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Teorias de Falha

Estática
TEORIAS DE FALHA ESTÁTICA

1.3. Falha:

• Definição de Falha:

“Falha pode significar escoamento e distorção suficiente para


Impedir o funcionamento de um componente, ou ainda,
pode significar simplesmente fratura ou quebra”.

• Outro fator fundamental em falhas  Característica do carregamento


(Estático ou Dinâmico):

– Cargas estáticas são aplicadas lentamente permanecendo constantes com


o tempo;

– Cargas dinâmicas podem ser aplicadas repentinamente (cargas de


impacto), ou variando repetidamente com o tempo (cargas por fadiga).
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4. Teoria de Falha Estática - Materiais Dúcteis:

4.1. Falha de Materiais Dúcteis Sujeitos a Carregamento Estático:

A falha é considerada quando ocorre o escoamento sob carga estática.

Os materiais dúcteis são normalmente classificados por terem uma


deformação verdadeira na fratura > 0,05 e uma resistência ao escoamento
identificada por St = Sc = Sy.

OBS: Sua resistência ao escoamento é consideravelmente inferior à sua


resistência máxima.

4.2. Teorias desenvolvidas para este tipo de falha:

• Teoria da Máxima Tensão de Cisalhamento ou Tensão de Corte


Máxima (ou de Tresca);

• Teoria da Energia de Distorção ou Critério de Von Mises-Hencky.


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5. Teoria da Máxima Tensão de Cisalhamento (Tresca):

“Estabelece que a falha ocorre quando a tensão de cisalhamento máxima


em uma região supera a tensão de cisalhamento máxima em um corpo de
prova de tração, quando este inicia o escoamento”

OBS: Esta teoria é usada somente para previsão do escoamento e,


portanto, só se aplica aos materiais dúcteis.

Falha por Cisalhamento   máx 


1   3 S y
2

2

Esta teoria prevê que o limite de escoamento ao cisalhamento seja a


metade do limite de escoamento à tração:

S sy  0,50S y onde : S sy  limite de escoamento ao cisalhamento

S y  limite de escoamento à tração


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5.1. Fator de Segurança: Sy Sy


n 
2 máx 1   3

5.2. Gráfico da Teoria da Tensão Máxima de Cisalhamento:

Vamos considerar o caso onde uma das tensões principais é nula e as duas
outras,  A e  B , são determinadas a partir das equações do Círculo de Mohr.
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6. Teoria da Energia de Distorção ou Teoria de Von Mises-Henky:

“O mecanismo microscópico de escoamento ocorre devido ao deslizamento


relativo das partículas de material dentro dos limites de sua estrutura, provocado
por tensões de cisalhamento, sendo acompanhado por uma distorção na forma
do elemento em questão”

A energia armazenada neste elemento indica as tensões de cisalhamento


presentes.

6.1. Energia Total de Deformação:

“Define-se energia de deformação U a área sob a curva tensão-deformação,


contida até o ponto correspondente à tensão aplicada para um estado plano de
tensões”

Considerando  1   2   3 , teremos:

U
1
2E

 1   2   3  2 ( 1 2   2 3   1 3 )
2 2 2
 onde : E  módulo de elasticidade do material

  coeficiente de poison
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A energia total de deformação em um elemento, sujeito a um carregamento


estático é composta, basicamente, por duas componentes:

U  Ud Uh onde : U d  energia de deformação por distorção (que altera a forma do elemento);

U h  energia de deformação hidrostática (que altera o volume do elemento).


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A energia de deformação hidrostática é dada por:

Uh 
1  2   2   2 2
  3  2( 1 2   2 3   1 3 ) 
1 2
6E

A energia de deformação por distorção será então dada por:

Ud  U Uh 
1    2   2
  3   1 2   2 3   1 3
2

1 2
3E

“A falha começaria sempre que a energia de deformação armazenada em um


elemento tensionado se tornasse igual à energia total de deformação de um
elemento de um CP submetido a tração, na ocasião do escoamento”.
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Para um teste de tração em um estado uniaxial, teremos:

1  S y
2  3  0
 U d' 
1    S 2
3E
y

O critério de falha por energia de distorção, para um estado triaxial de tensões será dado
por:

Ocorrência de falha   1
2 2 2

  2   3   1 2   2 3   1 3  S y2

6.2. Tensão Efetiva de Von Mises:

 VM   12   2 2   3 2   1 2   2 3   1 3
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Reescrevendo a equação com base nas tensões elementares:

 VM 
 x   y 
2
  y   z 2
   z   x  2
 6( 2
xy   2
yz   2
zx )

Para o estado de tensões planas:  VM   x2   y2   x y  3 xy2

Sy
6.3. Fator de Segurança: n
 VM
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6.4. Gráfico – Elipse de Energia de Distorção:


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6.5. Comparativo entre a TMC e a TED:

Cabe ao engenheiro escolher qual teoria adotar considerando que a teoria da


Energia de Distorção ou Von Mises é mais precisa e que a teoria da Máxima
Tensão de Cisalhamento é mais conservativa.
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7. Teoria de Falha Estática - Materiais Frágeis:

7.1. Características dos Materiais Frágeis:

• O diagrama tensão-deformação é uma linha contínua até o ponto de


falha; a falha ocorre por fratura, portanto, tais materiais não possuem
escoamento;

• A resistência à compressão, usualmente, é muitas vezes maior do que a


resistência à tração. Srt ≠ Src.

Obs.: Alguns materiais dúcteis devido à alterações de suas


propriedades mecânicas tem um comportamento na falha
semelhante aos frágeis.
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7.2. Teorias desenvolvidas para este tipo de falha:

• Teoria de Coulomb-Mohr;

• Teoria de Coulomb-Mohr Modificada I e II.


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8. Teoria de Coulomb-Mohr:

Originou-se como um aperfeiçoamento da Teoria da Tensão Normal


Máxima para materiais frágeis. Vamos nos restringir ao caso das tensões
planas, com as tensões principais obtidas pelo Círculo de Mohr, pois o
mesmo abrange a maioria dos casos práticos de estudo.

A 
Sut
n
 A B  0

A B 1

Sut Suc n
  A  0 B

B  
S uc
n
 0 A B

sendo, S ut  limite de ruptura à tração e S uc  limite de ruptura à compressão


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8.1. Gráfico da Teoria de Coulomb-Mohr:


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9. Teoria de Coulomb-Mohr Modificada I:

Um aperfeiçoamento da Teoria de Coulomb-Mohr, sendo mais precisa que


a mesma.
A B  0
A 
Sut
n  ou
B
A  0 B e 1
A

 Suc  Sut  A   B
S uc Sut Suc

1
n  A  0 B e
B
A
1

B  
Suc
n
 0 A B

sendo, S ut  limite de ruptura à tração e S uc  limite de ruptura à compressão


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9.1. Gráfico da Teoria de Coulomb-Mohr Modificada I:


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10. Teoria de Coulomb-Mohr Modificada II:

Um aperfeiçoamento da Teoria de Coulomb-Mohr I, sendo igual ou mais


precisa que a mesma.
A B  0
A 
Sut
n  ou
B
A  0 B e 1
A

n A  n B  S ut
 
Sut  S ut  S uc

  1

 A  0 B e
B
A
1

B  
Suc
n
 0 A B

sendo, S ut  limite de ruptura à tração e S uc  limite de ruptura à compressão


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10.1. Gráfico da Teoria de Coulomb-Mohr Modificada I:

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