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Não ensine feminismo.

 
Ensine história:
comece por toda a evidência arqueológica da pré
história que comprova que a humanidade não está
biologicamente determinada a violentar metade da
população do mundo. Conte para seus alunos sobre a
ilha de Creta, que foi até o fim um modelo de
sociedade de parceria entre os gêneros. Ensine que o
que conhecemos por “civilização” é uma violenta
ideia de dominação de grupos sobre grupos, e a
gênese histórica da violência na humanidade, é a
violência de gênero.
Não ensine feminismo. 
Ensine economia.
Conte para seus alunos como a humanidade dirigida
pelos homens prefere alocar recursos. Ensine que
o dinheiro gasto para desenvolver um míssil
balístico intercontinental para matar pessoas e
dominar territórios, daria para alimentar 50
milhões de crianças no mundo, construir 160 mil
escolas e abrir 340 mil postos de saúde. Um
único míssil.
Aproveite para discutir sobre o Produto Interno
Bruto, aquele fator de mensuração econômica
que aumenta, por exemplo, quando as nações
entram em guerra e as pessoas são explodidas
por bombas
Não ensine feminismo. 
Ensine estatística.
Conte para seus alunos que 6 milhões das crianças do país
não tem sequer o nome do pai na certidão. Um terço da
população de mulheres mães cria o filho sem cônjuge. E
em 83% dos casos, as crianças do país tem a mãe ou
uma mulher da família como cuidadora principal.
Aproveite para fazer uma abordagem interdisciplinar com
matemática, para despertar a reflexão do porque
mulheres ganham metade do salário dos homens no país.
Salpique com os dados relevantes de 164 casos de estupro
por dia. 500 casos de espancamento de mulheres POR
HORA no Brasil. E 12 assassinatos de mulheres ao dia no
país, pelos seus companheiros, apenas por serem
mulheres.
Não ensine feminismo. 
Ensine ciência.
Ensine sobre os gametas feminino e
masculino e a programação genética para
reprodução, mas não se esqueça de contar
que 50% dos ovos humanos fertilizados
sequer atinge a parede do útero. Fale de
embriologia, quando se forma a atividade
cerebral de um feto humano, e como toda a
vida mamífera na terra depende da
capacidade reprodutiva e de lactâncias das
fêmeas.

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