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Operações Mecânicas II

Professor Dirceu
Vitor Hugo
Thiago Carvalho
Danilo José
Luciene
 Engrenagens são usadas para transmitir torque e velocidade
angular em diversas aplicações.

 Existem várias opções de engrenagens de acordo com o uso


a qual ela se destina.

 A maneira mais fácil de se transmitir rotação motora de um


eixo a outro é através de dois cilindros.

 Eles podem se tocar tanto internamente como externamente.

 Se existir atrito suficiente entre os dois cilindros o


mecanismo vai funcionar bem. Mas a partir do momento que
o torque transferido for maior que o atrito ocorrerá
deslizamento.
 Com o objetivo de se aumentar o atrito
entre os cilindros, fez-se necessária a
utilização de dentes que possibilitam uma
transmissão mais eficiente e com maior
torque.
 Nasce assim a engrenagem.
 Todo estudo da engrenagem estará

concentrado no estudo de seus dentes,


iguais em uma mesma engrenagem, relativo
à sua geometria e resistência.
 W -Força aplicada
 Wr -Componente radial da força W
 Wt -Componente tangencial da força W
 Wa -Componente axial da força W
 N -Número de dentes de uma
 e engrenagem
 m -Relação de velocidades
 P -módulo
 dp -passos diametrais
 m -diâmetro primitivo
c -razão de contato
 q -ângulo de pressão
 qn -ângulo de pressão normal
 qt -ângulo de pressão transversal
 y -ângulo de hélice
 As engrenagens como elementos de
transmissão de potência se
 apresentam nos seguintes tipos básicos:
 Um trem de engrenagens é um acoplamento de
duas ou mais engrenagens.

 Um par de engrenagens é a forma mais simples


de se conjugar engrenagens e é
freqüentemente utilizada a redução máxima de
10:1.
 Trens de engrenagens podem ser simples,
compostos e planetárias.
 Trens de engrenagens simples são aqueles
que apresentam apenas um eixo para cada
engrenagem. A relação entre as duas
velocidades é dada pela equação:
 A figura mostra um jogo de
engrenagens com 5 engrenagens em
série. A equação para a relação de
velocidades é:

 Cada jogo de engrenagem influi na


relação das velocidades, mas no caso
de trens simples, o valor numérico de
todas as engrenagens menos a
primeira e a última são cancelados.
 As engrenagens intermediárias apenas
influem no sentido de rotação da
engrenagem de saída.
 Se houver um número par de engrenagens
o sentido de rotação da última será oposto
ao da primeira.
 Havendo um número impar de
engrenagens, o sentido permanecerá o
mesmo.
 É interessante notar que uma engrenagem
de qualquer número de dentes pode ser
usada para modificar o sentido de rotação
sem que haja alteração na velocidade,
atuando como intermediária.
 Para se obter reduções maiores que 10:1 é necessário que se
utilize trens de engrenagens compostos. O trem composto se
caracteriza por ter pelo menos um eixo no qual existem mais
de uma engrenagem.
 A figura anterior mostra um trem composto
de quatro engrenagens.
 A relação das velocidades é:
 São trens de engrenagem com dois graus de
liberdade. Duas entradas são necessárias
para obter uma saída.
 Normalmente se usa uma entrada, um

sistema fixo e uma saída. Em alguns casos


como em diferencial de automóveis uma
entrada é usada para se obter duas saídas,
uma para cada roda.
 A relação de velocidades pode ser calculada pela fórmula:

 Em uma forma mais gerais:

 onde:
 N ent = número de rotações por minuto da engrenagem de
entrada
 N saída = número de rotações por minuto da engrenagem de
saída
 N braço = número de rotações por minuto do braço
 Trens planetários apresentam algumas
vantagens, como relações de velocidades
maiores usando engrenagens menores,
saídas bidirecionais, concentricidade.
 Estas fatores fazem com que o

engrenamento planetário seja largamente


utilizado em transmissões de automóveis e
caminhões.
 Consideramos o motor Blue Macaw fabricado pela GM e usado no
Celta 1.0
 Motor torque de 13,8 m.kgf a 3000 RPM
 Diferencial 4,312:1
 Transmissão
 1º Vel. 4,182:1 Engr 46 Dentes Eixo Carretel 11 Dentes
 2º Vel. 2,136:1 Engr 47 Dentes Eixo Carretel 22 Dentes
 3º Vel. 1,413:1 Engr 41 Dentes Eixo Carretel 29 Dentes
 4º Vel. 1,212:1 Engr 37 Dentes Eixo Carretel 33 Dentes
 5º Vel. 0,892:1 Engr 33 Dentes Engre 5º 37 Dentes
 Ré . 3,769:1 Engr 29 Dentes Eixo Carretel 13 Dentes
Torque 3000 rpm Velocidade 6000 rpm
Marcha (m.kgf) (Km/h)

1 248,9 34,5

2 127,1 67,5

3 84,1 102,1

4 66,7 128,7

5 53,1 167,7

Ré 224,3 38,1
 O círculo primitivo é a base do
dimensionamento das engrenagens e seu
diâmetro caracteriza a engrenagem.
 As rodas conjugadas usualmente têm seus

círculos primitivos tangentes, se bem que


esta condição não seja necessária no caso de
engrenagens de perfil evolvental.
 onde:
 de = diâmetro externo
 di = diâmetro interno
 dp = diâmetro
primitivo
 a = addendum
 d = deddendum
 c = folga
 F = largura
 p = passo
 rf = raio do filete
 A circunferência
externa também
chamada de cabeça do
addendum ou externa,
limita as extremidades
externas dos dentes.
 O addendum ou altura
da cabeça do dente é a
distância radial entre
as circunferências
externa e primitiva.
 O círculo da raiz é o
círculo que passa
pelo fundo dos dos
vãos entre os
dentes.
 O deddendum ou

altura do pé do
dente é a distância
entre os círculos
primitivo e de raiz.
 A folga do fundo é a
distância radial entre o
circunferência de
truncamento e a da
raiz.
 Espessura do dente é o
comprimento do arco
da circunferência
primitiva,
compreendido entre os
flancos do mesmo
dente.
 O vão dos dentes é
a distância tomada
em arco sobre o
círculo primitivo
entre dois flancos
defrontantes de
dentes
consecutivos.
 A folga no vão é a diferença entre o vão dos dentes de uma
engrenagem e a espessura do dente da engrenagem
conjugada.
 Quando existe tal folga entre duas engrenagens, uma pode
ser girada de um ângulo bem pequeno enquanto a
engrenagem conjugada se mantém estacionária. Esta folga é
necessária para compensar erros e imprecisões no vão e
forma do dente, para prover um espaço entre os dentes para o
lubrificante e para permitir a dilatação dos dentes com um
aumento de temperatura.
 Engrenagens de dentes usinados devem ser montadas com
uma folga no vão, de 0.04 × módulo. Para se assegurar tal
folga, a ferramenta geralmente é ajustada um pouco mais
profundamente do que o normal na maior das duas
engrenagens.
 A face do dente é a parte de superfície do dente limitada pelo
cilindro primitivo e pelo cilindro do topo.

 A espessura da engrenagem é a largura da engrenagem


medida axialmente (é a distância entre as faces laterais dos
dentes, medida paralelamente ao eixo da engrenagem).

 O flanco do dente é a superfície do dente entre os cilindros


 primitivo e o da raiz.

 O topo é a superfície superior do dente.

 O fundo do vão é a superfície da base do vão do dente.


 O ângulo de ação é o ângulo que a engrenagem percorre
enquanto um determinado par de dentes fica engrenado, isto
é, do primeiro ao último ponto de contato.

 O ângulo de aproximação ou de entrada é o ângulo que a


engrenagem gira desde o instante em que um determinado
par de dentes entra em contato até o momento em que este
contato se faz sobre a linha de centros.

 O ângulo de afastamento é o ângulo que a engrenagem gira


desde o instante em que um determinado par de dentes
atinge o ponto sobre a linha de centros, até que eles
abandonem o contato o ângulo de aproximação somado com
o ângulo de afastamento resulta no ângulo de ação.
 A razão ou relação de velocidades ou relação de transmissão
é a velocidade angular da engrenagem motora dividida pela
velocidade angular da engrenagem comandada.
 Para engrenagens de dentes retos está razão varia
inversamente com o diâmetros primitivos e com o número de
dentes.

Onde v é a velocidade angular, D o diâmetro e N o número de


dentes; o índice 1 se refere à engrenagem motora e o 2 à comandada.
 Em toda engrenagem existe uma relação constante relacionando o
número de dentes (N) e o diâmetro primitivo (dp).
 No sistema métrico esta relação é chamada de módulo m (em milímetro)
e no sistema inglês de passo diametral (número de dentes por
polegada).
 Por outro lado o passo é definido como o comprimento do círculo
dividido pelo número de dentes. Assim:

A relação entre o passo diametral (Pd) e o módulo é definida como:


 A tabela a seguir mostra os principais passos diametrais (P) e
módulos (m) padronizados, necessários, pois às ferramentas usadas
para usinar os dentes são também padronizados em função destes
números.

Ë interessante lembrar que uma ferramenta padronizada em módulo pode ser usada para
gerar o dente no sistema métrico ou o equivalente no sistema inglês e vice-versa. Por
exemplo:
m = 1 mm
P = 25,4 1/in
M = 4 mm P = 6.35 1/in
P = 2 1/in m = 12.7 mm
P = 10 1/in m = 2.54 mm
A utilização da relação P = 25,4/m amplia os padrões de cada sistema.
 Lei Fundamental das Engrenagens
 A velocidade angular v entre duas engrenagens deve ser constante.
 Ela é igual tanto na engrenagem movida quanto na motora.

O torque transmitido T se relaciona com velocidade angular pela fórmula:


 Assim, um engrenamento é essencialmente um dispositivo de troca
de torque por velocidade e vice-versa. Uma utilização comum de
engrenamento é reduzir velocidade e aumentar o torque para
grandes carregamentos, como em caixa de marchas em automóveis.

 Outra aplicação requer um aumento na velocidade e uma


conseqüente
redução no torque. Nos dois casos é geralmente desejável manter
uma razão constante entre as engrenagens enquanto elas giram.

 Uma condição para que a lei fundamental das engrenagens ser


verdadeira é que o perfil do dente das duas engrenagens deve ser
conjugado ao outro. Uma maneira de se conjugar as engrenagem é
usando o chamado evolvental para lhes dar forma.
OD
Dch
 Sigla Significado Tradução Português
TRP/EAP
 SAP Start Active Profile Início de Perfil Ativo
 SIC Start Involute Check Início de Teste de Perfil
 LSC Lower Single Contact Contato Singular Inferior
HSC  OPP Operational Pitch Point Diâmetro Primitivo de Trabalho
OPP  HSC High Single Contact Contato Singular Superior
 TRP Tip Relief Point Ponto de Alívio da Cabeça
 EAP End Active Profile Final de Perfil Ativo
LSC  OD Outside Diameter Diâmetro Externo
 

SIC SAP
Db
Dr
 O perfil do dente de engrenagem é definido por uma curva conhecida
como evolvente.
 Esta curva permite que o contato entre os dentes das duas engrenagens
aconteça apenas em um ponto, permitindo uma ação conjugada, suave e
sem muito deslizamento, próximo a uma condição de rolamento. A
medida que as engrenagens giram, o ponto de contato muda nos dentes,
mas permanece sempre ao longo da linha de ação. A inclinação desta
linha é definida pelo ângulo de pressão.
 Ângulo de Pressão
 O ângulo de pressão em um engrenamento é definido como o
ângulo entre a linha de ação e a direção da velocidade angular, de
modo que a linha de ação está rotacionada a q graus da direção de
rotação da engrenagem movida. As engrenagens são fabricadas
atualmente com ângulos de pressão padronizados para diminuir o
custo no processo de fabricação. Os ângulos de pressão são 14.5°,
20° e 25°, sendo o mais usado 20°.O ângulo de pressão q num
engrenamento é definido como o ângulo entre a linha de ação e a
direção da velocidade angular, de modo que a linha de ação está
rotacionada a q graus da direção de rotação da engrenagem movida.
 As engrenagens são fabricadas atualmente com ângulos de pressão
padronizados para diminuir o custo no processo de fabricação. Os
ângulos de pressão são 14.5°,20° e 25°, sendo o mais usado 20°.
 A figura mostra um par de engrenagens imediatamente antes e
depois do contato entre os dentes.
 As normais destes dois pontos de contato se encontram num
chamado ponto primitivo.
 A relação entre o raio da engrenagem motora e da movida
permanece constante durante o engrenamento.
 Os pontos de tangência da linha de ação e dos círculos de base são
chamados pontos de interferência.
 Quando o dente é suficientemente longo para se projetar para dentro do
círculo de base do pinhão, a cabeça do dente da engrenagem tende a
penetrar no flanco do dente do pinhão (se a rotação for forçada), a menos
que tenham sido modificados os perfis caracterizando a interferência.
 É uma desvantagem séria das engrenagens evolventais, sendo máxima
quando um pinhão de pequeno número de dentes se engrena com uma
cremalheira.
 A interferência diminui a medida que a engrenagem diminui de tamanho.
 Os dentes evolventais de engrenagem produzidos por
ferramentas cremalheiras são recortados automaticamente,
no flanco, sendo removida a parte que ocasionaria a
interferência entre quaisquer engrenagens.
 Entretanto, se isto resolve o problema da interferência, o
dente é conseqüentemente enfraquecido, e o grau de
engrenamento pode tornar-se indesejavelmente baixo.
 O melhor é evitar a condição de interferência teórica, se
possível
 Quando um dente inicia seu contato com o dente da outra
engrenagem e mantém este contato até o afastamento,a
engrenagem descreve um arco, que é definido como arco de ação.
 Entretanto,antes que este arco seja completado para uma
determinado dente, outro dente inicia seu contato.
 Em outras palavras, existe em todo engrenamento um curto espaço
de tempo em que dois dentes estão acoplados ou em contato ao
mesmo tempo, um preste a concluir e outro iniciando. Esta relação
do número de dentes em contato ao mesmo tempo é definida como
razão de condução ou de contato, dado pela relação:

onde q é comprimento do arco


de ação
A razão de contato mc maior do que 1 é indispensável nas engrenagens, evitando
choques e ruídos nos acoplamentos sucessivos dos dentes, pelo fato de antes de um
dente desacoplar o outro já estar em contato. Para engrenagens de dentes retos,
esta relação é aproximadamente 1,2, podendo ser maior para outros tipos de
engrenagens.
 Na fabricação de jogos de engrenagens, é praticamente impossível por
limitações técnicas no processo de se obter uma distância entre os centros
de forma que ela seja ideal.

 Se o perfil do dente não for evolvente este erro na distância entre os centros
das engrenagens pode causar variações. A velocidade angular de entrada não
será mais igual a velocidade angular de saída do engrenamento, violando
assim a lei fundamental das engrenagens.

 Entretanto, se o perfil dos dentes for evolvente, este erro na distância dos
centros não alterará a relação das velocidades. Esta é a principal vantagem de
dentes com perfil evolvente e explica porque é o mais utilizado.

 Pela figura, notase que as normais ao ponto de contato ainda passam por um
único ponto; somente o ângulo de pressão no engrenamento q sofrerá
alguma mudança.
Aumentando-se a distância entre os centros o ângulo de pressão aumenta e vice-versa.
 Sem atrito, a força resultante que atua sobre o dente da engrenagem, cai sobre a geratriz nas
engrenagens evolventais, e seu ponto de aplicação move-se da parte superior (ou inferior) do
dente para a parte inferior (ou superior). Considerando o dente como uma viga engastada,
encontramos o máximo de tensão, quando um dente suporta toda a carga na extremidade.
 Entretanto, se o grau de engrenamento é maior que 1, outro dente provavelmente está
partilhando da transmissão de potência. À medida que o dente se desloca do seu ângulo de
ação, o ponto de aplicação de W se move para baixo no perfil. Em algum instante deste
movimento, com o grau de engrenamento menor que 2, o dente suportará a carga toda.
 Em projetos é comum utilizarmos a hipótese mais segura, com a
 carga total aplicada à extremidade do dente.
 A figura mostra um par de dentes de engrenagens. Um torque Tp está sendo
transmitido do pinhão para a engrenagem movida.

No ponto primitivo, a única força transmitida, excluindo atrito, é a


força W atuando ao longo da linha de ação. Esta força pode ser
decomposta em duas componentes, Wr agindo na direção radial e Wt
da direção tangencial. A força Wt pode ser calculada por:
onde Tp se refere ao torque que é aplicado no eixo do pinhão, rp é o raio de ponto
principal, dp é o diâmetro do ponto principal, Np é o número de dentes e pd é o
passo diametral do pinhão.
A componente radial Wt é:

e a força resultante é:

Dependendo do grau de engrenamento um dente pode receber toda carga transmitida


em qualquer ponto do topo até o ponto perto doc írculo do deddendum. Obviamente, a
situação mais crítica é aquela que a força W age no topo do dente. Neste caso, a
componente tangencial Wt apresentará seu valor máximo agindo no dente.
Mesmo nas situações em que o torque Tp é constante, cada dente sofrerá carga de
forma alternada e repetitiva, criando uma situação de fadiga.
 A primeira equação para tensões de flexão foi desenvolvida por
Wilfred Lewis, em 1892. Ele considerou um dente como uma barra
engastada com a seção crítica na base:

 onde l é a altura, t é o comprimento do dente, Wt é a componente


tangencial da força, pd é o passo diametral, F é a espessura do
dente e Y é um fator adimensional de forma para a carga aplicada
próxima à meia altura do dente e quando as cargas dinâmicas
máximas são bem avaliadas. Ele também é chamado de fator de
Lewis. É interessante notar que a componente radial Wr é ignorada
pois ela atua como força de compressão, o que tende a reduzir o
risco de quebra do dente.
 A equação de Lewis é a base de uma versão mais moderna
utilizada pela norma AGMA. Os princípios utilizados na
equação de Lewis são ainda válidos, mas foram
complementados por fatores adicionais que só foram mais
tarde realmente dimensionados.
 O fator de forma Y foi suplantado pelo fator de geometria J,
que inclui os efeitos da concentração de tensões.

 Equação AGMA para engrenagens


 (American Gears Manufacturers Association)

 Existem algumas condições para seu uso:


 A razão de contato deve estar entre 1 e 2. Razões de contato maiores
estão sujeitos a fatores como precisão e dureza que são difíceis de
prever, tornando o problema ndeterminado.

 Não deve haver interferência entre o topo e a raiz dos dentes nem corte
no topo dos dentes. Num projeto que se precisa utilizar um conjunto
pinhão-engrenagem de forma a ocupar pouco volume, é comum
modificações em partes do dente de modo a diminuir o tamanho. O
fator de forma J necessita de dentes inteiros para se tornar válido,
impedindo assim qualquer variação no tamanho do dente.

 Deve haver uma pequena folga entre as duas engrenagens.Sem folga, as


engrenagens correm o risco de não giraremlivremente, devido ao
excesso de atrito.
 Os dentes devem ser padronizados e com bom acabamento superficial.
 Forças de atrito desprezíveis.
 São usadas atualmente duas equações AGMA, uma para tensão de flexão e
outra para desgaste superficial, que são as duas causas de danos em
engrenagens.

 A equação AGMA para tensões de flexão tem duas versões, uma no sistema
internacional e outra no sistema inglês de unidades:
 Note que a equação foram dispostas em três parcelas. A primeira
trata de fatores de força, a segunda trata de fatores de geometria e a
terceira trata da forma do dente.

 Fazer um correto dimensionamento de engrenagens pela tensão de


flexão consiste basicamente em projetar a engrenagem de modo
que a tensão de flexão atuante no dente seja menor que a tensão
admissível à flexão do dente:
A fórmula para o cálculo da tensão admissível à flexão é:
 A equação AGMA para desgaste superficial é:

Como já foi citado anteriormente, o desgaste superficial é uma situação mais crítica que
a tensão de flexão. Engrenagens bem projetadas normalmente não quebram um dente
por fadiga causada graças à tensão de flexão, mas desgastes superficiais são
inevitáveis.
 Como já foi citado anteriormente,o desgaste
superficial é uma
 situação mais crítica que a tensão de flexão.

Engrenagens bem
 projetadas normalmente não quebram um

dente por fadiga causada


 graças à tensão de flexão, mas desgastes

superficiais são
 inevitáveis.
 Coeficiente Elástico Cp
 O coeficiente elástico Cp é um fator de correção adimensional que
depende de fatores como coeficiente de Poisson e do módulo de
elasticidade do pinhão e da engrenagem.

 Ele pode ser calculado pela fórmula definida pela norma AGMA ou
pela tabela que está em função do material do pinhão e da
engrenagem.
 Fator dinâmico Cv e Kv
 O fator dinâmico corrige imprecisões na fabricação e no
acoplamento do conjunto. Estes erros na transmissão podem causar
vibrações excessivas, desgastes no perfil dos dentes,
desbalanceamento nas partes rotantes, desalinhamento linear e
radial nos eixos etc.

 Uma maneira que a norma AGMA adotou para quantificar este fator
dinâmico é definindo um número Qv, chamado de número de
qualidade.

 As equações a seguir para o cálculo de Cv e Kv são baseadas no


número de qualidade Qv:
 Fator de superfície Cf
 A AGMA ainda não estabeleceu valores para o fator de superfície Cf,
portanto é recomendado o uso de valores maiores que 1 para
superfícies que claramente apresentam defeitos.

 Fator de distribuição de carga Cm e Km


 O fator de distribuição de carga corrige:
 - Cargas causadas por deflexões elásticas de eixos e mancais.
 - Eixos rotantes desalinhados.
 - Desvio de passo

 A tabela a seguir mostra como se calcular Cm e Km:


 Fator de confiabilidade Cr e Kr
 Em toda pesquisa foi utilizado a confiabilidade de R = 0,99, que
corresponde à 107 ciclos de vida. Para outras confiabilidades, pode-se
utilizar da tabela a seguir:
 Fator de taxa de dureza Ch
 O pinhão geralmente apresenta um número de dentes menor que a
engrenagem e consequentemente vai estar sujeito a mais ciclos sob tensões
de contato. Se pinhão e a engrenagem são endurecidas, pode se obter uma
superfície uniforme fabricando um pinhão mais duro.
 Pode-se também conjugar uma engrenagem com um pinhão desde que este
passe por um processo de endurecimento superficial. O fator de taxa de
dureza Ch é usado somente para a engrenagem e é calculado pela fórmula:

Os termos HBP e HBG são a dureza Brinell do pinhão e da engrenagem, respectivamente.


O fator mG é a razão de velocidades.
 Fator de vida Cl e Kl
 Utilizando o fator de vida Cl e Kl consegue-se estimar a vida útil de
engrenagens. As tabelas a seguir mostram o fator corretivo de vida à
partir do número de ciclos.
 Fator de tamanho Cs e Ks
 Estes fatores corrigem alguma alteração quanto à uniformidade em
relação às propriedades do material. A norma AGMA recomenda utilizar
para o fator Cs e Ks o valor 1.
 Fator de aplicação Ca e Ka
 A razão do fator de aplicação é compensar situações em que a carga real
excede a força tangencial nominal Wt. Este fator varia entre 0.45 a 0.95.
Quanto menor a velocidade de rotação e menor o padrão de qualidade
Qv maior é o fator de aplicação.
 Fator de acabamento da superfície Cf
 A norma AGMA ainda não estabeleceu valores para o fator Cf, mas
sugere valores maiores que 1 quando existirem defeitos na superfície.
 Rendimento de engrenagens
 Um par de engrenagens helicoidais ou de dentes retos usinados
deve transmitir, no mínimo, 98% da potência em velocidades
comuns, se as engrenagens e os mancais de apoio estiverem bem
lubrificados.

 Para uma redução dupla, o rendimento é um pouco mais baixo,


cerca de 97%, e para uma redução tripla, ainda mais baixo, da ordem
de 96%. Freqüentemente ele é mais alto que estes valores.

 As perdas na partida, quanto os mancais são mancais de


deslizamento, podem ser altas, da ordem de 35% da carga sendo,
assim, recomendável dar partida em engrenagens em condições de
pouca carga. Devem ser esperados menores valores do rendimento
em velocidades muito elevadas acima de 1500 m/min.
 Materiais usados em engrenagens
 Todos os tipos de material são usados para engrenagens. Um dos
mais utilizados é o ferro fundido cinzento, ASTM 20, que é um
material relativamente barato e satisfatório do ponto de vista de
desgaste.
 Aços especiais não são usados a menos que sejam tratados
termicamente. O aço fundido deve ser bem recozido e pode sofrer
tratamento térmico.

 Para se escolher o aço leva-se em consideração o tratamento que se


pretende fazer. Os dentes temperados (0.35% a 0.50% de carbono)
são usados freqüentemente. Os dentes carbonetados cementados
(0.15 a 0.20% de carbono) tem resistência ao desgaste excelente
com uma superfície de 58 HC ou melhor. Os aços de 0.40% a 0.45%
de carbono são endurecidos na superfície para 50 HC ou mais, por
têmpera superficial por maçarico, têmpera por indução ou
cianetação.
 Os aços especiais são melhores para o endurecimento superficial
por
 possuírem alta temperabilidade.
 O aço fundido pode ser também endurecido, inteiramente ou
superficialmente.O tratamento de endurecimento produz certamente
alguma distorção, porém, os aços-liga podem ser endurecidos com
muito menor distorção que o aço carbono.

 Se a precisão do perfil é necessária como no caso de altas


velocidades, deve-se escolher um material que apresente um
mínimo de distorção, mesmo assim pode ser necessário retificar ou
polir os perfis, de modo a se obter a precisão necessária.
 A indústria automobilística, por processos cuidadosamente
controlados para manter a distorção mínima, usa ligas endurecidas
superficialmente sem a operação de retificação final.
 Em situações severas de serviço, pode ser usado a nitretação, um
processo caro, somente justificável em certos casos. Não há muito
problema de distorção, porque o processo é conduzido em
temperaturas relativamente baixas.

 Alguns materiais não-metálicos são usados em engrenagens para


transmitir potências relativamente significantes como, por exemplo,
o couro cru, produtos de fenol laminados (baquelita,textolite, etc.) e
nylon. Uma vantagem dos não-metálicos é o baixo nível de ruído.
 Lubrificação em engrenagens
 Excetuando-se engrenagens plásticas pouco exigidas, todo conjunto de
engrenagens devem ser lubrificado para prevenir desgaste superficial.
 Controlar a temperatura na interface é importante porque se muito
altas, podem diminuir a vida útil das engrenagens.
 Lubrificante removem calor e separam as superfícies de um contato
direto, reduzindo atrito. Lubrificante suficiente deve ser utilizado para
transferir o calor gerado por atrito para o meio ambiente sem permitir
que o engrenamento se aqueça em demasia.
 A maneira preferida para se lubrificar é colocando as engrenagens
 em caixas, de modo que elas ficam parcialmente submergidas. A
rotação da engrenagem leva o lubrificante para regiões que não estão
submergidas. O óleo deve ser limpo de livre de contaminações, sendo
trocado periodicamente
 . Conjuntos de engrenagens que não podem ficar em caixas, devem ser
sempre lubrificados usando graxa, que é recomendada somente para
baixas velocidades e cargas.

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