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Modelagem de Sistemas

Dinâmicos
Filtros ativos
Amplificadores operacionais
Os filtros ativos são construídos utilizando amplificadores operacionais. O AOP
são elementos ativos de circuitos capazes de gerar energia. Um AOP é um
componente que se comporta como uma fonte de tensão controlada por tensão e
pode ser utilizado para somar, amplificar, integrar e derivar sinais.

Os cinco terminais mais importantes são:

1.Entrada inversora;
2.Entrada não-inversora;
3.Saída;
4.Alimentação positiva +V;
5.Alimentação negativa –V.
Amplificadores operacionais
Uma entrada aplicada ao terminal não-inversor irá aparecer com a mesma
polaridade na saída. Enquanto que uma entrada aplicada ao terminal inversor irá
aparecer invertida na saída.

O modelo de circuito equivalente para o AOP será:

v0  A.v d  A v 2  v1 

A tensão de entrada vd é dada pela diferença entre v2 e v1. O AOP percebe essa
diferença e a multiplica por um ganho A aplicando essa tensão amplificada na
saída do AOP.
Amplificadores operacionais
No estudo de filtros ativos, iremos adotar que o AOP opera na região linear:

 Vcc  v 0  A.v d  Vcc

E que o AOP se comporta como um amplificador ideal, ou seja:

1.Resistência de entrada infinita → Ri ≈ ∞;

2.Resistência de saída nula → Ro ≈ 0;


3.As correntes de entrada nos dois terminais de entrada serão zero;

Portanto, para o cálculo das tensões, os terminais de entrada se comportam como


um curto circuito, enquanto que para o cálculo da corrente os terminais de entrada
se comportam como um circuito aberto.
Amplificadores operacionais
Amplificador inversor

Para estudarmos o amplificador inversor, considere o circuito mostrado abaixo:

Neste circuito, a tensão de entrada vi é aplicada diretamente ao terminal inversor


do AOP. Aplicando a LKC no terminal inversor teremos:

vi  v1 v1  v o
i1  i 2  
R1 Rf
Amplificadores operacionais

vi  v1 v1  v o
i1  i 2  
R1 Rf

Porém, para o AOP ideal, v1 = v2 = 0 uma vez que o terminal não-inversor está
aterrado. Logo:

vi  0 0  vo Rf
  vo   vi
R1 Rf R1

Dessa forma, teremos uma saída com polaridade do sinal de entrada invertida e
amplificada por um ganho definido por Rf / Ri.
Amplificadores operacionais
Amplificador não-inversor

Para estudarmos o amplificador não-inversor, considere o circuito mostrado


abaixo:

0  v1 v1  vo
i1  i2  
R1 Rf

Neste circuito, a tensão de entrada vi é aplicada diretamente ao terminal não-


inversor do AOP.
Amplificadores operacionais

0  v1 v1  vo
i1  i2  
R1 Rf

Considerando que, v1 = v2 = vi , teremos:

0  v1 v1  vo vi vi  vo
  
R1 Rf R1 Rf

 vi vi  vo R f .vi  Rf 
  vo   vi  vo  1  vi
R1 Rf R1  R1 
Amplificadores operacionais
Ex.) Determine a tensão de saída vo para o circuito mostrado abaixo:

Aplicando a LKC na entrada inversora, teremos:

6  v1 v1  v o
  v1  v 2  4V
4k 10k

6  4 4  vo 10k
  v 0  .2  4  v 0  1V
4k 10k 4k
Amplificadores operacionais
Amplificador somador

O AOP somador combina diversas entradas e produz uma saída igual a soma
ponderada destas entradas. Para estudar o amplificador somador, considere o
circuito mostrado abaixo:

Aplicando a LKC no nó “a”, teremos: i  i1  i 2  i3


Amplificadores operacionais
Aplicando a LKC no nó “a”, teremos: i  i1  i 2  i3

Onde:

v1  va v2  va
i1  i2 
R1 R2

v3  va va  vo
i3  i
R3 Rf

Como v1 = v2 = 0, então va = 0. Logo

vo v1 v 2 v3  Rf Rf Rf 
     vo   v1  v2  v3 
Rf R1 R2 R3  R1 R2 R3 
Amplificadores operacionais
Ex.) Considerando que o AOP utilizado no circuito abaixo é ideal, determine a
tensão de saída, vo, e a corrente de saída do amplificador operacional.

 8k 8k 8k 
vo   1,5  2  1,2   3,8V
 20k 10k 6k 
Amplificadores operacionais
Intergrador.

Para estudar o circuito integrador, considere o circuito mostrado abaixo:

vi dv 0
Aplicando a LKC no nó “a”. Teremos: i r  ic   C
Ri dt

t
1 1
 vi dt  dv0  vo   vi dt  v 0 
Ri C Ri C 0
Amplificadores operacionais
Diferenciador.

Para estudar o circuito diferenciador, considere o circuito mostrado abaixo:

dvi vo
Aplicando a LKC no nó “a”. Teremos: ic  i r  C 
dt Ri

dvi vo dvi
C   v o   Ri C
dt Ri dt
Amplificadores operacionais
Amplificador Integrador Somador

Para estudar o amplificador somador, considere um AOP em uma configuração


inversora com múltiplas entradas e um capacitor de realimentação conforme
ilustrado abaixo:

Aplicando a LKC no nó “a”, teremos: i  i1  i 2  i3


Amplificadores operacionais
Aplicando a LKC no nó “a”, teremos: i  i1  i 2  i3

Onde:

dvo v1  0 v2  0 v3  0 dvo  1 1 1 
C       v1  v2  v3 
dt R1 R2 R3 dt  R1C R2C R3C 

Integrando ambos os lados, teremos:

t
 v1 v2 v3 
v o       dt
0 1
R C R 2 C R3 C 
Amplificadores operacionais
Filtro Passa-baixa de primeira ordem.

Para estudar o filtro ativo passa-baixa, considere o circuito mostrado abaixo:

Zf
A função de transferência para esse filtro será: H     
Zi
Amplificadores operacionais
Zf
A função de transferência para esse filtro será: H     
Zi
Onde:

1 R f j C f Rf
Z f  Rf Z f  
jC f 1 1  jR f C f
Rf 
jC f

Logo:

Rf
1  j R f C f Rf 1 1
H ( )     Rf C f 
Ri Ri 1  jR f C f c
Amplificadores operacionais
Filtro Passa-alta de primeira ordem.

Para estudar o filtro ativo passa-alta, considere o circuito mostrado abaixo:

Zf
A função de transferência para esse filtro será: H     
Zi
Amplificadores operacionais
Zf
A função de transferência para esse filtro será: H     
Zi
Onde:

1
Z i  Ri 
jC i

Logo:

Rf Rf j R f C i
H ( )    
1 jRi C i  1 jRi C i  1
Ri 
j C i j C i
Amplificadores operacionais
Filtro Passa-faixa de primeira ordem.

Os filtros passa baixa e passa altas estudados anteriormente podem ser cominados
em cascata para compor um filtro passa-faixa com ganho K na faixa de frequência
selecionada.
Amplificadores operacionais

A função de transferência para este filtro é obtida pela multiplicação das funções
de transferências individuais dos filtros passa-baixa e passa-alta pelo ganho do
inversor, ou seja:

 1  jRC 2  Rf 
H ( )    .  .  
 1  jRC1   1  jRC 2   Ri 

O estágio correspondente ao filtro passa-baixa ajusta a frequência de corte


superior dada por:
1
RC1 
2
O estágio correspondente ao filtro passa-baixa ajusta a frequência de corte
superior dada por:
1
RC2 
1
Diagramas de Bode
Diagrama de Bode
Os diagramas de Bode são gráficos semilogarítmicos da amplitude (em decibéis)
e da fase (em graus) da função de transferência em função da frequência.

Para se estudar o diagrama de Bode, considere a seguinte função de transferência:

H  H  He j

Efetuando o logarítmico natural em ambos os lados, tem-se:

ln H  ln H  ln e j  ln H  j

Portanto, a parte real de ln H é a função da amplitude, enquanto que a parte


imaginária é a fase. No diagrama de Bode da amplitude:

H (dB )  20 log H
Traçado com a amplitude em dB em função da frequência.
Diagrama de Bode
Essa função de transferência pode ser escrita, por exemplo, por:

k . j  .1  j Z .1  j 2     j    ...


1 2
H   
1  j P .1  j 2     j   ...
1 1 k k
2
1 2 n n

A qual é obtida pela fatorização dos pólos e zeros de H(). Na forma padrão,
H(), possui sete fatores:

1.Um ganho K;
2.Um pólo j-1 na origem;
3.Um zero j+1 na origem;
4.Um pólo simples 1/(1+ jP1;

5.Um zero simples (1+ jZ1;

6.Um pólo quadrático 1/[1+ j2 (j)2];

7.Um zero quadrático [1+ j2(j)2].


Diagrama de Bode
Na construção do diagrama de Bode, cada fator é traçado em separado e, então,
combinados graficamente. Estes gráficos são traçados com linhas retas e se
aproximam dos gráficos reais com muita precisão.

1 – Gráfico para o ganho K.

H     20 log H

A amplitude será 20log K


Diagrama de Bode
2 – Gráfico para o zero j+1 na origem.

A amplitude será:

H     20 log 

 20 log 
0,1  20 dB
1 0 dB
10 + 20 dB
100 + 40 dB
Diagrama de Bode
2 – Gráfico para o pólo j-1 na origem.

A amplitude será:

H     20 log 1 /   20 log 1  20 log 

 20 log 1/
0,1 + 20 dB
1 0 dB
10 20 dB
100 40 dB
Diagrama de Bode
4 – Gráfico para o zero simples ( 1 + j).

A amplitude será:
 √1 +  20 log √1 + 
 0,01 ≈1 0 dB
H (db)  20 log 1  j
Z1 0,1 ≈1 0 dB
1 1,414 + 3 dB
10 ≈ 10 + 20 dB
100 ≈ 100 + 40 dB
Diagrama de Bode
5 – Gráfico para o pólo simples 1/( 1 + jP).

A amplitude será:
 1/√1 + (/P1)2 20 log 1/√1 + (/P1)2
0,01 ≈1 0 dB
1 0,1 ≈1 0 dB
H (db)  20 log 1 0,707 d

1 j 10 ≈ 1/10 20 dB
P1 100 ≈ 1/100 40 dB
Diagrama de Bode
6 – Gráfico para o pólo quadrático 1 / [1+ j2n (jn)2];.

A amplitude será:

2
1   
H (dB )  20 log  20 log 1  j 2   j 
   
2
n  n 
1  j 2   j 
n  n 

Observe que quando  → 0, então H (dB) → 0 e que quando  → ∞, então:



H (dB)  40 log
n
Portanto, o diagrama da amplitude consiste de uma linha assintótica com
inclinação zero para ne uma linha assintótica com inclinação de 40dB/Déc
para n , sendo na frequência de canto.
Diagrama de Bode
Diagrama de Bode
6 – Gráfico para o zero quadrático [1+ j2 (j)2];.

A amplitude será:
2 2
       
H (dB)  20 log1  j 2  
  j   20 log 1  j 2   j 
k  k  k  k 

Observe que quando  → 0, então H (dB) → 0 e que quando  → ∞, então:



H (dB)  40 log
k
Portanto, o diagrama da amplitude consiste de uma linha assintótica com
inclinação zero para ke uma linha assintótica com inclinação de 40dB/Déc
para k, sendo ka frequência de canto.
Diagrama de Bode
Ex.) Obtenha o diagrama de Bode para a seguinte função de transferência:

200 j
H ( ) 
 j  2 j  10

Solução: Primeiramente, iremos colocar a função de transferência na forma


padrão, separando os pólos e zeros. Dessa forma, teremos:

200 j 10 j
H ( )  
 j   j   j  j 
21   
10 1    1   1  
 2   10   2  10 

E a amplitude será:

2 2
   
H ( )  20 log10  20 log   20 log 1     20 log 1   
2  10 
Diagrama de Bode
Tabela de amplitudes.

 20log10 20log 20log√1 + (/2)2 20 log √1 + (/10)2


0,1 + 20 dB  20 dB 0 dB 0 dB
1 + 20 dB 0 dB 0 dB 0 dB
2 + 20 dB + 6 dB 0 dB 0 dB
10 + 20 dB + 20 dB  14 dB 0 dB
20 + 20 dB + 26 dB  20 dB  6 dB
100 + 20 dB + 40 dB  34 dB  20 dB
200 + 20 dB dB  40 dB  26 dB

Observe que existem duas frequências de canto, uma em =2 e outra em =10.
Diagrama de Bode
Gráfico de Bode.
Diagrama de Bode
Ex.) Obtenha o diagrama de Bode para a seguinte função de transferência:

5 j  2
H ( ) 
j  j  10 

Solução: Primeiramente, iremos colocar a função de transferência na forma


padrão, separando os pólos e zeros. Dessa forma, teremos:

 j   j 
5.21    1  
 2    2 
H ( ) 
 j   j 
j.101   j  . 1  
 10   10 

E a amplitude será:

2 2
   
H ( )  20 log 1     20 log   20 log 1   
2  10 
Diagrama de Bode
Tabela de amplitudes.

 20log√1 + (/2)2 20 log  20 log √1 + (/10)2 Total


0,1 0 dB + 20 dB 0 dB +20 dB
1 0 dB 0 dB 0 dB 0 dB
2 0 dB  6 dB 0 dB  6 dB
10  14 dB  20 dB 0 dB  6 dB
20  20 dB  26 dB  6 dB  12 dB
100  34 dB  40 dB  20 dB  26 dB
200  40 dB  46 dB  26 dB  32 dB

Observe que existem duas frequências de canto, uma em =2 e outra em =10.
Diagrama de Bode
Gráfico de Bode.
Diagrama de Bode
Ex.) Obtenha o diagrama de Bode para a seguinte função de transferência:

j  10
H ( ) 
j   5  j 
2

Solução: Primeiramente, iremos colocar a função de transferência na forma


padrão, separando os pólos e zeros. Dessa forma, teremos:

 j   j 
101   0,41  
j  10  10   10 
H ( )   
j  5  j   j   j 
2 2
j 
j.5.1  .51   j 1  
 5   5   5 
E a amplitude será:

2 2
   
H ( )  20 log 0,4  20 log 1     20 log   40 log 1   
 10  5
Diagrama de Bode
Tabela de amplitudes.

 20log0,4 20log√1 + (/10)2 20log 0 log √1 + (/5)2


0,1 dB 0 dB dB 0 dB
0,5 dB 0 dB dB 0 dB
1 dB 0 dB 0 dB 0 dB
5 dB 0 dB  14 dB 0 dB
10 dB 0 dB  20 dB  14 dB
50 dB + 14 dB  34 dB  40 dB
100 dB dB  40 dB  52 dB
500 dB dB dB  80 dB
Observe que existem duas frequências de canto, uma em =5 e outra em =10.
Diagrama de Bode
Gráfico de Bode.
Exercícios resolvidos
Função de transferência
Ex.) Considerando que a chave do circuito abaixo esteve aberta por um longo
período de tempo, sendo fechada em t=0, determine a expressão de i(t) para t > 0.

Solução: Para t < 0 a corrente i(0) é dada por:

 4 
i (t )   .2  1A
4 4

Para t > 0 a corrente i(t) é dada por:

i (t )  i ()   i (0)  i () e


t

Função de transferência
A constante de tempo  do circuito, depende da indutância L e da resistência vista
pelo indutor. Logo:

 
L
onde:  
Req  4  4 12  7
Req

Logo:
 4 12 
L 3,5 i ( )   .2  3 2  857mA
   0,5s e:  4  4 12 
Req 7   43

Portanto:

t

i (t )  i ()  i (0)  i ()e
t
 
 0,857  (1  0,857)e 0,5
 
Função de transferência
Ex.) A chave do circuito abaixo esteve na posição “A” por muito tempo, sendo
movida para o ponto “B” em t=0. Determine a expressão de v(t) para t > 0.

Solução: Para t < 0 a corrente v(0) é dada por:

 5 
v(0)   .24  15V
5  3
Função de transferência
Para t > 0 a tensão v(t) é dada por:

v(t )  v()   v(0)  v() e


t

onde:   Req .C  4k 0,5m  2 s

Logo:

v(t )  v()   v(0)  v() e  30  15  30 e


t t
 2
Função de transferência
Ex.) A resposta natural para um circuito modelado por uma equação diferencial
de segunda ordem depende das raízes de sua equação característica. Essas raízes
dependem do fator de amortecimento e da frequência de ressonância. Dessa
forma, considerando que v(0)=25V e que dv(0)/dt=0, calcule as raízes
características do circuito mostrado abaixo, indique se ele é superamortecido,
com amortecimento crítico ou subamortecido e apresente a expressão de v(t), para
t>0.
Função de transferência
Solução: Para t>0, teremos um circuito RLC paralelo funcionando sem a fonte de
tensão. Logo:

1 1
  6
   500 Np / s
2.RC 2.50.20.10

1 1
0   0    0  354rad / s
6
LC 0,4.20.10

Determinados os fatores de amortecimento e a frequência de ressonância, calcula-


se as raízes da equação característica, dada por:

S 1, 2     2   02 S1, 2  500  500 2  354 2 S1, 2  500  353

S1  147
S 2  853
Função de transferência
Como >0, teremos uma caso superamortecido. Logo:

y (t )  Ae s1t  Be s2t  y (t )  Ae 147t  Be 854t

Para determinar as constantes A e B, precisamos de duas condições iniciais, no


caso, v(0)=25V e dv(0)/dt=0. Logo:

25  A  B  A  25  B

dy (t )
 147. A.e 147 t  854.B.e 854 t
dt
dy (t )
 0  0  147. A  854.B
dt
Função de transferência
Para determinar as constantes A e B, precisamos de duas condições iniciais, no
caso, v(0)=25V e dv(0)/dt=0. Logo:

dy (t )
 0  0  147. A  854.B
dt
0  147. 25  B   854.B
0  3675  147 B  854.B
3675
B  B  5,2
707

A  25  B  A  30,2

Portanto, a resposta natural para este sistema será:

y N (t )  30,2e 147 t  5,2e 854t


Função de transferência
Ex.) Questão – Dado o circuito RLC série mostrado abaixo e considerando que
Vs=24V, R=30, L=0,4H e C=20F, faça o que se pede:

a) Determine o fator de amortecimento, a frequência de ressonância e as raízes


características para esse circuito.
b) Determine o tipo de resposta que será produzida.
c) Determine a resposta completa v(t) para esse circuito.
d) Comente como é possível determinar as constantes A e B da resposta v(t).
Função de transferência
Solução: Letra a)

R 30
    37,5 Np / s
2L 2.0,4
1
0  1 LC   0   354rad / s
0,4.20

S1, 2  37,5  37,5 2  354 2


S1  37,5  j 352
S 2  37,5  j 352

Letra b) Como < 0 teremos um caso subamortecido.

Letra c)
v(t )  VS  ( ACosd t  BSend t )e t
v(t )  24  ( ACos352t  BSen352t )e 37 ,5t
Função de transferência
Solução: Letra a)

R 30
    37,5 Np / s S1, 2  37,5  37,5 2  354 2
2L 2.0,4
S1  37,5  j 352
1
0  1 LC   0   354rad / s S 2  37,5  j 352
0,4.20

Letra b) Como < 0 teremos um caso subamortecido.

Letra c)

v(t )  VS  ( ACosd t  BSend t )e t


v(t )  24  ( ACos352t  BSen352t )e 37 ,5t

Letra d) Para determinar as constantes A e B, precisamos de duas condições


iniciais como, por exemplo, v(0) e dv(0)/dt.
Função de transferência
Ex.) Considere que a chave do circuito mostrado abaixo permaneceu na posição a
por um longo tempo antes de ser movida para a posição b no instante t = 0.
Determine o valor da tensão no capacitor imediatamente após a chave ser movida
de a para b, bem como expressão da tensão, v(t) , no capacitor.

Solução: Para t<0 a chave estava na posição “a”, logo:

2
v(0)  12  8V
2 1
Função de transferência
Solução: Para t>0 a chave estará na posição “b”, logo:

R 10
    2 Np / s
2L 2.2,5
1
0  1 LC   0   4rad / s
2,5.25m

S1, 2  2  2 2  4 2
S1, 2  2  j 3,5

Como <0 teremos o caso subamortecido. Logo:

v t   Vs   A1 cos d t  A2 send t  e t


v t   10   A1 cos 3,5t  A2 sen3,5t  e  2t
Função de transferência
Para determinar as constantes A1 e A2, iremos utilizar as condições iniciais. Logo:

v 0  8  8  10  A1  0  A1  2

dv t    2e 2t A1 cos 3,5t  3,5e 2t . A1 sen3,53,5t...


 0 
dt  ...  2e  2t A sen3,5t  3,5e  2t A cos 3,5t 
 2 2 

dv 0 
 2 A1  3,5 A2  0  2.  2   3,5 A2  A2  1,15
dt
Dessa forma, a resposta completa deste sistema, será:

v t   10   2 cos 3,5t  1,15sen3,5t  e 2t


Função de transferência
Ex.) Projete um filtro passa-faixa RLC série com um fator de qualidade igual a 5
e frequência central de 20krad/s utilizando um capacitor de 0,05 F . Determine,
além dos valores de R e L, as frequências de meia potência e a largura de banda
deste filtro.

Solução: Passa-faixa (saída no resistor); Q = 5; 0 = 20krad/s; C = 0,05F

As frequências de meia-potência são dadas por:

 1  0  1  20.10 3
1, 2   0 1   2   20.10 3. 1   2 
 2Q  2Q  2.5  2.5

Logo:

1  18,1krad / s
 2  22,1krad / s
Função de transferência
Logo, a largura de banda do sistema vale:

o o 20.103
Q B   4krad / s
B Q 5

O valor do Indutor será:

1 1
o   20.10  3

6
L.C L.0,05.10
1
L  0,05H
6
0,05.10 . 20.10 3 2

O valor do Resistor será:

R R
B   4.10 
3
 R  200
L 0,05
Função de transferência
Ex.) Considere que determinado equipamento é utilizado para a seleção de
diferentes níveis de amplificação dentro de diversas regiões de frequência.
Utilizando um circuito RLC série, com C=100nF, obtenha os valores de R e C que
resultem em um filtro passa-faixa capaz de selecionar entradas na faixa de
frequência de 0,5-15 kHz. Determine, também, o fator de qualidade desse filtro e
sua frequência de ressonância. Desenhe o circuito desse filtro, identificando os
valores de cada componente e a tensão de saída do filtro passivo projetado.
Solução: 1=0,5kHz; 2=15kHz ; L=34mH

1  2 0,5k  3,14krad / s
2  2 15k  94,25krad / s
Conhecidas as frequências de corte inferior e superior, teremos:

 0  1 2  3,14k 94,25k  17,2krad / s

B   2  1  2 0,5k  94,25k  3,14k  B  91,11krad / s


Função de transferência
Umas vez determinadas as frequências de ressonância e a largura de banda, pode-
se determinar o fator de qualidade do filtro:

 0 17,2k
Q   0,2
B 91,11k

Os valores de R e L podem ser obtidos pelas expressões da largura de banda.


Logo:

R
B    02 RC  91,11k  17,2k  R.100n  R  3,1k
2

R 3,1k
B   91,11k   L  34mH
L L
Função de transferência
Ex.) Projete um filtro passa-baixa com frequência de corte de 750Hz utilizando
um indutor de 25mH. Determine o valor do resistor, desenhe o circuito do filtro
identificando os valores dos componentes e a saída para esse filtro. Comente
como seria possível obter um filtro passa-altas utilizando este mesmo circuito.

Solução:

Um filtro passa-baixa RL é obtido retirando-se a saída no resistor.

Para obter um filtro passa-alta, a saída deverá ser retirada no indutor.

R R
c   2 750  3
 R  118
L 25.10
Função de transferência
Ex.) Projete um filtro passa-faixa RLC em série com um fator de qualidade igual a
2 e uma freqüência central de 50krad/s utilizando um capacitor de 1F.
Determine os valores de R, L, obtenha as freqüências de meia potência e
determine a largura de banda desse filtro. Desenhe o circuito desse filtro,
identificando os valores de cada componente e a tensão de saída do filtro.

Solução: Q=2 ; 0=50krad/s ; C=1F

0 L 1 1 1
Q  2  2   R  10
R  0 .RC 3
50.10 .R.1.10 6 3
50.10 .R.1.10 6

0 L 1 50.10 3.L
Q  2  L  400H
R  0 .RC 10
Função de transferência
Conhecidos os valores de R, L e C, será determinado as frequências de corte 1 e
2 :

2
 1  50.103 50.10 3
1, 2  50.103 1     1, 2  51,5.103 
 2.2  2.2 2.2

1  39.10 3 rad / s
 2  64.10 3 rad / s

Conhecidos os valores das frequências de corte 1 e 2 podemos determinar a


largura de faixa deste filtro.

R 10
B  6
 25.10 3
rad / s
L 400.10

Para obter um filtro passa-faixa, a saída deverá ser retirada no resistor do circuito
RLC série.
Função de transferência
Ex.) Projete um filtro rejeitafaixa RLC em série com frequência de corte inferior
de 980Hz e frequência de corte superior de 1,2kHz utilizando um resistor de 10.
Determine os valores de L e C, a frequência de ressonância, a largura de faixa e o
fator de qualidade desse filtro. Desenhe o circuito desse filtro, identificando os
valores de cada componente e a tensão de saída do filtro.

Solução: f1=980 Hz ; f2=1,2kHz; R=10

1  2 980  6,2.103 rad / s


2  2 1,2.103  7,5.103 rad / s

Conhecidas as frequências de corte inferior e superior, podemos determinar a


largura de faixa e a frequência de central do filtro.

B   2  1  7,5.10 3  6,2.10 3  B  1,3.10 3 rad / s

 0  1 . 2   0  6,2.10 3 7,5.10 3   0  6,8.10 3 rad / s


Função de transferência
Conhecidas a largura de faixa e a frequência de central do filtro, podemos
determinar os valores dos demais componentes do circuito.

R 10
B  1,3.10 3   L  7,7 mH
L L

1 1 1
0  C  C   C  2,8.10 6 F
L. 0
2
L.C 7,7 m6.8k

0 6,8.10 3 rad / s
Q  3
Q 5
B 1,3.10 rad / s

Para obter um filtro rejeita-faixa, a saída deverá ser retirada na combinação em


série LC.
Diagrama de Bode
Ex.) Considerando que o gráfico de Bode de amplitude de determinada função de
transferência é construído com a combinação dos fatores mostrados na figura
abaixo, esboce o gráfico de Bode assintótico resultante, obtenha a função de
transferência e monte a tabela de amplitudes para a função de transferência
encontrada. Indique a inclinação em dB/Década de cada trecho desse diagrama.
Diagrama de Bode
Tabela de amplitudes.

w -20log8 +20 log w -20 log √1 + (w/4)2 -40 log √1 + (w/10)2 Total
0,1 - 18 dB - 20 dB 0 dB 0 dB - 38 dB
0,4 - 18 dB - 8 dB 0 dB 0 dB - 26 dB
1 - 18 dB 0 dB 0 dB 0 dB - 18 dB
4 - 18 dB +12 dB 0 dB 0 dB - 6 dB
10 - 18 dB + 20 dB - 8 dB 0 dB - 6 dB
40 - 18 dB + 32 dB - 20 dB - 24 dB - 36 dB
100 - 18 dB +40 dB - 28 dB - 40 dB - 46 dB

Observe que existem duas frequências de canto, uma em =4 e outra em =10.

1 1 1 0,125. j
H (dB)  . j. .  H (dB) 
8 1  j 4 1  j 10 2
1  j 41  j 10 2
Diagrama de Bode
Ex.) Determine a função de transferência H() para os diagramas de Bode da
amplitude mostrados abaixo.
Diagrama de Bode
Solução:

O gráfico começa com uma reta constante de 20dB/Dec., logo:


20

20  20 log K  K  10 20
 K  10

A partir de =10, observa-se um aumento na inclinação da reta assintótica. Esse


aumento de +20dB/Dec. se deve a um zero simples em =2. Logo, tem-se:

j
 20 log 1 
2

A partir de =20, percebe-se que a inclinação da reta volta a ser zero. Isso
significa que o zero simples é compensado por um polo em =20. Logo:

j
 20 log 1 
20
Diagrama de Bode
A partir de =100, a inclinação volta a ser de -20dB/Dec. Isso ocorre devido a
um pólo simples em =100. Logo:

j
 20 log 1 
100

Portanto, a função de transferência pode ser representada pelos seguintes fatores:

 j  1 1
H ( )  10.1  . .
 2  j   j 
 1    1  
 20   100 
Diagrama de Bode
Ex.) Determine a função de transferência H() para os diagramas de Bode da
amplitude mostrados abaixo.
Diagrama de Bode
Solução:

O gráfico começa com uma reta constante de 40dB/Dec., logo:


40

40  20 log K  K  10 20
 K  100

A partir de =50, observa-se uma queda na inclinação da reta assintótica. Essa


queda de 20dB/Dec. se deve a um pólo quadrático em =50. Logo, tem-se:

j
 40 log 1 
50
A partir de =500, percebe-se que a inclinação da reta volta a ser zero. Isso
significa que o pólo quadrático é compensado por um zero quadrático em =500.
Logo:

j
 40 log 1 
500
Diagrama de Bode
A partir de =2,12k, a inclinação volta a ser de 20dB/Dec. Isso ocorre devido a
um pólo simples em =2,12k. Logo:

j
 20 log 1 
2122

Portanto, a função de transferência pode ser representada pelos seguintes fatores:

2
1  j  1
H ( )  100. . 1
2  
 j   500  1  j 
1    
 50   2122 
Diagrama de Bode
Ex.) Considerando o circuito mostrado abaixo, determine a função de
transferência, obtenha o diagrama de Bode das amplitudes, identifique o tipo de
filtro que esse circuito representa e obtenha a frequência de canto dado que os
resistores valem 100 e o indutor vale 2mH.

Solução:

Vo   R2 j.L  I
V0  R2 j.L  I
Logo: H ( )  
Vi [ R1   R2 j.L  ]I
Vi  [ R1   R2 j.L  ]I
Diagrama de Bode
Solução:

V0  R2 j.L  I
H ( )  
Vi [ R1   R2 j.L  ]I

R2 j.L R2 j.L
R2  j.L R2  j.L R2 j.L R2  j.L
H ( )    .
 R j.L   R1 R2  R1 j.L  R2 j.L  R2  j.L R1 R2  R1 j.L  R2 j.L
 R1  2   
 R2  j.L   R2  j.L 

R2 j.L R2 j.L
H ( )  
R1 R2  j.LR1  j.LR 2 R1 R2  j.L( R1  R2 )

R2 j.L R2
j.
L( R1  R2 ) ( R1  R2 )
H ( )  
R1 R2 j.L( R1  R2 ) R1 R2
  j.
L( R1  R2 ) L( R1  R2 ) L( R1  R2 )
Diagrama de Bode
Solução:

R2 1
H ( )  . j..
( R1  R2 ) R1 R2
 j.
L( R1  R2 )

1 20.10 6 j.
H ( )  0,5. j.. 
25.10  j.
3
j
1
25.10 3

Tabela de amplitudes.

 20log20 20 log  20 log √1 + (/25k)2 Total


0,1  94 dB  20 dB 0 dB  114 dB
1  94 dB 0 dB 0 dB  94 dB
10  94 dB  20 dB 0 dB  74 dB
2,5k  94 dB  68 dB 0 dB  26 dB
25k  94 dB  dB 0 dB  6 dB
250k  94 dB  dB dB  6 dB

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