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OS

OS RECURSOS
RECURSOS ENERGÉTICOS
ENERGÉTICOS
A energia proporciona-nos serviços que estão presentes no dia a dia de todos nós, seja nas
actividades sociais e de lazer em que nos envolvemos seja nas actividade económicas em que se
baseia a nossa sociedade. Deste modo, a energia é um dos importantes instrumentos de que nos
podemos socorrer para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos e assegurar a competitividade das
economias. Utilizando-se a energia de recursos finitos, é indispensável assumir uma gestão cuidadosa
desses recursos e garantir uma maior eficiência na forma como a consumimos, procurando
salvaguardar um desenvolvimento sustentado e uma adequada protecção do ambiente.     

Energias Renováveis Energias Não Renováveis

Formando: João Nuno Mendes


Petróleo Carvão

Gás natural Nuclear


É um recurso não-renovável resultante da transformação da matéria orgânica, constituindo actualmente a fonte
de energia mais utilizada e a base da actual sociedade industrial. A sua utilização é fundamental na produção de
energia eléctrica, combustíveis para transportes e máquinas industriais, e ainda como matéria-prima para um
conjunto diversificado de produtos.
Também conhecido como “ouro negro” as suas reservas apresentam-se distribuídas de forma muito desigual na
Terra, com o Médio Oriente a possuir as maiores.
Apesar das novas jazidas descobertas, o certo é que os países estão a consumir mais petróleo do que nunca,
devendo o pico da extracção ser atingido entre 2000 e 2010. Se a exploração e o uso deste importante recurso
continuarem desordenados e irracionais, como actualmente acontece, restam-lhe menos de 50 anos de vida.
É um recurso não-renovável, forma-se em idênticas condições às do petróleo e está associado às jazidas deste. É
no entanto um hidrocarbonteo muito menos poluente, pois a sua combustão não emite SO 2 e produz cerca de
menos 40% de CO2 (principais poluentes da atmosfera) .
O gás natural é formado por um pequeno grupo de hidrocarbonetos: fundamentalmente metano com una
pequena quantidade de propano e butano. O propano e o butano separam-se do metano e usam-se como
combustíveis para cozinhar e sistemas de aquecimento, distribuídos em botijas. O metano usa-se como
combustível tanto em residências como nas industrias e como matéria-prima para obter diferentes compostos
para a indústria química orgânica. O metano distribui-se normalmente por gasoductos.
O Carvão é a fonte de energia primária cuja designação reúne três tipos diferentes: a Antracite, a Hulha (de uso
mais frequente) e a Lenhite, com qualidades caloríficas e aplicações próprias.
Embora o Carvão seja mais abundante que o Petróleo, a sua utilização está praticamente confinada à produção
de energia térmica e eléctrica e à produção do aço.
O Carvão, tal como o Petróleo e o Gás Natural, resultou da deposição e sedimentação de matéria orgânica,
nomeadamente de origem vegetal, em condições particulares de temperatura ao longo de milhares de anos,
sendo a lenhite a que resulta de uma evolução mais curta e a antracite de uma evolução mais longa.
A Energia Nuclear é uma das fontes de energia mais modernas e que sem dúvidas que mais polémicas tem levantado.
A utilização da energia nuclear está a aumentar a cada dia que passa. A energia nuclear é uma das alternativas menos
poluentes; permite a obtenção de muita energia em um espaço físico relativamente pequeno e a instalação de fábricas
perto dos centros consumidores, reduzindo o custo de distribuição de energia.

Outras fontes de energia, como solar ou


eólica, são de exploração cara e capacidade
limitada, ainda sem utilização em escala
industrial. Os recursos hidráulicos também
apresentam limitações, além de provocar
grandes impactos ambientais.

Por isso, a energia nuclear é mais uma


opção para responder com eficácia à
procura energética no mundo moderno.
Pode-se obter energia nuclear de duas
formas: mediante FUSÃO e mediante a
FISSÃO. A primeira está ainda em
investigação e obtém-se em laboratórios, já
que se emprega mais energia na obtenção
do que a produzir, segundo este processo e
por conseguinte não é viável. A Fissão é a
que se emprega actualmente nas Centrais
Nucleares.
VANTAGENS DA ENERGIA NUCLEAR
 A energia nuclear gera um terço da energia eléctrica que se produz na União Europeia, evitando assim, a emissão de 700 milhões de
toneladas de CO2 por ano para a atmosfera. Esta cifra equivale a todos os automóveis que circulam na Europa, uns 200 milhões. À
escala mundial, em 1996, evitou-se a emissão de 2,33 biliões de toneladas de CO2 para atmosfera, graças à energia nuclear.
 Por outro lado, também se evitaram outras emissões de elementos contaminantes que se geram com o uso de combustíveis fósseis.
Tomemos como exemplo, a central nuclear espanhola de Santa María de Garoña, que evitou a descarga para a atmosfera de 90
milhões de toneladas de CO2, 312.000 toneladas de NO2, 650.000 toneladas de SO2, assim como 170.000 toneladas de cinzas, que
continham mais de 5.200 toneladas de arsénico, cádmio, mercúrio e chumbo.
 Os detritos das centrais nucleares para o exterior, podem-se classificar como mínimos, e resultam na forma gasosa  pela chaminé da
central, mas são expulsos com grandes quantidades de ar, pouca de radioactividade e em forma líquida através do canal de descarga.
 Pelo seu baixo poder contaminante, as centrais nucleares, evitam a chuva ácida, e a acumulação de resíduos tóxicos no meio ambiente.

DESVANTAGENS DA ENERGIA NUCLEAR


 Os perigos mais importantes da energia nuclear são, entre outros, a radiação e o constante risco de uma possível explosão nuclear, se
bem que este último é muito improvável atendendo aos actuais sistemas de segurança das centrais nucleares.
 A radioactividade,
radioactividade, é a propriedade segundo a qual alguns elementos que se encontram na natureza, como o Urânio, que se
transformam, por emissão de partículas alfa (núcleos de Hélio), beta (electrões), gama (fotões), noutros elementos novos, que podem
ser ou não, à sua vez, radioactivos. A radioactividade é portanto, um fenómeno natural ao qual o homem esteve sempre exposto.
 Outro dos perigos da energia nuclear reside nos lixos nucleares que provocam uma contaminação do ar e das águas.

 Contaminação do Ar - As liberações explosivas ou lentas de gases subterrâneos são possíveis teoricamente. Infelizmente, não há
forma confiável de estimar esse risco e há muitas incógnitas relativas aos actuais métodos de deposição e às interacções químicas
possíveis num ambiente real.
 Contaminação da Água - Geralmente este é considerado o mecanismo de poluição mais provável ligado à deposição final dos resíduos
em rochas. Elementos radioativos podem verter do invólucro e entrar em contacto com o lençol freático, contaminando água potável de
comunidades locais e distantes.
 .

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Energia Nuclear e Fissão
A energia que o núcleo do átomo possui, mantendo protões e neutrões juntos, denomina-se energia nuclear.
Quando um neutrão atinge o núcleo de um átomo de urânio-235, divide-o e ocorre a emissão de 2 a 3
neutrões. Parte da energia que ligava os protões e os neutrões é liberada em forma de calor. Este processo é
denominado fissão nuclear.

Energia Nuclear e Fusão


A Fusão nuclear está actualmente em investigação, uma vez que na actualidade não é um processo viável já
que se gasta mais energia no processo de obtenção da fusão do que a energia obtida mediante este processo.
A Fusão, é um processo natural que ocorre nas estrelas, produzindo-se reacções nucleares por fusão devido à
elevadíssima temperatura destas estrelas que são compostas principalmente por Hidrogénio e Hélio. O
hidrogénio, em condições normais de temperatura, repele-se entre si quando se tenta uni-lo a outro átomo de
hidrogénio, devido à sua repulsão electrostática. Para vencer esta repulsão electrostática, o átomo de hidrogénio
deve chocar violentamente contra outro átomo de hidrogénio, fundindo-se, e dando lugar a Hélio, que não é
fundível. A diferença de massa entre o átomo obtido e o é maior que na fissão, libertando-se assim uma grande
quantidade de energia (muito maior que na fissão). Estes choques violentos, conseguem-se com uma elevada
temperatura que excita os átomos de hidrogénio e se movimentam muito rapidamente, chocando uns contra os
outros.

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Mares Hidroeléctrica
Biomassa

Geotérmica

Solar
Eólica
 A energia hidroeléctrica, que é produzida a partir da força da água dos rios, constitui a fonte de energia
renovável mais utilizada no mundo, devido às suas enormes potencialidades e ao seu carácter não-
poluente.
 Do ponto de vista ambiental a energia hidroeléctrica é uma das mais limpas, no entanto não quer dizer que
seja totalmente inócua, uma vez que a construção das barragens altera gravemente os ecossistemas fluviais.
Destroem-se habitats, modificam-se caudais dos rios e mudam-se as características da água como a sua
temperatura, grau de oxigenação e outras. As barragens produzem um importante impacto paisagístico e
humano, uma vez que, com frequência, a sua construção exige trasladar povoações inteiras e submergir
terras de cultivo, bosques e outras zonas silvestres.
No norte de Portugal, devido à enorme quantidade de rios, a
maior parte da energia eléctrica disponível é proveniente de
grandes centrais hidroeléctricas. A energia primária de uma
central hidroeléctrica é a energia potencial gravitacional da
água contida numa barragem elevada. Antes de se tornar
energia eléctrica, a energia primária deve ser convertida em
energia cinética de rotação. O dispositivo que realiza essa
transformação é a turbina. Ela consiste basicamente em uma
roda dotada de pás, que é posta em rápida rotação ao
receber a massa de água. O último elemento dessa cadeia
de transformações é o gerador, que converte o movimento
rotatório da turbina em energia eléctrica.

O gerador
O gerador é um dispositivo que funciona com base nas leis da
indução electromagnética. Na sua forma mais simples, consiste
numa espira em forma de rectângulo. Ela fica imersa num
campo magnético e gira em torno de um eixo perpendicular às
linhas desse campo.
Quando fazemos a espira girar com movimento regular, o fluxo
magnético que atravessa sua superfície varia continuamente.
Surge assim, na espira, uma corrente induzida periódica. A cada
meia volta da espira o sentido da corrente se inverte, por isso
ela recebe o nome de corrente alternada.

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ENERGIA DAS ONDAS
Os geradores utilizam o quase incessante movimento das ondas para gerar energia. Uma câmara de
betão construída na margem é aberta ma extremidade do mar de maneira que o nível da água
dentro da câmara suba e desça a cada onda sucessiva. O ar acima da água é alternadamente
comprimido e descomprimido, accionando uma turbina conectada a um gerador. A desvantagem de
se utilizar este processo na obtenção de energia é que o fornecimento não é contínuo e apresenta
baixo rendimento.
As barragens de marés, ou centrais mareomotrizes, utilizam a diferença entre os
níveis de água na maré alta e baixa para gerar electricidade. Elas são construídas
sobre os deltas de estuários de marés. Quando a maré sobe, a água pode passar
através da barragem, enchendo o estuário atrás da mesma. Com a baixa da maré,
as comportas são fechadas e uma cabeceira de água se forma atrás da barragem.
A água pode então fluir de volta para o mar, accionando ao mesmo tempo
turbinas ligadas a geradores. O ciclo de marés de 12 horas e meia e o ciclo
quinzenal de amplitudes máxima e mínima apresentam problemas para que seja
mantido um fornecimento regular de energia.

A amplitude da maré tem que ser superior a 5m para


que este tipo de solução seja económica. O número
de locais no Mundo em que esta situação ocorre é
muito reduzido. Para além deste requisito é ainda
necessário que o local permita a construção dum
dique adequado. A maior diferença verifica-se na
Baia de Fundy (Nova Escocia) em que a diferença
chega a ser de 16 metros.
ENERGIA DAS CORRENTES MARÍTIMAS

É possível aproveitar a energia das correntes marítimas. As turbinas


marítimas têm poucos componentes; engrenagens de posicionamento
orientam as lâminas das turbinas na direcção da corrente marítima e um
gerador acoplado ao eixo da turbina fornece a energia eléctrica.
 A energia do interior da Terra devido a fenómenos vulcânicos
recentes, a radioactividade natural das rochas e a elevação do manto
(camada superior da Terra situada entre os 30 e os 2,9 Km de
profundidade) pode ser aproveitado para produzir energia
(ENERGIA GEOTÉRMICA).
 A temperatura varia com a profundidade, aumentando em média
25ºC por cada 1000 m – Gradiente Geotérmico. Esta energia pode
ser recuperada directamente a partir da água ou do vapor.
 A energia geotérmica pode ter várias utilizações, destacando-se o
aquecimento do ambiente e de águas termais e a produção de
electricidade. Pode ainda ser aplicada na Agricultura, na
Piscicultura e nalguns processos industriais.
 A produção de energia eólica depende de uma série de factores, como
o relevo, a rugosidade do solo e a altitude. Para além disso, varia em
função da estação do ano e do local.
 As tecnologias utilizadas no aproveitamento da energia eólica
baseiam-se na transformação da energia do vento em energia
mecânica, através de aeromotores. Os moinhos de vento para moer os
cereais e os sistemas eólicos para bombagem de águas são alguns
exemplos da sua utilização.
 A energia eólica pode, também ser utilizada para produzir
electricidade, através de aerogeradores.
 O impacto ambiental deste sistema de obtenção de energia é redúzido.
É sobretudo estético, porque altera a paisagem, mas também
ecológico, uma vez que a morte de aves por chocarem com as pás dos
moinhos é frequente.
 Economicamente viável e respeitadora do
ambiente, a energia solar pode ser considerada
como a verdadeira estrela das energias renováveis.
 A superfície da Terra recebe anualmente uma
quantidade de energia solar equivalente a 10 vezes
os stocks das reservas mundiais de combustíveis
fósseis e de urânio.
 A energia solar pode ser captada através de:
 sistemas solares térmicos
 sistemas solares passivos
 sistemas fotovoltáicos.
sistemas solares térmicos

 Os sistemas solares térmicos permitem o aquecimento de água do ambiente, constituindo a forma de


utilização mais frequente de energia solar.

O aquecimento da água para ser aproveitada nas


residências é feito com uma caixa semelhante a uma
estufa, coberta com vidro. A radiação solar incide na
parte transparente do colector. Parte dessa radiação
atinge a chapa de alumínio pintada de preto no interior
da caixa. A pintura preta aumenta a absorção da
energia incidente.
Fixada à placa de alumínio encontra-se a tubulação de
água. Pelo processo de condução, parte do
aquecimento da placa é transmitido para a água. Uma
vez aquecida, a água na tubulação fica menos densa e
sobe para o reservatório. Ao mesmo tempo, a água
mais fria desce da parte inferior do reservatório. A
água quente, pronta para o consumo, é retirada da parte
superior do reservatório, e uma nova quantidade de
água é introduzida na parte inferior.

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sistemas solares passivos

 Os sistemas solares passivos captam, armazenam e utilizam directamente a energia solar que neles incide, como
acontece, por exemplo, com edifícios que são construídos de forma a permitir poupar energias convencionais
(como a electricidade ou o gás).

O princípio pode ser utilizado para o aquecimento e


refrigeração de residências. A casa tem as suas paredes
voltadas a sul (hemisfério norte) às quais se sobrepõem
paredes de vidro: a radiação atravessa o vidro e aquece a
parede, dando origem a uma coluna ascendente de ar
quente entre ambas. Com aberturas convenientes no
sistema, o ar pode circular no interior da casa, aquecendo-
a ou resfriando-a. Como a parede retém o calor por várias
horas, o sistema continua a funcionar durante a noite e nos
períodos nublados do dia.

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sistemas solares fotovoltaicos

Os sistemas solares fotovoltaicos permitem converter directamente energia solar em energia eléctrica.
Para isso utilizam-se as "células fotovoltaicas", desenvolvidas nos anos 50 pela companhia norte americana Bell
Telephone para emprego em satélites artificiais. Apresentam uma eficiência energética da ordem de 18%, uma vez que
a maior parte da energia solar se perde sob a forma de calor.
As células fotovoltaicas são semicondutores constituídos por cristais de silício nos quais se introduzem impurezas
(pequenas percentagens de boro ou arsénio). Quando a luz solar atinge o cristal, excita os electrões, que tendem a
deslocar-se pelo semicondutor, criando uma corrente contínua.
Se a utilidade das células solares é grande nos satélites artificiais, o mesmo não pode ser dito em relação às aplicações
terrestres, pois elas não possuem capacidade de armazenamento, os custos de sua fabricação são bastantes elevados e
apresentam uma eficiência de conversão muito baixa. Para por a funcionar um aquecedor eléctrico de 500 W, por
exemplo, seriam necessários 2,5 m2 de células, mesmo que sobre elas incidisse a radiação máxima do Sol. 

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 A biomassa é uma fonte de energia
derivada de produtos e subprodutos da
floresta, inclui a madeira, resíduos da
indústria da madeira, algas cultivadas,
restos de animais, efluentes domésticos,
resíduos sólidos e urbanos, etc.
 A grande multiplicidade de matérias-
primas exige várias tecnologias para a sua
transformação, dando origem a uma
enorme variedade de produtos. A utilização
da biomassa para fins energéticos permite:
 A produção de calor por combustão
de lenhas e resíduos sólidos;
 A produção de combustíveis líquidos
- metano ou o etanol por conversão
térmica ou biológica

FIM

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