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Pirólise e torrefação

BARBARA CALDAS E DAVID FIORILLO

UCL/ECSEE
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Conteúdo

 Introdução  Efeito da temperatura de pirólise


 Contexto histórico  Efeito da taxa de aquecimento
 Pirólise  Cinética da pirólise
 Pirólise numa partícula de Biomassa  Modelos Cinéticos de Pirólise
 Planta de Pirólise  Transferência de Calor no Pirolisador
 Tipos de Pirólise  Tipos de Pirolisadores
 Tipos de Reator de Pirólise  Considerações Para um Projeto de
Pirólise
 Produtos de Pirólise
 Liberação de Gases durante o processo
 Rendimento do Produto de pirólise
 Torrefação
 Efeito da composição da biomassa

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Introdução

 Por que fazer Pirólise?

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Contexto Histórico

 O carvão vegetal de madeira por meio de


pirólise foi essencial para a extração de
ferro a partir do minério de ferro, na era
pré-industrial.

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Contexto Histórico

 A indústria petroquímica
moderna deve muito à invenção
de um processo de produção de
querosene utilizando pirólise.

Abraham Gesner Lâmpada de Querosene

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Pirólise

 Envolve o aquecimento da
biomassa, na ausência de ar ou de
oxigênio a uma taxa específica de
temperatura máxima, conhecida
como a temperatura de pirólise, e
mantendo-a durante um tempo
especificado.

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Pirólise

Gaseificação
 A pirólise não tem qualquer
semelhança com o processo de
gaseificação.
 A pirólise de biomassa é
tipicamente realizada num
intervalo de temperatura
relativamente baixa de 300 a Pirólise
650ºC em comparação com 800-
1000 ºC durante a gaseificação.

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Pirólise

 O processo de pirólise pode ser representado por uma reação genérica, tal como:

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Pirólise numa partícula de Biomassa 9

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Planta de Pirólise

Layout simplificado de uma planta de pirólise.


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Planta de Pirólise

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Tipos de Pirólise

 Com base na taxa de aquecimento, a pirólise pode ser amplamente


classificada como lenta e rápida:
• Pirólise lenta: t aquecimento >> t reação
• Pirólise rápida: t aquecimento << t reação

 Classificação com base sobre o meio ou ambiente no qual a pirólise é


realizada:
• Ausência de um meio (pirólise lenta e rápida)
• Conduzidos em um meio específico (Pirólise hídrica – H 2O e hidropirólise –
H2)

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Tipos de Pirólise

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Tipos de Reator de Pirólise

 Batelada
 Contínuo

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Tipos de Reator de Pirólise

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Tipos de Reator de Pirólise

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Produtos de Pirólise

 Seu produto é classificado em três


tipos principais:

 Sólido (principalmente char ou


carbono)

 Líquido (alcatrão, hidrocarbonetos


mais pesados, e água)

 Gás (CO2, H2O, CO, C2H2, C2H4,


C2H6, C6H6, etc.)

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Produtos de Pirólise

Comparação entre a queima


do gás de uma amostra de
resíduo de varrição
(esquerda) e casca de coco
(direita).

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Produtos de Pirólise

Carvão coco triturado

Carvão coco em cubo 20mm

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Rendimento do Produto de pirólise

 O rendimento de cada produto no processo da pirólise depende basicamente de


três parâmetros de operação:
 Tempo de residência da biomassa no leito
 Temperatura de pirólise
 Taxa de aquecimento

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Efeito da composição da biomassa

 A composição da biomassa, em especial a sua relação hidrogénio-carbono (H/C), tem uma


influência importante sobre o rendimento da pirólise. Cada um dos três principais
componentes de uma biomassa lignocelulósica tem a sua faixa de temperatura de
decomposição preferida. A Análise dos dados do aparelho termogravimétrico (TGA) e da
termogravimetria diferencial (DTG) em alguma biomassa selecionada sugere as seguintes
faixas de temperatura para o início da pirólise (Kumar e Pratt, 1996):
• Hemicelulose: 150-350°C
• Celulose: 275-350°C
• Lignina: 250-500°C

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Efeito da composição da biomassa

 Tamanho da partícula:
• Partículas mais finas resulta em um rendimento mais elevado de líquido;
• As partículas maiores resultam em um rendimento maior de partículas sólidas.

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Efeito da temperatura de pirólise

 A temperatura de pirólise afeta tanto a composição e quanto o rendimento do


produto.
 A quantidade de carvão produzido depende também da temperatura de pirólise.
As baixas temperaturas resultam em mais carvão; altas temperaturas resultam
em menos.

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Efeito da temperatura de pirólise

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Efeito da taxa de aquecimento

 A taxa de aquecimento das partículas de biomassa tem uma influência


importante sobre a produção e composição do produto.
• Aquecimento rápido a uma temperatura moderada (400-600°C) produz
rendimentos mais elevados de voláteis e, consequentemente, mais líquido;
• enquanto que o mais lento aquecimento para a temperatura produz mais carvão.

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Cinética da pirólise

 Um estudo da cinética de pirólise fornece informações importantes para o


projeto de engenharia de um pirolisador. Ele também ajuda a explicar como
os diferentes processos em uma pirólise afeta o rendimento do produto e
composição.
 Três processos principais que influenciam a taxa de pirólise são:
• cinética química
• transferência de calor e
• transferência de massa

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Cinética da pirólise

 Aspectos físicos
• Secagem (~100°C)
• Fase inicial (100-300 °C)
• Fase Intermediária (>200°C)
• Fase final (~300-900°C)

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Cinética da pirólise

 Aspectos químicos
 Celulose

Reação II: desidratação (domina a baixa temperatura e taxas de aquecimento lentas)


Reação III: despolimerização (domina a taxas de aquecimento rápido)

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Cinética da pirólise

 Aspectos químicos
• Hemicelulose: produz mais gás e menos alcatrão, mas também produz menos
carvão em comparação com celulose. No entanto, ela produz a mesma quantidade
de produto aquoso de ácido pirolenhoso (Soltes e Elder, 1981, p. 84). A
hemicelulose sofre decomposição térmica rápida (Demirbas, 2000). Na pirólise
lenta de madeira, pirólise da hemicelulose começa com 130 a 194°C, com a maior
parte da decomposição ocorrendo acima de 180°C (Mohan et al., 2006, p. 126).

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Cinética da pirólise

 Aspectos químicos
• Lignina: A pirólise da lignina normalmente produz cerca de 55% de char (Soltes e
Elder, 1981), 15% de alcatrão, 20% de componentes aquosos (ácido pirolenhoso)
e cerca de 12% de gases. É mais difícil de desidratar lignina do que a celulose ou a
hemicelulose (Mohan, 2006, p. 127). A decomposição da lignina em madeira pode
começar a 280°C, continuando de 450 a 500°C, e pode atingir uma taxa de pico de
350 a 450°C (Kudo e Yoshida, 1957).

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Modelos Cinéticos de Pirólise

 Para otimizar os parâmetros do processo e maximizar os rendimentos desejados, o


conhecimento da cinética de pirólise é importante. No entanto, é muito difícil obter
dados confiáveis de constantes cinéticas que podem ser utilizados para uma ampla
variedade de biomassa e para diferentes taxas de aquecimento.
 Modelos cinéticos da pirólise de combustíveis lignocelulósicos, como biomassa podem
ser classificados em três tipos (Blasi, 1993):
• Um estágio de reação simples global. A pirólise é modelada por uma reação de um passo
usando taxas de perda de peso medidos experimentalmente.
• Um estágio, várias reações. Várias reações paralelas são usadas para descrever a degradação
da biomassa em carvão e diversos gases. Um modelo cinético simplificado de uma só fase é
utilizado para estas reações paralelas. É útil para a determinação da distribuição do produto.
• Duas fases semi-global. Este modelo inclui ambas as reações primárias e secundárias, que
ocorrem em série.
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Modelos Cinéticos de Pirólise

 Estágio de reação simples global:


Este modelo de reação baseia-se em uma única reação geral
Biomassa volátil + carvão

 A taxa de pirólise depende da massa pirolisada da biomassa. Assim, a taxa de


decomposição de massa, mb, no processo de pirólise primária pode ser escrita como: 

• mc é a massa de matéria carbonizada remanescente após a conversão completa (kg), k é a constante de


velocidade de reação de primeira ordem (s^-1), e t é o tempo (s). 

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Modelos Cinéticos de Pirólise

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Transferência de Calor no Pirolisador

 Durante a pirólise, o calor é transportado para a superfície exterior da partícula


por radiação e convecção.

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Transferência de Calor no Pirolisador

 Os seguintes modos de transferência de calor estão envolvidos neste processo (Babu


e Chaurasia, 2004b).
• Condução no interior da partícula
• Convecção no interior dos poros das partículas
• Convecção e radiação a partir da superfície da partícula

 O meio de transferência de calor pode ser uma ou uma combinação das seguintes:
• Parede do reator (Para o reator a vácuo)
• Gás (para reator de leito ou fluxo arrastado)
• Sólidos transportadores de calor (Leito fluidizado)

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Transferência de Calor no Pirolisador

 Efeito de Transferência de Massa

Transferência de massa podem influenciar o produto de pirólise. Por exemplo, uma


varredura de gás sobre o combustível remove rapidamente os produtos do ambiente
de pirólise.
Assim, as reações secundárias tais como o craqueamento térmico, a polimerização
e a condensação são minimizados (Sensoz e Angin, 2008).

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Transferência de Calor no Pirolisador

 Pirólise é Auto térmica?

Uma questão importante para os projetistas é se um pirolisador pode satisfazer as suas


próprias necessidades de energia ou é dependente da energia externa.
• Desidratação (Reação II): Exotérmica;
• Polimerização (Reação III): Endotérmica;
• Craqueamento secundário: Endotérmico;
• Reações entre produtos intermediários: Exotérmicos e endotérmicos.
• Hemicelulose e lignina: Exotérmica
• Pirólise da Celulose: Endotérmica (<450 - 500°C) e exotérmica (> 500°C)

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Transferência de Calor no Pirolisador

 Reações exotérmicas da celulose:

 As equações referem-se a uma temperatura de 1000 K e C 6H10O5 representa o monómero de


celulose.
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Transferência de Calor no Pirolisador

 Pirólise é Auto térmica?

Em conclusão, para efeitos de concepção, pode-se negligenciar o calor de


reação para o processo de pirólise, mas é necessário calcular a energia
necessária para a vaporização de produtos e para aquecer os gases de
alimentação para a temperatura de pirólise (Boukis et al., 2007)

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Tipos de Pirolisadores

 principais projetos de pirólises


em uso:
• Leito Fixo ou Móvel
• Leito Fluidizado Borbulhante
• Leito Fluidizado Circulante
• Ultrarrápida
• Cone Rotativo
• Ablativo
• Vácuo

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Tipos de Pirolisadores

 Pirólise de leito fixo


A pirólise em leito fixo, operando em
modo batch, é o tipo mais antigo de
pirolise. O calor para a decomposição
térmica da biomassa é fornecido a partir
de uma fonte externa ou permitindo uma
combustão limitada como num forno de
colmeia.
O produto pode sair do pirolisador devido
à expansão de volume enquanto o carvão
permanece no reator. O produto principal
deste tipo é o carvão.

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Tipos de Pirolisadores

 Pirólise de leito borbulhante


A biomassa triturada (2-6mm) é
alimentada em um leito borbulhante
de areia quente. O leito é fluidizado
por um gás inerte. A mistura intensa
de sólidos no leito inerte oferece bom
e uniforme controle de temperatura.
Ela também fornece alta transferência
de calor para sólidos de biomassa. O
tempo de permanência dos sólidos é
consideravelmente mais elevado do
que o do gás na pirólise.

Pirólise e torrefação - UCL/ECSEE FOTO DO REATOR DE LEITO FLUIDIZADO DA


UNIDADE EXPERIMENTAL DA UNICAMP (OLIVARES
ET AL., 2001)
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Tipos de Pirolisadores

 Pirólise de Leito Fluidizado


Circulante
Em um LFC o leito é altamente
expandido e os sólidos reciclam
continuamente em torno de um
circuito externo que compreende
um ciclone e um selo mecânico. O
leito opera em um regime especial
hidrodinâmico conhecido como
leito rápido.

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Leito fluidizado circulante do LPMP/FEQ/UNICAMP.
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Tipos de Pirolisadores

 Pirólise Ultrarrápida
Elevada taxa de aquecimento e tempo de residência curto na zona de pirólise são
dois requisitos fundamentais de alto rendimento líquido.
O gás inerte nitrogênio é aquecido a 100°C acima da temperatura do reator e
injetado a uma velocidade muito elevada no reator para bombardear uma corrente
de biomassa injetada no reator.

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Tipos de Pirolisadores

 Pirólise Ultrarrápida

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Usada para reciclagem de pneus
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Tipos de Pirolisadores

 Pirólise Ablativa
Este processo envolve a criação de alta pressão entre uma partícula de biomassa e
uma parede de reator quente. Isto permite a transferência de calor desinibida da
parede para a biomassa, fazendo com que o produto líquido se funda para fora da
biomassa da forma como a manteiga congelada funde quando pressionada contra
uma panela quente. Como resultado da elevada transferência de calor e do curto
tempo de permanência do gás, é relatado um rendimento líquido de até 80%
(Diebold e Power, 1988).

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Tipos de Pirolisadores

 Pirólise Ablativa

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Tipos de Pirolisadores

 Pirólise de Cone Giratório


Neste processo, as partículas de biomassa são alimentadas no fundo de um cone
rotativo (360-960 rev/min) juntamente com um excesso de partículas sólidas
transportadoras de calor. A força centrífuga empurra as partículas contra a parede
quente; As partículas são transportadas em espiral para cima ao longo da parede.
Devido à sua excelente mistura, a biomassa sofre aquecimento rápido (5000K/s) e é
pirolisada dentro do pequeno volume anular.
As características especiais deste reator incluem tempo de residência de sólidos
muito curtos (0,5 segundos) e um pequeno tempo de residência em fase gasosa (0,3
segundos). Estes tipicamente proporcionam um rendimento líquido de 60 a 70% na
alimentação seca (Hulet et al., 2005)

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Tipos de Pirolisadores

 Pirólise de Cone Giratório

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Tipos de Pirolisadores

 Pirólise a vácuo
Uma pirólise a vácuo, como mostrado na Figura 3.9 (f), compreende um número de
placas circulares aquecidas empilhadas. A placa superior está a cerca de 200°C
enquanto a inferior está a cerca de 400°C. A biomassa alimentada para a placa
superior cai em placas inferiores sucessivas por meio de raspadores. A biomassa
sofre secagem e pirólise enquanto se move sobre as placas.
O tempo de permanência do vapor na zona de pirólise é curto. Como resultado, o
rendimento líquido neste processo é relativamente modesto, cerca de 35 a 50% na
alimentação seca, com um elevado rendimento em char.

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Tipos de Pirolisadores

 Pirólise a vácuo

Pirólise e torrefação - UCL/ECSEE Forno horizontal de pirólise a vácuo


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Tipos de Pirolisadores

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Considerações Para um Projeto de 53
Pirólise

 Produção de Líquido Através da Pirólise


O rendimento máximo de líquido orgânico (óleo pirolítico ou bio-óleo) proveniente da
decomposição térmica pode ser aumentado até 70% (peso seco).
Resultados:
• Uma taxa de aquecimento mais lenta, uma temperatura mais baixa e um tempo de permanência
mais longo maximizam o rendimento de char sólido.
• Uma taxa de aquecimento mais elevada, uma temperatura mais elevada e um tempo de
permanência mais curto maximizam o rendimento de gás.
• Uma taxa de aquecimento mais elevada, uma temperatura intermediária e um tempo de
permanência mais curto maximizam o rendimento líquido.

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Considerações Para um Projeto de 54
Pirólise

 Produção de Líquido Através da Pirólise


O rendimento líquido é mais elevado a 500°C e cai fortemente acima e abaixo desta
temperatura (Boukis et al., 2007). O tempo de residência está geralmente na faixa de 0,1 a
2,0 segundos.
A transferência de calor é uma consideração principal no projeto de uma pirólise. O balanço
de calor para uma pirólise típica pode ser escrito como:

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Considerações Para um Projeto de 55
Pirólise

 Produção de Líquido Através da Pirólise


O líquido pirolítico:
• contém uma quantidade muito maior de oxigênio (~50%)
• mais pesado (gravidade específica ~1.3)
• mais viscoso
• não é auto inflamável (não pode ser misturado com diesel para operar um motor diesel)

É uma boa fonte de alguns produtos químicos úteis, como o aroma de alimentos naturais,
que podem ser extraídos, deixando o produto restante para a queima. Alternativamente,
podemos submeter o óleo pirolítico a hidrocraqueamento para produzir gasolina e diesel.

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Considerações Para um Projeto de 56
Pirólise

 Produção de Carvão Através da Pirólise


O cálculo do equilíbrio termodinâmico mostra que o rendimento de carvão da maior parte
da biomassa não pode exceder 35%.
Assumindo que a celulose representa a biomassa, a equação estequiométrica para a
produção de carvão vegetal (Antal, 2003) pode ser escrita como:

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Considerações Para um Projeto de 57
Pirólise

 Produção de Carvão Através da Pirólise

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Liberação de Gases durante o
processo

Primeiras bolhas Aumento do fluxo de bolhas

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Liberação de Gases durante o
processo
Ápice de bolhas Final do processo

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Torrefação

É um processo de pirólise suave efetuado a uma faixa de temperaturas de 230 a 300°C na


ausência de oxigênio.
Durante este processo a biomassa seca e desvolatiza parcialmente, diminuindo sua massa
enquanto preserva em grande parte seu conteúdo energético.
Um exemplo popular de torrefação é o processo de torrar grãos de café.

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Torrefação

 Alguns grãos antes e depois da torrefação:

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Torrefação

 Alguns grãos antes e depois da torrefação:

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Torrefação

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Torrefação

 Vantagens da Torrefação:
• Aumenta a relação O/C da madeira, o que melhora a sua eficiência de gaseificação.
• Reduz os requisitos de energia para redução de tamanho e melhora o manuseio.
• Ele oferece combustível de queima mais limpa com pouco ácido na fumaça.
• A madeira Torrificada absorve menos umidade quando armazenada.
• Pode-se produzir pellets de biomassa de qualidade superior com maior densidade de energia
volumétrica.

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Torrefação

 Mecanismo de Torrefação:
Durante a torrefacção, a perda de peso da biomassa provém principalmente da
decomposição dos seus constituintes hemicelulósicos.

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Torrefação

 Considerações Para um Projeto de Torrefação:


A norma de projeto para torrefação é:

onde θtor é a temperatura de torrefação em °C, e t Aquecimento é o tempo de aquecimento acima


de 200°C.

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Torrefação

 Grão Torrificado
Pelotização da biomassa:

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Torrefação

 Grão Torrificado
Pelotização de biomassa torrificada em relação a Torrificação da biomassa pelotizada

 Melhor no ponto de vista do consumo de energia do processo.

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Dúvidas?

BARBARACALDAS@UCL.BR
DFIORILLO@ECSEE.COM.BR

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