Você está na página 1de 17

1

ÉTICA
 SÓCRATES (470-399
a.C.) – “Como devemos
viver nossas vidas”?

2
1.A IMPORTÂNCIA E O SENTIDO DA ÉTICA PARA O
HOMEM
Homem “animal racional”: tem instintos e impulsos. É
inteligente. Transforma o mundo material e é por ele
transformado.
“ O uso da razão, que o torna capaz de refletir, emitir
juízos e elaborar conceitos e ideias, é o grande
diferencial do ser humano em relação a tudo o que
existe.”
“Vivem em comunidade, numa constante associação
com seus semelhantes, os homens são seres
sociais, políticos e comunitários.
“A convivência com os outros indivíduos faz com que
a pessoa estabeleça juízos de valor sobre o seu
modo de ser e também em relação às atitudes dos3
“Na convivência com a coletividade constituem a
comunidade e suas decisões afetam e vão afetar as
outras pessoas”.

“Santos (1994); “As coletividades humanas dão origem ao


que comumente se denomina de CULTURA, ou seja, tudo
aquilo que caracteriza a existência social de um povo ou
nação, ou então de grupos no interior de uma sociedade.

CULTURA: “Conjunto de modos de viver e de pensar


cultivados, civilizados, polidos que também costumam ser
indicados pelo nome de civilização”.

4
“A CULTURA é a totalidade dos produtos desenvolvidos pela
atividade humana , seja materiais ou simbólicos: instrumentos
que constroem para sua sobrevivência, linguagem para se
comunicar, leis e normas que regulam sua convivência social,
religião.”

“A cultura engloba todo o conhecimento que a sociedade tem


sobre si mesma, outras sociedades, sobre o meio material em
que vive e sobre sua existência, e isso inclui suas expressões
artísticas, práticas religiosas, modos de produção e
organização política.”

5
 ”Quase todas as ações as ações humanas: o dormir
e o alimentar-se, são marcadas pelas soluções
dadas pela cultura em que o homemvive. A
estrutura da personalidade de cada indivíduo,
que orientará suas ações e comportamentos, e
sempre influenciada pelos valores essenciais da
cultura a que pertence. Esses valores lhe foram
transmitidos pelo seu meio cultural e de alguma
forma assimilados e internalizados por ele.”

6
Marilena Chaui (2001). “Toda cultura e cada sociedade
instituem uma moral, isto é, valores concernentes ao bem e
ao mal, ao permitido e ao proibido, e à conduta correta,
válida para todos os seus membros”. Sendo assim a ,
“culturas e sociedades fortemente hierarquizadas e com
diferenças de castas ou de classes muito profundas podem até
possuir várias morais, cada uma delas referindo aos valores
de uma casta ou de uma classe social.”

7
Píerre Bourdieu (1998) define “ethos cultural”
como sendo um sistema de valores implícitos
profundamente interiorizados em cada um de nós
e que definem as nossas atitudes diante do meio
cultural em que vivemos”.

“A convivência dos homens em sociedade deve


acontecer dentro de uma ordem. Devem existir
regras, leis e normas que regulem o
relacionamento humano e sirvam de orientação
quanto ao que é certo ou errado, justo ou injusto,
lícito ou ilícito, permitido ou proibido”

Portanto se falamos de cultura, estamos entrando


no campo da ÈTICA 8
O QUE É ÉTICA?
Ética, vem do grego ethos e significa caráter,
comportamento. O estudo da ética é centrado na sociedade
e no comportamento humano. As reflexões sobre esse
tema começaram na antiguidade, os filósofos mais
famosos, como Demócrito e Aristóteles, falaram sobre a
ética como meio de alcançar a felicidade.

Com a introdução do cristianismo como religião oficial no


ocidente, a ética passou a ser interpretada a partir dos
mandamentos documentados nas leis sagradas.

O pensamento ético busca julgar o comportamento


humano, dizendo o que é certo e errado, justo e injusto. A
busca pela ética se traduz pelas escolhas que o homem
faz. As opções certas leva-nos à um caminho de virtude, 9
verdade e às relações justas.
 

O estudo da ética não é só explorado pela


filosofia, mas diversos profissionais se dedicam
a ela (sociólogos, antropólogos, psicólogos,
biólogos, médicos, jornalistas, economistas etc.)
principalmente pelo fato de cada área ter um
código para delimitar as ações daquela
profissão.

Embora não mantenha relação direta com a lei


propriamente dita, a ética é construída ao longo
da história, galgada nos valores e princípios
morais de determinada sociedade. Os códigos
éticos visam proteger a sociedade das injustiças
e do desrespeito em qualquer esfera social, seja
no ambiente familiar ou profissional.
10
TEORIAS ÉTICAS

ÉTICA DAS VIRTUDES

A palavra virtude tem sua origem no latim VIRTUS, e


significa uma qualidade positiva de um indivíduo que motiva
a agir de forma a fazer o bem para si e para os outros.

Sócrates (469-399ª.C), defendia a ideia de que as


demandas ética só poderiam ser plenamente resolvidas com
o conhecimento de si mesmo (conhece-te a ti mesmo). Uma
vez alcançado tal conhecimento, o homem teria uma
percepção das virtudes, o que permitiria uma atuação
política e social correta.

11
Platão (427 -348) a.C) Considerava a virtude como inata, uma
qualidade que o indivíduo traz consigo ao nascer e, portanto não
poderia ser ensinada.

Aristóteles: As virtudes são atributos ou qualidades que o ser


humano deve cultivar para chegar a ser feliz. Para ele são
exemplos de virtudes: a coragem, a justiça, a prudência e a
temperança.

Aristóteles dividiu as virtudes em ETICAS (morais) as quais se


chega pelo exercício contínuo do hábito , tais como: justiça,
temperança, honestidade, lealdade e a fidelidade e
DIANOÉTICA(não morais/intelectuais), que são obtidas pelo
ensinamento, tais como a coragem, a sapiência e a prudência.
12
Dado o avanço científico Jean Piaget(1994) observou 4 etapas
que fazem parte da formação da consciência moral dos
indivíduos:

1ª. Anomia: Nesta fase a criança procura prazer e foge da dor e


não consegue correlacionar suas atitudes às normas morais.

2ª . Heteronomia: Nesta fase, a criança obedece às ordens para


receber recompensa ou para evitar castigo.

3ª. Socionomia: Fase na qual os critérios morais da criança vão


se firmando por meio de suas relações com outras crianças. Ela
vai interiorizando as noções de responsabilidade, obrigação,
respeito e justiça .

4ª.Autonomia: Nesta fase, a criança interiorizou as normas


morais e passa a comportar-se de acordo com elas.13
Ética Religiosa
É uma ética delimitada por parâmetros (princípios e regras)
religiosos: Os mandamentos de Deus tem caráter imperativos
supremos.

Na concepção cristã, o ato de matar ou de roubar, por ex. , não


se justifica, pois seriam contrários aos mandamentos bíblicos
universais (não matarás e não roubarás), que devem ser
obedecidos.

14
ÉTICA DO DEVER

Kant (1724-18804) : para ele o dever nasce do


reconhecimento por parte do ser humano (ser racional), por
meio do uso da sua razão, da necessidade obrigatória de
obedecer certas regras ou “imperativos categóricos”.
Devemos tratar toda a humanidade e ao próximo sempre
como um fim e nunca como um meio.

“Age de tal maneira que uses a humanidade, tanto na tua


pessoa como na pessoa de qualquer outro, sempre e
simultaneamente, como um fim e nunca simplesmente como
um meio.”

“O ato bom é aquele que é praticado por todos ,


indistintamente.” 15
ÉTICA FINALISTA (FINALISMO)

Os finalistas não partem de regras, mas de objetivos, e


avaliam as suas ações à medida que favorecem esses
objetivos. Para se determinar o rumo correto de uma
ação, deve-se escolher um apropriado e depois decidir
sobre o meio apropriado para alcança-lo. “Os fins
justificam os meios”.

16
UTILITARISMO
Jeremy Benthan(1748-1832) e Mill (1806-1873)- relacionam o
útil ao bom.

O objetivo da ética é o de proporcionar o máximo de felicidade


ao maior número de pessoas. Esse seria o princípio da “maior
felicidade”, ou “maior utilidade”.
A felicidade residiria na busca do máximo prazer e do mínimo
de dor. O “Bem” consiste na maior felicidade e as ações
positivas são aquelas que a produzem.
Eles vêm o “bom” o como aquilo que é útil para a maioria,
tornando-se assim uma espécie de altruísmo ético ("O
altruísmo [enquanto moralidade] declara que qualquer ação
praticada em benefício dos outros é boa, e qualquer ação
praticada em nosso próprio benefício é má. Assim, o
beneficiário de uma ação é o único critério de valor moral - e
contanto que o beneficiário seja qualquer um, salvo nós
17
mesmos, tudo passa a ser válido" (p.15)., sempre admitindo a

Você também pode gostar