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EFEI

UNIFEI

Fundamentos Teóricos da
Geração Termelétrica e Ciclos Termodinâmicos

Marco Antônio Rosa do Nascimento

Instituto de Engenharia Mecânica


Departamento de Mecânica
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3.1. Sistema Térmico

Figura 3.1: Exemplo de Sistema


Térmico

3.2. Volume de Controle

Figura 3.2: Exemplo de volume


de controle
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3.3. Estado e Propriedade

3.3.1.Estado
Pode ser especificado ou descrito pelas propriedades.

3.3.2.Propriedades
São características macroscópicas de um sistema.
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3.4. Processos, Transformações e Ciclos

3.4.1. Escala de Temperatura

Figura 3.3: Escalas de


temperaturas

1 - Kelvin e Celsius: T(K) = 273,16 + t(oC)


2 - Rankine e Kelvin: T(oR) = 1,8T(K)
3 - Fahrenheit e Rankine: T ( oF) = T(oR)-459,67
4 - Fahrenheit e Celsius: T ( oF) = 1,8 t(oC)+32
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3.4.2. Definição de Calor e Trabalho

Calor:
 
É definido como sendo o caminho pelo qual a energia é transferida
através da fronteira de um sistema numa dada temperatura, a um
outro sistema (ou meio) numa temperatura inferior, em virtude da
diferença de temperatura entre os dois sistemas

Trabalho:
 
Do ponto de vista termodinâmico, o trabalho é executado por um
sistema, se o único efeito sobre o meio ( tudo externo ao sistema)
puder ser o levantamento de um peso.
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Figura 3.4: Sistema realizando trabalho.


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3.4.3. Convenção dos sinais de trabalho e calor

Figura 3.5: Convenção de sinais para o trabalho e calor.


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3.4.4. Propriedades da substância Pura

 Equação de Estado para o Gás Perfeito

Figura 3.6: Erros relativos dos volumes do ar ao ser considerado


como gás perfeito.
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3.4.5. Superfícies p-V-T (substâncias puras)

Figura 3.7: Diagrama p-V-T para gases.


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Figura 3.8: Diagrama p-V-T para


substâncias que contraem na
solidificação.

Figura 3.9: Diagrama p-V-T para


substâncias que dilatam na
solidificação.
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3.4.6. Projeções da superfícies p-V-T nos planos p-V e T-V

Figura 3.10: Diagrama p-V.


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Figura 3.11: Diagrama T-V.


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3.4.7. Definição de título e propriedades na região


líquido + vapor
EFEI 3.4.8. Diagrama de Mollier para Vapor D'água

Figura 3.12: Diagrama de


Mollier para vapor d´água.
EFEI 3.5. Primeira lei da termodinâmica
(Lei da Conservação da Energia)

3.5.1. Sistema

 Ciclo

 Mudança de Estado
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3.5.2. Entalpia (H)

Onde:
 
H - entalpia (J);
h - entalpia específica (J/kg);
U - energia interna (J)
u - energia interna específica (J/kg)
p - pressão absoluta (N/m2)
V - volume (m3)
V – volume específico (m3/kg)
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3.5.3. Calores Específicos a Volume Constante e


a Pressão Constante para gases
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3.6. Volume de Controle

3.6.1. Conservação da Massa

 Regime permanente:

 Regime não permanente:


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3.7. 1a Lei da Termodinâmica

 Regime permanente:
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3.8. 2a Lei da Termodinâmica
 Processos espontâneos

Ar atmosférico a T0 Q

Corpo com
temperatura T0 < T < T i T0
T i > T0

(a)
Ar atmosférico a P0
Válvula
Ar Ar
Pi>P P0<P<Pi P0
0

(b)

m
m
Zi
m Zf
(c)

Figura 3.13: Processos espontâneos.


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3.8.1. Enunciados da Segunda Lei

 ENUNCIADO DE CLAUSIUS:

É impossível para qualquer sistema operar de tal modo


que o único resultado seria a transferência de energia por
calor de um corpo frio para um corpo quente
espontaneamente.

 ENUNCIADO DE KELVIN-PLANCK:
 
É impossível para um sistema operar segundo um ciclo
termodinâmico e entregar um trabalho líquido para a sua
vizinhança enquanto recebe energia por calor de uma
único reservatório térmico.
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3.9. Ciclo
3.9.1. Máquina térmica

Reservatório Quente Reservatório Quente

QH QH

W MTG W
MTM

QC QC

Reservatório Frio Reservatório Frio

Figura 3.14: Máquina térmica motora e máquina térmica geradora.


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3.9.2. Limitação dos Ciclos Motores:
Teoremas de Carnot

Eficiência Térmica Máxima


0,9

0,8

0,7

0,6

0,5

0,4

0,3

0,2

0,1

0
300 1300 2300 3300

Temperatura T (K)

Figura 3.15: Eficiência térmica


de Carnot
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3.10. Entropia

3.10.1. Desigualdade de Clausius

 Para máquina reversível:

 Para máquina irreversível:


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 Processo Reversível e Irreversível:


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3.10.2. Variação da Entropia para Gás Ideal


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3.10.3. Conservação da Entropia para Sistema
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3.10.4. Conservação da Entropia Para Volume de Controle

 taxa de entropia gerada (por unidade de tempo)

 taxa de variação da entropia no tempo no volume


de controle

 taxa de entropia transferida na fronteira do volume


de controle

 taxa de entropia líquida transferida


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3.11. Processos Isentrópicos
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3.12. Processos Politrópico: pvn= constante

n=1: processo isotérmico;


n=0: processo isobárico;
n=   : processo isométrico.
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3.13. Eficiência Isentrópica em Turbinas,
Compressores e Bombas
3.13.1. Turbinas

p1
h

1 p2

2s

Figura 3.16: Eficiência isentrópica em turbinas.


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3.13.2. Compressores e Bombas

h 2 p2

2s p1

Figura 3.17: Eficiência isentrópica em compressores e bombas.


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3.14. Ciclos Térmicos
3.14.1. Sistemas de potência a vapor

Figura 3.18: Componentes de uma planta simples de


potência de vapor.
EFEI 3.14.2. As características básicas da planta a vapor

 Fluido de Trabalho: - Normalmente água;

 Combustível: - Fóssil;

  Componentes:   - Turbina a vapor;


- Condensador;
- Bomba de alimentação;
- Gerador de vapor (caldeira e superaq);
- Chaminé;
- Gerador elétrico;
- Sistema de resfriamento;

 Divisão em subsistemas - Sistema A;


- Sistema B;
- Sistema C;
- Sistema D;
- Ciclo Rankine (sistema A)
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3.14.3. As principais Transferências de Trabalho e Calor

Figura 3.19: Principais transferências de trabalho e calor do


sistema A.
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A modelagem do sistema A envolve as seguintes equações:

 conservação da massa;
 conservação da energia;
 segunda Lei da Termodinâmica;
 dados das propriedades térmicas do fluido.

e as seguintes condições de contorno:

 perda de energia por calor entre os componentes e o


meio ambiente é negligenciada;
 os efeitos da energia cinética e potencial são ignoradas;
 cada componente opera em regime permanente;
 cada componente é um volume de controle;
 todos os processos são reversíveis.
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Figura 3.20: Diagrama T-s do ciclo Rankine ideal.


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3.14.4. Eficiência Térmica do Ciclo


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3.14.5. Efeito da Pressão e da Temperatura

Figura 3.21: Aumento na pressão da caldeira.


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Figura 3.22: Diminuição da pressão do condensador.


EFEI 3.15. Principais Irreversibilidades e Perdas no
Ciclo Rankine
3.15.1. Internas
 Processo de expansão e compressão;
 Transferência de energia por calor com o meio ambiente;
 Perda de pressão: condensador, caldeira, tubulações
e conexões;
 Temperatura de saída do condensador inferior a
temperatura de saturação.
3.15.2. Externas
 Processo de combustão e o processo de transferência de
calor dos produtos da combustão para o fluido de
trabalho (efeito que ocorre ao redor do subsistema A);
 Processo de resfriamento do fluido de trabalho e
transferência de energia com o meio ambiente pela água
de resfriamento.
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3.16. Superaquecimento e Reaquecimento

Figura 3.23: Ciclo com superaquecimento e reaquecimento ideal.


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3.17. Ciclo Regenerativo de Potência a Vapor


3.17.1. Aquecedor da água de alimentação do tipo aberto

Figura 3.24: Ciclo de potência a vapor regenerativo com um


aquecedor da água de alimentação aberto.
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3.17.2. Fração em massa

3.17.3. Cálculo do trabalho da turbina

3.17.4. Cálculo do trabalho das bombas


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3.17.5. Calor rejeitado pelo ciclo

3.17.6. Aquecedor da Água de Alimentação do Tipo


Fechado

Figura 3.25: Aquecedor da água de alimentação do tipo fechado.


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Figura 3.26: Ciclo de potência a vapor regenerativo com um


aquecedor da água de alimentação fechado.
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3.18. Ciclo de Potência a Vapor Regenerativo com um
Aquecedor da Água de Alimentação Fechado.
3.18.1. Múltiplos Aquecedores da Água de
Alimentação em Plantas de Vapor

Figura 3.27: Ciclo de potência a vapor regenerativo com


múltiplos aquecedores da água de alimentação.
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3.19. Sistemas de potência a gás

3.19.1. Máquinas a Pistão ciclos (Otto e Diesel):

 Máquinas com ignição por centelha.


 Máquinas com ignição por compressão

3.19.2. Descrição da Máquina a Pistão

Figura 3.28: Máquina a pistão.


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Figura 3.29: Nomenclatura e diagrama da máquina a pistão.

 Pressão Média Efetiva:


EFEI 3.20. Ciclo - padrão de ar Otto

Figura 3.30: Diagramas p – v e T- s Para o Ciclo - Padrão de ar Otto.

 Processos do ciclo:
1 – 2: Compressão isentrópica do ar pelo pistão;
2 – 3: Adição de calor a volume constante no ar;
3 – 4: Expansão isentrópica do ar pelo pistão;
4 – 1: Rejeição de calor a volume constante do ar;
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Figura 3.30: Diagramas p – v e T- s Para o Ciclo - Padrão de ar Otto.

 Transferência de energia no ciclo:


EFEI
3.20.1. Modelagem térmica do ciclo
 Trabalho do ciclo:

 Eficiência térmica do ciclo:

 Para Cp constante:
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Figura 3.31: Curva de desempenho do ciclo Otto.


EFEI
3.21. Ciclo-padrão de ar Diesel

Figura 3.32: Diagramas p – v e T – s do ciclo-padrão de ar Diesel.

 Processos do ciclo:
1 – 2: Compressão isentrópica do ar pelo pistão;
2 – 3: Adição de calor a pressão constante no ar (parte
do trabalho realizado);
3 – 4: Expansão isentrópica do ar pelo pistão;
4 – 1: Rejeição de calor a volume constante do ar;
EFEI

Figura 3.32: Diagramas p – v e T – s do ciclo-padrão de ar Diesel.

 Transferência de energia no ciclo:


EFEI
3.21.1. Modelagem Térmica do Ciclo:

 Trabalho do ciclo:

 Eficiência térmica do ciclo:

 Para Cp constante:
EFEI  Taxa de compressão:

 Taxa de corte:

Figura 3.33: Eficiência térmica de um ciclo – padrão de ar Diesel, k = 1,4


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3.22. Comparação entre o ciclo Otto e o Diesel

Figura 3.34: Comparação entre o ciclo Otto e Diesel.

1-

2-
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3.23. Ciclo-padrão de ar Brayton (turbina a gás)
3.23.1. Ciclo Simples (ideal)

Figura 3.35: Turbina simples a gás.


(a) Aberta para a atmosfera.
(b) Fechada.
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Figura 3.36: Ciclo-padrão de ar Brayton, diagramas P-v e T-s.


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3.23.2. Modelagem

 Considerações:

- Fluido de trabalho é o mesmo em todo o ciclo;


- Os processos em todo o ciclo são ideais;
- Regime é permanente;
- Não há perda de pressão;
- Os calores específicos são constantes.

 Compressor:

 Turbina:
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 Calor adicionado:

 Calor Rejeitado:

 Eficiência térmica do ciclo:


EFEI
 Para calor específico constante ao longo do ciclo:

Figura 3.37: Eficiência térmica como uma função da razão de compressão


para um ciclo-padrão de ar Brayton, k = 1,4.
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Figura 3.38: Efeitos da irreversibilidade em um ciclo simples de uma


turbina a gás. (a) Perda de pressão; (b) Eficiência
isentrópica.

 Principais Irreversibilidades e Perdas:


a) perda de pressão na câmara de combustão e nos
trocadores de calor;
b) processo não isentrópica no compressor e na turbina;
c) efetividade dos trocadores de calor menor que 100%;
d) os calores específicos variam com a temperatura.
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3.25. Ciclos Combinados

Figura 3.40: Ciclo combinado Brayton/Ciclo Rankine com um


nível de pressão.
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Figura 3.41: Ciclo Brayton/Rankine com caldeira recuperativa


com três níveis de pressão.

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