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INTERVENÇÃO DO ESTADO NO

DOMÍNIO ECONOMICO
 ORDEM 
Atividades DESVIRTUADA OU
econômicas surgem QUEBRADA =
+ se deformações 
desenvolvem caracterizam
concentração  Poder
Econômico mãos de
um ou de poucos.
força SUAS
PRÓPRIAS LEIS,
DECORRENTES
 LIVRE Fatos acabam por:
EMPRESA, extinguir iniciativas,
CONCORRÊNCIA iniciativas
 sufocar concorrência
E DO LIVRE dominar, em consequência, os
JOGO DOS mercados
MERCADOS.  e  desestimulo à produção/
pesquisa/aperfeiçoamento.
 DESAFIO Estado
 intervir p/ proteger aqueles valores,
consubstanciados 
 regimes da livre empresa,

 da livre concorrência

 e do livre embate de mercados,


mercados
 + manter constante

 COMPATIBILIZAÇÃO CARACT.
ECONOMIA ATUAL LIBERDADE DE
INICIATIVA E DO GANHO OU LUCRO
 C/ O INTERESSE SOCIAL

Fundamentos: Valorização do trabalho humano


e livre - iniciativa
 Conceito

 “TODO ATO/MEDIDA LEGAL QUE


RESTRINGE, CONDICIONA OU SUPRIME A
INICIATIVA PRIVADA EM DADA ÁREA
ECONÔMICA
 BENEFÍCIO DO DESENVOLVIMENTO
NACIONAL E DA JUSTIÇA SOCIAL,
ASSEGURADOS OS DIREITOS E GARANTIAS
INDIVIDUAIS. DG

[1] Direito Administrativo. 14ª ed., Ed. Saraiva, São Paulo, 2009, pág. 826
FUNDAMENTO – ART. 173 E 174 CF/88
ESTADO REGULADOR
Art. 174.
Estado AGENTE NORMATIVO E
REGULADOR da atividade econômica
= EXERCERÁ  FUNÇÕES DE
FISCALIZAÇÃO, INCENTIVO E
PLANEJAMENTO, sendo este
determinante p/ setor público e indicativo
p/ setor privado.
 CF/88 assegurouiniciativa privada 
preferência exploração atividade
econômica.
  Estado (salvo exceções) - funções de
“FISCALIZAÇÃO, INCENTIVO E
PLANEJAMENTO
 a atuação/interferência do Estado na
atividade econômica é SUPLETIVA, ou seja,
visa completar, preencher.
 HLM  ATUAÇAO
PRINCÍPIOS – ART. 170 CF/88
 Art. 170. A ordem econômica, fundada na
valorização do trabalho humano + livre
iniciativa  fim assegurar a todos existência
digna,
digna conforme os ditames da justiça social,
social
observados os seguintes princípios:
 I - soberania nacional;
 II - propriedade privada;
privada
 III - função social da propriedade;
 IV - livre concorrência;
 V - defesa do consumidor;
consumidor
VI - DEFESA DO MEIO AMBIENTE  inc. tratamento
diferenciado conformeimpacto ambiental  produtos e
serviços + seus processos de elaboração e prestação;
 VII - REDUÇÃO DAS DESIGUALDADES REGIONAIS E
SOCIAIS;
 VIII - BUSCA DO PLENO EMPREGO;
IX - TRATAMENTO FAVORECIDO  EMPRESAS DE
PEQUENO PORTE const. sob as leis brasileiras + tenham
 sede e administração no País.
§ único. É assegurado a todos o livre exercício de
qualquer atividade econômica,
econômica
INDEPENDENTEMENTE DE AUTORIZAÇÃO
DE ÓRGÃOS PÚBLICOS, salvo nos casos previstos
em lei.
 CF não entrega a organização da vida social e
econômica  suposta eficiência do mercado

resguardando os valores sustentados em seu


bojovalores sociais do trabalho, da cidadania, da
erradicação da pobreza, o desenvolvimento nacional

 Taisvalores  obrigam ORDEM ECONOMICA E


SOCIAL  SEJAM ARTICULADAS realizar os
objetivos apontados.
 art. 3°, CF/88  objetivos fundamentais República Federativa
do Brasil.
I - construir uma sociedade livre, justa e
solidária;
 II - garantir o desenvolvimento nacional;
  III - erradicar a pobreza e a marginalização e
reduzir as desigualdades sociais e regionais;
 IV - promover o bem de todos, sem
preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação.
 PRINCÍPIOS
 Inciso I – SOBERANIA NACIONAL  formação
capitalismo nacional – garante  idéia
INDEPENDÊNCIA NACIONAL = busca evitar 
INFLUENCIA DESCONTROLADA DE OUTROS PAÍSES EM
NOSSA ECONOMIA[1]
* Inciso II – PROPRIEDADE PRIVADA e inc. III – FUNÇÃO
SOCIAL DA PROPRIEDADE  constituinte assegurou 
PROPRIEDADE PRIVADA DOS MEIO DE PRODUÇÃO 
porém  terá que atender a sua função social
 Inciso IV – LIVRE CONCORRÊNCIA não compactua  ABUSO DE
PODER ECONÔMICO.
 * CF/88 NÃO NEGA  exercício legal do poder econômico.
 +  USO DESREGRADO/ANTI-SOCIAL MOTIVA A
INTERVENÇÃO  ESTADO P/ COIBIR OS EXCESSOS 
PRÁTICAS ABUSIVAS.

[
 §4° do art. 173 – repressão pela lei
  abuso do poder econômico
  a dominação dos mercados,
  a eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário de
lucros.
 Lei 8.884/94 – transforma em autarquia Conselho Administrativo de Defesa Econômica –
CADE dispõe sobre a prevenção e a repressão às infrações contra a ordem econômica e dá
outras providências.
 LEI 12.529/11 --> ESTRUTURA O SISTEMA BRASILEIRO DE DEFESA
DA CONCORRÊNCIA; DISPÕE SOBRE A PREVENÇÃO E
REPRESSÃO ÀS INFRAÇÕES CONTRA A ORDEM ECONÔMICA;.... O

 Inciso V – DEFESA DO CONSUMIDOR


 Nos termos do art. 5°, XXXII CF/88 defesa do consumidor é direito
fundamental.
 A redação  CF/88  relações de consumo, consagrou o princípio da
VULNERABILIDADE, tendo o constituinte estabelecido que o
consumidor é a parte mais fraca da relação.
 Lei  8.078/90
 Inciso VI – Defesa Meio Ambiente –
 MESMO  PRODUÇÃO DE RIQUEZAS 
ATIVIDADE ECONÔMICA  ESTAR
ORIENTADA PROTEÇÃO E DEFESA DO MEIO
AMBIENTE” – IDÉIA DO DES. SUSTENTÁVEL –
ART. 225, CF/88.

ex: incentivos mediante


isenções, benefícios fiscais
etc  empresas que
trabalhem com produtos
recicláveis/produzam baixo
impacto ambiental, ou seja,
as empresas “ecologicamente
corretas”.
 Inciso VII – REDUÇÃO DAS
DESIGUALDADES REGIONAIS E SOCIAIS –
  Estado do bem-estar social (art. 3°, III, da
CF/88)  fundamento erradicar a pobreza e
a marginalização e reduzir as desigualdades
sociais e regionais.
 implementadodiversos instrumentos:
 a criação de regiões administrativas (art. 43), a
lei que institui o plano plurianual (art. 165, §1°)
ou a possibilidade de concessão de incentivos
fiscais na forma do art. 151, I, etc.
 Inciso VIII – BUSCA DO PLENO EMPREGO –
 VALORIZAÇÃO DO TRABALHADOR  c/ princípio
diretivo da economia.

 Inciso IX – TRATAMENTO FAVORECIDO PARA


EMPRESAS DE PEQUENO PORTE
 livre-concorrência  PRINCÍPIO DA IGUALDADE
 desdobramento = POSSIBILIDADE DE TRATAMENTO
FAVORECIDO P/ AS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE
CONSTITUÍDAS SOB  LEIS BRASILEIRAS + SEDE E
ADMINISTRAÇÃO NO PAÍS.
 O art. 179  União, os Estado, o DF e os Municípios
dispensarão às microempresas e às empresas de pequeno
porte, assim definidas em lei
 *tratamento jurídico diferenciado  incentivo 
simplificação obrigações  administrativas, tributárias,
previdenciárias ou redução por lei
 COMPETÊNCIA - não é distribuída --_ uniformemente
 entre os entes da Federação.
 MAIOR PODER INTERVIR UNIÃO.

Todos podem atuar na economia por intermédio das


. empresas governamentais  criadas e destinadas
a explorar certa atividade econômica, desde que
-
necessárias a atender relevantes interesses coletivos

 UNIÃO  cabe intervir  medida necessária


-imperativos de segurança nacional
 O controle de preços/abastecimento +repressão ao
abuso do poder econômico União.
 Força CF atua sob o regime de monopólio.
 exercício de funções de fiscalização, de
incentivo e de planejamento● cabem todos
os entes federados, observados limites
competência CF/88.
 ➳ferramenta administrativa  fundamental 
objetivos/metas  envolve processo antes da
ação  análise fatores condicionantes 
prazo,custos, desempenho + conjunturais 
riscos envolvidos

 ART. 24 CF –
 ART. 23 CF
 MEIOS INTERVENTIVOS.
 Os principais meios de atuação do Estado na ordem
econômica são:
 a) MONOPÓLIO;

 B) REPRESSÃO AO ABUSO DO PODER


ECONÔMICO;
 C) CONTROLE DE ABASTECIMENTO,

 D) TABELAMENTO DE PREÇOS;

 E ) CRIAÇÃO DE EMPRESAS ESTATAIS.


 A) MONOPÓLIO ESTATAL  RESERVA P/ O PP
EXPLORAÇÃO ATIVIDADE ECONOMICA -
EXCLUSIVIDADE FOR SOBRE TODO O DOMÍNIO
ECONOMICO  ESTATIZAÇÃO ECONÔMIA
PRIVADA - REGIMES SOCIALISTAS.
 Em sentido econômico, monopólio significa “controle DA
PRODUÇÃO E DE PREÇOS na sua acepção mais
ampla”.
 PODER ATUAR C/ EXCLUSIVIDADE NO
MERCADO, COMO ÚNICO VENDEDOR.
 EXCLUSÃO DA CONCORRÊNCIA + IMPOSIÇÃO DO
PREÇO PELA VONTADE UNILATERAL DO
VENDEDOR ÚNICO.

 **SE O TITULAR DO MONOPÓLIO DELEGA 


PRIVILÉGIO
 “é a deliberada subtração de certas atividades
privadas das mãos dos particulares para
colocá-las sob a égide da Nação, por motivos
de interesse público.”
 Hely Lopes Meirelles
 Estado  assume  integralmente  determinado
setor do domínio econômico/atividade econômica em
sentido estrito
art. 177 CF
I – A PESQUISA + LAVRA
LAVRA JAZIDAS DE
PETRÓLEO E GÁS NATURAL + OUTROS
HIDROCARBONETOS FLUÍDOS
II – A REFINAÇÃO
REFINAÇÃO PETRÓLEO
.
NACIONAL/ESTRANGEIRO
III- IMPORTAÇÃO+EXPOR 
PRODUTOS DERIVADOS BÁSICOS
RESULTANTESATIVIDADES
PREVISTAS INCs. ANTERIORES
IV – TRANSPORTE MARÍTIMO
MARÍTIMO
PETRÓLEO BRUTO DE ORIGEM
NACIONAL OU DE DERIVADOS BÁSICOS
PETRÓLEO PRODUZIDO NO PAÍS +o
TRANSPORTE,
TRANSPORTE POR MEIO DE CONDUTO,
DE PETRÓLEO BRUTO, SEUS
DERIVADOS E GÁS G NATURAL DE
V – PESQUISA + LAVRA + ENRIQUE. +
REPROCESSAMENTO +
INDUSTRIALIZAÇÃO + COMÉRCIO DE
MINÉRIOS E MINERAIS NUCLEARES E
SEUS DERIVADOS
 *exceção dos radioisótopos cuja produção,
comercialização e utilização poderão ser
autorizados sob regime de permissão, conforme
alienas b e c do inciso XXIII do caput art. 21
desta CF/88.”
 * EC 9/95  flexibilização regime  permitindo
União contrate estatais e privadas  atividade
previstas itens 1 a 4--> §1º
Royalties
Partilha de produção
 CF  EMISSÃO DE MOEDAS, SERVIÇO
POSTAL E CORREIO ÁEREO NACIONAL,
SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES,
RADIOFUSÃO SONORA E IMAGENS,
NAVEGAÇÃO ÁREA, INSTALAÇÃO
ENERGIA ELETRICA pode ser privilégio
exploração  autarquias, fundações,
concessionárias e permissionárias
 Detenção do bem # privilégio – delegação do
direito de exploração bem ou atividade
monopolizada.
 B) REPRESSÃO AO ABUSO DO PODER
ECONÔMICO;
 C) CONTROLE DE ABASTECIMENTO,

 D) TABELAMENTO DE PREÇOS;

 E ) CRIAÇÃO DE EMPRESAS ESTATAIS.


 B) Repressão ao abuso do poder econômico
 > regra – riqueza – função social – art. 170,III

 Vedação – economia moderna – poder econômico –


empregado  modo anti social
 PE  ñ – contra coletividade  manipulação 
benefício  des. social e justiça social
 Uso arbitrário – prática de:

 TRUSTE  pressão grandes empresas  concorrentes


menores  fim  afastá-la do mercado / concordar c/
sua postura de preços
 CARTEL composição voluntária dos concorrentes
sobre um/mais aspectos negócio que exploram  (ex.
margem de lucro)
 Medidas repressivas União
 DG  “medida ou conjunto de medidas estatais 
ajustam poder econômico ao desenvolvimento
nacional e a justiça social”
  fundamento  intervenção  art. 173 CF

 evita-se a dominação do mercado + eliminação


da concorrencia + aumento arbitrário de lucros.
 Lei 8.884/94  anti-truste revogada pela Lei
12.529/11
 SBDC  CADE + Secretaria de Acompanhamento
Econômico do Ministério da Fazenda
 SISTEMA BRASILEIRO DE DEFESA DA CONCORRÊNCIA 
O que é?
 Art. 4o  CADE  entidade judicante c/ jurisdição todo o
território nacional AUTARQUIA FEDERAL, VINCULADA
 MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
 A quem se aplica a norma?
 Art. 31.  PF ou PJ  DIREITO PÚBLICO OU PRIVADO,
PRIVADO +
quaisquer associações de entidades ou pessoas, const. de
fato/de direito, ainda que temporariamente,
temporariamente c/ ou s/
personalidade jurídica, mesmo que exerçam atividade sob
regime de monopólio legal. 
O que acontece se há infração a ordem econômica?
 Art. 32.   =RESP. EMPRESA / INDIVIDUAL SEUS
DIRIGENTES/ADMINISTRADORES
SOLIDARIAMENTE. 
 Quais são as infrações?
 Art. 36.  CONSTITUEM INFRAÇÃOORDEM
ECONÔMICA INDEPENDENTEMENTE DE CULPA 
ECONÔMICA,
atos sob qualquer forma manifestados
 TENHAM P/ OBJETO/POSSAM PRODUZIR OS
SEGUINTES EFEITOS * não sejam alcançados: 
 I - LIMITAR, FALSEAR ou de QUALQUER FORMA
PREJUDICAR a LIVRE CONCORRÊNCIA OU A LIVRE
INICIATIVA; 
 II - DOMINAR MERCADO relevante bens/serviços; 

 III - AUMENTAR ARBITRARIAMENTE LUCROS; e 

 IV - EXERCER DE FORMA ABUSIVA POSIÇÃO


DOMINANTE. 
 §3º CARACTERIZAM INFRAÇÕES DA ORDEM
ECONÔMICA
 I – ACORDAR, COMBINAR, MANIPULAR OU AJUSTAR C/
CONCORRENTE:
 a) preços de bens/serviços ofertados
individualmente
 b) produção/comercialização quantidade restrita
ou limitada de bens / limitação serviços
 c) divisão de partes ou segmentos de um mercado atual
ou potencial de bens ou serviços  distribuição de
clientes, fornecedores, regiões ou períodos
 d) preços, condições, vantagens ou abstenção em
licitação
 II – PROMOVER, OBTER, INFLUENCIAR  adoção
conduta comercial uniforme entre concorrentes
 III – LIMITAR/IMPEDIR acesso novas empresas mercado

 ...V – impedir acesso concorrentes às fontes de insumo,


matérias-primas, equipamentos ou tecnologia, bem como
canais de distribuição
 ...XIII – destruir, inutilizar matérias primas, produtos
intermediários....ou os equipamentos destinados a produzi-los
...
 ...XV – vender mercadoria/prestar serviço injustificadamente
abaixo do preço de custo
 ...XIX – exercer ou explorar abusivamente direitos de
propriedade industrial, intelectual, tecnologia e marca
 arts. 37 a 40 Lei define as penas aplicadas
 = DESDE APLICAÇÃO DE MULTAS À EMPRESA
+ADMINISTRADOR
 Empresa  0,1% a 20% valor faturamento bruto –
último exercício anterior ao PA
 Administrador 1% a 20% valor aplicado empresa

 DETERMINAÇÃO CISÃO DA SOCIEDADE,

 TRANSFERÊNCIA CONTROLE ACIONÁRIO,

 INSCRIÇÃO CADASTRO NACIONAL DE DEFESA


DO CONSUMIDOR

 CESSAÇÃO PARCIAL ATIVIDADE


 NÃO PARCELAMENTO DE TRIBUTOS DEVIDOS

 CANCELAMENTO TODO/PARCIAL INCENTIVOS


FISCAIS OU SUBSÍDIO PÚBLICOS
 PROIBIÇÃO EXERCER COMÉRCIO 5 ANOS

 PROIBIÇÃO PARTICIPAR DE LICITAÇÕES + E DE


CONTRATAR C/ INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
OFICIAIS ou qualquer outros ato ou providência
necessários à eliminação dos efeitos nocivos a ordem
econômica  prazo não inferior a 5 anos
 -MULTAS NEGATIVA, OMISSÃO, DEMORA 
INFORMAÇÕES CADE OU SECRETARIA ACOMP.
ECONOMICO + FALTA - INTIMAÇÃO PRESTAR
ESCLARECIMENTOS  ARTS. 40 E 41
 IMPEDIMENTO, OBSTRUÇÃO, DIFICULTAR 
INSPEÇÃO  MULTA ART. 42
 xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

 Processo Adm.  apuração infrações (arts. 48 a 87)


 Processo Judicial --. Execução decisões do CADE (art. 93.  A
decisão do Plenário do Tribunal, cominando multa ou
impondo obrigação de fazer ou não fazer, CONSTITUI
TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL. 
EXTRAJUDICIAL Até art. 101)
 Cade condena cartel de combustíveis no Espírito Santo
 20/05/2015
O Tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica –
Cade condenou, na sessão de julgamento desta quarta-feira
(20/05), 27 postos e nove pessoas físicas por formação de cartel
no mercado de combustíveis na região metropolitana de Vitória,
no Espírito Santo (Processo Administrativo
08012.008847/2006-17). A prática anticompetitiva ocorreu
entre 2006 e 2007. No total, foram aplicados aproximadamente
R$ 65,7 milhões em multas. 
 ...Desse modo, a condenação se baseou tanto na evidência econômica
que demonstrou o paralelismo de preços de revenda de combustíveis na
região quanto na evidência de atuação articulada entre os concorrentes
para fixação de preços e compartilhamento de informações
concorrencialmente sensíveis.
sensíveis

Foram usadas como provas p/ a condenação interceptações telefônicas


realizadas a pedido do MP do Estado do Espírito Santo e compartilhadas
com o Cade, além de outras provas reunidas durante a instrução do caso
no órgão antitruste. Os diálogos demonstraram a articulação entre os
postos concorrentes p/ praticarem preços iguais ou com diferença
mínima. 

“Os cartéis de revendedores de combustíveis já são bem conhecidos


deste Tribunal, pois têm sido prática anticompetitiva recorrente no
país. ...
 Os 27 postos de combustíveis condenados pelo Cade deverão
pagar juntos cerca de R$ 60,5 milhões e as nove pessoas
físicas, aproximadamente R$ 5,2 milhões. O processo foi
arquivado em relação ao Posto Divino Ltda., Posto Mclaren
Ltda. e Posto América Ltda. Além disso, será expedida
recomendação aos órgãos competentes para que não sejam
concedidos parcelamentos de tributo aos condenados e para
que sejam cancelados incentivos fiscais ou subsídios
públicos.

As multas aplicadas serão destinadas ao Fundo de Defesa dos


Direitos Difusos – FDD do Ministério da Justiça, que reverte
os recursos arrecadados em projetos que visem à recuperação
de bens e direitos difusos, como o meio ambiente, patrimônio
histórico, defesa do consumidor entre outros..
 CONTROLE DE ABASTECIMENTO
 HLM  “Conjunto= medidas destinadas manter no
mercado consumidor MATÉRIA-PRIMA,
PRODUTOS/ SERVIÇOS EM QUANTIDADE
NECESSÁRIA AS EXIGÊNCIAS DE CONSUMO”
 Demanda da coletividade

  medidas  atos de interv. domínio econômico

  assim não fosse (circulação de bens e prestação de


serviços)  comunidade (especialmente carente) 
inacessível certas utilidades/necessidades
  maior intensidade  mais essencial for o bem ou o
serviço  vida\dignidade dos administrados
 Momento = crise econômica + processo inflacionário 
comum retenção empresas  produtos ou deixar de
prestar serviços = insuficiência no mercado. 
afetando a regularidade obtenção.
 Retenção ou não prestação de serviços = impedimento
acesso coletividade  situação especulativa  abuso
Poder Economico
 * O Estado como Regulador (art. 174) = regularizar o
abastecimento  p/ tanto medidas c coercitivas.
 * atividade qualificada como de polícia administrativa.
 Ex: certos produtos tornam-se escassos na entressafra
p/ que não desapareçam, nem seus preços se tornem
abusivos= Estado intervém levando ao mercado
produtos comprados na safra.
 Medida interventiva – redução/ eliminação de alíquota
de produtos importados
 ** ato ou medida  assegura a livre distribuição de
bens e serviços essenciais à coletividade.
  controle = Mantém no mercado consumidor bens e
serviços  quantidade necessária consumo + preços
compatíveis
  eficácia  AP agir  rapidez aquisição  bens
considerados escassos mercado  dispensada 
qualquer procedimento licitatório (art. 24, VI, Lei
8.666/93)
  regulação  produtos e serviços necessários
consumo  uso povo em geral  Lei Delegada 4/62
Dispõe sôbre a intervenção no domínio econômico para assegurar
a livre distribuição de produtos necessários ao consumo do povo
 (COMPRA, ARMAZENAMENTO, DISTRIBUIÇÃO,
VENDA DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS, ANIMAIS,
TECIDOS, MEDICAMENTO, MÁQUINAS, ETC)
 Art. 2º A intervenção consistirá:
 I - na compra, armazenamento, distribuição e venda
de:
 a) GÊNEROS E PRODUTOS ALIMENTÍCIOS;

 b) GADO vacum, suíno, ovino e caprino, DESTINADO


AO ABATE;
 c) AVES E PESCADO p/ alimentação;

 d) TECIDOS E CALÇADOS de uso popular;

 e) MEDICAMENTOS;

 ...j) CIMENTO E LAMINADOS DE FERRO 


destinados construção de casas próprias  popular e
benfeitorias rurais;
 k) PRODUTOS E MATERIAIS INDISPENSÁVEIS À
PRODUÇÃO DE BENS DE CONSUMO POPULAR.
 II - na fixação de preços e no contrôle do abastecimento,
neste compreendidos a produção, transporte,
armazenamento e comercialização;
 III - na desapropriação de bens, por interêsse social;/ na
requisição de serviços, necessários à realização dos
objetivos previstos nesta lei;
 IV - na promoção de estímulos, à produção.
 Art. 3º Os produtos adquiridos por compra ou desapropriação serão
entregues ao consumidor através de:
 a) emprêsas estatais especializadas;
 b) organismos federais, estaduais ou municipais, de administração direta
ou indireta;
 c) entidades privadas, de comprovada idoneidade.
 Art. 11 SUJEITOS MULTA 
 a) VENDER/EXPUSER  mercadorias
 + CONTRATAR/OFERECER SERVIÇOS p/ PREÇOS
SUPERIORES AOS OFICIALMENTE TABELADOS, aos
fixados = órgão ou entidade competente, ...
 b) SONEGAR GÊNEROS/MERCADORIAS +RECUSAR
VENDÊ-LOS OU OS RETIVER p/ fins de especulação;
 c) NÃO MANTIVER AFIXADAlugar visível + fácil leitura,
TABELA DE PREÇOS DOS GÊNEROS E MERCADORIAS,
SERVIÇOS OU DIVERSÕES PÚBLICAS POPULARES;
 ...f) PRODUZIR, EXPUSER,VENDER 
 MERCADORIA  EMBALAGEM, TIPO, ESPECIFICAÇÃO,
PESO OU COMPOSIÇÃO  TRANSGRIDA DETERMINAÇÕES
LEGAIS/NÃO CORRESPONDA À RESPECTIVA
CLASSIFICAÇÃO OFICIAL OU REAL; REAL
 ADMINISTRATIVO. AUTO DE INFRAÇÃO. CONSTITUCIONALIDADE DA LEI
DELEGADA 04/62 QUE AMPARA A PORTARIA Nº 02/96 DA SUNAB (ARTS. 1º E
7º). LEGALIDADE DA AUTUAÇÃO. CONDUTA INFRACIONAL
CARACTERIZADA. ARBITRAMENTO EQÜITATIVO DA SANÇÃO EM FACE
DOS CRITÉRIOS LEGAIS.
 I - Este Tribunal tem prestigiado o entendimento de que a Lei Delegada 4/62 foi
recepcionada pela Carta de 1988, bem como de ser de absoluta constitucionalidade,
antes e depois da CF de 88, a intervenção do estado, pela Sunab, no domínio
econômico, para regular os preços de mercado" (AC 0001868-24.1995.4.01.0000/GO,
DJ p.32600 de 29/05/1995).
 II - Ante a constitucionalidade dos arts. 1º e 7º da Portaria nº 02/1996e, mostrase
hígido e perfeito o Auto de Infração nº 207, lavrado em 11/04/1997, pela
Superintendência Nacional do Abastecimento - SUNAB, sendo despicienda a alegação
de que os preços praticados pela Cooperativa sempre estiveram disponíveis em seus
computadores, todos os dias, à disposição de quem quer que seja, e são fornecidos
sistematicamente aos seus Distribuidores ou Varejistas, a todo momento, na
comercialização dos produtos de sua fabricação (....), nada havendo que justificasse a
afixação de "Tabela de Preços" no interior de suas instalações, de acesso público,
inclusive por questões de segurança, por industrializar alimentos destinados ao
consumo humano. III - Apelação a que se nega provimento.
 Julgamento: 02/07/2013 TRF1
 CONTROLE DE PREÇOS
 Medida excepcional Estado pode regular política de
preços= BENS E SERVIÇOS  constatado o abuso do poder
econômico/aumento arbitrário dos lucros
  fixação  RELAÇÃO AO PRODUTOR  PREÇOS
MÍNIMOS e  relativamente ao consumidor  PREÇOS
MAXIMOS
 Preço  VALOR PAGO P/ UM BEM COMPRADO/ UMA
ATIVIDADE UTILIZADA
 HLM retribuição pecuniária do valor do bem, do serviço e
da atividade que se COMPRA ou que se UTILIZA mediante
remuneração e pode ser: preço privado ou público
 Privado  todo aquele que se estabelece em livre
concorrencia
 *se originam das condições normais  mercado

 Próprios e característicos da empresa

 Natural lei a OFERTA E PROCURA

 Público  AP  fixa definitiva e unilateralmente, sem levar


em consideração qualquer oferta e procura
 Tarifas  fixada exclusivamente Poder Público p/ bens e
serviços próprios ou delegados
 * AO TABELAR O ESTADO INTERVEM NA PRIMEIRA

  DESEQUILIBRIO = CONDIÇÕES MERCADO


 Taxa Tributo cobrado diretamenteo Poder Público
UTILIZAÇÃO EFETIVA OU POTENCIAL DE SP
ESPECÍFICO E DIVISÍVEL.
 Preço Público - Remuneração Fixada unilateralmente
pelo PP p/ os serviços que ele ou seus delegados (Tarifa) prestem
à coletividade
 Preço
 (privado) Remuneração correspondente à
CONTRAPRESTAÇÃO PAGA p/ uma das partes contratantes a
outra(s) pelo cumprimento de obrigação de dar ou fazer 
condições normais de mercado.
 Preço semiprivado
 ou quase-privado Remuneração paga pela concessionária ao
poder concedente pela outorga da concessão.
  intervenção/atuação no DE incide somente SOBRE A
LIVRE EMPRESA  tabelamento  lei del. 4/62  sobre
preços privados  se formam no mercado (lei oferta e
procura, s/ qualquer participação PP)
  fundamento implícito art. 170, V – proteção à defesa do
consumidor
 COMPETÊNCIA – UNIÃO – ÓRGÃOS
CENTRALIZADOS E DESCENTRALIZADOS  NÃO
REMANESCE INTERVENÇÃO ECONOMIA PRIVADA
ESTADOS E MUNICÍPIOS
 * “fixação dos preços privados de bens e produtos pelo
Estado quando a iniciativa privada se revela sem condições de
mantê-los nas regulares condições de mercado.
 “congelamento”
 4/62 - Art. 6º Para controle do abastecimento de mercadorias
ou serviços e fixação de preços  órgãos responsáveis 
 III - TABELAR  PREÇOS MÁXIMOS

  MERCADORIAS E SERVIÇOS ESSENCIAIS EM


RELAÇÃO AOS REVENDEDORES;
 IV – TABELAR PREÇOS MÁXIMOS +
ESTABELECER CONDIÇÕES DE VENDA DE
MERCADORIAS OU SERVIÇOS
 Fim IMPEDIR LUCROS EXCESSIVOS, INCLUSIVE
DIVERSÕES PÚBLICAS POPULARES;
 VIII - superintender e fiscalizar através de agentes federais, em
todo o País, a execução das medidas adotadas e os serviços que
estabelecer.
 CRIAÇÃO EMPRESAS ESTATAIS
 SEM e EP  autorização criação por lei – CF, art. 37,
XIX e art. 173  necessárias ao imperativo segurança
nacional e relevante interesse coletivo
 *art. 179 CF  fomento microempresas e empresas de
pequeno porte (lei) = incentiva-las pela simplificação das
obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e
creditícias  tratamento jurídico diferenciado.

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