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Rede Hidrográfica Portuguesa

 Disponibilidade Hídrica: Consiste no conjunto


de recursos hídricos existentes num dado
lugar.
 Rede Hidrográfica: Conjunto formado por um

rio principal e por todos os cursos de água


que para ele afluem.
 Bacia
Hidrográfica: É a
área constituída
por terras cujas
águas escorrem
para um rio e
seus afluentes.
  

 1-Rio Minho
 2-Rio Lima
 3-Rio Cávado
 4-Rio Douro
 5-Rio Vouga
 6-Rio
Mondengo
 7-Rio Tejo
 8-Rio Sado
 9-Rio Mira
 10-Rio
Guadiana
Escoamento (pág 128)
Uma parte da quantidade de água precipitada perde-se para a
atmosfera (ETR), outra parte infiltra-se e outra alimenta o
escoamento superficial – que por sua vez vai alimentar rios, lagos
e mares …

P = ETR + I + ES
 P-Precipitação
 ETR- Evapotranspiração real
 ES- Escoamento Superficial
 I- Infiltração
 Em Portugal cerca de metade dos recursos
hídricos totais são provenientes do
escoamento externo, originário do território
espanhol através dos rios internacionais,
facto que coloca Portugal numa situação de
forte dependência hídrica.
 Bacias hidrográficas (maiores):
 1-Tejo
 2-Douro
 3-Guadiana
Os factores que interferem na variação dos caudais

 A natureza da rocha ou permeabilidade da mesma


(pág 127)
 Provoca uma maior ou menor capacidade de

infiltração das águas, interferindo por conseguinte,


com os caudais dos cursos de água.
 A vegetação (pág 131)

 Evita uma escorrência mais forte, diminuindo assim, a

probabilidade de cheias.
 A acção do Homem (pág 130)

 Obstrui linhas de água (construções desordenadas),

impermeabiliza o solo (processo urbanizações) e


destrói a cobertura vegetal (actividades do Homem).
Disponibilidades Hídricas (pág 132)
 Disponibilidade Hídrica: Consiste no conjunto de
recursos hídricos existentes num dado lugar.

 Apesar de ser um país pequeno e de conter um clima


predominantemente mediterrânico que faz com que haja
uma grande irregularidade na precipitação, Portugal
possui uma rede hidrográfica bem desenvolvida e com
uma grande disponibilidade hídrica.
 
 Em relação à distribuição da precipitação, existe um
maior desenvolvimento na região norte e noroeste de
Portugal continental.
Balanço Hidrológico (pág 132)
 A diferença a entre a precipitação total (P) e a
evapotranspiração (ETP) permite calcular o
balanço hidrológico simplificado;

P – ETP = BHS

BH Positivo – quando a P é superior à ETP


BH Negativo – quando a ETP é superior à P
O regime dos rios (pág 135)
 As bacias hidrográficas com maior
irregularidade de caudal são as do extremo
Sudoeste: Ribeiras do Algarve e Sado (a razão
entre escoamento em anos secos e húmidos é
superior a 100)
Regime fluvial dos rios Portugueses (pág
136)
 As disponibilidades hídricas variam essencialmente devido
às quantidades de precipitação, pelo que, em termos gerais,
podemos dizer que existe uma diminuição no sentido norte-
sul, com a passagem de rios com regimes regulares de tipo
oceânico (Minho ou Douro) para rios de regime irregular ou
torrencial (Guadiana), que, no período seco estival quase
chegam a desaparecer, tal é a diminuição do caudal

 Período seco estival: Período que regista uma diminuição do


caudal como consequência da ausência de precipitação e do
aumento da evaporação (devido ao aumento da
temperatura). Em muitos casos, pode chegar mesmo a
desaparecer.
TIPOS DE CHEIAS
 Progressivas: resultam de longos períodos
chuvosos e afectam especialmente as grandes
bacias hidrográficas, como a do Tejo. Os longos
períodos de chuva originam a saturação dos solos,
o enchimento das albufeiras e o transbordo dos
principais afluentes.

 Rápidas: ocorrem em áreas restritas e derivam de


curtos períodos chuvosos mas de grande
intensidade; este tipo de cheias afecta as pequenas
bacias (por exemplo, ribeiras da ilha da Madeira.)
Regime Fluvial Arquipélagos
 Madeira (pág 137 e 138)

 Açores (pág 139 à 141)


Os tipos de vale de um curso de água

  A interferência do relevo na variação dos


caudais reside na diferença dos declives.
Assim, o curso de água passa por três fases
bem distintas:
 Fase Jovem: Curso superior, o rio executa uma acção

de desgaste, vale em garganta,


declive acentuado.
Fase Adulta:

Curso médio, o rio executa uma acção de


transporte, vale mais aberto, declive diminui.
 Fase Idosa: Curso inferior, o rio executa uma
acção de acumulação, vale muito largo,
declive quase nulo
As Lagoas
 Reservatórios de água doce ou salobra, de
reduzidas dimensões e de pouca
profundidade.

 As lagoas podem ter origens diversificadas,


nomeadamente:
 -glaciar (Serra da Estrela)
 -fluvial (Óbidos)
 -vulcânica (São Miguel)
Lagoa Comprida

Lagoa de S. Miguel

Lagoa de Óbidos
Recursos Hídricos Subterrâneos
 Águas Subterrâneas
 
 São bastante importantes pois têm mais qualidade do que a água
dos rios e lagos.

 Como se formam?

 Têm origem na infiltração proveniente:


 Da precipitação;
 Dos cursos de água, lagoas e albufeiras;
 Da rega;
 Das águas residuais urbanas;

A precipitação é a principal fonte de alimentação dos aquíferos


 Aquíferos – reservatórios naturais e
subterrâneos de água associados a uma
formação geológica, que permite a circulação
e o armazenamento de água nos seus
espaços vazios, possibilitando o seu
aproveitamento em quantidades
economicamente rentáveis.
Aquíferos característicos de Portugal
Peninsular
 Aquífero poroso – contém poros resultantes
da textura granulosa. É característico de
formações geológicas não consolidadas onde
existem espaços vazios entre os minerais ou
fragmentos rochosos (areia /cascalho)
 Aquífero cársico – contém cavidades
(buracos, condutas naturais, grutas)
originadas por dissolução da rocha, o que
permite uma circulação rápida da água.
(calcário)
 Aquifero fracturado ou fissurado –
relacionado com descontinuidades diversas
(fracturas, falhas, fissuras) que afectam o
material rochoso de suporte. (granito)
Unidades
Hidrogeológicas
 A – Maciço Antigo
 O – Orla Ocidental
 T – Bacia

sedimentar do Tejo
e Sado
 M – Orla Meridional

 ((pág 143)
Distribuição das águas subterrâneas

 
 É bastante desigual em Portugal, devido à natureza
da rocha. Assim, é na região do centro litoral
(maciço calcário) que se registam os maiores
aquíferos subterrâneos do país, enquanto é no
norte e em todo o interior (maciço antigo, rochas
duras – granito e xisto) que as reservas se
apresentam menos importantes.
 As formações rochosas mais permeáveis e porosas
originam maiores disponibilidades hídricas
subterrâneas, dado que permitem uma maior
recarga dos aquíferos.
 Ilha da Madeira e Açores (pág 144)
Os Usos e a Gestão dos recursos
hídricos
USOS:
Utilizações consumptivas
 rega e demais actividades agro-pecuárias;

 Abastecimento urbano (doméstico e público);

 abastecimento industrial;
 Produção termoeléctrica.

Utilizações não consumptivas


 Recreio e lazer;

 Produção hidroeléctrica;
 Navegação;
 Vida e preservação das espécies aquáticas e ribeirinhas.
Usos consumptivos
Agricultura (pág 146)
 Actividade agrícola de regadio exerce o maior
consumo sobre os recursos hídricos:
- mais de 80% da agua utilizada para regadio
é de natureza privada (o conhecimento da
utilização da água é feito de 10 em 10 anos –
CENSOS);
- Contaminação de aquíferos devido à
utilização de adubos na agricultura.
Abastecimento (pág 147)
 Diversos contrastes:
 Uma grande parte dos concelhos apresenta já níveis de
atendimento superiores a 90%;
 Existe ainda um número considerável de concelhos com
fraca cobertura de sistemas públicos domiciliários de
abastecimento de água.
 Elevado nº de concelhos do noroeste, onde a abundância
de água permite que a população se abasteça a si própria
recorrendo a poços e furos
 As populações rurais oferecem resistência em aderir à
rede publica;
 Os aglomerados de pequena dimensão os custos de
instalação de rede publica é cara (aspecto económico)
Abastecimento
 A captação de água para abastecimento dos
aglomerados populacionais pode ter origem
superficial ou subterrânea;
 95% são captações subterrâneas;
 65% provinha de origens superficiais, em
linhas de água ou albufeiras (em 2004);
Industria (pág 148)
 As que mais necessitam de água são:
 Fabricação têxtil
 Madeira;
 Cortiça;
 Pasta de papel;
 Produtos químicos;
 Metalúrgicas;
 Produção termoeléctrica.
 A maioria das industrias utiliza os meios
hídricos para descarga das suas águas
residuais, podendo se estabelecer três grupos
de sistemas de drenagem:

 Sistema próprio;
 Sistema público (ETAR municipais);
 Descarga livre ( não possuem sistemas de
tratamentos dos efluentes).
Actividade Turistica ((pág 150)
 Essencialmente unidades hoteleiras e golfe:

 Responsáveis por enormes gastos e


contaminação (principalmente o golfe);

Madeira e Açores (pág 151 e 152)


Usos não consumptivos
Praias fluviais
 São uma atracção ao desenvolvimento;
 Estão dotadas de acessos, equipamentos de

apoio e de controlo das águas.


Albufeiras
 As aguas públicas são classificadas segundo:
 As características das áreas onde se inserem;
 Os objectivos para que foram planeadas;
 Os usos.

A DSUDH agrupa-as em:


 protegidas;
 Utilização limitada;
 Utilização livre;
 Utilização condicionada.

Estão também definidas as actividades secundárias


permitidas e não permitidas no uso das albufeiras.
Cursos de água (pág 153)
 Procurados para:
 Práticas balneares;
 Práticas Desportivas (rafting, canoagem, remo);
 Navegação (recreativa, comercial e de segurança)

RIO DOURO (PÁG 155)


- único dotado de infra-estruturas de navegação:
. Barragens com eclusas
. Actividades recreativas;
. Culturas biogenéticas;
. Extracção de inertes;
Desafios à gestão
Desafios à gestão (pág 155 e 156)

 Nova cultura da água;


 Desenvolvimento sustentável;
 Consciência ambiental;
 Minimizar efeitos;
 Potencialização numa perspectiva

ecossistémica.
Desafios em termos de qualidade
 A gestão dos recursos hídricos: as actividades humanas e a
quantidade e qualidade da água.

 Actualmente, existe uma crescente contaminação dos cursos de


água devido à actividade industrial e agrícola e aos esgotos
domésticos, que provocam uma grande quantidade de efluentes
(emissão localizada de líquidos, geralmente esgotos).

 Actividades que estão na base da produção de efluentes que


contaminam a água:
-poluição das águas subterrâneas (devido à agricultura intensiva)
-indústria (responsável por muitos dos poluentes existentes na
água)
-pecuária
-actividade mineira
-produção energética
-crescimento urbano
-esgotos domésticos
 A gestão dos recursos hídricos: as actividades humanas e a quantidade e
qualidade da água.
  
 Actualmente, existe uma crescente contaminação dos cursos de água devido à
actividade industrial e agrícola e aos esgotos domésticos, que provocam uma
grande quantidade de efluentes (emissão localizada de líquidos, geralmente
esgotos).
  
 Actividades que estão na base da produção de efluentes que contaminam a água:
 -poluição das águas subterrâneas (devido à agricultura intensiva, salinização)
 -indústria (responsável por muitos dos poluentes existentes na água)
 - agricultura e pecuária (responsável pela eutrofização)
 -actividade mineira
 -produção energética
 -crescimento urbano
 -esgotos domésticos
 - incendios
  
 Ultimamente, para inverter esta situação têm sido criadas Estações de tratamento
de esgotos industriais e domésticos, de forma a preservar um dos maiores
recursos do nosso planeta.
Desafios em termos de quantidade
 Aquecimento global tem levado ao
agravamento das situações climáticas
extremas e consequentemente a secas que
reforçam a irregularidade da precipitação
logo a disponibilidade de recursos hídricos.

Este facto leva à necessidade de


implementação de medidas e politicas de
gestão dos recursos hídricos
Politicas e medidas de gestão dos
recursos hidricos
 POLITICAS (pág 160)

 A nível europeu;
 A nível ibérico;
 A nível nacional;
Politicas a nível nacional
Medidas para melhor gestão dos recursos hídricos

 Agricultura
 Técnicas modernas de transporte de água e de irrigação que
evitam grandes perdas líquidas
 Transporte de água
 As condutas fechadas evitam a perda de água por evaporação
 Rega
 A irrigação controlada permite um aproveitamento racional da
água
 Águas residuais
 Tratamento nas ETAR
 Actividades domésticas
 Campanhas que visem evitar consumos de água desnecessários
  
A gestão das águas e os acordos internacionais

 As medidas de controlo da qualidade das águas


 
 Pode ser de diversos tipos e estendem-se a várias áreas de intervenção. Assim
podem ser:

 Nível do ambiente
 Implementação das ETAR
 Nível do abastecimento de água à população
 Alargamento dos sistemas intermunicipais
 Nível do ordenamento do território
 Implementação do POA (Plano de ordenamento das bacias hidrográficas que
consiste na legislação que regulamenta o ordenamento e o uso do território que
se inclui numa bacia hidrográfica)
 Nível da legislação
 Penalização de empresas que contaminam os recursos hídrico
 Nível da educação ambiental
 Formações de consciência cívica
Armazenamento
Albufeiras
 Causas para a construção de albufeiras:

 produção de energia hidroeléctrica


 abastecimento de água para uso doméstico
 abastecimento de água para a actividade

agrícola
 reservas hídricas
 regularização dos caudais
 aproveitamento para fins turísticos
 Aspectos positivos da construção de barragens:
◦ Garantem o armazenamento de água em albufeiras;
◦ Podem ser utilizadas na produção de energia hidroeléctrica;
◦ Minimizam as inundações;
◦ Garantem o caudal ecológico;
◦ Garantem o abastecimento de águas às populações;
◦ Permitem uma regularização do caudal;
◦ Minimizam os problemas de escassez de água

 Aspectos negativos da construção de barragens:


 São obras muito dispendiosas;
 Podem provocar a inundação de terrenos agrícolas;
 Podem provocar a submersão de aldeias;
 Provocam alterações na fauna e na flora ribeirinhas

fluviais;
 Geram deterioração da qualidade da água.
As ETAR
 Água residual: água procedente de usos domésticos, comerciais ou
industriais, pelo que se encontra poluída.

 As estações de tratamento de águas residuais (ETAR) têm como


objectivo diminuir a quantidade de matéria poluente da água.

 A ETAR em Portugal tem actualmente uma boa cobertura. Pensa-se


que 50% das águas residuais tratadas, a produzir pelas ETAR
municipais portuguesas seria suficiente para cobrir pelo menos
10% das necessidades de água para a agricultura, sem recorrer ao
armazenamento sazonal.
 
O consumo racional de água na actividade industrial apresenta
duas vertentes de grande importância:
- Utilização de tecnologias modernas menos exigentes em água
(tecnologias secas)
-Reciclagem das suas águas residuais, com a instalação de sistemas
de tratamento e de reutilização.
Recursos Marítimos
Oceanos e Mares
 Portugal:
 Forte ligação ao mar;
 Constitui as suas fronteiras a oeste e a sul;

O mar português é constituído por camadas de água que se


sobrepõem:
 Águas profundas (+ 3000m de profundidade), frias do

Atlântico Norte, provenientes da Noruega e Gronelândia;


 Água de origem mediterrânica, quente, que circula entre os

400 e 1500m de profundidade;


 Água central do Atlântico do nordeste, que constitui a

camada superficial, com um ramo subtropical e outro


subpolar.
Alteração dos limites dos oceanos
(pág 181)
 Os oceanos e mares estão sujeitos a variações:

 Episódicas do nível superficial das suas águas


(tempestades podem provocar subidas de + de
1m);
 Frequentes e Cíclicas (devido às marés);
 Movimentos da superfície terrestre (que
modificam a configuração das bacias oceânicas;
 Alterações climáticas ( que se repercutem no
volume da água dos oceanos).
Mutações do limite inferior oceânico
Suporte Físico
 Morfologia submarina (pág 182)

 Plataforma continental – vai até cerca de 200


metros de profundidade. Constitui a área
morfológica do oceano que mais influência
recebe das áreas emersas (detritos minerais e
orgânicos são continuamente ‘vertidos’ nela,
originando uma significativa cobertura
sedimentar);
 Talude continental, área de forte declive e que
efectua a transição entre a plataforma
continental e as áreas mais profundas e
extensas;
 Zonas abissais, de maior profundidade (3000 a
5000m), muitas vezes aplanadas, constituida por
matéria de maior densidade típica do fundo oceânico;

 Montanhas submarinas (no caso do Atlântico


desenvolvem-se longitudinalmente – Dorsal
Atlântica . Alguns dos principais picos desta cadeia
emergem, dando origem a ilhas – Açores;

 Fossas submarinas (que chegam a atingir valores


impressionantes de profundidade).
Fig 1 O fundo marinho
Mecanismos
 A tectónica;
 Os processos físicos (temperatura,

Salinidade);
 Correntes marítimas (upwelling);
 As ondas
 Marés
A tectónica (pág 185)

 O Atlântico expande-se ao longo de uma


longa área de falha, chamada rift,
correspondente à Dorsal Atlântica;

 Devido à tectónica o fundo dos oceanos tem


idades diversificadas e alterações nas
dimensões; Pode expandir (tendência do
Atlântico) ou contrair (tendência do
Mediterrâneo)
Processos Físicos (pág 187)

 TEMPERATURA:

 Os desequilíbrios energéticos têm repercussões na


circulação marinha;
 A temperatura das águas não é a mesma em todo o
globo, varia em latitude, longitude e profundidade;
 À medida que a profundidade aumenta a temperatura
das águas diminui;
 O gradiente térmico é de 4ºC a partir dos 1000m de
profundidade;
 A variação da temperatura em profundidade é mais
significativa nas baixas latitudes do que nos pólos;
Processos físicos
 SALINIDADE:

 Também varia em função da temperatura,


latitude e profundidade;
 As variações de salinidade são mais

significativas com a profundidade nas


latitudes mais baixas.
 A salinidade é menor nos pólos devido ao

degelo da água doce à superfície.


Processos Físicos
Correntes Marítimas

 Corrente marítima: Fluxo circular de água nas


grandes bacias oceânicas do mundo,
produzido pelos efeitos combinados dos
ventos dominantes e da rotação da terra.
 
 Factores responsáveis pela diversidade das
correntes marítimas:
 -temperatura
 -salinidade
 -ventos dominantes
Processos físicos
 CORRENTES MARITIMAS:

- As diferenças superficiais e em profundidade a


nível de temperatura e de salinidade geram
correntes de circulação oceânica – Correntes
Marítimas (pág. 190);
- Além das correntes gerais, existem outras que se
prendem com razões especificas – movimentos
verticais das águas numa dada faixa oceânica.
Quando os movimentos são descendentes –
downwelling – quando são ascendestes – upwelling.
upwelling
 Upwelling (afloramento)
 É uma consequência da acção do vento sobre as
aguas;
 Estas correntes apresentam características especiais,
pois provêm de grandes profundidades, logo são
frias e muito ricas em nutrientes (promovem o
desenvolvimento do fitoplâncton);
 Em Portugal, ocorre principalmente no verão, devido
aos ventos de norte.
 A divergência junto à costa gera uma outra
circulação, mas na horizontal – corrente Costeira de
Portugal; (pág 192)
Processos físicos
 ONDAS:
 Movimentos ondulatórios das partículas aquáticas;
 Onda é constituída pela crista e a cava, que permitem calcular a
altura e o comprimento;
 Numa onda as partículas descrevem movimentos circulares das
esquerda para a direita;
 O diâmetro da circunferência vai diminuindo em profundidade;
 Quanto maior a energia fornecida pelo vento ao mar, maior a
altura da onda;
 A linha de frente das ondas não é rectilínea – faz uma curvatura
– resultante da irregularidade do fundo do mar e das
reentrâncias e saliências da costa; (pág. 195)
 A erosão da costa vai ser distinta – é maior nas saliências litorais
e é mais fraca nas praias e baías. (pág. 196)
Processos físicos
 ONDAS:
Processos Físicos
 MARÉS:
 As marés são ondas com cerca de 20 milhares de KM
de comprimento de onda, consequência da atracção
do Sol e principalmente da lua sobre as partículas da
Terra;
 Existe um “jogo”entre a força centrifuga resultante do
movimento conjunto da Terra e da Lua e a força da
gravidade gerada pela atracção lunar. Da subtracção
destes dois vectores resulta a força das marés;
 A maré alta (ou preia-mar) resulta da passagem da
lua pelo meridiano do lugar;
 A maré baixa
Curiosidade…
 A gravidade é a força de atracção mútua que os corpos materiais exercem
uns sobre os outros. Classicamente, é descrita pela
lei de Newton da gravitação universal.
 Foi descoberta primeiramente pelo físico inglês Isaac Newton e desenvolvida
e estudada ao longo dos anos.
 Do ponto de vista prático, a atracção gravitacional da Terra confere peso aos
objectos e faz com que caiam ao chão quando são soltos no ar (como a
atracção é mútua, a Terra também se move em direcção aos objectos, mas
apenas por uma ínfima fracção).
 A gravitação é o motivo pelo qual a Terra, o Sol e outros corpos celestiais
existem: sem ela, a matéria não se teria aglutinado para formar aqueles
corpos e a vida como a entendemos não teria surgido.
 A gravidade também é responsável por manter a Terra e os outros planetas
em suas respectivas órbitas em torno do Sol e a Lua em órbita em volta da
Terra, bem como pela formação das marés e por muitos outros fenómenos
naturais.
Curiosidades…
 Num campo gravitacional terrestre ideal, ou seja, sem interferências, as
águas à superfície da Terra sofreriam uma aceleração idêntica na direcção
do centro de massa terrestre, encontrando-se assim numa situação
isopotencial (situação A na imagem). Mas devido à existência de corpos
com campos gravitacionais significativos a interferirem com o da Terra
(Lua e Sol), estes provocam acelerações que actuam na massa terrestre
com intensidades diferentes. Como os campos gravitacionais actuam com
uma intensidade inversamente proporcional ao quadrado da distância, as
acelerações sentidas nos diversos pontos da Terra não são as mesmas.
Assim (situação B e C na imagem) a aceleração provocada pela Lua têm
intensidades significativamente diferentes entre os pontos mais próximos
e mais afastados da Lua.
 Desta forma as massas oceânicas que estão mais próximas da Lua sofrem
uma aceleração de intensidade significativamente superior às massas
oceânicas mais afastadas da Lua. É este diferencial que provoca as
alterações da altura das massas de água à superfície da Terra.
 Quando a maré está em seu ápice chama-se maré alta, maré cheia ou
preia-mar; quando está no seu menor nível chama-se maré baixa ou
baixa-mar. Em média, as marés oscilam em um período de 12 horas e 24
minutos. Doze horas devido à rotação da Terra e 24 minutos devido à
órbita lunar.
 A altura das marés alta e baixa (relativa ao nível do mar médio) também
varia. Nas luas nova e cheia, as forças gravitacionais do Sol estão na
mesma direcção das da Lua, produzindo marés mais altas, chamadas
marés de sizígia. Nas luas minguante e crescente as forças gravitacionais
do Sol estão em direcções diferentes das da Lua, anulando parte delas,
produzindo marés mais baixas chamadas marés de quadratura.
O Litoral
 A confusão e o uso indiscriminado de termos
como Litoral, linha de costa, região litoral, orla
litoral, entre outros, tem levado a uma tentativa
de clarificação e redução dos mesmos.
 Segundo um relatório oficial português de Janeiro

de 2006, restringe-se o conjunto de


termos/expressões a quatro:
- Litoral;
-Zona Costeira;
- Orla Costeira;
- Linha de costa;
 Linha de costa, a fronteira entre a terra e o mar,
materializada pela intercepção do nível médio do mar com
a terra;
 Orla Costeira, a porção de território onde o mar exerce
directamente a sua acção, coadjuvado pela acção eólica, e
que se estende para o lado de terra por centenas de
metros e, do lado do mar, até à profundidade dos 30
metros;
 Zona Costeira, a porção de território influenciada directa e
indirectamente em termos biofísicos pelo mar;
 Litoral, termo genérico que descreve porções de território
que são influenciadas directa e indirectamente pela
proximidade do mar.
.

Configurações e particularidades do
teritório português
A linha de costa de Portugal continental apresenta um traçado
quase rectilíneo, pouco recortado, ou seja, com poucas
reentrâncias e saliências.
O litoral português é dominado fundamentalmente por dois tipos
de costa:
- Costa de arriba – é uma costa talhada em afloramentos
rochosos de elevado grau de dureza. Pode ser alta, rochosa e
escarpada ou igualmente rochosa mas ais baixa. Pode ser
acompanhada por pequenas extensões de areia , muitas vezes só
visíveis na maré baixa.
- Costa de praia – costa baixa e arenosa, frequentemente
associada a sistemas dunares
Costa de Arriba: S. Vicente Costa de Praia:Torreira
 As Arribas em Portugal
 “No Norte do país, no Minho e Douro Litoral, as arribas fósseis são talhadas em rochas
granitoides do Maçiço Antigo, são altas e recuadas da linha de costa. Porém localmente
esse mesmo rebordo alto e escarpado aproxima-se do mar e é batido por ele ,
funcionando como arriba viva. É o caso do promontório de Montedor a Sul de Afife, um
dos pontos importantes da costa portuguesa, porque o seu farol é um dos centros de
circunferência que, com 200 milhas de raio, limita a Zona Económica Exclusiva (ZEE). A
partir dai para sul até Espinho as arribas são baixas até 5-6m de altura..
 Para sul no Litoral Centro, as arribas aparecem para sul do cabo Mondego. Os cabos
Mondego, Carvoeiro, Roca, Raso e Espichel são talhados em calcários duros. A Costa
Vicentina (Cabo de Sines ao Cabo de S. Vicente) está talhada em rochas duras do Maciço
Antigo.
 A costa do Barlavento Algarvio (Cabo de S. Vicente à Quarteira) é talhada em calcários.
 Na costa do Sotavento Algarvio ( Quarteira a Vila Real de Sto António as arribas recuadas ,
quase todas talhadas em rochas arenosas e areniticas, são, formas mortas e/ ou
fossilizadas frente às quais se desenvolveram ilhotas e cordões arenosos do sistema
lagunar da “ria” Formosa.
 
 Praias e sistema dunares em Portugal
 Cerca de 645 Km da costa continental portuguesa é constituída por praias, estreitas e
rectilíneas ou em forma de enseada ( arco) ora encostadas a arribas, a cordões litorais e/
ou sistemas dunares ou ainda a paredões.
Portuga Insular (pág.202)
Processos morfogenéticos do litoral
 FACTORES GEOLÒGICOS

Rochas: são diversas


 magmáticas;
 Metamórficas;
 Sedimentares;

As rochas mais porosas e com fissuras


(calcário) propiciam a corrosão e o
aparecimento de grutas litorais
Estratificação:
A orientação da estratificação interfere na
evolução das arribas;

Vulcanismo:
Cria alterações no litoral, nomeadamente
acrescentos, como aconteceu em 1957 na
ilha do Faial, com o vulcão dos Capelinhos
(pág. 205)
Mecanismos
marítimos

Acção de desgaste de uma arriba

Evolução de uma arriba


Mecanismos marítimos
 Abrasão marinha – os materiais, como areias e fragmentos rochosos,
transportados pela força dos movimentos das ondas exercem uma intensa
acção erosiva.
  
 Recuo da arriba
 O progressivo recuo da arriba leva ao alargamento da plataforma de abrasão,
que, associado à sua inclinação, faz com que as ondas atinjam a base da
arriba com menor intensidade e com menor capacidade erosiva assim, a certa
altura, o mar deixa de conseguir atingir a arriba surgindo arriba fóssil ou
morta.
  
 Costa de emersão – surge no norte litoral de Portugal dado que a área do
litoral que imergiu devido ao recuo das águas do mar dando origem a
pequenas reentrâncias e algumas praias. A costa apesar de ser constituída
por rochas duras a linha de contacto com o mar apresenta-se
predominantemente baixa.
  
 Cabos e localização dos principais portos
 Ao longo da costa portuguesa encontram-se alguns cabos, que

constituem saliências talhadas em informações rochosas de maior


resistência geralmente em áreas de costa alta e rochosa. Tal como
os estuários, os cabos constituem protecções naturais que
permitem a instalação de portos marítimos, abrigando-os dos
ventos que sopram de oeste e de noroeste e protegendo-os das
correntes marítimas superficiais de sentido norte/sul. Assim os
portos portugueses localizam-se geralmente no flanco sol dos
cabos.
 Apesar da extensa costa portuguesa, não existem em Portugal

boas condições naturais para a instalação de portos marítimos


dado que a costa é pouco recortada e pouco abrigada dos ventos
e muito batida pelas ondas. Por isso, originou a construção de
portos artificiais, como o de Leixões, Viana do Castelo …
Principais
acidentes da
costa
 Existem ao longo
da costa alguns
acidentes
associados a
reentrâncias e
saliências.
As pescas

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