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Universidade Federal do Piauí

Centro de Ciências da Natureza


Departamento de Química
Disciplina: Físico-Química Experimental
Ministrante: Prof. Dr. Francisco Carlos

DETERMINAÇÃO DA CONSTANTE DE
EQUILÍBRIO PELO MÉTODO DA EXTRAÇÃO
COM SOLVENTE
Felipe Alves Batista
Maelson Sousa Nunes
Marlo Rodrigues de S. Caetano
Mateus Soares da Silva
Ricardo Gomes Viana
Teresina – PI
Janeiro de 2015
NTRODUÇÃO – CONSTANTE DE EQUILÍBRIO

 Equilíbrio (estado dinâmico)


• Taxa de reação
• Reversível e irreversível

 Reação de equilíbrio

• Pb2+ + CrO42- PbCrO4


Figura 1 – Reação de equilíbrio.

Fonte: LAVORENTI, 2002 2


NTRODUÇÃO – CONSTANTE DE EQUILÍBRIO

 Reação de formação de NO2

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NTRODUÇÃO – CONSTANTE DE EQUILÍBRIO

 Lei das Massas (Cato Guldberg e Peter Waage)

c d
[C ] .[ D]
“ a velocidade de uma reação química é diretamente
proporcional às concentrações dos reagentes”

a b
[ A] .[ B ]
 Concentração molar e expressão de equilíbrio

aA + bB cC + dD

Qc = [C ]c .[ D]d
[ A]a .[ B]b

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NTRODUÇÃO – CONSTANTE DE EQUILÍBRIO

 Relação entre os valores de Q e k e o rumo da reação:

• Q<K

• Q>K

• Q=K

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NTRODUÇÃO – CONSTANTE DE EQUILÍBRIO

 Valor da constante em relação às concentrações dos


reagentes e produtos.

K<1 K=1 K>1


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NTRODUÇÃO - EXTRAÇÃO

 A extração é um processo de separação de compostos que


consiste em transferir uma substância da fase na qual se
encontra dissolvida ou em suspensão para outra fase líquida.
 A extração líquido-líquido se baseia na transferência de um
soluto de uma fase líquida para outra de acordo com a sua
solubilidade
Figura 2 – Extração com solvente.

 Depende da temperatura
 Natureza do solvente

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NTRODUÇÃO - EXTRAÇÃO

 Escolhe-se como solvente extrator um que solubilize o soluto


muito mais que o solvente original
 A eficiência da extração está diretamente relacionada com a
quantidade de solvente empregado.
 Determinamos a constante de equilíbrio da reação do iodeto
com iodo para formar o triiodeto através do método da
extração com solvente e volumetria de oxido-redução.
 A volumetria redox baseia-se em uma reação de oxido-
redução entre o analito e o titulante.
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NTRODUÇÃO - IODOMETRIA

 Os métodos volumétricos que envolvem a oxidação de íons


iodeto (iodometria) ou a redução do iodo (iodometria) são
baseados na semi-reação abaixo:

 O iodo é um agente oxidante fraco empregado primariamente


na determinação de redutores fortes.
 Na iodometria, um analito oxidante é adicionado a um
excesso de I- para produzir iodo molecular, que é então
titulado com a solução padrão de tiossulfato de sódio.
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NTRODUÇÃO - IODOMETRIA

 O iodo elementar é pouco solúvel em água mas sua


solubilidade aumenta pela complexação com o íon iodeto
formando o íon triiodeto.

O íon tiossulfato (S2O32-) é um agente redutor


moderadamente forte.
 Na presença de iodo, o íon tiossulfato é quantitativamente
oxidado para formar o íon tetrationato (S4O6 2-).

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NTRODUÇÃO - IODOMETRIA

 Nas titulações envolvendo o iodo o indicador é o amido que


forma um complexo azul-escuro com o iodo.

 De acordo com a lei de ação das massas, a equação (2) tem


constante de equilíbrio (Kc) dada por:

 Este equilíbrio pode ser investigado fazendo-se uma


determinação da distribuição de iodo entre um solvente
orgânico e a água:
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NTRODUÇÃO – CONSTANTE DE PARTIÇÃO

 Para a qual se obtém o valor da constante de distribuição (ou


de partição):

 A de posse da constante de partição e da concentração de


iodo na fase orgânica [I2(org)] podemos encontrar

concentração de iodo na solução aquosa [I2(aq)], isto é:

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NTRODUÇÃO – CONSTANTE DE EQUILÍBRIO

 A concentração de iodo combinado com iodeto para formar


I3- pode ser obtida considerando-se que a concentração total
de iodo (livre mais combinado) pode ser obtida por titulação
de óxido-redução.
 Uma vez calculada a concentração de iodo que combinou
com iodeto, pode-se calcular a concentração de iodo livre já
que se conhece qual era a sua concentração inicial. Com
todos estes dados é possível calcular o valor de Kc.

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OBJETIVOS

 Determinar a constante de equilíbrio da reação envolvendo


o iodo, iodeto e triiodeto, pelo método de extração com
solvente;

 Determinar a constante ou coeficiente de partição como


etapa intermediária da determinação da constante de
equilíbrio.

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ARTE EXPERIMENTAL

 Materiais e reagentes
• 250 mL de solução aquosa • 100 mL de solução saturada
de KI 0,01 mol/L; de iodo em tetracloreto de
• 100 mL de solução aquosa carbono;
de Na2S2O3 0,25 mol/L; • Solução de amido 5%;

• 100 mL de solução aquosa • Pisseta com Água destilada;


de Na2S2O3 0,05 mol/L; • Balança Analítica;

• Papel toalha; • 03 frascos de Erlenmeyer


de 125 mL;

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ARTE EXPERIMENTAL - PROCEDIMENTO
Preparar
Soluções
100 mL Na2S2O3 0,05 mol/L 100 mL Na2S2O3 0,25 mol/L 250 mL KI 0,01 Amido 5%
mol/L
Erlenmeyer 1 Erlenmeyer 2 Erlenmeyer 3

Em cada: 20 mL Iodo em CCl4

(2,9 g/100 mL)

Erlenmeyer 1 Erlenmeyer 2 Erlenmeyer 3

50 mL H2O 40 mL KI 0,01 mol/L 40 mL KI 0,1 mol/L

Tampar os frascos;
35 min: Banho termostático;
Agitação periódica;
Temperatura do banho. (50 a 60 o C)
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ARTE EXPERIMENTAL - PROCEDIMENTO
Erlenmeyer 1

15 mL fase CCl4
35 mL fase aquosa

Erlenmeyer 125 mL: Erlenmeyer 125 mL:


15 mL fase CCl4 35 mL fase aquosa

15 mL KI 0,01 mol/L

Titulação

Titulação
Na2S2O3 0,05 mol/L

Na2S2O3 0,25 mol/L

(descoloração das 2 fases)

2 gotas amido – teste p/ I2 Vgasto de Na2S2O3

Vgasto de Na2S2O3 17
ARTE EXPERIMENTAL - PROCEDIMENTO
Erlenmeyer 2 e 3

15 mL fase CCl4
28 mL fase aquosa

Erlenmeyer 125 Erlenmeyer 125 mL:


mL: 15 mL fase 28 mL fase aquosa
CCl4

15 mL KI 0,01 mol/L

Titulação

Titulação
Na2S2O3 0,05 mol/L

Na2S2O3 0,25 mol/L

(descoloração das 2 fases)

2 gotas amido – teste p/ I2 Vgasto de Na2S2O3

Vgasto de Na2S2O3 18
RESULTADOS E DISCUSSÃO

Tabela 1 – Volumes de Na2S2O3 gastos nas titulações

Erlenmeyer Fase Orgânica (L) Fase Aquosa (L)

1 31,7 x 10-3 0,8 x 10-3

2 9,0 x 10-3 3,4 x 10-3

3 6,1 x 10-3 3,5 x 10-3

• Erlenmeyer 1 - Determinação da constante de partição.


• Erlenmeyers 2 e 3 - Determinação da constante de equilíbrio.
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
 Determinação da constante de Partição (Kpart)
Titulação da fase aquosa - Alíquota de 35 mL
• Volume gasto do titulante = 0,8.10-3 L
• Concentração molar do titulante = 0,05 mol L-1
• Número de mols de Na2S2O3 = (0,8.10-3 L). (0,05 mol L-1)

• Número de mols de Na2S2O3 = 4,0.10-5 mols

• Número de mols de I2 total = 2,0.10-5 mols

• Concentração molar de I2 total = 5,7142.10-4 mol L-1 20


RESULTADOS E DISCUSSÃO

Figura 2 – Titulando a fase aquosa (a); Ponto final da titulação (b).

Após a titulação

(a). (b). 21
RESULTADOS E DISCUSSÃO
 Determinação da constante de Partição (Kpart)
Titulação da fase orgânica - Alíquota de 15 mL
• Volume gasto do titulante = 31,7.10-3 L
• Concentração molar do titulante = 0,25 mol L-1
• Número de mols de Na2S2O3 = (31,7.10-3 L). (0,25 mol L-1)

• Número de mols de Na2S2O3 = 7,925.10-3 mols

• Número de mols de I2 total = 3,963.10-3 mols

• Concentração molar de I2 total = 0,264 mol L-1 22


RESULTADOS E DISCUSSÃO
 Determinação da constante de Partição (Kpart)

• Cálculo da constante ou coeficiente de partição: razão


entre a concentração molar da fase orgânica e da fase
aquosa.

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

 Determinação da constante de equilíbrio

Tabela 2 – Valores do número de mols e concentração molar do (I 2+ I3)total

FASE ORGÂNICA FASE AQUOSA

Nº de mols [I2+ I3-]total Nº de mols [I2+ I3-]total


Erlenmeyer de (I2+ I3-)total de (I2+ I3-)total
(mol L-1) (mol L-1)
(mol) (mol)

2 1,125 x 10-3 0,075 8,500 x 10-5 3,030 x 10-3

3 7,625 x 10-4 0,051 8,750 x 10-5 3,125 x 10-3

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

 Determinação da constante de equilíbrio Kc2

  REAÇÃO DO EQUILÍBRIO

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

 Determinação da constante de equilíbrio Kc3

  REAÇÃO DO EQUILÍBRIO

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

 O coeficiente de partição do iodo em água e tetracloreto


de carbono a 25 º C tabelado é aproximadamente 85, já
o valor da constante de equilíbrio é de aproximadamente
780.

Há diversos fatores que podem ter influenciado nos


resultados, como:
• O titulante utilizado não foi padronizado;
• Influência do pH no meio titulado;

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

• Variação de temperatura influenciando no valor da


constante de equilíbrio;

• A alta volatilidade do Iodo;

• Além dos erros de detecção do ponto final cometidos


pelo operador.

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CONCLUSÃO

 A partir dos resultados obtidos pôde-se observar que


diversos fatores influenciaram na determinação das
constantes.

• Pouca quantidade de reagente (CCl4);

• Mesmo com os resultados obtidos, o método mostrou-se


eficaz.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• BACCAN, N.; DE ANDRADE, J. C.; GODINHO, O. E. S.;

BARONE, J. S. Química analítica quantitativa elementar.

1ª ed. São Paulo: Editora Edgard Blücher, 1979.

• LAVORENTI, A. Equilíbrio químico. USP. Piracicaba, São

Paulo, 2002.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• SILVA, F. S.; RODRIGUES, J. C.; PEREIRA, L. J.;


SANSÃO, M. S.; CRUZ, N. F. Determinação de uma
constante de equilíbrio pelo método de distribuição.
UNESP – Faculdade de Ciências e Tecnologia,
Presidente Prudente, 2011.

• SKOOG, D. A; WEST, D. M; HOLLER, F. J.; STANLEY,


R. C. Fundamentos da química analítica. 8ª ed. norte
americana. São Paulo, Ed.Thomson, 2007.
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OBRIGADO
PELA ATENÇÃO!

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