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QUEDAS NO IDOSO

Abordagem Biológica, Psicológica, Social e


Cognitiva do Envelhecimento

Formadora: Joana Ferreira


Quedas no Idoso

As quedas constituem a primeira causa de incidentes a


pessoas acima dos 60 anos e as mortes devido a
quedas, ocorrem principalmente nos idosos.

Cerca de 5% das quedas originam fraturas, sendo as


mulheres mais propícias a cair e os homens mais
propícios a morrer, devido às complicações das
fraturas (Koch & Rosa, 2001).
 
Causas mais comuns das quedas
Vertigens e desequilíbrio;
Arritmia cardíaca;
Acidentes cardiovasculares;
Osteoporose;
Perda de visão;
Perda da capacidade auditiva;
Anemias;
Pés com alterações estruturais
Tapetes no domicilio
Calçado inadequado
Causas mais comuns das quedas
Problemas graves da próstata ou prisão de ventre, que levam a um
esforço para urinar e podem, consequentemente, provocar
desmaios;
Artroses no pescoço que podem causar desequilíbrio;
Fraqueza por desnutrição;
Uso de bengalas, andarilhos ou cadeiras de rodas;
Mudança de posicionamento (deitado para sentado; sentado para
de pé);
Demências
Uso de medicamentos (antidepressivos);
Ingestão de bebidas alcoólicas.
Uso de medicação/sistemas endovenosos
Consequências das quedas no idoso:

As fraturas e as suas sequelas, juntamente com o medo


de voltar a cair podem levar à imobilidade e, com isso,
piorar a circulação originando tromboses;
Dificultam a respiração originando pneumonias;
Facilitam a osteoporose com o aumento das limitações
físicas;
Diminuem a independência e a interação social do
idoso.
Como prevenir as quedas no idoso:

Evitar tapetes e pisos escorregadios;


Não deixar objetos perdidos pela casa;
Não trancar a porta da casa de banho (local frequente
de acidentes);
Instalar um telefone próximo à cama e utilizar luzes de
cabeceira fixas;
Não encerar o piso;
A altura da cama e das cadeiras deve ser apropriada, de
forma a o idoso manter os pés no chão quando
sentado;
Como prevenir as quedas no idoso:

Colocar os utensílios em locais de fácil acesso;


Calçado deve ser confortável e anti derrapante
Não andar de meias;
Manter a casa iluminada;
Colocar um interruptor de luz próximo à cama;
O idoso não se deve levantar rapidamente após acordar
(deverá aguardar alguns minutos antes de se sentar e de
caminhar);
Retirar móveis baixos;
Utilização de proteções laterais quer sanita, chuveiro,
corredores pode ser uma boa estratégia preventiva
Como prevenir as quedas no idoso:
Ao sentar, o idoso não deverá utilizar sofás e cadeiras
com assento mole e profundo;
Colocar um banco no wc no banho
Atravessar a rua sempre nas faixas de segurança;
Realizar visitas periódicas ao oftalmologista;
Não tomar medicamentos sem prescrição médica.
Não ingerir bebidas alcoolicas nem outras substancias
psicotropicas
Material adaptativo preventivo quedas
andarilhos
Material adaptativo :bengalas e tripés
Material adaptativo : imobilizadores
Material adaptativo : imobilizadores
Material adaptativo: grades laterais
Material adaptativo: grades laterais
Material adaptativo
Material adaptativo : transfere ou elevador
POSICIONAMENTOS
POSICIONAMENTOS
ASSISTIR A PESSOA NO AUTO-
CUIDADO DEAMBULAR
“A vida sexual transforma-se constantemente ao longo de toda a evolução
individual, porém só desaparece com a morte.”
Myra e López

Sexualidade na Terceira Idade


Sexualidade na Terceira Idade

A sexualidade é uma necessidade fundamental do ser


humano, cuja dinâmica e riqueza deve ser vivida em pleno.
Esta representa um conjunto de processos biológicos e
psicológicos que se iniciam com a conceção e prosseguem
na vida adulta.  
É concebida e idolatrada enquanto um acto amoroso,
baseado na partilha de sentimentos e desejos, concedendo a
cada um, o papel principal na exploração da sua intimidade.
É variável conforme as culturas , enraizada de acordo com
valores, estereótipos, crenças e preconceitos, sendo afetada
por aspetos psicológicos e emocionais.
Sexualidade na Terceira Idade

A sexualidade é uma faceta da afetividade, é uma


forma de comunicação através da qual nos
aproximamos da pessoa amada/desejada, dela fazendo
parte a atração, a entrega, a ternura, o carinho e a
gratidão. É uma expressão que não se perde
necessariamente com o envelhecimento.

A vida sexual transforma-se constantemente


ao longo de toda a evolução individual, porém
só desaparece com a morte.”
Sexualidade na Terceira Idade

Nos últimos anos houve uma evolução relativamente


ao conceito de sexualidade, percebendo-se que esta
não se reduz ao ato sexual ou genital.
Sexualidade na Terceira Idade

 
A Organização Mundial de Saúde define Saúde Sexual como
a “integração dos aspetos somáticos, emocionais,
intelectuais e sociais do ser humano sexual, em formas que
enriquecem e realcem a personalidade, a comunicação e o
amor.” Isto pressupõe o exercício da sexualidade livre de
temores, vergonhas, culpas, mitos e falácias.
No adulto idoso, a sexualidade ganha outra forma de vida. A
voracidade da juventude dá lugar à pacificidade da velhice.
No entanto, verifica-se que o facto de uma pessoa ter uma
idade mais avançada não significa impedimento para usufruir
da sua sexualidade.
Sexualidade na Terceira Idade

À medida que o envelhecimento progride, a quantidade


de atividade sexual tende a diminuir e ocorrem
modificações na resposta sexual, mas o interesse e
aptidões para o desempenho sexual permanecem.

Na determinação do bem-estar sexual do idoso adquirem


marcada relevância fatores psicossociais. A reação
pessoal ao envelhecimento e perdas que o acompanham,
a adaptação à doença crónica, bem como as atitudes do
meio envolvente face à sexualidade, condicionam as
atitudes e vivências do próprio (Firmino, 2006).
O interesse do(a) companheiro(a), quando o mesmo(a)
Existem outros fatores que limitam a livre expressão da sexualidade nas pessoas idosas:

existe (note-se que há duas vezes mais mulheres do


que homens em idade avançada);
O estado de saúde, física e mental;
Problemas de impotência no homem ou de dispareunia
(dor durante o coito) na mulher;
Efeitos colaterais de medicamentos;
Perda de privacidade;
Preconceitos da sociedade.
Sexualidade na Terceira Idade

A persistência de mitos, a visão ainda prevalecente na


sociedade atual, que toma como certo o desinteresse e a
incapacidade de desempenho sexual dos idosos.
Supostamente, o desejo tê-los-ia abandonado e qualquer
dimensão erótica ter-se-ia extinguido das suas vidas. Este
é o mito do idoso enquanto ser assexual (Firmino, 2006).
Sexualidade na Terceira Idade

Porém, a necessidade de intimidade física e emocional mantêm-se


nesta fase da vida. Nalguns casais, a maior disponibilidade em
termos de tempo e a ausência das responsabilidades familiares,
podem criar as condições propícias à redescoberta da sexualidade,
vivenciada de forma mais tranquila, menos presidida pela urgência
do desejo, privilegiando assim a sensualidade, o prazer das carícias,
a comunicação e a partilha da intimidade (Firmino, 2006).

É importante realçar que em nenhuma idade a atividade sexual se


resume ao coito, nem se mede pela frequência com que este ocorre.
Isso torna-se ainda mais evidente nas idades mais avançadas.
 
Mudanças mulher
Ao contrário do que se pensou durante muitos anos, a menopausa não provoca,
diretamente, doenças depressivas nem transtornos psiquiátricos graves. É uma
mudança que exige à mulher uma adaptação, mas não tem de limitar-lhe a vida
sexual.
Para algumas, chega a ser um período de libertação, serenidade e estabilidade,
em que disfrutam perfeitamente das relações.
A mulher de idade avançada pode manter os seus padrões sexuais até ao final
da vida.
Após a menopausa há mudanças fisiológicas e anatómicas a nível do aparelho
genital e de todo o organismo, mudanças essas que não são repentinas nem
decorrem de forma igual em todas as mulheres. Elas devem-se, sobretudo, a
uma grande redução da produção hormonal, mais especificamente de
estrogénios.
 
Mudanças Homem

Ao contrário da mulher, não existe para o homem um


fim claro e definido da fecundidade. A produção de
esperma diminui a partir dos 40 anos e mantém-se ativa
até depois dos 90. Também a produção de testosterona
sofre um declínio gradual a partir dos 55 anos.
.Não estar consciente delas pode causar num homem de
idade avançada, angústias antecipatórias sobre o seu
desempenho sexual. Essas mudanças estão relacionadas
com fatores hormonais, neuronais e vasculares, para
além da menor produção de testosterona. 
Homossexualidade nas Pessoas Mais Velhas

Se há problemas quanto à aceitação social da vivência da


sexualidade nas pessoas idosas ainda mais complicado se
torna quando falamos da homossexualidade. As pessoas
idosas homossexuais vivem as mesmas mudanças
fisiológicas e psicológicas que os heterossexuais.
São frequentes as relações de longa duração, ainda que,
muitas vezes possam não ter sido assumidas. Curiosamente,
nas idades mais avançadas reduz-se o medo de a
homossexualidade ser descoberta, situação talvez
relacionada com a menor valorização por parte da pessoa da
eventual crítica social.
Familia enquanto rede de suporte

UFCD 7214: Abordagem Biológica, Psicológica, Social


e Cognitiva do Envelhecimento
Família enquanto suporte
Ao longo do tempo as estruturas que fazem parte de uma
sociedade vão-se inevitavelmente alterando, sendo que o
papel do idoso na família não é exceção.
 O cuidado ao idoso, se recuarmos alguns anos atrás, era
assegurado de forma exclusiva pela família, em especial
por alguém do sexo feminino. Porém, mudanças na
estrutura familiar, tais como: a entrada da mulher no
mercado de trabalho, o aumento dos divórcios, a
diminuição do número de filhos, entre outros fatores, levou
a que as famílias nem sempre tenham a
possibilidade/disponibilidade de prestar cuidados ao idoso
(Diogo, Ceolim e Cintra, 2005 in Melo, 2012).
Familia como suporte
No entanto, atualmente, a família é ainda referida como a maior
fonte de suporte para o idoso devido à sua função protetora,
pois é onde o mesmo encontra o apoio, que necessita.
Apesar de 37,6% (INE, 1999) dos idosos portugueses viverem
com a família, existe a convicção muito forte no público em
geral de que existe um grande desinvestimento familiar
relativamente aos ascendentes, o que não corresponde à
realidade.
Por todo a Europa, a família constitui ainda o grande pilar da
responsabilidade pelos dependentes idosos. A família contínua a
ser uma instituição significativa para o suporte e realização do
indivíduo (Jacob, 2002
Familia
No entanto, face à conjuntura económica e social atual,
constata-se que a ideia de que é dever dos filhos tratar
dos seus pais na velhice está cada vez mais a ser
colocada de lado, tendo esta tarefa sido transferida
para a sociedade, sendo encarada como um dever
social.
Assim, os casos em que o idoso permanece junto da
família têm vindo a diminuir.
Familia
O custo inerente ao cuidado a um idoso e as mudanças
de valores levam a que a institucionalização seja cada
vez mais frequente (Ângelo, 2000 in Melo, 2012).
A ausência quase total de ajudas eficazes destinadas às
pessoas que cuidam dos familiares encontra-se no
centro dos problemas e é a principal razão pela qual as
famílias muitas vezes são obrigadas a recorrer às
instituições de apoio aos idosos (Jacob, 2002).
Familia
As exigências da sociedade em relação aos custos de
vida que levam à necessidade de se trabalhar cada vez
mais, as alterações do estatuto do idoso na sociedade, a
própria interpretação por parte da população idosa do
encargo que são para os filhos, o evitar de casos de
isolamento e abandono dos idosos são outros fatores
que levam à procura pela institucionalização (Melo,
2012)
 
Familia
Contudo, e apesar da evidente necessidade social
destas instituições, é de referir que as Instituições de
acolhimento de idosos se apresentam como uma
alternativa que visa complementar e nunca substituir a
ação da família, prestando os serviços necessários e
tendo presente as suas necessidades e a sua
individualidade (Melo, 2012).
Redes Formais de Apoio ao Idoso
Redes formais de apoio ao idoso
A nível nacional, as respostas sociais institucionais
existentes caracterizam-se segundo duas tipologias: o
acolhimento permanente que engloba os equipamentos
de colocação institucional de idosos, tais como: os
lares, as residências e as famílias de acolhimento; o
acolhimento temporário, de carácter não institucional,
que reúne os serviços de apoio e acompanhamento
local dos idosos, tais como: os serviços de apoio
domiciliário (Melo, 2012).
Redes formais de apoio ao idoso
Cada vez mais, as instituições tentam oferecer serviços
que promovam um envelhecimento bem-sucedido,
potenciando a manutenção das competências sociais e
de bem-estar dos idosos.
Neste sentido, os equipamentos sociais tendem a focar
as suas respostas na promoção do bem-estar físico,
social e mental do idoso, o que inclui uma participação
ativa deste nos mais variados domínios da sociedade:
económico, espiritual, cultural, cívico e social (Melo,
2012).
Redes formais de apoio ao idoso
Eis as formas de equipamentos e respostas, formais e oficiais, disponíveis em
Portugal (Jacob, 2002):
Centros de Convívio: são centros a nível local, que pretendem apoiar o
desenvolvimento de um conjunto de atividades sociais, recreativas e culturais
destinadas aos idosos de uma determinada comunidade. Estes promovem uma
participação ativa do idosos 
Centros de Dia: constituem um tipo de apoio dado através da prestação de um
conjunto de serviços dirigidos a idosos da comunidade, cujo âmbito assenta no
desenvolvimento de atividades que proporcionem a manutenção dos idosos no seu
meio sociofamiliar. Os objetivos do Centro de Dia focam-se na: prestação de
serviços que satisfaçam as necessidades básicas; prestação de apoio psicossocial;
fomento das relações interpessoais ao nível dos idosos e destes com outros grupos
etários, a fim de evitar o isolamento. O Centro de Dia assegura, entre outros, os
seguintes serviços: refeições: convívio/ocupação; cuidados de higiene; tratamento
de roupas; férias organizadas.
 
Redes formais de apoio ao idoso
Lares de Idosos: equipamentos coletivos de alojamento
permanente ou temporário, destinados a facultar
respostas a idosos no âmbito do acolhimento,
alimentação, cuidados de saúde, higiene, conforto,
onde se propícia o convívio e a ocupação dos tempos
livres dos utentes.
Residência: é a resposta social desenvolvida em
equipamento constituído por um conjunto de
apartamentos, com serviços de utilização comum, para
idosos com autonomia total ou parcial.
Redes formais de apoio ao idoso
Serviço de Apoio Domiciliário (SAD): é uma resposta social que
consiste na prestação de cuidados individualizados e personalizados no
domicilio, a indivíduos e famílias que, por motivo de doença,
deficiência, velhice ou outro
 impedimento, não possam assegurar de forma temporária ou
permanente, a satisfação das suas necessidades básicas e/ou atividades
da vida diária. Este deve proporcionar os seguintes serviços: prestação
de cuidados de higiene e conforto; arrumação e pequenas limpezas no
domicílio; confeção, transporte e/ou distribuição de refeições;
tratamento de roupas. O SAD pode ainda assegurar outros serviços,
nomeadamente: acompanhamento ao exterior; aquisição de géneros
alimentícios e outros artigos; acompanhamento, recreação e convívio;
pequenas reparações no domicílio; contactos com o exterior.
 
Redes formais de apoio ao idoso
Apoio Domiciliário: consiste na prestação de serviços, por ajudantes e/ou
familiares no domicílio dos utentes, quando estes, por motivo de doença
ou outro tipo de dependência, sejam incapazes de assegurar temporária ou
permanentemente a satisfação das suas necessidades básicas e/ou realizar
as suas atividades diárias. É um tipo de apoio que conquistou muitos
adeptos, na medida em que se caracteriza pela prestação de um serviço de
proximidade com cuidados individualizados e personalizados. Além
disso, é preservada a família e a casa que constituem para o idoso um
quadro referencial muito importante para a sua identidade social.
Acolhimento Familiar de Idosos (AFI): é a resposta social que consiste
na integração, temporária ou permanente, em famílias que prestem os
cuidados necessários, quando ocorre uma inexistência ou insuficiência de
respostas sociais que possibilitem a integração do idoso ou na ausência de
família que assegure o pleno acompanhamento.
Redes formais de apoio ao idoso
Centro de Acolhimento Temporário de Emergência para Idosos: é
a resposta social que consiste no acolhimento temporário a idosos em
situação de emergência social, perspetivando-se o encaminhamento
do idoso ou para a família ou para outra resposta social de carácter
permanente.  
Unidades de Cuidados Continuados: constituem respostas
residenciais a idosos, que apresentam um maior grau de dependência. 
A evolução das respostas sociais tem sido uma constante. Estes
serviços procuram, assim, melhorar as condições de vida da
população idosa, em conformidade com as suas limitações,
potencialidades, condições monetárias e pela sua condição de vida
(Melo, 2012).
A Institucionalização do Idoso
Institucionalização do idoso
Segundo o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa o termo
institucionalização significa “ato ou efeito de institucionalizar”. Em
Portugal, as instituições destinam-se a abrigar pessoas idosas
necessitadas de um lugar para morar, alimentação e cuidados por
período integral.

Considera-se institucionalização do idoso quando este se encontra


durante todo o dia ou parte deste, entregue aos cuidados de uma
instituição que não a sua família. Para Goffman (citado por Santos e
Encarnação, 1998 in Jacob, 2002), as instituições totais ou
permanentes consistem em lugares de residência onde um grupo de
indivíduos leva uma vida fechada e formalmente administrada por
terceiros. Existe uma rutura com o exterior, dado que todos os aspetos
do seu quotidiano são regulados por uma única entidade.
Institucionalização do idoso
As mudanças ocorridas na sociedade, tal como já
referido anteriormente, aparecem como as
responsáveis pela situação atual de aumento da
institucionalização do idoso. As razões para a
institucionalização passam sobretudo pelo facto de a
família não conseguir dar resposta às necessidades do
idoso ou então quando outras respostas sociais não
conseguem prestar todos os cuidados solicitados
(Melo, 2012).
Institucionalização do idoso
 Levenson (2001, citado por Almeida, 2008 in Melo,
2012) refere um conjunto de fatores associados ao
risco de institucionalização, sendo alguns dos mesmos:
As deficiências cognitivas;
O facto de se viver só;
 A perda de apoios sociais;
Os problemas com as atividades de vida diária;
A pobreza;
 As deficiências na rede de suporte informal.
 
Institucionalização do idoso
No entanto, evidencia-se o isolamento como a causa mais comum
para a entrada nas instituições de acolhimento, o que se explica
pela inexistência de uma rede de interações que facilitem a
integração social e familiar dos idosos e que garantam um apoio
efetivo em caso de necessidade (Melo, 2012).
A entrada do idoso numa Instituição de acolhimento é, por norma,
um momento difícil para o idoso, em especial quando este ainda
possui alguma autonomia ou se a sua entrada se deveu a um
acontecimento trágico (por exemplo, a morte de um cônjuge).
Born e Boechat (2006 in Melo, 2012) referem que por mais
qualidade que a instituição possua, vai haver sempre um corte
com o passado, passando a existir um afastamento do convívio
social e familiar.
Institucionalização do idoso
A pessoa institucionalizada precisa de se acostumar ao seu novo
espaço, às novas rotinas, a novas pessoas com quem irá partilhar o
espaço e toda esta nova realidade pode originar situações de angústia,
medo, revolta e insegurança.
Porém, a institucionalização não deve ser encarada apenas pela
negativa, pois existem idosos que podem sentir-se mais acompanhados,
ativos e mesmo mais felizes do que quando se encontravam sós em
suas casas. Neste processo de mudança, o indivíduo pode criar os seus
próprios mecanismos de adaptação e desenvolver uma sensação de
satisfação pela sua nova condição (Melo, 2012).
É neste aspeto que o modo de organização de uma instituição, as
atividades que oferece, a relação de suporte, o grupo de técnicos e
colaboradores que possui, entre outros aspetos, é de extrema
importância para que o sentimento de satisfação ocorra perante a nova
situação de vida do idoso.
Institucionalização do idoso
Neste sentido, para Perracini (2006, citado por Almeida, 2008 in Melo, 2012)
os ambientes para idosos deveriam possuir as seguintes características:
(a) Acessibilidade e uso;
(b) facilidade de circulação, especificamente no que concerne ao conforto, à
conveniência e à possibilidade de escolha;
(c) conservação de energia;
(d) comunicação: aspetos sensoriais e relacionamento social;
(e) segurança: sem risco de lesão e acidentes;
(f) proteção: que não cause medo ou ansiedade e que seja previsível
(confiável);
 (g) privacidade.
Consequentemente torna-se imprescindível um foco no momento de
acolhimento ao idoso pois este é, por norma, o primeiro contacto direto que o
mesmo tem com o local que vai ser o seu lar. Logo é necessário acompanhá-lo
e apoiá-lo, tendo em consideração a sua privacidade, vontade e singularidade
(Melo, 2012). 

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