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LAGOMORFOS

LAGOMORFOS

DOCENTE: ROBERTO BARBUIO

DISCENTES:
MARIA EDUARDA BARBOSA PEIXOTO
YASMIN KARLLA MARTINS SANTOS
LAGOMORFOS
 Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Lagomorpha
Família: Leporidae
Os lagomorfos constituem uma ordem de pequenos mamíferos
herbívoros, que inclui os coelhos, lebres e ocotonídeos, na qual se
incluem duas famílias: Leporidae (coelhos e lebres) e Ochotonidae
(pikas).
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS ANATÔMICAS E
FISIOLÓGICAS

Coelho é o nome comum atribuído a animais da Família Leporidae,


sendo a espécie Oryctolagus cuniculus a mais comum. Este animal é
conhecido popularmente como coelho comum, coelho doméstico, ou
coelho-europeu.

Os coelhos têm corpo arredondado, cabeça grande provida de largas


orelhas e compreendem grande extensão da superfície corpórea , com
audição e olfato bem desenvolvidos e amplo campo de visão.

O crescimento do incisivo é particularmente rápido, de


aproximadamente 0,5 cm por ano, motivo pelo qual o animal deve ter
contato com materiais que possa roer.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS ANATÔMICAS E
FISIOLÓGICAS

As patas posteriores são mais compridas que as anteriores, o coração se


encontra situado na parte média da caixa torácica, ligeiramente desviado
para a esquerda, e não tem a aorta anterior.

A temperatura média do corpo é 38,3 ºC, podendo chegar a 39 ºC quando


submetido ao estresse.

A urina do coelho é normalmente muito alcalina, com alto teor de cristais


de fosfato e carbonatos. Sua cor oscila de amarelo intenso ou turvo-pardo,
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS ANATÔMICAS E
FISIOLÓGICAS

O sistema genital é similar ao dos mamíferos típicos. A fêmea


tem dois cornos uterinos e ambos se comunicam, separadamente,
com a vagina.
Como a gata e a fêmea do furão,
A fêmea possui de 3 a 5 pares de tetas. a coelha está incluída entre os
O macho não tem glande e nem vesículas seminais. E os machos animais de ovulação provocada,
não apresentam osso peniano. ovula somente após a cópula e/ou
uma forte
Fêmea=poliéstrica excitação sexual, muito embora
exista uma pequena porcentagem
que pode ovular espontaneamente.
COMPORTAMENTO

 Não se deve manter machos adultos em uma mesma INTERAÇÃO


gaiola para evitar brigas (disputa de território). INTERESPECÍFICA

 COELHO: é uma competição por alimento


 As fêmeas adultas também não devem ser mantidas na
mesma gaiola por apresentarem pseudogestação.
INTERAÇÃO
INTRAESPECÍFICA
 Esses animais são mais sensíveis ao calor que ao frio. A
temperatura recomendável varia de 17 ºC a 21 ºC e a  Um exemplo desse tipo de competição é
umidade relativa de 40% a 60%. a territorialidade: disputa por espaço.
Machos de uma mesma espécie
competem entre si pelas fêmeas,
fenômeno esse chamado "seleção
NUTRIÇÃO
 O coelho é fundamentalmente herbívoro e come a maioria dos tipos de grãos,
verduras e pastos.

 O coelho consome grandes quantidades de celulose, sendo capaz de aproveitar


mais de 80% da celulose existente nas forragens. Assim, a dieta desses animais é
baseada principalmente em forragens e grãos.

 A ração é encontrada em duas formas: farelada e peletizada (granulada). Como o


coelho é um animal herbívoro, dotado de aparelho bucal adequado ao consumo de
forragens, a ração farelada é menos recomendável.
Problemas
Respiratórios
NUTRIÇÃO EM CATIVEIRO-RECINTO

 Aproximadamente 70% do custo total do sistema de produção cunícola, é relativo à


alimentação dos animais, ou seja, a cada R$10,00 gastos pelo cunicultor, cerca de
R$7,00 representam os alimentos.

 Em cativeiro, normalmente é oferecida dieta peletizada própria para a espécie,


contendo alto valor de fibras (22,5%) e 14,0 a 17,0% de proteínas. Porém, a maior parte
da dieta deve ser à base de volumoso, ou seja, folhas, capins, verduras e alguns
vegetais.
NUTRIÇÃO EM CATIVEIRO-RECINTO

 Alimentos expressamente proibidos são chocolates, doces, bolachas,


batatas cruas, tomates, rações para roedores, pães e massas, carnes,
embutidos etc.

 A água deve ser oferecida diariamente e não requer tratamento


especial, contanto que seja fresca, limpa e preferencialmente filtrada.
O consumo hídrico normal é cerca de 10mL a cada 100g de peso vivo,
sendo que fêmeas em períodos de lactação podem ingerir até 90mL a
cada 100g de peso vivo do animal.
PARA UM MELHOR MANEJO NUTRICIONAL,
RECOMENDA-SE:
 Rações peletizadas: Específica para coelhos, porém em pouca percentagem
diária, cerca de 90 a 120g ao dia, dependendo do porte do animal.
 Verduras: Couve, acelga, escarola, almeirão, chicória, mostarda, repolho,
brócolis, espinafre etc.
 Folhas: Folha de amoreira, folha de bananeira, folha de beterraba, folha de
mangueira, folha jabuticabeira, folha de goiabeira, folha de cenoura, folha de
couve-flor etc.
 Vegetais: Cenoura, pimentão, ervilha, aipo, abóbora, nabo 
 Frutas: Maçã, manga, pera, banana, amora etc. Cecotrofia

 Sementes e Grãos: Aveia, ervilhas, nozes, grão de bico, soja etc.


MERCADO PET

O mercado pet no Brasil gera 230 mil empregos


diretos nos segmentos de indústria para fabricação de
rações, brinquedos e outros produtos, além de
serviços como banho e tosa e consultas veterinárias;
Coelhos selvagens que vivem cerca de 2 anos na
natureza;
Os domesticados que podem passar dos 8 anos
quando bem cuidados;
Custa em torno de 50,00 à 150,00 reais.
MERCADO DE PETS NÃO CONVENCIONAIS
ASPECTOS COMERCIAIS
 A cunicultura visa à criação de coelhos
(Oryctolagus cunículus ) para a produção de carne e
subprodutos;
 Essa é uma atividade bastante desenvolvida em
diversos países ( Ásia , África e Europa);
 No Brasil as criações de coelhos vêm aumentando
de maneira rápida, dados indicam que o Brasil é
responsável pela produção de aproximadamente 242
mil animais/ano;
 Boa remuneração paga pelo kg do animal (em
frigorífico o preço praticado é de R$ 6,90/kg –
cotação 2019).
ASPECTOS COMERCIAIS
PRODUTO E SUBPRODUTOS CARNE

PELO OU LÃ OLHOS
COUROS ORELHAS
ALTO TEOR PROTEICO BAIXO INDÍCE
DE
GORDURA E
BEXIGA CHEIA COLESTEROL
CÉREBRO DE URINA
CALIFÓRNIA
BANCO DA NOVA ZELÂNDIA
VERMELHO DA NOVA ZELÂNDIA
GIGANTE DE FLANDRES BRANCO
SANGUE REPRODUTORES GIGANTE DE BOUSCAT
VÍSCERAS NEONATOS
ASPECTOS COMERCIAIS

 Grandes produtores no Brasil;


(Exportação)
ASPECTO
COMERCIAL
ERROS DE MANEJO

CONTENÇÃO DOS COELHOS

1 – Segurar por ambas orelhas;


2 – Nunca devemos segurar um coelho assim;
3 – Segurar com uma mão pela pele despregada da nuca e
apoiar a garupa do animal com a outra mão;
4 – Com uma mão segurar as coxas do animal, apoiando o
braço na lateral dele(a), e com a outra mão segurar a pele
despregada da nuca;
ERROS DE MANEJO

5 – Segurar pelas laterais do lombo com uma mão, sem pressão


Excessiva;
6 – Cada mão segurará uma pata traseira e outra dianteira ao
mesmo
tempo, sem utilizar força extra para não machucar ou mesmo
quebrar os
ossos do animal;
7 – Com uma mão segurar, delicadamente, a virilha do animal,
apoiando o braço na lateral dele(a).
8 – Segurar com uma mão pela pele despregada da nuca,
prendendo conjuntamente as orelhas, e com a outra mão segurar a
pele da linha dorso-lombar.
ERROS DE MANEJO
ERROS DE MANEJO
• Com as conversas realizadas com os participantes da exposição,
constatou-se que, além das espécies presentes no dia, muitas crianças
possuem também coelhos e cobaias como animais de estimação.
PRINCIPAIS DOENÇAS

 As doenças que mais comumente afetam os coelhos são as


do trato respiratório e as intestinais;
 Consequência do estresse; Depressão, olhar triste e embaçado, orelhas caídas
(para as raças que normalmente apresentam orelhas
 Sintomas psicológicos; em pé), quietude e solidão.

Pelos ásperos, foscos, sem brilho e arrepiados; pele


enrugada apresentando tumores, ferimentos,
 Aspecto físico;
inchaços, calombos e crostas. A boca apresenta
inflamações ou abcessos; a orelha apresenta maior
quantidade de cerume. Além disso, o apetite diminui
e eles acabam ficando mais magros
PRINCIPAIS DOENÇAS
 Patologias Dentárias
 Ectoparasitoses
 Abcessos
 Mixomatose
 Vermes intestinais, indigestão, parasitos
externos
 Doença Viral Hemorrágica
 Pasteurelose
PRINCIPAIS DOENÇAS

DIARREIA

 Época de desmame
 Alimentos fermentados ou sujos
 Excesso de forragem verde
 Umidade e calor intenso
 Intoxicações

Alimentares, parasitas
intestinais, alojamentos
úmidos e calor intenso
PRINCIPAIS DOENÇAS
HIPERCRESCIMENTO E MÁ
OCLUSÃO DENTÁRIA

 A causa mais comum ainda é a de origem alimentar;

PRIMÁRIA SECUNDÁRIA

 Transtornos dentários:

 Por meio da quantidade de alimento que está sendo


ingerido e o acompanhamento do ganho ou perda de peso,
por meio da pesagem regular do animal;
PRINCIPAIS DOENÇAS
MALOCLUSÃO DOS
INCISIVOS
 Pode levar o hipercrescimento dentário
 Afecção congênita, lesão traumática, prognatismo
mandibular (ou braquignatismo maxilar), afecção
secundária a maloclusão dos dentes posteriores e
doenças osteometabólicas;
 PROGNATISMO MANDIBULAR /
BRAQUIGNATISMO MAXILAR - distúrbios
congênitos (genéticos)
PRINCIPAIS DOENÇAS
ULCERAÇÃO GÁSTRICA

Fúngicas e Pilóricas
Sua prevalência aumenta com a idade;
Estresse e colapso Hipovolêmico
SINAIS CLÍNICOS

ANOREXIA, BRUXISMO, RELUTÂNCIA EM SE


MOVIMENTAR, MUCOSAS PÁLIDAS, DISPNEIA, MELENA E
CHOQUE. SINAIS CLÍNICOS DE ABDOME AGUDO E
SEPTICEMIA PODEM OCORRER NOS CASOS DE ÚLCERAS
PERFURADAS.
PRINCIPAIS DOENÇAS

ESTASE GASTRINTESTINAL
ILEUS
2 maior prevalência em lagomorfos;
 Ela acontece devido uma diminuição da
motilidade do estômago e intestinos;
 Dietas pobres em fibras de baixa digestibilidade;
 SINAIS CLINICOS

O animal apresenta inapetência, anorexia, desidratação,


trismo mandibular, desconforto e distensão abdominal,
redução na quantidade e tamanho dos bolos fecais ou
ausência de defecação, cecotrofos não ingeridos, presença
de diarreia com ou sem muco, sialorreia
PRINCIPAIS DOENÇAS
ABCESSOS

A secreção purulenta é composta por fagócitos mortos,


predominantemente neutrófilos, exsudato inflamatório,
debris celulares e restos bacterianos;

O pus em Lagomorfos é espesso;

Odontopatias, subnutrição, animais criados de maneira


intensiva (corte), ventilação inadequada, substrato impróprio,
condições sanitárias insatisfatórias e feridas traumáticas;
PRINCIPAIS DOENÇAS

Abscessos externos aparecem como massas


encapsuladas, superficiais e móveis que acometem a pele,
normalmente na cabeça, face, articulações e extremidades.
Abscessos internos podem ser diagnosticados como
massas abdominais (palpáveis), torácicas ou faciais
(retrobulbar).

TRATAMENTO: à base de antibióticos sistêmicos e/ou tópicos; com


Cada caso deve ser avaliado individualmente;
analgésicos; lancetagem e irrigação sob pressão, utilização de drenos, remoção
cirúrgica e amputação em estágios avançados. Richardson4 recomenda o
preenchimento da cavidade do abscesso com hidrogel amorfo, que acelera o
PRINCIPAIS DOENÇAS
DOENÇA VIRAL HEMORRÁGICA

 A doença viral hemorrágica foi diagnostica pela primeira vez em 1984, na China,
e espalhou-se pela Europa, tendo sido o primeiro caso diagnosticado na Inglaterra,
em 1924.
 CALICIVIRUS, que se replica nos hepatócitos, causando necrose hepática;
 O vírus está presente na saliva e em secreções nasais, a transmissão ocorre por
contato direto ou de maneira indireta, via insetos, aves, roedores, pessoas e
fômites.
 Vírus é resistente e pode sobreviver em roupas contaminadas até 3 meses;
 Infecta animais com mais de 6 semanas de vida;
PRINCIPAIS DOENÇAS
DOENÇA VIRAL HEMORRÁGICA

 Morbidade entre 30% e 60%


 Mortalidade pode chegar até 100%
 Tempo de incubação 16 á 72 horas

PRÉ-AGUDOS, 1 A 2 DIAS APÓS A INFECÇÃO, E NESTES


 SINAIS CLÍNICOS CASOS A MORTE É SÚBITA;
AGUDOS, 2 A 3 DIAS APÓS A INFECÇÃO, OCORRENDO
LETARGIA, ANOREXIA E DISPNEIA; E MODERADOS,
COM INFECÇÃO TRANSITÓRIA, NESTES CASOS OS
ANIMAIS APRESENTAM LETARGIA E ANOREXIA
PARCIAL E RECUPERAÇÃO ESPONTÂNEA, TORNANDO-
SE RESISTENTE NO CASO DE NOVA INFECÇÃO.
PRINCIPAIS DOENÇAS
DIAGNÓSTICO- microscopia eletrônica, teste de
hemaglutinação, ELISA e exame histopatológico.
Apenas na infecção moderada o tratamento é
possível, e consiste em terapia de suporte e
antibioticoterapia para controle de infecções
secundárias.
PROGNÓSTICO- desfavorável casos de infecção
pré-aguda e aguda, e favorável nas infecções
moderadas.
PROFILAXIA- é possível com vacina de vírus
inativado, indisponível no Brasil. A primeira dose é
aplicada entre 10 e 12 semanas de vida e reforços
são feitos anualmente.
PRINCIPAIS DOENÇAS
MIXOMATOSE
 Causada por um MIXOMAVIRUS, a mixomatose é FORMA AGUDA
Edematosas ao redor dos olhos, base das orelhas
endêmica em lagomorfos em países da América do Sul, e áreas genitais; blefaroconjuntivite
incluindo o Brasil. É uma doença fatal para o coelho progride para cegueira, hiporexia progressiva até
europeu. anorexia e infecção secundária concomitante,
 Transmissão: Insetos Hematófagos; ocorrendo a morte.

 Em hemolinfa de pulgas o vírus sobrevive por muitos


meses; FORMA CRÔNICA
 Período de incubação em coelhos: varia de 5 dias a 14 dias; ou nodular aparece pseudotumores,
principalmente nas orelhas, nariz e patas,
IMUNIDADE PARCIAL 15 dias após a infecção, podendo haver
OU VACINADOS resolução espontânea.
(ATÍPICO)
Nódulos cutâneos, sem edema
palpebral.
PRINCIPAIS DOENÇAS
 DIAGNÓSTICO

Microscopia eletrônica, ELISA, fixação de complemento e PCR.


 Em surtos graves, a taxa de mortalidade pode chegar a 100%
 PROGNÓSTICO

Ruim, eutanásia dos animais infectados e posterior incineração dos corpos.


 PROFILAXIA

Vacina viva atenuada confere boa imunidade e está disponível em outros países.
Parte da vacina deve ser aplicada por via intradérmica e parte subcutânea. A primeira dose é
feita após 6 semanas de vida e reforços anuais são necessários. Em regiões endêmicas,
recomendasse que reforços sejam dados a cada 6 meses. O controle de insetos nas criações
também é uma medida necessária.
INTERVENÇÕES CIRÚRGICAS

Emergência

ABC - Airway, Breathing and Circulation

A- (“Airway”): observar se o coelho tem as vias aéreas desobstruídas.


B- (“Breathing”): verificar se o animal executa movimentos respiratórios.
C- (“Circulation”): verificar a presença de batimentos cardíacos e circulação
INTERVENÇÕES CIRÚRGICAS
EXAME FÍSICO DE EMERGÊNCIA

Em estado crítico podem não tolerar um manuseamento excessivo;


A avaliação de parâmetros vitais;
Deve ser uma avaliação rápida;
Atitude, Estado mental e Reflexos;
Observação e caracterização dos movimentos respiratórios e auscultação
pulmonar;
Auscultação cardíaca, cor e hidratação das mucosas, tempo de repleção
capilar, pressão sanguínea e pulso;
Grau de desidratação , TPC
INTERVENÇÕES CIRÚRGICAS
VIAS DE ACESSO
 Em situações de emergência, onde o fator tempo é limitante, as vias
recomendadas para cateterização são as vias intraóssea e
intravenosa (cefálica);
 A colocação de um cateter intraósseo (canal medular) é um método
alternativo de acesso ao sistema vascular, pois para além de ser
uma via rápida, é muitas vezes a única possível, sobretudo em
animais jovens;
 Veia marginal da orelha
INTERVENÇÕES CIRÚRGICAS

VIDEO – YOUTUBE
https://www.youtube.com/watch?v=JrBrXRtM3uQ&t=1222s
INTERVENÇÕES CIRÚRGICAS

Procedimentos cirúrgicos são mais comuns na rotina clínica, como


ovariosalpingo-histerectomia, orquiectomia, remoção de abscessos e tumores de
pele, exodontia, cistotomia e osteossíntese.
Jejum pré-cirúrgico
Tricotomia – pele fina e delicada
A antissepsia deve ser feita com solução sem álcool , para evitar hipotermia
instrumental utilizado na rotina cirúrgica de cães e gatos pode ser utilizado para
coelhos, mas certas intervenções necessitam de instrumental mais sofisticado ou
delicado, como os utilizados em microcirurgias.
INTERVENÇÕES CIRÚRGICAS
EXTRAÇÃO DE INCISIVOS

É indicada nos casos de crescimento dental crônico, nos processos inflamatórios crônicos;
 Realiza-se, inicialmente, a antissepsia da margem gengival dos incisivos com solução de
clorexidina 1% e, em seguida, é feito o descolamento do sulco gengival ao redor do dente
(sindesmotomia) com auxílio de elevador periostal;
 Pode-se utilizar agulhas (40×12) para improvisar luxadores periodontais de baixo custo. Estas
agulhas são utilizadas para romper todas as fibras do ligamento periodontal aderidas ao osso
alveolar. A agulha é inserida no espaço periodontal e ao redor de todas as faces dentárias.
 Concomitantemente, aplicasse pequena força de rotação com a agulha inserida, mantendo a sob
tensão, para assim romper completamente as fibras do ligamento periodontal.
 Após a completa luxação dentária, a remoção do elemento dentário é realizada com auxílio de um
fórceps odontológico
INTERVENÇÕES CIRÚRGICAS

EXTRAÇÃO DE INCISIVOS
INTERVENÇÕES CIRÚRGICAS

UROLITÍASE CISTOTOMIA
A cistocentese deve ser realizada antes da cistotomia. A compressão da
bexiga pode resultar em ruptura vesical, se houver obstrução por urólito.
A técnica cirúrgica utilizada em cães pode ser empregada na cistotomia em
coelhos, sendo seu fechamento realizado com sutura de Gambee modificada.
O fio deve ser absorvível (poliglecaprone) e fino (40). Diferentemente do que
ocorre em outras espécies, em que o fio sofre hidrólise rápida, a poliglactina
tem-se mostrado satisfatória em coelhos;
INTERVENÇÕES CIRÚRGICAS
UROLITÍASE /
CISTOTOMIA
INTERVENÇÕES CIRÚRGICAS
ORQUIECTOMIA
 Embora a técnica seja padrão, há variações de um cirurgião para outro, que podem
ser no acesso cirúrgico, no tipo de fio de sutura ou em outros detalhes nas técnicas.
 O acesso aos testículos pode ser pela bolsa escrotal caudal, medial ou cranial e por
acesso abdominal. A técnica pode ser aberta ou fechada; a síntese pode ser com fio
não absorvível monofilamentar, absorvível ou com grampo vascular (hemoclip); e
a sutura de pele é feita em um, dois ou mais planos, com pontos simples
interrompidos, sutura contínua ou intradérmica.
 Os princípios básicos de controle de dor, inflamação e infecção adotados na clínica
de cães e gatos são aplicáveis à clínica de coelhos, apenas alterações nas doses
indicadas;
INTERVENÇÕES CIRÚRGICAS

ORQUIECTOMIA
INTERVENÇÕES CIRÚRGICAS

PROCEDIMENTOS ORTOPÉDICOS
As técnicas cirurgias ortopédicas em lagomorfos são
as mesmas praticadas em cães e gatos, levando-se em
conta as particularidades anatômicas e fisiológicas;
A manipulação óssea durante cirurgia ortopédica
deve ser cuidadosa e delicada, pois os ossos de coelhos
são frágeis.
O controle da dor (pré, trans e pós-operatória) é
necessário para que se obtenha sucesso cirúrgico pleno.
INTERVENÇÕES CIRÚRGICAS

PROCEDIMENTOS ORTOPÉDICOS

As fraturas de coluna geralmente ocorrem em decorrência de técnicas


de contenção inadequadas. A junção lombossacra é o local mais acometido.
Fraturas de tíbia são comuns em coelhos mantidos como animais de
companhia. O tratamento não é tão simples, sendo que imobilização
externa (tala) em fraturas abertas apresenta resultados ruins, pelo fato dos
coelhos terem pele muito solta e tentarem mordê-la;
CUIDADO PÓS-OPERATÓRIO

 Local para recuperação do


paciente deve ser silencioso,
higienizado, aquecido, com água
e alimento fresco disponível e
que possibilite o
acompanhamento do paciente
(janelas com vidros e boa
ventilação).
OBRIGADA!
REFERÊNCIAS

 ANDRADE, Antenor; PINTO, Sergio Correia; OLIVEIRA, Rosilene Santos de. Animais de
laboratório: criação e experimentação. Editora Fiocruz, 2006.

 CUBAS, Z. S.; SILVA, J. C. R.; CATÃO-DIAS, J. L. Tratado de Animais Selvagens: Medicina


Veterinária. 2. ed. São Paulo: Editora GEN/Roca, 2014.

 FALCONE, B.D.; KLINGER, K.C.A; TOLETO, P.S.G. Doenças em coelhos: as 20 enfermidades que
mais causam prejuízos na cunicultura – Revisão. Revista Brasileira de Cunicultura, v. 12, n. 1,
novembro de 2017.

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