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POSIÇÃO PRONA

TRABALHO
TRABALHO DE
DE ESTAGIO
ESTAGIO
ALUNO:
ALUNO: MAYCON
MAYCON MANZATTO
MANZATTO SAVEGNAGO
SAVEGNAGO
Definição:

 A PRONA é definida como uma


manobra de rotação do paciente da
posição supina para decúbito ventral,
com o objetivo de melhorar a
oxigenação e a acidose respiratória
de pacientes com SDRA (Síndrome
do desconforto respiratório agudo)
moderada a grave. Preferencialmente
deve ser aplicada nas primeiras 48
horas de ventilação mecânica.
Preparo:

 Checar RX se a IOT (Intubação Orotraqueal) está localizada à 2 cm da carina da


traqueia.
 Certificar-se de que a IOT, cateteres centrais e cateteres periféricos estão seguros e
firmes.
 Desligar dieta enteral, checar se há resíduos, esvaziar o estômago e clampear a
SNG (Sonda Nasogástrica) e SNE (Sonda Nasoenteral).
 Realizar aspiração traqueal se necessário.
Mudança de decúbito:

1. Posicionar a equipe e eleger uma pessoa na cabeça, para


assegurar cateteres centrais e tubo endotraqueal
2. aumentar FiO2=100% (fração inspirada de oxigênio),
anotar o modo ventilatório e valores mensurados como
Vt, Vmin, Ppico, Pplatô
3. Posicionar o paciente para a beirada da cama o máximo
possível, qualquer que seja o lado escolhido para virar o
paciente em decúbito lateral com o braço dependente
abaixo do tórax. No processo de virada o braço não
dependente pode ser elevado acima da cabeça do
paciente. Reposicionar o paciente no meio da cama
4. Posicionar a cabeça do paciente em direção ao ventilador
mecânico. Certificar-se de que a IOT não foi tracionada
Mudança de
decúbito:
5. Colocar apoio de travesseiro no quadril e ombros,
deixando abdômen livre.
6. Apoiar a face e os ombros apropriadamente,
evitando qualquer apoio na órbita ocular
7. Ajustar todos os drenos, tubos e cateteres quanto
às conexões e funções
8. Reposicionar os eletrodos de ECG nas costas do
paciente i. Posicionar o paciente em
Trendelemburg reverso. Pode-se realizar uma
pequena mudança de decúbito semi lateral a cada
duas horas
9. Verificar e documentar toda extensão de pele a
cada turno, principalmente nas áreas de
compressão e região ventral
Duração da Terapia:
 O paciente deve permanecer na
posição prona durante 16 a 20
horas. 
Critério de Resposta:
 Gasometria ao final da posição prona
(depois de 16 a 20h em prona) com
melhora da PaO2/FiO2 > 20 mmHg
ou aumento na PaO2 > 10mmHg.
 Melhora da acidose respiratória.
 Melhora hemodinâmica e
ecocardiográfica do VD.

8.Posição de Trendelemburg reverso, sem prona.


Efeitos fisiológicos:

 O mais importante é a melhora da


oxigenação, que ocorre com 70% a
80% dos pacientes, podendo ser
atribuído a melhora por vários
mecanismos sendo isolados ou
associados, dentre eles está a
diminuição dos fatores que
contribuem para o colabamento
alveolar, a redistribuição da
ventilação alveolar e a redistribuição
da perfusão.
Coleta de gasometria:

 1 hora após posição prona (objetivo: reajuste da VM)


 Logo antes do retorno à posição supina (objetivo: avaliar resposta ao tratamento)
 4 horas após retorno à posição supina (objetivo: avaliar continuidade do
tratamento com prona) --> Se paciente permanecer com critérios de posição
prona, a manobra deverá ser refeita após 4 horas em posição supina
Contraindicações:
 Fratura facial ou pélvica
 Queimadura ou feridas abertas na região abdominal
 Instabilidade da coluna
 Aumento da pressão intra cranial
 Arritmias graves
 Gestantes
 Necessidade de hemodiálise ou na vigência de hemodiálise
 Choque e instabilidade hemodinâmica
 Síndrome compartimental abdominal
 Ascite volumosa
Complicações:

  Compressão de nervo periférico


 Estase venosa
 Danos na retina e edema facial
 Retirada de cateteres, drenos e tubo traqueal
 Úlcera por pressão
 Limitação da mobilidade diafragmática
 Instabilidade hemodinâmica do paciente
 Arritmia cardíaca
Interrupção da Manobra:
 Complicações: extubação acidental, parada cardiorrespiratória, obstrução do tubo.
 Bradicardia grave (< 30 bpm por mais de 60 segundos).
 Pressão arterial sistólica < 60 mmHg prolongada.
 Queda > 10% saturação basal.
 Saturação < 85% por mais de 10min com FiO2 =1.0.
 Redução da relação PaO2/FiO2 > 20% em relação à posição supina depois de 2 sessões de prona
consecutivas.
 Melhora da oxigenação na avaliação diária: relação PaO2/FiO2 > 150 mmHg com PEEP < 10 e
FiO2 < 0,6 após 4h do término da última prona.
 Presença de complicações graves durante a prona, que levem à interrupção imediata da manobra.
 Avaliação pulmonar.
 Desaconselhada a realização de Rx tórax no leito durante a prona.
 Realizar a avaliação com US.
Referencias:

 https://multisaude.com.br/artigos/ventilacao-em-posicao-prona/
 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2017000200
131
 http://revista.unilus.edu.br/index.php/ruep/article/view/977
 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-371320050004000
11
 http://rmmg.org/artigo/detalhes/2460
 http://revista.unilus.edu.br/index.php/ruep/article/view/977
 https://interfisio.com.br/efeitos-da-posicao-prona-na-sindrome-do-desconforto-res
piratorio-agudo-em-criancas/

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