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O HOMEM COMO SER SOCIAL
A atestar a impossibilidade de o homem viver isolado, temos
o exemplo das crianças selvagens.
Há inúmeros casos destas crianças, encontradas ao longo da
história, a sobreviver misteriosamente na floresta. Apesar dos
cuidados a que foram submetidas, nunca se comportaram
como seres humanos, em virtude de terem inicialmente vivido
afastadas do convívio social. Sempre que se tentou proceder a
uma reeducação de crianças deste tipo apenas se conseguiram
resultados parciais e nunca uma adaptação correcta e ajustada
ao convívio humano. Se, desde o nascimento, estas crianças se
mantivessem integradas no meio social ter-se-iam orientado
por modelos humanos, de modo a adquirirem comportamentos
próprios da espécie humana.
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O HOMEM COMO SER SOCIAL
Noção de socialização
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Tipos de socialização: Socialização primária e secundária
Durante a infância e a adolescência, por influência privilegiada da
família e da escola, decorre o processo de SOCIALIZAÇÃO
PRIMÁRIA, cujo objectivo é a aquisição de um conjunto de
hábitos necessários para uma adaptação a situações diversas da
vida quotidiana. Neles se incluem hábitos de higiene, alimentação,
cumprimento de instruções, uso da linguagem, cortesia, respeito.
A SOCIALIZAÇÃO SECUNDÁRIA é o processo que, a partir
da idade adulta, se prolonga pela vida fora sempre que a pessoa
tem de se adaptar a situações novas que impliquem alterações
significativas na sua condição social. Exemplos de
SOCIALIZAÇÃO secundária são a mudança de estado civil, o
nascimento de filhos, a entrada no mundo do trabalho, pagamento
de impostos, ser preso, ficar desempregado, passar à reforma, ser
eleito deputado, ... .
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RELAÇÕES INTERPESSOAIS
Os Estamos sempre inseridos num
psicólogos usam a
palavra AFILIAÇÃO contexto social que, em grande
para se referirem ao desejo parte, nos determina.
ou motivação que termos
para estar com outras
pessoas, de criar
afinidades com um
número indeterminado de
pessoas.
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BENEFÍCIOS DAS RELAÇÕES SOCIAIS (interindividuais ou
intergrupais):
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RELAÇÕES
INTERPESSOAIS:
RELAÇÕES
ATRACÇÃO INTERGRUPAIS
AMIZADE
CONFLITO
AMOR
COOPERAÇÃO
AGRESSÃO
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RELAÇÕES
INTERPESSOAIS:
A ATRACÇÃO
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Introdução
A atracção entre os seres humanos, a simpatia e o amor
pelos outros deram lugar, desde tempos remotos, a inúmeras
considerações destinadas a explicá-los.
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DEFINIÇÃO DE ATRACÇÃO:
A Atracção interpessoal refere-se a uma atitude positiva em
relação a outras pessoas e que nos leva a aproximar-nos e a
procurar a sua companhia.
Traduz-se no que pensamos e sentimos sobre determinada
pessoa, se ela tem características que nos agradam, a forma
como ela nos afecta e se nos sentimos felizes na sua
presença.
Naturalmente que há diferenças entre a atracção existente
entre pais e filhos, entre amantes apaixonados, entre colegas
de trabalho ou de turma, ou entre amigos inseparáveis. Mas,
em todos os exemplos citados, podemos falar de atracção.
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COMPONENTES DA
ATRACÇÃO:
Entendida como atitude, a atracção é constituída por:
1 - uma dimensão cognitiva ou intelectual – corresponde ao que
pensamos acerca de determinada pessoa, é a avaliação, juízo ou
opinião que formamos sobre a pessoa em questão.
O indivíduo A avalia positivamente o indivíduo B.
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COMPONENTES DA
ATRACÇÃO:
3 - uma dimensão comportamental - a atracção pelo outro
traduz-se numa acção que executamos de modo a
aproximar-nos dele.
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Factores de atracção interpessoal
Proximidade: o contacto frequente com as pessoas
mais próximas de nós leva a que desenvolvamos
atracção por elas. Por que será a proximidade física tão
importante? Uma resposta é que não se pode gostar de
alguém que nunca se encontrou, e as hipóteses de
encontrar esse alguém são muito maiores se ele estiver
por perto.
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Factores de atracção interpessoal
Familiaridade: as pessoas tendem a gostar do que é
mais familiar. O herói de uma comédia musical explica
a sua afeição pela heroína cantando “cresci habituado a
ver a sua face”. As fotografias de caras de estranhos
são julgadas como sendo aquelas de que mais se gosta,
quanto mais vezes tiverem sido vistas.
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Factores de atracção interpessoal
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Factores de atracção interpessoal
Semelhanças interpessoais: Sentimo-nos atraídos por
pessoas que tenham sentimentos, comportamentos,
atitudes, opiniões, interesses e valores semelhantes aos
nossos. Por exemplo, alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico
demonstram preferências por outras crianças que tenham
desempenhos semelhantes aos seus, nas aulas, no desporto
e na música; os “melhores amigos” do Liceu assemelham-
se uns aos outros na idade, etnia, ano escolar e notas das
disciplinas. Um benfiquista tende a procurar outro que
partilhe do mesmo clubismo e não um opositor ao seu
clube.
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Factores de atracção interpessoal
Complementaridade: As pessoas sentem-se
atraídas por outras que possuam características que
elas próprias não têm. São as assimetrias das
características que tornam o outro atraente, na
medida em que se complementam.
Por exemplo, uma pessoa que goste de dominar,
pode gostar de alguém que é submisso; o bom
estudante em Matemática, pode estabelecer uma
relação de amizade com alguém particularmente
bom em Português.
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Factores de atracção interpessoal
Reciprocidade: Gostamos das pessoas que nos apreciam,
simpatizamos mais com aqueles que simpatizam connosco.
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