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INTRODUÇÃO À ECONOMIA

PROFª. Elexandra T. pizzol


BRICS
A sigla BRIC refere-se às inicias de Brasil, Rússia, Índia e China e Africa
do Sul. Foi criada pelo economista Jim O’Nill, em 2001, para referir-se
aos quatro países que, segundo ele, apresentarão as maiores taxas de
crescimento econômico até 2050.

BRICs é o termo cunhado por Jim O’Neill, na época à frente do Goldman


Sachs, para o bloco criado em 2001, que tem o objetivo de fazer um
contraponto ao G8 e ao G20, dominados por economias ricas. O’Neill
buscava uma forma de mostrar que no futuro a maior parte da economia
mundial seria regida por Brasil, Índia, China e Rússia.
A África do Sul foi incluída no grupo em 2010. Por isso, o grupo passou a
ser chamado de Brics, com o acréscimo do "S", inicial do nome do país
em inglês (South África).
• Em 2001, o economista britânico Jim O´Neil
formulou o acrônimo "Bric", utilizando as iniciais
dos quatro países considerados emergentes, que
possuíam potencial econômico para superar as
grandes potências mundiais em um período de, no
máximo, cinquenta anos.

• A partir de 2006, o grupo passou a ser um


mecanismo internacional, quando o Brasil, Rússia,
Índia e China decidiram dar um caráter diplomático
a essa expressão na 61º Assembleia Geral das
Nações Unidas.
• Em 2009, os encontros passaram a ser anuais e a
contar com a presença dos chefes de Estado e
governo.
• O BRIC foi formalizado em 16 de maio de 2008, na cidade de
Yekateringburg, na Rússia. A primeira cúpula do grupo foi
realizada no dia 16 de junho de 2009.

O BRIC não se trata de um bloco econômico, e sim de uma


associação comercial composta por países que apresentam situações
econômicas e índices de desenvolvimento parecidos.

Os quatro países apresentam em comum a grande extensão
territorial; estabilidade econômica recente; Produto Interno Bruto
(PIB) em ascensão; grande disponibilidade de mão de obra;
mercado consumidor em alta; disponibilidade de recursos naturais;
aumento nas taxas de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH);
valorização nos mercados de capitais; investimentos de empresas
nos diversos setores da economia.
• BRICS é o termo utilizado para a tradição de coordenação
política entre Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. 

• Mas atenção: apesar de o BRICS ser um mecanismo oficial


de cooperação entre os países integrantes, ele não é
considerado um bloco econômico.
• Qual a diferença?  Diferentemente de blocos econômicos
como a União Europeia e o Mercosul, o BRICS não possui
um estatuto formal de regras ou uma carta de princípios. E
também não possui um secretariado fixo e nem tem fundo
próprio para financiar qualquer uma das suas atividades.
• Segundo os países integrantes, a intenção do grupo
é manter uma aliança que ajude a alavancar a influência
geopolítica destes países no mundo
• O estudo realizado por Jim O'Neil foi recebido com imensa
satisfação nos países que protagonizam o BRIC.

• Assim, diante das perspectivas de crescimento e das


notas das agências internacionais, os governos do BRIC
impulsaram oficialmente a possibilidade de constituição
de um bloco entre esses países emergentes.

• O BRIC se constituiu em bloco em 2009 e desde então,


vários encontros periódicos entre esses países foram
realizados. Em 2011, mais um país foi agregado: a África
do Sul.

• Deste modo, o BRIC virou BRICS. Contudo, a inclusão da


África do Sul gerou críticas da comunidade econômica
mundial, pois ela não estaria no mesmo nível de
crescimento que os demais países.
• BRICS é um termo utilizado para designar o grupo de países de
economias emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e
África do Sul.

• "BRICS" é um acrônimo ou seja, a junção das iniciais de palavras que


formam outro termo. Seu criador é o economista britânico Jim
O'Neill, do grupo financeiro Goldman Sachs, em 2001.

• O economista tentava encontrar uma forma de traduzir o crescimento


econômico que seria protagonizado naquela década por Brasil, Rússia,
Índia e China. Por conseguinte, empregou a expressão "BRIC".

• Naquele momento, o crescimento brasileiro ainda suscitava dúvidas,


bem como a Rússia, que estava estagnada. Já a China, apresentava
taxas de crescimento elevadíssimas entre os demais e se destacava no
cenário econômico mundial.
• Evolução para o BRICS

• Bom, em 2009 – na Rússia – pela primeira vez os chefes de


Estado de Brasil, Rússia, Índia e China se reuniram e
realizaram a chamada Primeira Reunião de Cúpula dos BRIC.
• Desde então, essas reuniões são realizadas anualmente e são
sediadas em algum dos países integrantes. Além deste formato
de Cúpula, acontecem também todos os anos reuniões
informais dos membros à margem dos encontros do G20.
• Entre 2009 e 2018, já ocorreram 10 reuniões de Cúpula. 

• Como você deve ter percebido, a África do Sul não participou


da Primeira Reunião de Cúpula. Isso porque o país passou a
ser membro do grupo somente em 2010. Consequentemente, a
partir de então, o nome oficial passaria a ser BRICS.
• Como menciona o Itamaraty, ao longo da sua
primeira década, o BRICS desenvolveu cooperação
setorial em diferentes áreas como: ciência e
tecnologia, promoção comercial, energia, saúde,
educação, inovação e combate a crimes
transnacionais. Hoje, a cooperação já abrange mais
de 30 setores.

• Portanto, houve uma considerável evolução e não se


trata mais apenas de um acrônimo, mas
de um relevante ator internacional.
Qual o escopo da agenda?
•De forma geral, o BRICS possui uma agenda interna
e uma agenda externa.
•Na agenda interna, os países buscam estreitar a
cooperação e os negócios entre si, criando elementos
que preservem seu crescimento econômico e
desenvolvimento social.
•Na agenda externa, buscam se posicionar a respeito
de diferentes temas, como meio
ambiente, pobreza, comércio, e segurança.
•Mas, quais foram as principais iniciativas até o
momento?
• Principais resultados da cooperação
• Os resultados dos anos de cooperação entre os cinco países pode ser visto
principalmente nas seguintes áreas:
• 1. Econômica-Financeira
• Destaca-se nessa área, a criação do 
Novo Banco de Desenvolvimento do Brics (NDB) – ideia proposta na Cúpula
de Fortaleza em 2014. O objetivo do Banco é mobilizar recursos para o
investimento em infraestrutura e desenvolvimento sustentável, tanto dos
países membros quanto de outros países emergentes.
• De tal forma, a ideia pode ser vista como uma proposta de fornecer uma
alternativa para os países emergentes ao Banco Mundial e ao Fundo
Monetário Internacional. Historicamente, as condições impostas por essas
organizações internacionais financeiras são fortemente criticadas pelos
países em desenvolvimento.
• 2. Saúde
• Essa área de cooperação tem atuado principalmente na identificação de
problemas de saúde comum aos países BRICS. Na prática, significa
esforços de pesquisa como no caso da Rede de Pesquisa em
Tuberculose e a coordenação de esforços em acordos de Saúde
Pública nas organizações multilaterais.
• 3. Ciência, Tecnologia e inovação
• Trata-se principalmente do fomento da pesquisa para o desenvolvimento
de bens de alto valor tecnológico agregado. Como também no
intercâmbio de conhecimento entre os países.

• 4. Segurança
• Nessa questão, os diálogos sobre segurança visam aprofundar questões
sobre segurança internacional e manifestar medidas a crimes
transnacionais como trafico de drogas, ataques cibernéticos, lavagem de
dinheiro, entre outros.
• 5. Empresarial

• Foi estabelecido em 2013, na Cúpula de Durban,  o Conselho Empresarial


do BRICS (CEBRICS). São nove grupos de trabalho nas áreas de
infraestrutura, agronegócio, energia, manufatura, finanças, aviação regional
e desenvolvimento de capacidades.
• As dificuldades
• Apesar dos cinco países convergirem em diversos temas, nem sempre há
consenso entre as partes.

• No campo político, os desafios bilaterais entre China e Índia por disputas


territoriais históricas são um dos pontos de tensão no grupo. Além disso, o
atual posicionamento do Presidente Bolsonaro em torno da 
crise venezuelana está também sendo fonte de divergências com a Rússia.

• No campo econômico, a situação vista é de um desequilíbrio entre os


desempenhos nacionais dos cinco países nos últimos anos. Enquanto a
Índia continua a crescer, e a China ainda mantem uma taxa de crescimento
maior que a média mundial. Brasil e Rússia não acompanham os
desempenhos econômicos positivos.

• Além disso, em termos globais, especialistas sugerem que o principal


desafio do grupo é reduzir barreiras econômicas e tentar aumentar o
comércio internacional. Isso porque ainda é necessário fortalecer a
posição do BRICS no sistema econômico internacional.
• Brasil
• PIB (2018): US$ 1,87 trilhões
• Projeção de alta em 2019 (FMI): 0,9%
• Capital: Brasília
• Moeda: Real

• Rússia
• PIB (2018): US$ 1,66 trilhões
• Projeção de alta em 2019 (FMI): 1,1%
• Capital: Moscou
• Moeda: Rublo

• Índia
• PIB (2018): US$ 2,72 trilhões
• Projeção de alta em 2019 (FMI): 6,1%
• Capital: Nova Delhi
• Moeda: Rúpia

• China
• PIB (2018): US$ 13,4 trilhões
• Projeção de alta em 2019 (FMI): 6,1%
• Capital: Pequim
• Moeda: Yuan

• África do Sul
• PIB (2018): US$ 368 bilhões
• Projeção de alta em 2019 (FMI): 0,7%
• Capital: Pretória
• Moeda: Rand


Os fatores que contribuem para a ascensão
econômica brasileira são:
- Grande produtor agrícola;
- parque industrial diversificado;
- Grandes reservas minerais; e com a descoberta da
camada pré-sal, o país será autossuficiente e possível
exportador de petróleo;
- Apresenta um grande mercado consumidor.

- De acordo com o relatório elaborado por Jim O’Nill, o PIB


do Brasil vai apresentar acréscimo de 150% até 2030 e
chegará a US$ 2,4 trilhões, sendo a quinta maior economia
do mundo, atrás de Estados Unidos, China, Índia e Japão.
A Rússia,

A Rússia, segundo as projeções de O’Neill, será a sexta maior


economia do planeta em 2050.

Entre os fatores que fortalecem a economia da Rússia estão:

- apresenta grandes reservas de petróleo e gás natural;


- atualmente é o segundo maior produtor e exportador de
petróleo do mundo;

- o país conta com a maior reserva de gás natural do planeta;


- apresenta um grande mercado consumidor.
A Índia
• A Índia será o único país entre as potências
emergentes a crescer acima dos 5% ao ano, a partir
de 2030. No entanto, para isso o país necessita:
• qualificar sua mão de obra, através de
especialização da força de trabalho.

Os aspectos positivos do país são:


- possui profissionais qualificados em áreas
tecnológicas, principalmente de informática;
- possui um parque de indústrias de tecnologia,
nacionais e estrangeiras.
- apresenta um grande mercado consumidor.
A CHINA:
• O PIB chinês cresceu, nos últimos anos, de 8% a 10,7%
por ano, bem superior à média mundial, que é de 4%.
• Entre os fatores responsáveis por esse fortalecimento
econômico estão:
- apresenta um vasto exército de operários;
- alto investimento em tecnologia e infraestrutura;
- possui vários investidores estrangeiros atuando no
país;
- sistema de educação de alto nível, 99,8% dos jovens
são alfabetizados;
- Somente 10% da população vive abaixo da linha da
pobreza.
África do Sul
• Pela classificação da ONU a África do Sul é um país de renda
média, com uma oferta abundante de recursos, com bem
desenvolvidos setores financeiro, jurídico, de comunicações,
energia e transportes, uma bolsa de valores que está entre as vinte
melhores do mundo, e uma moderna infra-estrutura de apoio a
uma distribuição eficiente das mercadorias a grandes centros
urbanos em toda a região. A África do Sul ocupa 32ª posição no
mundo em termos dePIB (PPC), de acordo com dados de 2009. A
sua integração na economia é muito forte e constitui uma base
essencial para o seu desenvolvimento.

•  é o maior produtor e consumidor de energia no 


continente africano. A África do Sul é um destino turístico
popular, e uma quantidade substancial de receita vem do turismo.
117 Entre as principais atrações são a cultura variada e pitoresca, a

reservas de caça e os vinhos locais.


Principais parceiros comerciais:

Alemanha, os Estados Unidos, a China, o Japão, o 


Reino Unido e a Espanha.

 As principais exportações do país incluem:

o milho, diamantes
, frutas, ouro, açúcar, metais, minerais,
e lã. Máquinas e equipamentos de transporte constituem
mais de um terço do valor das importações do país.

As importações incluem:

produtos químicos, produtos manufaturados e petróleo.
Todos esses aspectos citados contribuem
para que esses países se desenvolvam
economicamente. No entanto, é preciso
solucionar questões no âmbito político,
social e ambiental, como maiores
investimentos em educação,
infraestrutura, políticas de proteção
ambiental, solucionar a corrupção nos
países, desigualdade social, etc.

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