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MOBILIZAÇÃO DE

ARTICULAÇÕES PERIFÉRICAS

Prof. Dr. Fernando Moreira Lima


MOBILIZAÇÃO

 Movimento passivo realizado pelo terapeuta com baixa


velocidade, sendo suficiente para que o paciente possa
interromper o movimento.
 A técnica pode ser utilizada para diminuir a dor ou
aumentar a mobilidade. Podem ser usados movimentos
fisiológicos ou acessórios.
MOVIMENTOS FISIOLÓGICOS

 São os movimentos clássicos


de uma articulação, de
controle voluntário, que
ocorrem dentro de um plano
e possuem um eixo de
movimento. (EX: flexão,
extensão,...)
MOVIMENTOS ACESSÓRIOS

 São movimentos que ocorrem dentro da articulação ou


em estruturas vizinhas, porém o paciente não tem
controle voluntário sobre eles, e são necessários para a
ADM normal dos movimentos fisiológicos da
articulação.
 TIPOS:
 Mov. Integrantes;
 Mov. Intra-articulares.
MOVIMENTOS INTEGRANTES

 São movimentos que ocorrem em estruturas vizinhas


à articulação para permitir a ADM normal dos
movimentos fisiológicos. São de controle
involuntário.
 Ex: Rotação da escápula na abdução de ombro;
Inclinação da escápula na flexão de ombro.
MOVIMENTOS INTRA-ARTICULARES

 São movimentos que ocorrem dentro da articulação de


acordo com a distensibilidade da cápsula articular, que
permite que os ossos se movam.

 Esses movimentos são necessários para que ocorra a


ADM normal dos movimentos fisiológicos, porém o
paciente não tem controle voluntário sobre eles.
MOVIMENTOS INTRA-ARTICULARES

 Separação.
 Compressão.
ARTROCINEMÁTICA  Deslizamento.
 Rolamento.
 Giro.
MOVIMENTOS INTRA-ARTICULARES

Deslizamentos: Superior, inferior, anterior e


posterior
MOVIMENTOS INTRA-ARTICULARES

 Rolamento: um osso rola sobre o outro;


 Deslizamento: um osso desliza sobre o outro;
 Giro: um osso gira sobre o outro;
 Compressão: diminuição no espaço articular entre as
partes ósseas;
 Separação/Tração: separação das superfícies articulares.
EFEITOS DA MOVIMENTOS INTRA-
ARTICULARES

 Estimula a atividade biológica movimentando o líquido


sinovial que traz nutrientes para a cartilagem;
 Mantém a extensibilidade e tensão nos tecidos
articulares e periarticulares;
 Emite impulsos nervosos aferentes através dos
receptores articulares para o SNC e assim promove
percepção de posicionamento e movimento articular
(propriocepção), inclusive regulação do tônus muscular.
INDICAÇÕES

 Dor;
 Defesa muscular e espasmo;
 Hipomobilidade articular;
 Limitação progressiva;
 Imobilidade funcional.
CONTRAINDICAÇÕES

 Hipermobilidade.
 Efusão articular (derrame articular).
 Inflamação.
PROCEDIMENTOS PARA AVALIAÇÃO

 Avalie o grau de limitação e dor da articulação.


 Determinar se o tratamento será direcionado
primariamente no alívio da dor ou para alongar
estruturas articulares limitadas.
GRAU DE DOSAGEM DOS MOVIMENTOS

TÉCNICAS OSCILATÓRIAS GRADUADAS:


DOSAGEM:
 Grau 1  oscilações rítmicas de pequena amplitude no
início da amplitude;
 Grau 2  oscilações de grande amplitude dentro da
amplitude existente, sem atingir o limite.
GRAU DE DOSAGEM DOS MOVIMENTOS

TÉCNICAS OSCILATÓRIAS GRADUADAS:


DOSAGEM:
 Grau 3  oscilações rítmicas de grande amplitude até o
limite da mobilidade existente e forçada na resistência do
tecido;
 Grau 4  oscilações rítmicas de pequena quantidade no
limite da mobilidade existente e forçada na resistência do
tecido.
APLICAÇÃO

 Os graus I e II  usados primariamente para tratar


articulações limitadas pela dor  efeito inibitório 
percepção dos estímulos dolorosos  estimulação repetitiva
 mecanorreceptores bloqueiam vias nociceptivas
 Os graus III e IV  usados como manobras de
alongamento
 TÉCNICAS:
 As oscilações podem ser feitas com o uso de técnicas de
movimentos fisiológicos ou mobilização intra-articular
TÉCNICAS DE MOBILIZAÇÃO INTRA-ARTICULAR COM
TRANSLAÇÃO MANTIDA:

DOSAGEM:

 Grau 1 (frouxo)  tração articular de pequena amplitude


onde a cápsula não é sobrecarregada;
 Grau 2 (tenso)  tração ou deslizamento nas superfícies
articulares para tensionar os tecidos ao redor da articulação;
 Grau 3 (alongado)  tração ou deslizamento das
superfícies articulares com uma amplitude grande o suficiente
para fazer o alongamento na cápsula articular e estruturas
periarticulares.
APLICAÇÕES

 A tração grau I é usada em todos os movimentos de


deslizamento é pode ser usada para aliviar a dor;
 A tração de grau II é usada no início do tratamento para
avaliar a articulação;
 Tração articular ou deslizamento grau III alongam as
estruturas articulares e assim aumentam a mobilidade.
TÉCNICAS
 Descreve somente as técnicas de mobilização intra-articular
que separam ou deslizam as superfícies articulares.
Técnicas

 Posição do paciente e da articulação: Paciente e membro a ser


tratado dever ser posicionados de forma relaxada. A articulação
deve estar na posição de repouso.
 Estabilização: Estabilize firme e confortavelmente uma das partes,
proximal
 Direção do movimento
As técnicas de tração articular são aplicados perpendicularmente
ao plano da articulação.
As técnicas de deslizamento são aplicadas paralelamente ao
plano da articulação (regra côncavo/convexo)
Técnicas

 Velocidade, ritmo e duração do movimento


a) Oscilações: realizados movimentos regulares e
homogêneos, 2 ou 3 por segundo, durante 1 a 2 minutos
a.1) Velocidade: baixa amplitude com alta
velocidade para inibir a dor ou baixa velocidade
para relaxar defesa muscular
b) Manutenção: aplicadas tração intermitente que variam
de 6’’ a 10’’, com intervalos curtos (3 a 4 segundos).
Complexo da cintura escapular

Articulação Movimento Indicação


Glenoumeral Tração Teste de Mobilidade
Glenoumeral Deslizamento Caudal Abdução
Glenoumeral Deslizamento Posterior <Flexão, <Rot. Int.
Glenoumeral Deslizamento Anterior <Extensão, <Rot.Ext.
Acromioclavicular Deslizamento Anterior <Mobilidade
Esternoclavicular Deslizamento Posterior <Retração
Estenoclavicular Deslizamento Anterior <Protração
Esternoclavicular Deslizamento Inferior <Elevação
Estarnoclavicular Deslizamento Superior <Depressão
Escapulotorácica Movimentos Associados <Mobilidade
Complexo do cotovelo e antebraço

Articulação Movimento Indicação


Úmero-Ulnar Tração <Flexão e Extensão
Úmero-Ulnar Deslizamento Distal <Flexão
Úmero-Radial Tração <Mobilidade Rádio
Úmero-Radial Deslizamento Dorsal <Flexão e Extensão
Úmero-Radial Compressão <Subluxação
Rádio -Ulnar Proximal Deslizamento Dorsal <Pronação
Rádio -Ulnar Proximal Deslizamento Volar <Supinação
Rádio – Ulnar Distal Deslizamento Dorsal <Supinação
Rádio – Distal Deslizamento Volar <Pronação
COMPLEXO DO PUNHO

Articulação Movimento Indicação


Radiocárpita Tração Teste de Mobilidade

Radiocárpita Deslizamento Dorsal <Flexão

Radiocárpita Deslizamento Volar <Extensão


Complexo mão e dedos

Articulação Movimento Indicação


Metacarpofalangianas Tração Teste de Mobilidade
Metecarpofalangianas Deslizamento Volar <Flexão
Metacarpofalangianas Deslizamento Dorsal <Extensão
Metacarpofalangianas Rotação <Grau final do mov.
Interfalangianas Tração Teste de Mobilidade
IInterfalangianas Deslizamento Volar <Flexão
Interfalangianas Deslizamento Dorsal <Extensão
Interfalangianas Rotação Grau final do mov
Complexo quadril

Articulação Movimento Indicação

Quadril Separação,Deslizamento Teste de Mobilidade


Caudal
Quadril Deslizamento Posterior <Flexão e Rotação
Interna
Quadril Deslizamento Anterior <Extensão e Rotação
Externa

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