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Formação e Evolução da UE
Em 1950 o ministro das Relações Exteriores da França, Robert Schumann
sugeriu que o carvão e o aço da França e da Alemanha fossem colocados sob
alta autoridade comum, estabelecendo a livre circulação dos produtores. A
ideia pela primeira vez instituía uma autoridade independente dos governos
nacionais envolvidos no acordo. BENELUX (2)
FTD, 2009;
encaixados entre as duas potencias rivais e a Itália.
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a unificação europeia e a formação de blocos econômicos
O período entre 1957 e 1970 foi marcado pela concretização dos dois principais
objetivos do tratado: uma Política Comercial Comum (PCC), que estabelecia
uma tarifa aduaneira uniforme entre a CEE e os demais países parceiros; e a
Política Agrícola Comum (PAC);
Nesse período, foram estabelecidas também outras políticas comuns:
Política dos Transportes;
Política da concorrência, impedindo a distorção das regras de mercado;
Política regional, buscando evitar os desníveis entre as várias regiões europeias;
Política de energia e de telecomunicações;
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a unificação europeia e a formação de blocos econômicos
Formação e Evolução da UE
No plano de fortalecimento da união dos países europeus e da própria paz no
continente, um fator ainda era desestabilizador: o isolamento do Reino Unido.
Até esse momento a Grã-Bretanha não havia proposto a participar de uma
associação maior, em que fosse apenas mais um parceiro diante do
fortalecimento da integração a partir da criação da CEE, o país respondeu com
a criação da ASSOCIAÇÃO EUROPEIA DE LIVRE COMÉRCIO
(AELC),
(AELC) em 1959.
Ao contrário da CEE, a AELC pretendia ser apenas uma zona de livre-
comércio, ou seja, apenas de livre circulação de mercadorias, sobretudo para
facilitar as trocas comerciais com a CEE. Os países integrantes eram: Reino
Unido, Irlanda, os países nórdicos (Noruega, Suécia, Finlândia, Islândia e
Dinamarca), Áustria, Suíça e Portugal.
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Formação e Evolução da UE
Apesar de em 1961 o Reino Unido ter formalizado sua intenção de ingressar
na CEE, sua proposta foi rebatida pela França em decorrência de suas
históricas rivalidades. O processo de integração da CEE e da AELC, porém
ampliou-se significativamente em 1992, quando foi criado o ESPAÇO
ECONÔMICO EUROPEU (EEE).
Formação e Evolução da UE
A comprovação do aprofundamento da integração pôde ser verificada pela
própria mudança da sigla do bloco. De CEE para CE – COMUNIDADE
EUROPEIA,
EUROPEIA em referência a uma maior integração econômica;
Em 1993, quando o tratado entrou em vigor, a denominação foi substituída
por UE – UNIÃO EUROPEIA,
EUROPEIA com o objetivo de enfatizar também a
integração política;
O TRATADO DE MAASTRICHT COMPREENDEU DOIS
ACORDOS:
(4)
IMAGEM: EDITORA MODERNA (org.). Projeto Araribá: Geografia. 9º ano. p. 83. São
Paulo: Editora Moderna, 2007;
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(8)
EURO: “A Moeda Única”da UE
(9)
As moedas nacionais costumam trazer
imagens que simbolizam a história e
as paisagens dos Estados. A moeda
europeia não poderia fazer isso, pois a
Europa não é um Estado, mas uma
comunidade de nações. O nome
escolhido para a nova moeda também
devia refletir a ideia da unidade,
acima das nações. Euro foi o nome
selecionado.
Fonte: MOREIRA, Igor. p. 117. 2006.
Pela primeira vez na história , uma dúzia de países – sem guerra nem
violência – abandona parte essencial de sua soberania para criar uma moeda
única visando ao bem-estar coletivo. (Revista Veja, 16/01/2002, p. 22).
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(10)
Os Impactos da Integração
Com os acordos de livre-comércio, a eliminação das barreiras alfandegárias
propiciou a intensificação das trocas entre os países membros; Contudo as
desigualdades econômicas existentes entre os membros da União Europeia
ainda são expressivas. Ainda são as empresas das economias mais fortes
(como a alemã, a francesa, a inglesa) as mais competitivas;
(11)
Geopolítica Atual
Com o avanço da democratização em vários países do Leste a partir de 1991,
o bloco europeu estreitou relações com as economias mais avançadas da
Europa centro-oriental, particularmente a Polônia, a Hungria e a República
Tcheca;
Os critérios considerados para que esses países fossem aceitos foram antes de
tudo econômicos, pois com a integração monetária o bloco não sobreviveria
com membros fracos. E alguns pontos em conjunto: balanços econômicos em
geral, renda per capita, inflação em queda, elevados níveis de produtividade e
baixos índices de desemprego;
Porém, não há como negar que a integração europeia foi pensada como um
clube de países com economia industrial avançada. Além de já contar com
expressivos desníveis regionais, o ingresso dos países do Leste da Europa
nesse bloco tende a aprofundar as desigualdades existentes entre países ricos e
pobres;
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Desigualdades na UE
Entre os países-membros da UE existem desigualdades socioeconômicas.
UE: Taxa de Desemprego (2008) (12) UE: PIB per capita (2006) (13)
(19)
As Instituições da UE (20)
O Estado de Bem-Estar-Social
Alguns países europeus desenvolveram um sistema de proteção social, conhecido
como Estado de Bem-Estar Social (Welfare State). Outras denominações usadas
são Estado-previdência e Estado social de direito. São exemplos de políticas de
proteção social típicas desses países:
Faz mais de uma década que esse modelo social apresenta problemas, em razão
do baixíssimo crescimento demográfico no continente. Os europeus vivem cada
vez mais anos, e não nascem crianças em número suficiente para equilibrar o
crescimento vegetativo. Desse modo, os governos são obrigados a destinar cada
vez mais recursos aos gastos sociais, ao mesmo tempo que as receitas da
previdência social mínguam.
Vale ressaltar que as políticas sociais europeias são financiadas por meio de uma
série de impostos e taxas cobrados das sociedades. Embora cada país tenha
independência na política fiscal, a UE estabelece diretrizes gerais, parte de um
imposto comum em toda a Europa, IVA (Imposto sobre Valor Agregado), é
destinada ao financiamento das instituições europeias;
(25)
Crise Econômica na UE
No plano econômico mundial, os últimos anos foi marcado pela crise econômica
na União Europeia. Em função da globalização econômica que vivemos na
atualidade, a crise se espalhou pelos quatro cantos do mundo, derrubando
índices das bolsas de valores e criando um clima de pessimismo na esfera
econômica mundial.
CONSEQUÊNCIAS DA CRISE:
Fuga de capitais de investidores;
Escassez de crédito;
Aumento do desemprego;
Descontentamento popular com medidas de redução de gastos adotadas pelos
países como forma de conter a crise;
Diminuição dos ratings (notas dadas por agências de risco) das nações e bancos
dos países mais envolvidos na crise;
Queda ou baixo crescimento do PIB dos países da União Europeia em função
do desaquecimento da economia dos países do bloco.
Contaminação da crise para países, fora do bloco, que mantém relações
comerciais com a União Europeia, inclusive o Brasil. A crise pode, de acordo
com alguns economistas, causar recessão econômica mundial.
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Sugestões de
Atividades
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(26)
► GEORNAL
Atividade 1
Juntem-se a dois ou três colegas e pesquisem, em jornais e revistas informações atuais sobre a UE, como
a situação do euro em relação ao dólar ou a adesão de um novo país ao bloco e, ainda, se o bloco passa
por alguma crise. Incluam no trabalho, por meio de recortes ou fotocópias, imagens (fotografias,
gráficos, mapas, etc.) que ilustrem os acontecimentos ou os dados citados.
Apresentem a pesquisa na forma de um jornalzinho.
Para isso, criem um nome para o jornal, ressaltem as manchetes dos artigos escolhidos e colem o texto e
a imagens, distribuindo-os de forma que facilite a leitura. Não se esqueça de incluir, em um cabeçalho, as
datas das notícias e o dia da finalização do trabalho.
Depois de concluídos os trabalhos em grupo, a classe pode reunir todos os jornaizinhos em um único
painel de notícias e expô-los no mural da escola.
► CAMPANHA DE DIVULGAÇÃO DO EURO
As equipes devem se colocar no lugar da comissão Europeia e organizar uma campanha de divulgação
da moeda única do bloco. A campanha destina-se a gerar confiança popular no euro e explicar as
vantagens da troca das moedas nacionais pela moeda única. Sugere-se que as equipes elaborem planos
de campanha, definindo meios de divulgação e mensagens específicas, levando em conta as
características diferenciadas dos principais países envolvidos.
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a unificação europeia e a formação de blocos econômicos
Atividade 2 (27)
Para entender as principais etapas desse processo e verificar a situação desse continente no
presente, faça o seguinte:
Trace uma linha horizontal no caderno para reproduzir uma linha do tempo .
1950 2015
Com base na aula, suas anotações e o livro didático, complete a linha do tempo: anote as
principais etapas do processo de unificação da Europa nas respectivas datas.
REFERÊNCIAS
(1) - MOREIRA, Igor & AURICCHIO, Elizabeth. Geografia: Construindo o espaço mundial. 8ª série. p.111-112. São Paulo: Ática,
2006;
(2) - CARVALHO, Marcos & PEREIRA, Diamantino. Geografias do Mundo: Fronteiras. 8º ano. p. 149. São Paulo: FTD, 2009;
(3) - ADAS, Melhem. Geografia: O mundo desenvolvido. 9º ano. p. 107. São Paulo: Moderna, 2006;
(4) - EDITORA MODERNA (org.). Projeto Araribá: Geografia. 9º ano. p. 83. São Paulo: Editora Moderna, 2007;
(5) - VESENTINI, William & VLACH, Vânia. Geografia Crítica. 8ª série. p. 27. São Paulo: Ática, 2007;
(6) - VESENTINI, William & VLACH, Vânia. Geografia Crítica. 8ª série. p. 28. São Paulo: Ática, 2007;
(7) - CARVALHO, Marcos & PEREIRA, Diamantino. Geografias do Mundo: Fronteiras. 8º ano. p. 151. São Paulo: FTD, 2009;
(8) - MOREIRA, Igor & AURICCHIO, Elizabeth. Geografia: Construindo o espaço mundial. 8ª série. p. 117. São Paulo: Ática,
2006;
(9) - MAGNOLI, Demétrio. Géia: Fundamentos da Geografia. 8ª série. p. 19. São Paulo: Editora Moderna, 2002;
(10)- MOREIRA, Igor & AURICCHIO, Elizabeth. Geografia: Construindo o espaço mundial. 8ª série. p.113. São Paulo: Ática,
2006;
(11)- MOREIRA, Igor & AURICCHIO, Elizabeth. Geografia: Construindo o espaço mundial. 8ª série. p.115-116. São Paulo:
Ática, 2006;
(12)- AD0AS, Melhem. Geografia: O mundo desenvolvido. 9º ano. p. 85. São Paulo: Moderna, 2006;
(13)- ADAS, Melhem. Geografia: O mundo desenvolvido. 9º ano. p. 86. São Paulo: Moderna, 2006;
(14)- ADAS, Melhem. Geografia: O mundo desenvolvido. 9º ano. p. 87. São Paulo: Moderna, 2006;
(15)- ADAS, Melhem. Geografia: O mundo desenvolvido. 9º ano. p. 107. São Paulo: Moderna, 2006;
(16)- ADAS, Melhem. Geografia: O mundo desenvolvido. 9º ano. p. 94. São Paulo: Moderna, 2006;
(17)- ADAS, Melhem. Geografia: O mundo desenvolvido. 9º ano. p. 99. São Paulo: Moderna, 2006;
(18)- ADAS, Melhem. Geografia: O mundo desenvolvido. 9º ano. p. 95. São Paulo: Moderna, 2006;
(19)- ADAS, Melhem. Geografia: O mundo desenvolvido. 9º ano. p. 83. São Paulo: Moderna, 2006;
(20)- EDITORA MODERNA (org.). Projeto Araribá: Geografia. 9º ano. p. 85. São Paulo: Editora Moderna, 2007;
Referências
(21)- MAGNOLI, Demétrio. Géia: Fundamentos da Geografia. 8ª série. p. 58. São Paulo: Editora Moderna, 2002;
(22)- EDITORA MODERNA (org.). Projeto Araribá: Geografia. 9º ano. p.83. São Paulo: Editora Moderna, 2007;
(23)- EDITORA MODERNA (org.). Projeto Araribá: Geografia. 9º ano. p. 84. São Paulo: Editora Moderna, 2007;
(24)- EDITORA MODERNA (org.). Projeto Araribá: Geografia. 9º ano. p. 86-87. São Paulo: Editora Moderna, 2007;
(25)- http://www.suapesquisa.com/uniaoeuropeia/crise.htm. Acesso em: 10/01/2013.
(26-VESENTINI, William & VLACH, Vânia. Geografia Crítica. 8ª série. p. 30. São Paulo: Ática, 2007.
(27)- BOLIGIAN, Levon; MARTINEZ, Rogério; GARCIA, Wanessa & ALVES, Andressa. Geografia: Espaço e vivência. 9º
ano. p. 133. São Paulo: Atual Editora, 2009.