVÓLUCRO que possui a forma cilíndrica ou ovóide
Se destinam a conter substâncias medicinais sólidas, pastosas ou líquidas.
O invólucro é formado por duas partes que se encaixam: corpo e tampa
Apresentam sulcos atreláveis que permitem a trava da cápsula.
Capsulas Moles
As cápsulas moles são formadas por uma única parte, coberto por uma película
flexível hermeticamente lacrada denominada casca ou envoltório, sendo que o seu
líquido interior é chamado de conteúdo, carga, massa ou recheio. Elas são usadas
para o acondicionamento primário de substâncias liquidas
Capsulas Moles
São preparadas com películas de gelatina acrescidas de emolientes como a
glicerina ou um álcool poli-hidrico como o sorbitol para tornar a gelatina
elástica.
Vantagens
O processo de manipulação e fabricação de cápsulas é considerado um dos mais
simples, práticos e baratos dentre as formas farmacêuticas sólidas.

Permite administrar de substâncias nauseantes ou de sabor desagradável

Fácil deglutição e transporte pelo usuário, aumentando adesão

Libertam, rapidamente os medicamentos depois da ingestão


Desvantagens
• Sua composição pode ser facilmente alterada, visto que, a capsulas pode ser aberta.

• Alguns pacientes abrem as capsulas e misturam o conteúdo na agua, fazendo com


que seu efeito seja alterado.

• Não pode ser fracionado

• Pode-se aderir ao estomago causando irritação gástrica


Farmacotécnica das Capsulas
Fabricação Capsulas Duras - ETAPAS
1) Preparação dos invólucros
2) Desenvolvimento e preparação da fórmula do medicamento
e seleção do tamanho da capsulas
3) Enchimento da capsula
4) Limpeza e polimento das capsulas cheias
ETAPA 1
Preparação dos invólucros
Materiais dos invólucros
Os invólucros são feitos de misturas de gelatina podendo conter pequenas
quantidades de corantes, de materiais que tornem o invólucro opaco, de plastificantes
e conservantes aprovados pelas autoridades.
Tem sido feitas cápsulas com methylcelulose, álcool polivinilico ou gelatina
desnaturada que modificam a sua solubilidade ou produzem um efeito entérico.
A gelatina é um produto heterogeneo obtida por extração após Hidrólise Irreversível
de colágeno animal e, por essa razão, nunca ocorre na forma natural, as fontes mais
habituais de colágeno são os ossos de animais e a pele de porco
Preparação dos invólucros
Os invólucros são produzidos por imersão de moldes de inox numa solução de
gelatina. As máquinas automáticas para produção desses invólucros tem mecanismos
que emergem automaticamente, rodam, secam, removem os invólucros, apara as
arestas e juntam as duas partes do invólucro.
Possuem pinos de inox responsáveis pelas dimensões dos invólucros, que tem
tolerâncias da ordem dos centésimos de milímetros esses pinos são mergulhados na
gelatina, os pinos giram para que a gelatina se distribua uniformemente sobre a
superfície. Passa uma corrente de ar frio que fixa a gelatina e em seguida por uma
série de estufas.
Os invólucros são removidos dos pinos e as capsulas são aparadas por lâminas até o
comprimento adequado, após ter sido feito com as duas partes das capsulas, elas são
reunidas e injetadas da máquina.
ETAPA 2
Desenvolvimento e preparação da formula e seleção do tamanho da
capsula
Desenvolvimento e preparação da
formula
O principio ativo (fármaco) devera ser homogeneizado (misturado) com
os excipientes, e verificar se há a necessidade de reduzir o tamanho desses
pós, pois o tamanho das partículas devem ser similares.
Os excipientes devem proporcionar uma cápsula com uniformidade de
peso e teor e garantir a estabilidade da preparação durante todo o prazo de
validade.
Para tanto, são usados DILUENTES como: lactose, celulose
microcristalina, amido, lauril sulfato de sódio, aerosil, estearato de
magnésio e outros.
Preparo das capsulas
As cápsulas são fabricadas em oito tamanhos padrões, porém podem ser preenchidas
com as mais diversas formulações. Na preparação de cápsulas há dois postulados que
devem ser seguidos como regra:

1. As cápsulas raramente são completamente preenchidas apenas com o princípio ativo
por uma razão muito simples; com uma série limitada de volumes de cápsulas e com
uma diversidade muito grande de formulações, a coincidência entre o volume da
cápsula e o volume do ativo é improvável;

2. As cápsulas raramente são preenchidas incompletamente. Também por uma razão
muito simples; o enchimento das cápsulas é feito com “precisão volumétrica” usando a
cápsula como o próprio “instrumento” de medida de volume fixo.
Preparo das capsulas
Portanto numa situação ideal, o ativo
é misturado homogeneamente com
uma quantidade calculada de
excipientes de tal modo que, ao
preenchermos todo o volume da
cápsula com a mistura, tenhamos a
quantidade exata de ativo que foi
previamente definida para cada
cápsula.
Seleção do tamanho das capsulas
As cápsulas são fabricadas em 8 (oito) tamanhos padronizados, e seguem
uma numeração específica e universal inversamente proporcional ao volume
(Pinheiro, 2008), como mostra a figura abaixo.
Seleção do tamanho das capsulas
Para saber qual tamanho de cápsula usar deve-se primeiro saber qual será o volume
ocupado pelo ativo. Para tanto emprega-se a técnica da densidade aparente.

No cálculo da densidade aparente pesa-se toda a massa de ativo necessária para a
formulação. Esta é toda transferida para uma proveta, compactando-se levemente o ativo
na proveta (com algumas batidas leves na bancada apenas) e mede-se o volume obtido.

A densidade aparente (em mg/ml) será a razão de massa do ativo adicionado à proveta
(em mg) pelo volume ocupado pelo ativo na proveta (em ml).
Seleção do tamanho das capsulas
Calculada a densidade aparente,
ela pode ser usada para encontrar
o volume da cápsula num
nomograma, que relaciona a
densidade aparente, a massa por
comprimido e o tamanho ideal da
cápsula.
ETAPA 3
Enchimento das capsulas
Enchimento das capsulas
Em posse da mistura homogênea de excipiente e ativo, esta é transferida as
cápsulas, enchendo-as completamente. Para isso são usados dispositivos
denominados encapsuladoras que podem ser manuais, semiautomáticas ou
automáticas.

ASSISTIR: https://www.youtube.com/watch?v=WvTDdz9Heb0
TÉCNICA DE ENCAPSULAMENTO - FARMÁCIA MAGISTRAL - BLOG
PHARMAGISTRAL

ASSISTIR: https://www.youtube.com/watch?v=6w72FyrCP7g
ENCAPSULADORA AUTOMATICA NJP-1200C
ETAPA 4
Limpeza e polimento das capsulas

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