Você está na página 1de 15

GONÇALVES DIAS (1823-1864)

BIOGRAFIA
Antônio Gonçalves Dias (1823-1864) foi um poeta e teatrólogo brasileiro.
É lembrado como o grande poeta indianista da geração romântica. Deu
romantismo ao tema índio e uma feição nacional à sua literatura. É
lembrado como um dos melhores poetas líricos da literatura brasileira. É
Patrono da cadeira nº 15 da Academia Brasileira de Letras.
Nasceu nos arredores de Caxias, no Maranhão, no dia 10 de agosto de
1823. Filho de um comerciante português e uma mestiça iniciou seus
estudos no Maranhão e ainda jovem viajou para Portugal. Em 1838
ingressou no Colégio das Artes em Coimbra, onde conclui o curso
secundário.
PRINCIPAIS OBRAS E SUAS CARACTERÍSTICAS

OBRAS INDIANISTAS

O indianismo marcou a primeira fase do romantismo


no Brasil. Com isso, diversos escritores focaram na
figura do índio idealizado.

Além desses temas, as obras desse primeiro momento


também apresentavam um caráter muito nacionalista e
patriótico. Por isso, essa fase ficou conhecida pelo
binômio "indianismo-nacionalismo".
Destacam-se:

• Canção do Tamoio
• Juca Pirama
• Leito de folhas verdes
• Canto do Piaga
• Canção do Tamoio
• É a canção de um pai a ensinar seu filho o caminho da vida que deve ser trilhada com
bravura. Essa corrente poética foi importante porque no século 19 estávamos em plena
época do romantismo e das lutas pela pátria que se consolidava, da vida em uma
sociedade conservadora, escravocrata, e dos sonhos de liberdade que a França inspirava.
Ainda hoje emociona ouvir o brado do índio "meu filho, viver é lutar! A vida é
combate, que aos fracos abate, aos fortes aos bravos, só pode exaltar...”
• Juca Pirama
• O poema I - Juca Pirama possui 484 versos divididos em 10 cantos. O título do poema é
tirado da língua tupi e significa “aquele que vai ser morto.” O poema descreve o drama
vivido por um índio tupi, sobrevivente de sua tribo, que é capturado pelos timbiras e
deve ser morto em um ritual. Porém, deve antes relatar suas façanhas, para provar que é
digno de ser sacrificado.

• Leito de folhas verdes


• No poema em tela, o poeta filia-se à tradição medieval das canções de amigo
imprimindo-lhe a cor local. Em Leito de folhas verdes temos, portanto uma síntese dos
elementos mais caros à tradição romântica: o sentimentalismo, a idealização amorosa, a
idealização da figura feminina, a natureza expressiva, o medievalismo e o nacionalismo
(de matiz indianista).
• O Canto do Piaga
• Com certeza o poema possui um tom trágico. o monstro (europeu) que viria arruinar as
tribos é tratado como o mau. Há um maniqueísmo no poema. Dias, procurando
valorizar o Índio, povos originários da nação,  coloca o Europeu como destruidor
malvado e profanador.
Obras Lírico-amorosas

Nessa fase Gonçalves Dias exaltou o amor, a


tristeza, a saudade e a melancolia.
Destacam-se

• Se se morre de amor
• Ainda uma vez-adeus!
• Seus olhos
• Canção do exílio
• Sextilhas de Frei Antão
• Se se morre de amor
• É sobre um questionamento se é possível morrer ou matar por amor.

• Seus Olhos
O título do poema “Seus olhos” chama a atenção do leitor para o principal enfoque do poema: os
olhos da amada, que por simbolizarem o espelho da alma, deixam transparecer seus sentimentos.
• Ainda Uma Vez Adeus
• Gonçalves fez este poema para chorar a despedida do seu amor fracassado com a musa Ana
Amélia.

• Canção do Exílio
• Nele o autor expressa o nacionalismo por meio da exaltação da natureza.

• Sextilhas de Frei Antão


• Essa foi a segunda coletânea de poemas de Gonçalves Dias  onde o poeta deixa entrever a sua
grande cultura poética e lingüística, recriando tempo e memória numa saga essencialmente
lusitana (gestas, trovas, cantigas de amor, etc.)
CARACTERÍSTICAS DE SEU ESTILO LITERÁRIO
• Representação romântica e valorização do indígena brasileiro e sua cultura

• Poesias escritas buscando sempre a perfeição rítmica e formal.

• Poemas marcados pela presença de rima, musicalidade e métrica.

• Retratou também, de forma positiva, os negros.

• Exaltou as belezas naturais do Brasil.

• Retratou temas ligados aos valores medievais (principalmente dos cavaleiros), transportados
para o contexto brasileiro.

• Abordou também a religiosidade de caráter cristão.

• Em suas poesias, abordou o sentimentalismo.


CANÇÃO DO EXÍLIO
Minha terra tem palmeiras, Minha terra tem primores,
Onde canta o Sabiá; Que tais não encontro eu cá;
As aves, que aqui gorjeiam, Em cismar — sozinho, à noite —
Não gorjeiam como lá. Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Nosso céu tem mais estrelas, Onde canta o Sabiá.
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida, Não permita Deus que eu morra,
Nossa vida mais amores. Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Em cismar, sozinho, à noite, Que não encontro por cá;
Mais prazer encontro eu lá; Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá.
Onde canta o Sabiá.
CAROLINE MEDINA-
ISABELA
KEMILLY STETER-
LETÍCIA ROCHA-
LUCAS HEROLD-
TAMYRIS ONODA- 38
VITORIA MARTINS- 40
2° JL

Você também pode gostar