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Inflação

Causas, efeitos e dinâmica recente


Evolução do preço de uma cesta de produtos* (corrigido pelo IPCA)
R$ 350.00

R$ 300.00

R$ 250.00

R$ 200.00

R$ 150.00

R$ 100.00

R$ 50.00

R$ -
Jul-94 Jul-95 Jul-96 Jul-97 Jul-98 Jul-99 Jul-00 Jul-01 Jul-02 Jul-03 Jul-04 Jul-05 Jul-06 Jul-07 Jul-08 Jul-09 Jul-10 Jul-11 Jul-12 Jul-13 Jul-14 Jul-15 Jul-16 Jul-17 Jul-18 Jul-19 Sep-20

Fonte: Dados iniciais do PROCON/SP, corrigidos pelo IPCA/IBGE


*5kg Pão, 6kg carne, 5l leite, 4kg açúcar, 6kg arroz, 5kg feijão, 1kg café
IPCA (% a.a.)
14

12

10

4
4,3%

0
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Fonte: IPEADATA/IBGE
IPCA (% a.a.)
3000

2.477%
2500

2000

1500

1000
916%

500

22% 10,6%
0
80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20

Fonte: IPEADATA/IBGE
IPCA (% a.a.)
12

11

10

7 Teto da meta: 6,5%


5,75%
6

5 Meta de inflação: 4,5% 4,25%


4

3 2,75%
Piso da meta: 2,5%
2

0
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Fonte: IPEADATA/IBGE
IPCA – Acumulado 12 meses (%)
7.00

Teto da meta: 6%
6.00 5,75%
5,5%

5.00
Centro da meta: 4,5%
4,25%
4%
4.00

Piso da meta: 3%
3.00
2,75%
2,5%
2.00

1.00

0.00
18 18 18 18 18 18 18 18 18 t-18 -18 -18 -19 -19 r-19 r-19 -19 -19 l-19 -19 -19 t-19 -19 -19 -20 -20 r-20 r-20 -20 -20 l-20 -20 -20
n- eb- ar- pr- ay- un- Jul- ug- ep- v c n b y n Ju Aug Sep Oc Nov Dec Jan Feb Ma y n Ju Aug Sep
Ja F M A M J A S Oc No De Ja Fe Ma Ap Ma Ju Ap Ma Ju

Fonte: IPEADATA/IBGE
1
O que é inflação?
INFLAÇÃO
 Inflação é o aumento contínuo e generalizado dos níveis de preços da economia.
Não trata-se de aumento de preços de algumas classes de bens em específico,
mas um aumento de todos os preços no mercado de bens e serviços.
 Está relacionado ao poder de compra das rendas – ou, dito de outra maneira, à
desvalorização do valor interno da moeda
 Trata-se de um problema recorrente na economia brasileira. O caso mais
relevante foi o da hiperinflação na década de 80 e início dos anos 90, que deixou
marcas importantes na sociedade brasileira
Inflação, deflação e desinflação

 Inflação: aumento generalizado e contínuo de preços


(IPCA é positivo e crescente)

 Desinflação: preços aumentam, mas a taxas cada vez menores no tempo


(IPCA é positivo, porém vai caindo)

 Deflação: queda generalizada e contínua de preços


(IPCA é negativo)
INFLAÇÃO
 A inflação está relacionada à diminuição do poder de compra das rendas – ou, dito de
outra maneira, à desvalorização do valor interno da moeda.
 Há correntes teóricas que afirmam que o excesso de moeda em circulação
aumentariam os preços e, ao mesmo tempo, desvalorizaria a própria moeda.
 Dessa maneira, a inflação possui uma dimensão monetária evidente. O aumento dos
preços da economia afeta o poder de compra do dinheiro. Se o preço do tomate
aumenta, isso afeta o valor do Real (ou mais especificamente a capacidade do Real em
expressar valores de forma eficaz)
INFLAÇÃO
 Apesar de ser um fenômeno monetário, a inflação possui causas muito mais
complexas, que vão além das questões monetárias. Existem sociedades onde a
oferta de moeda em circulação é alto, porém a inflação está sob controle, como
é o caso da União Europeia ao longo da última década.

 Logo, não é possível controlar a inflação a partir de medidas simples como o


controle da quantidade de moeda em circulação. Para combater a inflação é
preciso entender suas causas específicas, que podem ir desde choques de
oferta de alimentos causados por questões climáticas ou mercadológicas, ou
até por questões de comportamento e expectativas dos agentes econômicos
2
Antes, por que inflação é
ruim? Quais são seus
efeitos?
INFLAÇÃO - EFEITOS
Efeitos da inflação:
1. Corrói poder de compra das rendas

A inflação diminui a renda real dos agentes, ou seja, a capacidade


das rendas em comprar uma cesta básica, por exemplo. Quanto
maior o preço dos itens da cesta, menor é o poder do seu salário
comprar aqueles itens. O resultado: uma nota de R$100 compra
cada vez menos itens
INFLAÇÃO - EFEITOS
Efeitos da inflação:
1. Corrói poder de compra das rendas
Assim, a manutenção do poder de compra do seu salário depende
de mecanismos de reajuste e/ou de recomposição de perdas. Nisso,
assalariados perdem mais que rentistas e empresários porque os
salários são reajustados em uma frequência menor que os lucros ou
juros, por exemplo

-- um empresário pode reajustar os preços de seus produtos (a fonte de sua renda) assim que a
inflação faz subir seus custos, por exemplo, mas o assalariado não consegue reajustar sua fonte
de renda a todo momento --
INFLAÇÃO - EFEITOS
Efeitos da inflação:
1. Corrói poder de compra das rendas

Por conta disto, a inflação acaba por prejudicar a distribuição das


rendas da economia – os pobres são mais prejudicados que ricos
durante o processo inflacionário, aumentando o abismo
socioeconômico entre as classes sociais
INFLAÇÃO - EFEITOS
Efeitos da inflação:
2. Atrapalha o processo de tomada de decisão
 Preços instáveis ampliam as incertezas com relação aos custos
produtivos. Assim, por tornar o horizonte de planejamento mais
nebuloso, o empresariado não consegue ter indicações de qual
seria o lucro auferido com a produção dali a 3 ou 6 meses.
 Por essa razão, muitas decisões de investimento são postergadas
ou eliminadas. Sem investimento produtivo, a oferta de itens
importantes se reduz, o que leva ao aumento de preços desses
itens, retroalimentando a inflação
INFLAÇÃO - EFEITOS
Efeitos da inflação:
2. Atrapalha o processo de tomada de decisão
 Em um processo inflacionário as decisões de consumo também são
afetadas. Sabendo que os preços de alimentos serão maiores daqui
a algum tempo, as famílias adiantam o consumo, realizando
estoques, por exemplo.
 Esse processo de adiantamento do consumo, gera pressões
adicionais sobre a demanda dos itens de consumo, aumentando os
preços destes, retroalimentado a inflação
INFLAÇÃO - EFEITOS
Efeitos da inflação:
3. Afeta mercado financeiro
 A perda do poder de compra do dinheiro, bem como a
instabilidade econômica trazida pela inflação, leva a que os
agentes procurem ampliar seu patrimônio em bens “tradicionais e
seguros” (imóveis, p. ex.), deixando de aplicar em títulos no
mercado financeiro.

 Assim, a demanda por papeis financeiros cai, levando a queda nos


rendimentos e retração nas bolsas de valores.
INFLAÇÃO - EFEITOS
Efeitos da inflação:
4. Afeta balanço de pagamentos e câmbio
 Aumento de preços dos produtos brasileiros causado pela inflação,
em comparação aos preços dos mesmo produtos, porém
internacionais, significa perda de competitividade da produção
nacional, desestimulando exportações e ampliando importações:
logo, o saldo da balança comercial é prejudicado.
 Buscando corrigir esse saldo, governos buscam causar
desvalorizações cambiais. Contudo, isso encarece outros bens
essenciais (como trigo importado) e acaba reforçando a inflação.
INFLAÇÃO - EFEITOS
Efeitos da inflação:
5. Perda de confiança na moeda e no padrão monetário
 A moeda perde sua capacidade de expressar valores de maneira
precisa (perde a função de unidade de conta)
 Se ela deixa de expressar valores de maneira precisa, ela deixa de
ser um instrumento de troca eficaz (perde a função meio de troca)
 Ao mesmo tempo, ela perde a capacidade de acumular poder
aquisitivo (perde a função de reserva de valor)
INFLAÇÃO - EFEITOS
Em resumo:
A inflação, ao desbalancear preços e expectativas, tem a
capacidade de bagunçar consumo, investimento e exportações
líquidas, elementos importantes da demanda agregada. Nesse
sentido, ela tem a capacidade de corroer as bases do circuito
produção-renda-gasto, prejudicando o PIB, o emprego e a
distribuição de renda. Por essa razão, precisa ser controlada
 Exercício:
 Se imagine como um agente econômico que é, ao
mesmo tempo, consumidor e empresário. Suponha que
estamos vivenciando um processo inflacionário forte e
instável. Como esse processo vai afetar sua vida?
 Esse processo tem a capacidade de afetar
negativamente o PIB? Como?
3
Para se controlar a inflação é
preciso entender suas fontes. O
que causa inflação e como se
combatem tais causas?
3
Destacam-se pelo menos 4
fontes de inflação:
• Sobreaquecimento da demanda agregada • Choques de oferta
• Excesso de atividade econômica • Aumento expressivo e
• Se combate diminuindo o ritmo do circuito repentino de custos
produção-renda-gasto universais como
petróleo, alimentos, mão-
de-obra, câmbio
• Difícil de se combater

Demanda Custos

Expectativas Inercial
• Inflação “do futuro” trazida ao presente
• Inflação do passado que persiste
• Acontece por mecanismos de reajuste
no presente
• Se combate através da coordenação das expectativas dos • Acontece por mecanismos de
agentes reajuste
• Se combate através do controle e
coordenação dos mecanismos de
indexação
INFLAÇÃO - CAUSAS
1. Inflação de demanda
É causada por um descompasso entre as estruturas de oferta e
demanda da economia

A demanda agregada, mais sensível, tende a se expandir com mais


agilidade, o que gera um aumento generalizado dos preços da economia

Quando o circuito produção-renda-gasto gira com muita intensidade,


isso pode gerar inflação pois, muitos agentes gastando ao mesmo
tempo, gera uma pressão de aumento nos preços
INFLAÇÃO - CAUSAS
1. Inflação de Demanda
Fatores que levam à esse tipo de inflação:

a. Aumento da renda disponível: aumento de salário ou diminuição


de impostos pode ampliar os gastos dos agentes econômicos

b. Expansão de gastos públicos: os governos são grandes


demandantes da economia. Caso seus gastos se ampliem de forma
desenfreada, sem motivação e sem uma contrapartida em termos
de oferta agregada, o efeito é inflação.
INFLAÇÃO - CAUSAS
1. Inflação de Demanda
c. A Expansão do crédito e redução de juros podem ser muito
benéficas, pois ampliam o nível de consumo e investimento, que por
sua vez, aumentam a demanda agregada. Por outro lado, se a queda
dos juros levar a um aquecimento excessivo dos gastos dos agentes,
isso pode ser traduzir em inflação.

d. Expectativas dos agentes: períodos de euforia e criação de


expectativas positivas gera expansão de gastos com consumo e
investimento, o que pode pressionar os preços para cima
INFLAÇÃO - CAUSAS
1. Inflação de demanda
 Para atacar essa fonte de inflação, o governo adota políticas anti-
inflacionárias baseadas na retração da demanda agregada, e
geralmente o efeito é acompanhado de desemprego e queda no PIB.
Exemplos de políticas de combate à inflação de demanda:
Elevação de juros
Dificultar acesso ao crédito
Redução de gastos do governo
Aumento de impostos
INFLAÇÃO - CAUSAS
2. Inflação de Custos (ou de oferta)
 Esse segundo tipo de inflação é causado por pressões de custos
ou choques autônomos e consequente repasse para os preços
finais. Geralmente esses choques de oferta são causados por
questões que estão “fora do alcance” dos agentes econômicos.
 Um choque de oferta é quando, por exemplo, o preço de itens
importantes da matriz econômica de uma sociedade, como o do
arroz ou do petróleo aumentam por questões mercadológicas,
climáticas ou geopolíticas
INFLAÇÃO - CAUSAS
2. Inflação de Custos (ou de oferta)
Outros tipos de choques de oferta:

a. Taxa de juros representam custo da captação de recursos. Se ela


aumenta de forma drástica e repentina, pode pressionar os custos
financeiros das empresas, que repassarão esse custo aos produtos
finais, pressionando os preços para cima.
b. Desvalorização cambial (encarecimento do dólar) aumenta preço
de importados. Se a estrutura da economia depende muito de
insumos importados, esse aumento nos custos serão repassados.
INFLAÇÃO - CAUSAS
2. Inflação de Custos
c. Preços internacionais de itens importantes como o petróleo, caso
subam drasticamente, afetam a estrutura de custos das empresas, que
repassarão tais aumentos aos preços de seus produtos finais,
pressionando a inflação
d. Custo de mão de obra: salários e encargos elevados representam
custos adicionais que podem ser repassados ao consumidor final.
e. Impostos indiretos: incidem sobre o consumo e podem encarecer o
produto final. Isso é especialmente válido para bens de consumo
básicos.
INFLAÇÃO - CAUSAS
2. Inflação de Custos
Como se combate?
 É bastante difícil ter controle sobre choques de oferta, uma vez
que, por exemplo, preços de insumos importantes são
determinados nos mercados internacionais. É possível formar
estoques, controlar preços ou criar as condições de longo prazo
para que a oferta dos itens de primeira necessidade estejam
sempre em níveis adequados, por exemplo.
INFLAÇÃO - CAUSAS
2. Inflação de Custos
Como se combate?
Para se combater a inflação de custos é possível, ainda, realizar uma
política cambial de valorização do câmbio. Com o dólar mais barato,
itens como trigo, petróleo, remédios, etc., também ficam
relativamente mais baratos, o que ajuda a segurar os choques de
oferta quando estes acontecem. Foi o que aconteceu durante o
Plano Real, quando a política cambial estabeleceu a paridade de R$1
= US$1
INFLAÇÃO - CAUSAS
3. Inflação Inercial
A inflação inercial é o terceiro tipo de inflação e ocorre
independentemente de pressões de demanda ou de custos. Ela está
associada aos mecanismos de indexação (reajustes) da economia.

Imagine que a inflação de 2019 tenha sido 3% - ou seja, houve uma


“perda de riqueza” em torno de 3%. Suponha, ainda que os
empresários queiram reajustar os preços de seus produtos com base
nesse índice para recuperar essa perda.
INFLAÇÃO - CAUSAS
3. Inflação Inercial
Na prática, quando todos reajustam preços para cobrir suas perdas
com base na inflação de 2019, traz-se a inflação do passado para o
presente. Ou seja, a inflação de 2020 será, no mínimo, 3%.

Na falta de coordenação e regras claras, os mecanismos de reajuste


de preço, portanto, podem trazer a inflação do passado para o
presente, tornando a inflação algo persistente
INFLAÇÃO - CAUSAS
3. Inflação Inercial
Como se combate?
O aspecto mais negativo da indexação (reajuste de preços) é o fato de
tornar a inflação insensível aos mecanismos anti-inflacionários
tradicionais. Trata-se de um componente de psicologia social e é preciso
fazer os agentes econômicos deixarem de depender dos reajustes, ou
realiza-los de forma crível, coordenada e sem abusos.
Mecanismos coordenados de indexação podem ajudar a controlar o
componente inercial e “zerar a memória inflacionária”. Exemplo: URV, no
Plano Real.
INFLAÇÃO - CAUSAS
4. Inflação de expectativas
Por fim, pode-se considerar um tipo de inflação bastante peculiar. Os
agentes podem criar expectativas de que a inflação futura tende a
crescer. Assim, numa tentativa de resguardar sua riqueza (ou numa
atitude oportunista), eles antecipam o aumento de preços.

A inflação do futuro (que não necessariamente aconteceria) é trazida


para o presente pelo simples fato de os agentes reajustarem seus
preços com base em uma expectativa irrealista ou oportunista do
futuro
INFLAÇÃO - CAUSAS
4. Inflação de expectativas
Como se combate?
Por ter um componente comportamental e psicossocial bastante relevante, esse
tipo de inflação também requer muita coordenação por parte das autoridades
econômicas.

Estimular um ambiente de estabilidade econômica e de boas informações para


que os agentes possam criar expectativas realistas de inflação futura podem
reduzir a pressão deste tipo de inflação. Por essa razão que o Banco Central
precisa ser uma instituição técnica, transparente e seguir uma série de protocolos
para manter o ambiente econômico estável. O mesmo vale para o Ministério da
Economia e outras instituições econômicas relevantes
INFLAÇÃO - CAUSAS
4. Inflação de expectativas
Como se combate?
Outra maneira de manter as expectativas inflacionárias em um patamar estável é a
estabilidade das contas públicas. Alguns agentes são muito sensíveis às notícias de
que as contas públicas estão “fora de controle”, pois passam a imaginar que isso se
reverterá em inflação no futuro

Por isso, os condutores da política econômica precisam gerir as contas públicas


com transparência e buscar algum equilíbrio, para que este fato não se traduza em
aumento da inflação de expectativas
Antecedentes do Plano
Real
ANTECEDENTES DO PLANO REAL – 1990/94

 Experiência obtida com planos prévios


 Abertura comercial e financeira
 Eliminação de restrições quantitativas
 Redução gradual de alíquotas de importação
 Reforma administrativa e fiscal
 Início de um programa de privatizações
 Ampliação da base tributária
 Suspensão de subsídios
 Redução de gastos com rolagem da dívida
 Bons resultados nos indicadores externos
 Reservas internacionais e endividamento externo
O Plano Real
Ajuste fiscal Indexação Plena Âncora Cambial

• Eliminar a • Recuperar a
dependência função de • Impedir que
do imposto unidade de choques
inflacionário; conta da externos se
• Sustentar a moeda interna tornassem
confiança no • Reduzir a processo
plano; dispersão de inflacionário
• Não alimentar reajustes • Domar preço
expectativas • Eliminar interno de
inflacionárias; componente bens
• Domar inercial da comercializávei
demanda economia s pela
agregada concorrência
com os
importados
CUSTOS
DEMANDA • Indexação de custos importantes pela
• Ajuste fiscal URV
• Juros elevados • Âncora cambial
• Abertura comercial • Abertura comercial

PLANO
INÉRCIA REAL EXPECTATIVA
• Indexação plena (URV) • Ajuste fiscal
• O bom andamento do plano
Resultados imediatos
do Plano Real
RESULTADOS

Positivos Negativos
 Queda imediata do IPCA no mês  Juros altos e crédito escasso
posterior ao da mudança de
 Desemprego elevado
moeda
 Aumento da renda real  Queda das reservas para manter
paridade cambial
 Retomada do consumo no curto
prazo  Aumento do endividamento
externo
 Abertura do consumo aos
importados  Aumento da desigualdade
IPCA (% a.m)
50.00

45.00

40.00

35.00

30.00

25.00

20.00

15.00

10.00

5.00

0.00
07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12
92. 92. 92. 92. 92. 92. 93. 93. 93. 93. 93. 93. 93. 93. 93. 93. 93. 93. 94. 94. 94. 94. 94. 94. 94. 94. 94. 94. 94. 94.
19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19 19

Fonte: IPEADATA
IPCA (% a.a.)
25.00

20.00

15.00

10.00

5.00

0.00
1995 1996 1997 1998 1999

Fonte: IPEADATA
Taxa de câmbio - R$ / US$
0.9600

0.9400

0.9200

0.9000

0.8800

0.8600

0.8400

0.8200

0.8000

0.7800

0 6 0 7 0 8 0 9 1 0 1 1 1 2 0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6
9 4. 9 4. 9 4. 9 4. 9 4. 9 4. 9 4. 9 5. 9 5. 9 5. 9 5. 9 5. 9 5.
1 9 1 9 1 9 1 9 1 9 1 9 1 9 1 9 1 9 1 9 1 9 1 9 1 9

Fonte: IPEADATA
Variação do rendimento médio real (%) (1991 - 1999)
15

10
8.8
8.1
5 6
4.3

0 1.5
1 2 3 4 5 6 7 0.5
8 9

-5 -5.5

-9.6
-10

-15
-18

-20

Fonte: IPEADATA

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