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Autor
Fernando Sibanda
Título:
Licenciatura em Oceanografia
Autor
Fernando Sibanda
Supervisor:
______________________________
Co-supervisora:
_______________________________
Em Memória da minha mãe Goldina, por me colocar neste mundo, e por me proporcionado
momentos únicos e curtos da sua vida.
A minha Avó, Nora, pela educação, pela pessoa que me tornei graças a ela, o meu muito obrigado!
i
Agradecimentos
Muitos são os que nos ajudam, incentivam, fazendo deste curto período da nossa jornada a mais
incrível de todas.
Ao meu orientador Professor Doutor Fialho Nehama pela disponibilidade de compartilhar ideias, e
de dar sugestões a este trabalho, fazendo-me crescer intelectualmente.
A Doutora Clousa Maueua pelas sugestões pertinentes à melhoria da qualidade desta Tese.
Aos funcionários da mesma instituição de modo especial, à pela competência de seu trabalho
enquanto estive a frequentar o curso.
A minha linda avó senhora Nora e meu avo Malaquias, as minhas tias Rebeca e Minelia pela
sabedoria com que me criaram, e pelo apoio constante, fazendo tudo que era possível e às vezes
quase o impossível para me proporcionar condições de seguir em frente.
Aos meus tios Khilson, David, Acílio, Bilga, Edite, Angélica, Mãezinha e Felisberto, que sempre
estiveram ao meu lado, dando-me coragem para caminhar
Igreja Caminho Para o Pai, família Pio muito obrigado pelo primeiro abraço, primeira refeição e
abrigo nesta cidade dos bons sinais.
A minha namorada Hamina pela paciência compreensão e motivação pra um futuro melhor.
A minha equipa de basquete da ESCMC: Samuel, Anselmo, Venâncio, Nuno, Elton, João,
Macassane, Maurício, Vuja, Pelas alegrias de todos os sábados.
Aos colegas de curso que hoje se tornaram verdadeiros amigos. Elda, Lionel, Dufa, Humberto,
Jorge, António, Parceiros de muitos dias nesses últimos anos. Em especial, agradeço a Virgílio e
Resito, meus grandes companheiros, fies e leais.Com os quais partilhei momentos memoráveis.
A minha recente e grande amiga Gesica, pelas rizadas e pelo jeito que me incentiva, dando-me
coragem para caminhar.
ii
Aos meus sobrinhos, e primos Dina, Edilson, Gerson. Júnior, Samuel, juvenalia, Enzo, Malaquias,
Gito, Elno pelos momentos de alegria, fazendo-me perceber que a felicidade está nas pequenas
coisas.
Ao Dércio meu companheiro amigo virtual e sempre presente pra me ajudar. E finalmente, mas
obviamente não menos importante
Aos melhores amigos Alexandre, Emídio e Delfina pelas rizadas e pelos conselhos, testemunhos da
minha vida.
Se porventura este autor tenha esquecido algum nome, por qualquer motivo, sinta-se privilegiado a
escrever seu nome a caneta nesta folha.
iii
A vida me fez conhecer vários lugares.
...estou bem
(Kid Manuel)
iv
Declaração de compromisso de honra
Declaro que esta monografia nunca foi apresentada para obtenção de qualquer grau e que ela
constitui o resultado do meu labor individual. Esta monografia é apresentada em cumprimento
parcial dos requisitos de obtenção do grau de Licenciatura em Oceanografia, da Universidade
Eduardo Mondlane.
O autor
________________________________________________
(Fernando Sibanda)
v
Resumo
A tendência deste trabalho visa analisar eventos extremos associados à elevação do nível do mar. A
partir dos dados observados de maré meteorológica. Tendo os dados para os anos de 2002 estacão
da Beira, 2011 estacão de Inhambane, 2007 até 2013 estacão Pemba, estes dados foram gentilmente
cedidos pelo (INAHINA). Para os dados de pressão para os anos e estacões acima referenciados
foram baixados no banco de dados de https://www.esrl.noaa.gov/psd/cgi-bin/DataAccess. O
objectivo principal do estudo é avaliar a ocorrência de eventos extremos do nível do mar em relação
a sua variabilidade em três (3) regiões da costa de Moçambique. Analisou-se varrição dos eventos
negativos e positivos no TASK maré meteorológica, Calculou se as medias mensais e anuais e
quantificou-se os eventos de sobre elevação +3 e -3 desvio padrão, com o Matlab analisou-se e
interpretou-se na forma de gráfico, com intuito de analisar a variação influenciada pela pressão para
ESI,ECB, ENP
Os resultados mostram que para a zona sul Inhambane ocorreu de 155 eventos extremo, com maior
predominância de eventos positivos no Inverno. Que foram superiores a no superior a + 3 desvio
padrão, Na zona centro para a estação Beira foram observados uma ligeira variação, para região
Centro Beira conota-se uma variação ligeira de eventos, sendo que os positivos estão em
predominantes no inverno, e esta estação mostra-se com maior medias mensal em relação a sua
amplitude de 0,6 m do nível do mar. na região Norte (Pemba) tivemos vários eventos de sobre
elevação negativos a semelhança de números de eventos que são poucos em relação as outras
estacões, mostra-se também a maior predominar os eventos no inverno.
vi
Abstrat
The view of this work was extended to the upper level of the level. From the observed data of
meteorological tide. The data for the years of 2002 are from the Beira, 2011 station of Inhambane,
2007 until 2013. For the pressure data for the years and the exercises referenced above were
downloaded in the database of https: //www.esrl.noaa. gov / psd / cgi-bin / DataAccess. The main
objective of the study is to evaluate the occurrence of extreme sea level events in relation to their
variability in three regions of the coast of Mozambique. We analyzed the variance of negative and
positive events not Task meteorological tide, Calculation of averages and anomalies and
quantification of events on position +3 and -3 standard deviation, with matlap analyzed and
interpreted in the form with the purpose of analyzing the influence of the pressure for ESI, ECB,
ENP
The results show that the southern zone of Inhambane occurred from 155 events, with a greater
predominance of positive events in the winter. That were greater than + 3 standard deviation, In the
central zone for the station Throughout a slight variation, for the Center region Beira connotes a
selection of events, being that the positive ones are in predominant in the winter, and this station is
shown with the highest averages in relation to their range of ≥0.6 m from sea level. in the North,
there are several events that compare with the goals of events that are presented in other companies,
and it is also one of the biggest events in the winter.
vii
Indices de figura Páginas
Figura 1: Mapa a representar a costa Moçambicana. Assinaladas as estacões com a cor verde na
areia de estudo. Fonte: Autor. ................................................................................................... 8
Figura 2: Estacão de Inhambane 2011 Variação da mare meteorológica do nível do mar. .... 11
Figura 3: Estacão de Beira 2002 Variação da mare meteorológica do nível do mar. ............. 12
Figura 4: Estacão de Pemba 2011 Variação da mare meteorológica do nível do mar. ........... 12
Figura 5. A: Estação de Inhambane, 2011. Variação Mensal de eventos positivos e negativo de
sobreelevação do nível do mar; B: Variação sazonal da média mensal do número de eventos, na
estacão Inhambane 2011. ........................................................................................................ 14
Figura 6. A: Estação de Beira, 2002. Variação Mensal de eventos positivos e negativo de
sobreelevação do nível do mar. B : Variação sazonal da média mensal do número de eventos, na
estacão Beira 2002 .................................................................................................................. 15
Figura 7. A: Estação de Pemba, 2011. Variação Mensal de eventos positivos e negativo de
sobreelevação do nível do mar. B : Variação sazonal da média mensal do número de eventos, na
estacão Pemba 2011 ................................................................................................................ 15
Figura 8: Comportamento dos eventos de sobre-elevação na (ESI,ECB e ENP) ................... 16
Figura 9: Variação anual da ocorrência dos eventos de sobre elevação associados a pressão em
(hPa) na estacão Inhambane 2011 ........................................................................................... 17
Figura 10: Variação anual da ocorrência dos eventos de sobre-elevação associados a pressão na
estacão Beira 2002 .................................................................................................................. 18
Figura 11: Estação de Pemba, 2002 a 2013. Variação Mensal de eventos positivos e negativo no
verão e inverno de sobreelevação do nível do mar ................................................................. 18
viii
Lista de Tabela
ix
Lista de abreviaturas
Símbolo Significado
EE Eventos Extremos
SD Desvio Padrão
ZC Zona costeira
NE Numero de Eventos
EP Eventos Positivos
EN Eventos Negativos
x
Índice páginas
CAPITULO 1 ....................................................................................................................................... 1
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 1
1.1. Problematização......................................................................................................................... 2
1.2. Justificativa ............................................................................................................................ 2
1.3. Objectivos .............................................................................................................................. 3
1.3.1. Geral ............................................................................................................................... 3
1.3.2. Específicos .......................................................................................................................... 3
CAPITULO II ...................................................................................................................................... 4
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ......................................................................................................... 4
2.1. Zona costeira (ZC) ..................................................................................................................... 4
2.2. Eventos Extremos. ..................................................................................................................... 4
2.3. Vulnerabilidade a ocorrência de eventos extremos do nível do mar ......................................... 5
2.4. Marés meteorológicas ................................................................................................................ 5
2.5. Aspecto relacionados com a influência da pressão ................................................................... 6
2.6. Ciclones tropicais ...................................................................................................................... 6
2.7. Oceanografia e ondas................................................................................................................. 7
2.8. Regime do vento ........................................................................................................................ 7
CAPITULO III ..................................................................................................................................... 8
METODOLOGIA ................................................................................................................................ 8
3.1 Localização da área de estudo .................................................................................................... 8
3.2 Descrição de dados ..................................................................................................................... 9
3.2.1. Dados de maré..................................................................................................................... 9
3.2.2. Dados de pressão................................................................................................................. 9
3.3. Métodos ..................................................................................................................................... 9
3.3.1. Descrição do software Task .............................................................................................. 10
3.3.2. Dados de pressão............................................................................................................... 10
CAPITULO IV- RESULTADOS....................................................................................................... 11
4.1. Variação do comportamento típico da mare meteorológica .................................................... 11
4.1.1. Estação de Inhambane....................................................................................................... 11
4.1.2. Estação Beira .................................................................................................................... 11
4.1.3. Estação de Pemba ............................................................................................................. 12
4.2. Quantificação do evento extremo de sobre-elevação .............................................................. 13
xi
4.2.1. Estação de Inhambane 2011.............................................................................................. 13
4.2.2. Estação da Beira 2002 ....................................................................................................... 13
4.2.3. Estação Pemba 2011 ......................................................................................................... 13
4.3. Variabilidade das médias mensais dos eventos positivos e negativos ..................................... 14
4.3.1 Estação Inhambane ............................................................................................................ 14
4.3.2. Estação Beira 2002 ........................................................................................................... 14
4.3.3. Estação Pemba 2011 ......................................................................................................... 15
4.3.4. Variabilidade das médias mensais dos eventos positivos e negativos nas três regiões em
estudo. ......................................................................................................................................... 16
4.4. Variação anual da ocorrência dos eventos de sobre-elevação associados a pressão. .............. 16
4.4.1. Estação de Inhambane....................................................................................................... 16
4.4.2. Estação da Beira 2002 ....................................................................................................... 17
CAPITULO V- DISCUSSÃO ............................................................................................................ 19
CAPITULO VI ................................................................................................................................... 21
6. CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES ....................................................................................... 21
6.1. Conclusão ................................................................................................................................ 21
6.2. Recomendações ....................................................................................................................... 22
CAPITULO VII.................................................................................................................................. 23
7. Bibliografia ................................................................................................................................ 23
Anexos ................................................................................................................................................ 25
xii
Análise de eventos extremos do nível do mar na costa de Moçambique
CAPITULO 1
1. INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, vários países vem sendo sofrendo com fortes e consecutivos eventos extremos,
que na sua maioria causam desastres naturais sobre as populações e ecossistemas marinhos, este
facto deve-se ao clima, ao relevo, localização geográfica e á ocupação urbana (Silva, 2016).
Os estudos sobre eventos extremos são de grande relevância na identificação das situações no
padrão do estado do mar, estando relacionados com as anomalias nas variáveis como maré
meteorológicas, precipitação, temperatura, pressão atmosférica, vento e também pela humidade do
ar.
Para o contexto deste trabalho EE são fenómenos naturais que provocam impactos devastadores que
envolvem risco (Dias, 2011). Por outro lado entende-se por evento extremo como a ocorrência de
inundações na costa, quando as actividades severas (fenómeno) agitam a água do litoral,
tempestades oscilações negativas do nível médio do mar, que serão impróprias para a navegação de
grande porte. Impossibilitando as operações marítimas, destruição de várias obras de engenharia.
(Campos. & Harari, 2009), Representam ameaças significativas para regiões costeiras de baixa
altitude, podendo intensificar com as mudanças climáticas, segundo (lowe et al, 2010; weisse et al
2012 citado por Méndez, ( 2013).
mitigadas se o fenómeno for previsto com certa antecedência, melhorando o sistema de aviso prévio
e com isso possibilitar a evacuação das populações em áreas risco (Alves & Júnior, 2018).
1.1. Problematização
Em relação a costa de Moçambique, estudos revelam que esta é vulnerável a eventos extremos,
facto da sua localização geográfica que favorece a ocorrência ciclones e tempestades tropicas.
Segundo o INGC (2009) o problema destaca-se ainda na ampla e rasa plataforma continental e
alturas de maré astronómica que podem exceder 6 m na região central (Sete, 2002). E por possuir
maior áreas costeiras de baixa altitude, erodidas e mal protegida, deixando a vulnerável ao risco de
inundações costeiras devido aos eventos de sobre-elevação do nível do mar de origem
meteorológica. Estes factores acima mencionados contribuem para o aumento de desastre ao longo
da costa (Bié, 2007).
O regime da mare meteorológica é pouco conhecida devido a escassez de dados registados visto que
ao longo da costa assim como no mar tem falta de estacões de medição de maré o que ditam no
fraco conhecimento da maré meteorológica, pois grande parte da análise foram baseada nas
informações disponíveis no (UHSLC e NOAA-ESRL).
1.2. Justificativa
Algumas áreas da costa de Moçambique estão localizadas nas zonas de baixas altitudes e os eventos
extremos nessas zonas são mais destrutivos, principalmente em tempos presentes que se fazem
sentir efeitos de mudanças climáticas.
providenciará dados chaves para o monitoramento dos factores que influênciam na formação dos
eventos extremos do nível do mar na costa de Moçambique, assim como a protecção.
1.3. Objectivos
1.3.1. Geral
Avaliar a ocorrência de eventos extremos do nível do mar nas regiões de Inhambane, Beira e Pemba
(costa de Moçambique 2002 a 2011).
1.3.2. Específicos
Quantificar eventos extremos positivos e os negativos devido a maré meteorológica.
Analisar a variação sazonal e anual dos eventos extremos do nível do mar.
Analisar a influência relativa da pressão hidrostática na ocorrência dos eventos.
CAPITULO II
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. Zona costeira (ZC)
São várias as definições referentes a ZC, alguns são baseados nas características físicas, enquanto
outros incluem aspectos demográficos. Segundo Rodriguez (1998). numa das conceitualizações
mais aceitas, defende que zona costeira é o espaço delimitado pela interface entre o oceano e a terra,
ou seja a faixa terrestre que recebe influência marítima e a faixa marítima que recebe a influência
terrestre.
Para Clark., et al., (1996) zona costeira define como unidade territorial que vai desde o limite Zona
económica exclusiva (ZEE) até o limite terrestre afectado pelo clima marítimo
Para Stephenson (2008) eventos extremos são eventos que apresentam valores muito acima ou
muito abaixo quando comparados ao comportamento normal de certa variável meteorológica.
Franca (2015) destaca que um evento é extremo quando ele pode ser considerado esporádico para
aquela determinada região e época do ano, ou seja, o que é extremo para uma cidade pode não ser
para outra. O evento climático extremo pode ser definido caso haja persistência nas condições
meteorológicas extremas por uma estação ou temporada.
Muitos cientistas têm atribuído a frequência com que esses eventos têm ocorrido ao processo de
aquecimento global, que tem potencializado as fases de eventos que se caracterizam por variações
ou anomalias nos níveis de temperatura da superfície do mar.
Segundo Pugh (1987), o conceito maré meteorológica é reservado ao excesso no nível do maregráfo
por um evento de tempestade severa ou ainda, simplesmente a diferença da maré observada com a
maré prevista.
Geralmente as marés meteorológicas negativas causam níveis mais baixos do que aqueles previstos
na tábua de marés, podendo comprometer a navegação em canais de acesso a baías e portos. As
ondas associadas às MM positivas causam erosão na praia, porque estes retiram o sedimento da
parte subaérea e levam em direcção ao oceano depositando-os na forma de bancos arenosos
paralelos à linha de costa, sendo responsáveis pelas sobre-elevações (ou sub-elevações) do nível
médio do mar ocasionando níveis de água acima (ou abaixo) da maré astronómica prevista (Pugh,
1987).
Em alguns locais o paramento maré meteorológica associa-se à pressão de características físicas das
áreas costeiras. Os factores meteorológicos que afectam a altura da maré meteorológica incluem a
intensidade do vento do máximo, a velocidade de translação da forçante, o ângulo entre a trajectória
do e linha de costa. Por sua vez, as características físicas locais incluem, basicamente, a batimetria,
a largura da plataforma continental, (Bié, 2007).
Recentemente, Needham., et al., (2015) fizeram uma extensiva revisão da literatura acerca de
informações existentes sobre marés meteorológicas geradas por ciclones tropicais em regiões
costeiras de bacias oceânicas onde os ciclones tropicais ocorrem, a partir desse trabalho, ficou
difícil ter informações para o sudoeste do Índico em relação às demais regiões pelo escassez de
informação da mare meteorológica
A amplitude da maré ao logo da costa Beira representa um valor máximo de 6m, enquanto para o
resto da plataforma a media de amplitude de maré é de 3m valores que constam na tabela de Marés
do último ano (INAHINA, 2010)
Nehama (2014) fala que o comportamento da maré e destinto as oscilações no meio marinho, onde
pode apresentar 20 000km em relação ao seu comprimento de onda. As marés meteorológicas
podem causar uma alteração do nível do mar
CAPITULO III
METODOLOGIA
Figura 1: Mapa a representar a costa Moçambicana. Assinaladas as estações com a cor verde na
areia de estudo. Fonte: Autor.
3.3. Métodos
O método para realização deste trabalho consistiu na revisão da literatura e análise de dados
destintos na secção 3.2.1, com um software Task para a validação e observação da qualidade dos
dados usando a função toolkit e consistiu em processar e eliminar (calibrar) dados com uma
variação anormal ou comportamento diferente duma onda para cada estacão, em seguida analisar as
maré que consistiu na extracção da amplitude e das constituintes harmónicas, e por fim usar TASK-
Plot função do programa que permite buscar e analisar a qualidade de dados de séries temporais
graficamente.
Na análise maré meteorológica Pugh (1987), considera uma abordagem de calcular as diferenças da
maré prevista e maré observada onde o autor estabelece uma equação;
S(t) = X(t) - T(t);
Onde:
Para a fase de quantificação dos eventos extremos de sobre elevação do mar, patente na secção
3.2.1. As suas análise são observadas nas características estatísticas básicas (como cálculo desvio
padrão) a contagem de elevações superiores a +/-3SD segundo Marone e Camargo (1994) no estudo
as características dos eventos extremos do nível do mar, estabelecem o cálculo do desvio padrão
para melhor identificação do eventos acima do normal das séries temporais em questão.
Com o objectivo de analisar as séries temporal para cada período, foi calculado as médias mensais
do evento positivo e negativo, a série de filtragem obedeceu a dois critérios verão e inverno.
Estacão J F M A M J J A S O N D
Inhamb
ane 0 0 1 7 1 0 43 22 22 14 17 24
2011
Beira
2002 0 14 0 0 0 1 9 14 0 5 1 3
Pemba
2011 1 0 0 0 0 5 6 5 0 0 0 0
A variação sazonal das médias mensais dos números de eventos para ESI apresentada na estacão
Inhambane B mostram a preponderância para o período de inverno em relação a verão.
0.01 15
Applitude (m)
0.005
10
0
Outobro
Agosto
Setemro
Marco
Abril
Maio
janeiro
5
fevereiro
Dezembro
Junho
Julho
Novembro
-0.005
-0.01 0
-0.015 Verao inverno
-0.02 Meses Verao inverno
O painel B apresenta a variação sazonal das médias mensais dos números de eventos para ECB que
ditou na maior ocorrência dos eventos de sobre-elevação no inverno, casa semelhante a ESI.
0.06
EstaçãoBeira A EstaçãoBeira B
4.1
Amplitude(m)
4
0.02 3.9
3.8
3.7
abril
Maio
Agosto
Junho
Julho
janeiro
fevereiro
Setembro
marco
Outubro
dezembro
Novembro
verao inverno
-0.02
verao inverno
A mesma analise ENP figura 7, mostram-se desvios positivos ocorre em Janeiro com uma ínfima
amplitude. No inverno (Maio, Junho, Julho e Agosto) e mostram um Tendência negativa em toda
estacão. Importa referir que o mês de Julho apresentou maior amplitude negativa do, enquanto para
Janeiro, Fevereiro, Março, Abril, Setembro, Outubro, Novembro a Dezembro destacam-se por ter
valores iguais a zero., o que ditou maior ocorrência dos mesmos no inverno no painel abaixo
referente a varia sazonal.
Estação de Pemba A
Estação de Pemba B
0.01 3
2.5
0
2
marco
abril
maio
Setembro
Outubro
fevereiro
Agosto
Junho
Julho
Dezembro
janeiro
Novembro
Amplitude(m)
-0.01 1.5
-0.02 1
0.5
-0.03
0
-0.04 verão Inverno
4.3.4. Variabilidade das médias mensais dos eventos positivos e negativos nas três regiões em
estudo.
A figura 8 sintetiza o comportamento do evento de sobre-elevacao em relação a ESI,ECB,ENP,
para todo intervalo temporal em análise. Nota-se que a ESI apresenta de eventos, positivos. ECB
mostra uma grande amplitude no mês de Fevereiro e Maio, a menor amplitude para Julho a
Outubro, o mês de Novembro apresenta amplitude positiva. Para ENP apenas os meses de Abril a
Agosto mostram variação negativa e os outros meses a estarem constante no zero
0.5 15
Figura 9: Variação anual da ocorrência dos eventos de sobre elevação associados a pressão em
(hPa) na estação Inhambane 2011
Figura 10: Variação anual da ocorrência dos eventos de sobre-elevação associados a pressão na
estação Beira 2002
4.4.3. Estação de Pemba 2011
Analogamente a mesma analise para Pemba (Figura 11) identifica-se o ano de 2011 com
queda de pressão para 1.005 nos meses de Fevereiro a Março, ouve uma mudança significativa
inferior de 1.004, o que mostra que neste ano os eventos a prevalecer são positivos, o mesmo se da
para o Outubro e Novembro. Para o mês de Julho verifica-se uma grande e elevada valor de pressão
o, no que se espera grandes elevações negativas no que concerne aos eventos.
Figura 11: Estação de Pemba, 2002 a 2013. Variação Mensal de eventos positivos e negativo no
verão e inverno de sobreelevação do nível do mar
CAPITULO V- DISCUSSÃO
ESI mostra uma variabilidade de 151 eventos extremos +3 e -3 desvios padrão, referente ao
somatório dos números de eventos para estacão e que dita uma maior predominância nos positivos,
sendo que os negativos ocorrem no período entre Junho a Setembro, e os positivos no período de
Março a Maio, mais sendo estes insignificantes, enquanto as curvas do verão destacam-se por
possuírem maiores valores, sendo os mesmos positivos com grande amplitudes a ocorrer nos meses
de Outubro a Dezembro. Esta variação é normal segundo a teoria dos valores negativos ocorrem
mais no inverno em relação aos positivos. Este comportamento, mostra uma elevação do nível do
mar no verão e uma baixa no inverno, e isso pode estar ligado ao facto de no verão haver altos
índices de precipitação em relação ao inverno e este resultados concordam com os do Campos., et
al. (2009) analisou este parâmetro numa escala de 39 anos usando a metodologia de SD, o cálculos
da media lê permitiu identificar a variabilidade sazonal e o padrão de evolução dos sistemas
atmosféricos associados aos eventos extremos, claro que ele constatou maior ocorrência facto de ter
usado uma escala maior de tempo, o que não impede de verificar esse padrão numa escala temporal
curta, pois para o estudo na escala temporal nos foi possível verificar e identificar estes parâmetros
de eventos positivos e negativos associada a pressão. A séries de pressão mostrou-se de forma
preponderante para os meses com baixa pressão a resultarem com ocorrência de eventos positivos,
Dum modo geral, a situação ideal para que ocorra eventos positivos é que o centro de baixa pressão
esteja sobre o oceano e o centro de alta pressão sobre o continente criando uma pista de vento
paralela a costa (Alves & Júnior, 2018) .
Dezembro, Janeiro e Fevereiro. Outono, Março, Abril e Maio, Inverno Junho e agosto, primavera
Setembro a Novembro, alongando ainda para ECB e as outas duas estacões ao contrario de Raich
foi feita uma filtragem de valores superiores a +3SD E -3SD, A sua secação foi feitas nas estacões
mais sentidos na costa moçambicana que são inverno e verão, tendo conotado a mesma variação
encontrada no Trieste (2001) com pequena diminuição na ocorrência de eventos extremos positivos
e negativos de nível do mar
Para a ENP demostra uma variabilidade acentuada para a ocorrência de eventos negativos ao passo
que também se destacou vários meses com valores a igualarem a zero, pelo facto da calibração dos
dados que continham varias falhas. Decerto que algumas literaturas especificam que para grande
variação do número de evento requer um intervalo maior de anos, como Newton (2008). Porque os
estudos com maiores intervalos resultam uma maior variabilidade temporal de eventos. A diferença
na abortarem deste trabalho, a considerar apenas 1ano e a verificar grandes anomalias a ocorrência
dos eventos de sobre elevação caso que se da na ESI. Em relação a sua variabilidade o ano de 2011
na ENP mostra uma correlação entre os eventos negativos e pressão da água, segundo a teoria na
qual, quando a pressão baixa a maior índice de ocorrência de eventos extremos (Alves & Júnior,
2018) nota-se maior número de eventos a ocorreu no inverno, este facto que traz uma grande
correlação pois segundo Camargo e Harari (1994) estes afirmam que os EE são mais intensos no
inverno o que acontece com as estações (ESI e ECB e ENP). Embora os EE diferem dependendo da
época do ano e principalmente das feições batimétricas no local, também temos o maior índice de
precipitação e temperaturas baixas a predominar nesta ENP o que pode justificar a fraca ocorrência
de eventos positivos para o ano em estudo, ou ainda podemos assumir que a serie de dados para
verão foi quase toda removida.
As mesmas diferenças nos resultados foram encontradas pelos autores Canhanga e Dias (2005);
Chevane et al. (2016); citados por Bié (2007) que tiveram variações anormais no estudo analisaram
a variação sazonal a partir informações observadas das estações distribuídas ao longo da costa
Moçambicana, os dados usados continham várias falhas por parte do medidor a semelhança do
presente estudo, com mais ausência na ESI e ENP. A explicação do grande número de eventos
negativos da na (ENP), Tabela 1, com eventos -3 desvio padrão, se deve ao fato dos meses de Abril,
Agosto e Setembro serem característicos de ocorrência de sistemas de bloqueio sobre o Oceano
Atlântico Sul segundo Casarin (1983), induzindo tipicamente ventos de nordeste sobre o litoral.
CAPITULO VI
6. CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES
6.1. Conclusão
No presente estudo, os resultados apresentados durante a realização do mesmo permitiram concluir
o seguinte:
No caso mare meteorológica resultar de eventos negativos estes causado níveis mais baixos do que
é previsto, comprometendo a navegação nas actividades portuárias. Enquanto para os positivos pode
causar erosão nas praias
No que refere-se a quantificação a ENP mostrou com maiores números de eventos negativos, este
sustentado pelo grande índice de precipitação e funções batimétricas, comparativamente a ESI e
ECB, destaque as ESI e ECB com maiores números de eventos positivos no inverno, e menor no
inverno e para ENP maior eventos negativos no inverno a ocorrer no inverno.
A sua variação das médias mensais mostrou que a estacão sofrem eventos positivos com maior
amplitude, mais destaca-se a ESI com eventos positivos de Novembro e evento negativo Julho com
mesma amplitude estabelecendo a distinção sazonal do comportamento, mais as maiores amplitudes
foram negativas correspondendo aos meses de Julho a Setembro, ECB registou eventos de alta
amplitude, com predominância de eventos positivos, o que torna esta estacão a mais vulnerável aos
eventos extremos. No que toca ENP as suas variações foram pouco notadas e com valores muito
baixo, e propensos a eventos negativos.
Nota se claramente que a pressão influencia na variação normal e conceptual a ocorrência dos
eventos positivos e negativos, o seu quadro típico mostra varia anomalias em relação ao
posicionamento e sua dimensão.
ESI Os resultados mostram que para a estacão a ocorrência de baixa pressão ocasionou na
persistência de eventos positivos no verão, com grande registo no princípio de inverno mês de Abril
com um decréscimo de 1.018 a 1.012. sendo este mês o primeiro com grande presença de extremos.
A ECB mostra uma variação similar a ESI nos primeiros dois meses refentes ao verão, a quadro da
pressão mostra-se de forma ordenada, havendo uma similaridade nos dos comportamentos típicos
(pressão e ocorrência de eventos) na pista de pressão têm a função de identificar especialmente
padrões, que justificam os argumentos acima apresentados. O que nota-se a presença de eventos
negativos para ENP a predominarem anos de 2011 que posteriormente se observou variações baixa
e muitas altas nos meses com ocorrência dos do evento negativo.
6.2. Recomendações
Para trabalhos futuros, o autor sugere:
Que se faça o mesmo estudo para toda costa Moçambicana, incluindo a variação de outros
parâmetros físicos (por ex: ventos, precipitação, etc.).
Que se faça a mesma análise, mas usando uma serie temporal de dados longa de anos a fim de ter
uma abordagem directa e comparando dados de satélite com dados de marégrafo.
CAPITULO VII
7. Bibliografia
Alves, C. N., & Júnior, P. C. (2018). Educacao Ambietal e Sustetabilidade na Amazonia.
Brasil.
Bryan., G. V., Stephens., K., Gorman., S., & Richard. (2017). Extreme waves in New
Zealand waters. New Zealand.
Church., J., Hunter., J., & White., K. M. (2006). Sea-level rise around the Australian.
Australia.
Franco, D., & Filho, E. M. (2006). Relevância dos mares secundários na caracterização do
regime de ondas ao largo da Ilha de Santa Catarina, SC (2002 – 2005). Laboratório de Hidráulica
Marítima – Depto Engenharia Sanitária e Ambiental – UFSC.
Méndez. (2013). Changing extreme sea levels along European coasts. Europa: journal
homepage: www.elsevier.com/locate/coastaleng.
Newton, B. (2008). variação do nível do mar associada às situações sinóticas na gênese dos
episódios.
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Fluminense. Rio de Janeiro.
Weisse Ralf., B. M. (2013). Changing extreme sea levels along European coasts. Europa:
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White, J. A. (2004). Estimates of the Regional Distribution of Sea Level Rise over the
1950–2000 Period. Australia.
Anexos
Marés diurnas Marés tendo um período de cerca de 1 dia.
Maior maré astronómica aquele que considera o nível mais alto que pode ser previsto, em
condições meteorológicas médios., como tempestades podem causar níveis consideravelmente mais
elevados para ocorrer.
Onda um dos componentes do nível do mar causada por efeitos meteorológica tais como ventos
prolongados, alterações na pressão atmosférica,
%% Close File
netcdf.close(ncid);
clc; clear all; close all;
ler_netcdf_file; % ler o ficheiro netcdf e
armazenar as variaveis no workspace
%% Definir o ponto de interesse
myLat=-22.5;
myLon=35
%% Close File
netcdf.close(ncid);
clc; clear all; close all;
ler_netcdf_file; % ler o ficheiro netcdf e
armazenar as variaveis no workspace
%% Definir o ponto de interesse
myLat=-22.5;
myLon=35
hold on
ler pressao do workspace, e imprimir plot([tim],0.*tim,'-r');
informacao adicional da pressao datetick
A = double(pres); pres_info xlabel('Tempo');
ylabel('Anomalia de Pressure (Pa)')
%% ler lat&lon e encontrar a lat&lon proxima
do ponto de interesse %%Gravar ficheiro myFile.txt de dados
lat = double(lat); latP=findnearest(myLat,lat); contendo:
lon = double(lon); Apressaotempo=[T1,Apressao];
lonP=findnearest(myLon,lon); save('myFile.txt', 'Apressaotempo', '-ASCII','-
%% ler tempo do workspace append','-tabs');
tempo = double(time); % tempo em horas
desde 1/1/1800. Veja time_info
%% converter o tempo para o sistema normal
(0000 e nao 1800)
tim=tempo/24+datenum(1800,01,01);
timeP=datestr(tim); % formato de etxto
T1=datevec(timeP); % formato de numeros
no sistema de Matlab
%%Extrair a pressao apenas para o ponto de
interesse.
Apressao=squeeze(A(lonP,latP,:));
%%Fazer o grafico da pressao em funcao
do tempo
figure(10)
plot(tim,Apressao,'-k');
datetick
xlabel('Tempo');
ylabel('Pressure (Pa)')