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Fiscal
Fundamentação
Livros Fiscais
Os contribuintes e as pessoas obrigadas a inscrição deverão
manter, em cada um dos estabelecimentos, os seguintes livros
fiscais, de conformidade com as operações que realizarem:
I - Registro de Entradas, modelo 1;
II - Registro de Entradas, modelo 1-A;
III - Registro de Saídas, modelo 2;
IV - Registro de Saídas, modelo 2-A;
V - Registro de Controle da Produção e do Estoque, modelo 3;
VI - Registro do Selo Especial de Controle, modelo 4;
VII - Registro de Impressão de Documentos Fiscais, modelo 5;
VIII - Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de
Ocorrências, modelo 6;
IX - Registro de Inventário, modelo 7;
X - Registro de Apuração do IPI, modelo 8;
XI - Registro de Apuração do ICM, modelo 9.
Os livros Registro de Entradas, modelo 1, e Registro de Saídas, modelo
2, serão utilizados pelos contribuintes sujeitos, simultaneamente, às
legislações dos Impostos sobre Produtos Industrializados e de Circulação
de Mercadorias.
Os livros Registro de Entradas, modelo 1-A, e Registro de Saídas,
modelo 2-A, serão utilizados pelos contribuintes sujeitos apenas à
legislação do Imposto de Circulação de Mercadorias.
O livro de Registro de Controle de Produção e do Estoque será utilizado
pelos estabelecimentos industriais ou a eles equiparados pela legislação
federal e pelos atacadistas, podendo, a critério do Fisco, ser exigido de
estabelecimento de contribuintes de outros setores, com as adaptações
necessárias.
O livro Registro do Selo Especial de Controle será utilizado nas
hipóteses previstas na legislação do Imposto sobre Produtos
Industrializados.
O livro Registro de Impressão de Documentos Fiscais será utilizado
pelos estabelecimentos que confeccionarem documentos fiscais para
terceiros ou para uso próprio.
O livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de
Ocorrências será utilizado por todos os estabelecimentos obrigados à
emissão de documentos fiscais.
O livro Registro de Inventário será utilizado por todos os
estabelecimentos que mantenham mercadorias em estoque.
O livro Registro de Apuração do IPI será utilizado pelos
estabelecimentos industriais ou a eles equiparados, contribuintes do
Imposto sobre Produtos Industrializados.
O livro Registro de Apuração do ICMS será utilizado por todos os
estabelecimentos inscritos, como contribuintes do Imposto de Circulação
de Mercadorias.
CFOP
É a codificação das operações relativas à
circulação de mercadorias e as prestações
de serviços de transporte, interestadual ou
intermunicipal, ou de comunicação,
realizadas pelo contribuinte, mediante a
utilização do Código Fiscal de Operações e
Prestações -CFOP
Descreve qual o tipo/natureza da operação
ou prestação que está sendo realizada,
orienta a escrituração de livros e a emissão
de documentos fiscais. Existem códigos
que descrevem as operações/prestações
de forma fiel e específica.
ICMS
Conforme RICMS/2002, Decreto nº 43.080, de
13/12/2002 e atualizado pelo Decreto 45.455, de
17/08/2010:
ICMS é o Imposto sobre operações relativas à
circulação de mercadorias e sobre prestações de
serviços de transporte interestadual e
intermunicipal e de comunicações, é de
competência do Estado e do Distrito Federal. É
um imposto não cumulativo, ou seja, o ICMS pago
na compra de mercadoria é compensado com o
valor do ICMS destacado na revenda de
mercadoria. O ICMS é seletivo em função da
essencialidade (quanto mais essencial é o
produto menor a sua alíquota e quanto mais
supérfluo maior sua alíquota).
É a grande fonte de receita do Distrito Federal e
dos Estados.
Características do ICMS
Não - cumulatividade
- Abate-se em cada operação o valor cobrado nas
operações anteriores, pelo mesmo estado ou por
outro.
Uniformidade
- A alíquota é uniforme para todas as mercadorias
nas operações internas e entre outros estados.
Proporcionalidade
- O valor do ICMS aumentará conf. a base de calculo
aumentar.
Plurifásico
É devido o ICMS em cada operação de circulação de
mercadoria.
Denúncia Espontânea
É uma ferramenta utilizada para excluir a
responsabilidade da infração,
acompanhada, se for o caso, do
pagamento do tributo devido e dos juros de
mora, ou de depósito da importância
arbitrada pela autoridade administrativa,
quando montante do tributo dependa da
legislação.
Exemplo:
Emissão documento com data de validade
vencida;
Deixar de efetuar o recolhimento de um imposto
e assim o fizer antes de ser fiscalizado;
Contribuinte
É a pessoa jurídica ou
equiparada que pratica
atividade comercial ou industrial
com habitualidade, e que tenha
inscrição estadual junto ao
Estado ou Distrito Federal.
Alíquotas
A alíquota do ICMS varia conforme a
essencialidade do produto, isto é, quanto
mais essencial o produto menor a alíquota,
e quanto mais supérfluo o produto maior
alíquota.
Alíquotas estaduais: São alíquotas aplicadas
nas operações internas sobre a base de cálculo
constante na nota fiscal.
Alíquotas interestaduais: São alíquotas
aplicadas nas operações entre Estados. Variam
conforme a Região de destino quando se tratar
de operação entre contribuintes. Portanto,
quando se tratar de usuário final ou não
contribuinte, aplica- se a alíquota interna do
Estado de origem.
As alíquotas do imposto são:
I - nas operações e prestações
internas:
a - 25% (vinte e cinco por
cento);
B - 12 % (doze por cento);
c - 30% (trinta por cento);
d - 7% (sete por cento);
e - 18% (dezoito por cento)
Na saída por microempresa
ou empresa de pequeno porte
Na saída promovida por microempresa ou
empresa de pequeno porte de mercadoria
destinada à comercialização ou industrialização,a
alíquota aplicável corresponderá ao percentual
do ICMS previsto nos Anexos I ou II da
LC nº 123, de 14/12/2006, para a faixa da receita
bruta a que o remetente estiver sujeito no mês
anterior ao da operação, conforme:
I - na hipótese de a operação ocorrer no mês de início da
atividade do contribuinte, a alíquota a ser informada
corresponderá ao menor percentual de ICMS previsto nos
referidos Anexos;
II - o documento fiscal que acobertar a operação deverá
conter no campo destinado às informações complementares,
a expressão: "Permitido o aproveitamento do crédito de
ICMS no valor de R$...; correspondente à alíquota de ... %,
nos termos do art. 23 da Lei Complementar Federal nº 123,
de 2006’.
II - nas operações e prestações
interestaduais:
a - as alíquotas previstas no inciso anterior:
a.1 - quando o destinatário não for contribuinte do
imposto;
a.2 - quando se tratar de serviço de transporte
aéreo de carga e mala postal, tomado por não-
contribuinte ou a este destinado;
b - 7% (sete por cento), quando o destinatário for
contribuinte do imposto e estiver localizado no
Estado do Espírito Santo ou nas regiões Norte,
Nordeste e Centro-Oeste;
c - 12% (doze por cento), quando o destinatário for
contribuinte do imposto e estiver localizado nas
regiões Sul e Sudeste, exceto no Estado do
Espírito Santo;
d - 4% (quatro por cento), nas prestações de
serviço de transporte aéreo de carga e mala postal,
quando o tomador e o destinatário forem
contribuintes do imposto.
Diferencial de alíquota
Fica o contribuinte mineiro obrigado a recolher o
valor do imposto resultante da aplicação do
percentual relativo à diferença entre a alíquota
interna e a interestadual, observado o disposto no
artigo 84 do Regulamento de ICMS, na hipótese de:
I - entrada, em estabelecimento de contribuinte no
Estado, em decorrência de operação interestadual,
de mercadoria destinada a uso, consumo ou ativo
permanente e de utilização do respectivo serviço de
transporte;
II - utilização, por contribuinte deste Estado, de
serviço de transporte ou de serviço oneroso de
comunicação cuja prestação, em ambos os casos,
tenha-se iniciado em outra unidade da Federação e
não esteja vinculada a operação ou prestação
subseqüentes.
Base Cálculo ICMS
O valor da operação;
Na falta deste será:
O preço corrente da mercadoria, ou de sua similar, no
mercado atacadista do local da operação, caso o
remetente seja produtor rural, extrator ou gerador;
O preço FOB estabelecimento industrial à vista, nas
vendas a outros comerciantes ou industriais, caso o
remetente seja comerciante;
O preço FOB estabelecimento comercial à vista, nas
vendas a outros comerciantes ou industriais, caso o
remetente seja comerciante;
75% do preço de venda no varejo cobrado pelo remetente
na operação mais recente, caso o estabelecimento
remetente não efetue venda a outros comerciantes ou
industriais.
Na importação: O valor da mercadoria ou bem constante
dos documentos de importação, acrescido do imposto de
importação, do IPI, do IOF e demais despesas aduaneiras
(adicionais de frete para renovação da marinha mercante,
adicional de tarifa portuária, despachante, armazenagem,
capatazia, estiva, arqueação e multas por infrações, etc.);
Transferência interestadual de mercadoria: O valor da entrada mais
recente ou o custo da mercadoria produzida;
No fornecimento de alimentação: O valor da operação,
compreendendo mercadoria e serviços;
No fornecimento de mercadorias com prestação de serviço não
tributado pelo município: O valor da mercadoria e dos serviços
prestados;
Na prestação de serviço: O preço do serviço;
No fornecimento de mercadoria com prestações compreendidas na
tributação do município e com indicação de incidência do ICMS: O
preço corrente da mercadoria fornecida;
Para derivados de petróleo originados de outra unidade da
federação: O valor da operação na entrada;
Entrada procedente de outro Estado para o consumo ou ativo: Valor
sobre o qual foi cobrado o imposto de origem;
Serviço iniciado em outro Estado com diferencial de alíquota: Idem
acima;
Retorno de industrialização: O valor da industrialização acrescido do
preço da mercadoria empregada;
Venda de mercadoria objeto de leasing: O valor correspondente ao
preço para o exercício da opção de compra;
Saída de programa para computador: O valor do suporte físico
quando para uso do encomendante; quando destinado a
comercialização, duas vezes o valor de mercado do suporte
informático;
Na devolução total ou parcial de mercadoria ou bem recebido,
inclusive em transferência, de outra unidade da Federação: O valor
será o constante do documento que acobertou o recebimento:
Não integra a base de
cálculo do ICMS
Exemplos:
- Fornecimento de alimentação, excluídas
bebidas, feita por bares, lanchonetes,
restaurantes;
-Saída em operação interna de açúcar de cana,
destinado à industria;
-Prestação de serviço de comunicação na
modalidade de televisão;
-Saída, em operação interna, de vestuário e
calçado promovida pelo estabelecimento
industrial fabricante, com destino a contribuinte
do ICMS.
Não Incidência do ICMS
São as operações, descritas no artigo 5°
do RICMS, que ficam fora do alcance da
tributação, sendo assim o imposto não
incide sobre as operações.
Exemplos:
- Saída de livros, jornais, periódicos e o papel
destinado à sua impressão;
-Saída ao exterior de mercadorias;
-Saída de energia elétrica e petróleo, lubrificantes
e combustíveis líquidos e gasosos, quando
destinados a industrialização ou à
comercialização do próprio produto;
- Saída de mercadoria em razão de mudança de
endereço do estabelecimento;
Isenção do ICMS
São operações, descritas no artigo 6°do
RICMS, que dispensa o pagamento do
tributo que é devido na operação.
Exemplos:
-Saída de ração em operação interna para uso na
avicultura;
-Fornecimento de refeição pelo contribuinte,
direta e exclusivamente a seus funcionários;
-Prestação de serviços de transporte
intermunicipal de passageiros, característica de
transporte coletivo urbano, na Região
Metropolitana de Belo Horizonte.
-Saída de automóvel de passageiros com motor
de até 127 HP com destino a motorista
profissional.
Diferimento do ICMS
O Diferimento acontece quando uma
operação adia o recolhimento do tributo
condicionado a um acontecimento futuro
que será tributada. Art. 7º do RICMS
Exemplo:
Fornecer um vasilhame - ICMS diferido;
Vender o produto acondicionado no vasilhame –
incidência do ICMS.
Os documentos emitidos com a operação
ou prestação com imposto diferido deverá
conter a expressão “Operação com o
ICMS diferido conforme ..........”.
Suspensão do ICMS
Ocorrerá a suspensão quando a transação
não incidir a cobrança do ICMS, ficando
condicionado a um acontecimento futuro.
Art. 18º RICMS
Exemplo:
- Mercadoria ou bem destinado a conserto ou
industrialização, dentro ou fora do Estado, a
mercadoria deverá retornar no prazo de 180 dias,
contado da respectiva remessa;
-Saída de molde, matriz, gabarito, padrão,
chapelona, modelo e estampa, devendo retornar
no prazo de 180 dias;
- Mercadoria com destino a leilão, a exposição ou
feira;
-Mercadoria remetida para fins de demonstração,
no Estado;