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MÓDULO: DESENHO DE

ITENERÁRIOS E PREPARAÇÃO
DO SERVIÇO DE GUIA
FORMADORA: VANESSA ROCHA
TÉCNICA DE TURISMO
GUIA DE TURISMO
IMPACTOS DA PANDEMIA DA COVID -19
NO SETOR DO TURISMO
 A OMT previa um crescimento no setor do turismo para 2020, de
3% a 4%, tendo em conta a análise do Índice de Confiança de
2019 .

 E também com base nos eventos desportivos, incluindo as


Olimpíadas de Tóquio, e eventos culturais como a Expo 2020 Dubai
deveriam causar um impacto positivo no setor do turismo.

 Contudo devido a Pandemia da Covid-19 transformou 2020 no pior


ano do Turismo Internacional.
IMPACTOS DA PANDEMIA DA COVID -19
NO SETOR DO TURISMO
 Covid-19 faz com que as chegadas cheguem aos níveis de 1990
com redução de 72% nos primeiros 10 meses deste ano; com
restrições de viagens, pouca confiança do consumidor e luta global
para conter o vírus, mundo viveu seu pior ano da história do setor.

 A Organização Mundial do Turismo, OMT, informou que 2020


sofreu uma redução de 900 milhões de turistas internacionais
entre janeiro e outubro.

 A perda de US$ 935 bilhões em receitas de exportação representa


mais de 10 vezes o prejuízo registrado em 2009, quando o mundo
sofria o impacto da crise econômica.
IMPACTOS DA PANDEMIA DA COVID -19
NO SETOR DO TURISMO
 O turismo global terá retornado aos níveis de 30 anos atrás com
menos 1 bilhão de novas chegadas. A conta total do prejuízo deve
ser de US$ 1,1 trilhão em receitas internacionais.

 As perdas econômicas causadas pela pandemia podem chegar a


US$ 2 trilhões do Produto Interno Bruto, PIB, global. A Ásia-
Pacífico foi a primeira região a sofrer o impacto da crise e continua
sendo a com maior número de restrições até hoje. A queda de
chegadas foi de 82% no ano de 2020.
IMPACTOS DA PANDEMIA DA COVID -19
NO SETOR DO TURISMO

 Já o Oriente Médio teve uma redução de 73% e a África de 69%. As


chegadas internacionais na Europa e nas Américas caíram 68%. A
Europa notificou perdas entre 72% e 76% entre setembro e outubro
em comparação a outras regiões.

 As Américas tiveram leve recuperação no mês de junho e quedas


ligeira de chegadas internacionais durante todo mês de outubro. Isso
se deu por causa da reabertura de alguns destinos em países
caribenhos.
 Os dados da OMT apontam uma demanda fraca por viagens ainda
que em grandes mercados como Estados Unidos, Alemanha e
França, o setor tenha mostrado alguns sinais de recuperação nos
últimos meses. Já o turismo doméstico continua crescendo na China
e na Rússia.

 A agência da ONU informou que a proporção de destinos fechados


caiu de 82% no fim de abril para 18% no início de novembro, com
base em chegadas internacionais.
 Os cenários para 2021-2024 da OMT indicam uma recuperação para
o segundo semestre do próximo ano. Mas para reerguer com taxas
no nível de 2019, o mundo deverá precisar de dois anos e meio a
quatro anos.

 A Organização Mundial do Turismo, OMT, anunciou que o pico da


temporada de verão no Hemisfério Norte foi afetado pelas restrições
de viagens. Nesse período, as chegadas de turistas caíram 81% em
julho e 79% em agosto
 Receita
 Entre janeiro e agosto houve 700 milhões de visitantes a menos que
no mesmo período do ano passado. A situação levou a uma perda de
US$ 730 bilhões, mais de oito vezes acima da queda registrada após
a crise econômica de 2009.
 Para o diretor da OMT, Zurab Pololikashvili, este declínio sem
precedentes está tendo consequências sociais e econômicas
dramáticas arriscando milhões de empregos e empresas.
 A repandemia, também foi marcada pelo maior declínio nas
chegadas ao atingir 79%.

 A seguir estão África e Oriente Médio com quedas de 69% cada. Já


a diminuição de visitantes internacionais na Europa foi de 68%. Nas
Américas, a redução esteve em torno de 65%.

 A região da Ásia e do Pacífico, a primeira a ser atingida pela


pandemia, mas também foi marcada pelo maior declínio nas
chegadas ao atingir 79%.
 A OMT destaca 2009 como o último ano em que as chegadas de
turistas internacionais registraram uma queda. A redução de 4% foi
provocada pela crise econômica global.

 “O último World Tourism Barometer mostra o profundo impacto


que esta pandemia está tendo no Turismo, um setor do qual milhões
de pessoas dependem para seu sustento.
 No entanto, viagens internacionais seguras e responsáveis agora são
possíveis em muitas partes do mundo e é imperativo que os
governos trabalhem em estreita colaboração com o setor privado
para fazer o Turismo global funcionar novamente. Ação coordenada
é a chave”, afirma o secretário-geral da OMT, Zurab Pololikashvili.
 IMPACTO GLOBAL
 Apesar da reabertura gradual de muitos destinos desde a segunda
quinzena de maio, a melhora antecipada nos números do Turismo
internacional durante a alta temporada de verão no Hemisfério
Norte não se materializou.
 A Europa foi a segunda região mais duramente atingida no mundo,
com uma queda de 66% nas chegadas de turistas no primeiro
semestre. As Américas (-55%), África e Oriente Médio (ambos
-57%) também sofreram. A Ásia-Pacífico, a primeira região a sentir
o impacto da covid-19 no Turismo, foi a mais atingida, com uma
queda de 72% no número de turistas no período de seis meses.
 No nível sub-regional, o Nordeste Asiático (-83%) e o Sul da
Europa Mediterrânea (-72%) sofreram as maiores quedas. Todas as
regiões e sub-regiões do mundo registraram diminuições de mais de
50% nas chegadas de janeiro a junho.

 A contração da demanda internacional também se reflete em quedas


de dois dígitos nos gastos com Turismo internacional entre os
grandes mercados. Os principais mercados emissores, como Estados
Unidos e China, continuam parados, embora alguns destinos, como
França e Alemanha, tenham mostrado alguma melhora em junho.
 COVID-19: Impactos estimados e perspetivas de
recuperação

 O turismo internacional está a ser um dos setores mais


afetados durante a crise da COVID-19. As restrições às
viagens introduzidas em resposta à pandemia continuam
a afetar fortemente o turismo global.

 Os dados mais recentes da Organização Mundial do


Turismo (OMT) demonstram uma queda de 70%, nas
chegadas internacionais, nos primeiros oito meses de
2020.
 O mais recente Barómetro da OMT assinala uma quebra das
chegadas internacionais de 81% em julho e 79% em agosto, meses
tradicionalmente de maior procura e que correspondem ao período
de férias de verão no hemisfério norte.

 "Este declínio sem precedentes está a ter consequências sociais e


económicas dramáticas e coloca milhões de empregos e empresas
em risco. Isso sublinha a necessidade urgente de reiniciar o turismo
com segurança, de forma oportuna e coordenada".

 Zurab Pololikashvili, Secretário-Geral da OMT


 DIMENSÃO ESTIMADA DE PERDAS NO SETOR

 O WTTC – World Travel & Tourism Council traçou três cenários


sobre os possíveis níveis de impacto da pandemia no turismo
europeu (Figura 1).
 Segundo o modelo de recuperação proposto pela McKinsey, para a
recuperação do setor, prevê-se uma queda cumulativa de US$ 3 a
US$ 8 biliões de dólares americanos até que os gastos em turismo
voltem aos níveis pré-COVID-19 (Figura 2), algo que só poderá
ocorrer a partir de 2024.

 A recuperação será lenta e impulsionada pela dependência que cada


país tinha relativamente a viagens domésticas e ao transporte aéreo.
Por consequência, cada país deve preparar-se para o seu próprio
ritmo de recuperação e procurar reinventar/reformular o seu setor
turístico.
 PREOCUPAÇÕES E COMPORTAMENTOS DOS
CONSUMIDORES

 Embora a recuperação do turismo pós-COVID-19 seja impulsionada


principalmente pela força da recuperação económica, a McKinsey
identifica um conjunto de cinco fatores-chave relacionados com os
comportamentos dos consumidores que provavelmente impactarão a
trajetória de recuperação. Gerir essas preocupações é considerada a
chave para impulsionar um regresso em pleno da atividade turística.
 5 fatores com impacto sobre a trajetória de recuperação do turismo
face à Covid-19:

 - Impacto elevado:
 ​ tratividade dos destinos domésticos – A atratividade intrínseca dos
A
destinos domésticos é um fator chave para sustentar o turismo
interno e ajudar a fazer face à diminuição da procura dos mercados
externos;

 -
 Médio impacto:
 Utilização do transporte aéreo – A dependência do
turismo relativamente às viagens aéreas espera-se que
venha a ser fortemente afetada devido às preocupações
com a segurança sanitária;

 Saúde e higiene – As questões ligadas à saúde e


segurança serão fundamentais no novo normal. A
imposição de padrões sanitários nos destinos, bem como
de outras políticas de proteção, seguros de viagem e
garantias de repatriamento, em caso de necessidade,
afetarão a decisão de viajar nos próximos tempos.
 Neste contexto, a criação de um clima de confiança entre visitantes,
residentes das comunidades locais e empresas prestadoras de
serviços turísticos será um fator determinante na recuperação do
setor;
 - Baixo impacto:
 Importância do turismo de negócios – O impacto da pandemia no
turismo de negócios é mais profundo do que no segmento de lazer,
mas a sua recuperação dependerá das dinâmicas locais. A
recuperação das viagens de negócios deverá ser lenta e dependerá da
proximidade da viagem, do setor e do motivo da viagem..
 Segundo a GlobalData, é expectável que a procura por viagens de
negócios regionais e domésticas seja retomada antes das viagens de
negócios internacionais;

 Sustentabilidade – Uma crescente consciencialização dos impactos


ambientais, normalmente associados ao ato de viajar, afetarão as
decisões do consumidor no novo normal
 As restrições impostas às viagens são vistas como a principal
barreira no caminho da recuperação do turismo internacional,
juntamente com a contenção lenta do vírus e a baixa confiança dos
consumidores. A falta de resposta coordenada entre os países para
garantir protocolos harmonizados e restrições coordenadas, bem
como a deterioração do ambiente económico são outras das razões
apontadas
 Fatores que mais dificultam a recuperação do turismo internacional,
pelos especialistas da OMT
 Nível de preferência pelo turismo doméstico
 O turismo doméstico poderá recuperar para níveis próximos dos
anteriores à crise cerca de um a dois anos antes das viagens
internacionais (Figura 7). Vários fatores impulsionam essa
possibilidade: menos restrições para realização de viagens dentro do
próprio país; mais opções de substituição para viagens não aéreas;
ansiedade; e uma maior parcela de viagens de negócios.
 Expetativa de recuperação do turismo doméstico e internacional
 DEPENDÊNCIA DO TURISMO DOMÉSTICO E VIAGENS
TERRESTRES DETERMINARÁ O TIPO DE RECUPERAÇÃO

 Antes da crise, diferentes mercados tinham diferentes graus de


dependência do turismo doméstico e do tráfego aéreo. O modo
como a procura turística está estruturada irá ter repercussão nas
diferentes velocidades de recuperação, sobretudo enquanto
vigorarem as restrições e questões de segurança dirigidas ao tráfego
aéreo
 Dependência dos gastos turísticos, relativamente ao transporte aéreo
 Fatores estruturais e macroeconómicos continuarão a determinar a
recuperação do turismo. Enquanto isso, os líderes do setor podem
procurar melhorar os ritmos de recuperação, com recurso a uma
variedade de medidas, incluindo a melhoria da perceção da
segurança das viagens aéreas, a promoção ativa de destinos
domésticos e garantir que o governo e os seguros de viagem
garantam o acesso à saúde.

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