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• Nexo Causal: para que haja responsabilização pela prática do ato ilícito, é
necessária uma violação de um dever de conduta e mais, que ocorra uma
relação de causa e efeito entre a violação do dever jurídico e o dano. Este
é o nexo causal: a relação entre a conduta do agente e o dano.
• Teorias explicativas do nexo causal:
• Teoria da equivalência das condições ou condição sine qua non: essa
teoria diz que toda e qualquer circunstância envolvida no desenrolar dos
fatos é considerada causa. Essa teoria é muito criticada pela doutrina,
pois, ela se traduz naquilo que se chama regressus ad infinitum, isto é,
regressarmos em todas as causas que deram origem ao evento danoso,
caminhando em direção ao infinito, o que é, obviamente, um absurdo.
DA OBRIGAÇÃO DE REPARAR O DANO
O nexo causal e a Teoria da causalidade adequada
• Teoria dos danos diretos e imediatos: para esta teoria, só serão indenizados os danos decorrentes da
conduta do agente, não cabendo indenização pelos danos remotos oriundos de outras causas, as
chamadas concausas.
• “concausas” a pluralidade de causas que concorrem para um mesmo evento ou resultado, mas que,
nem sempre são diretamente vinculadas ou, em outras palavras, nem sempre são dependentes da
conduta inicial.
• Excludentes do nexo causal: existem quatro excludentes do nexo causal:
• 1-caso fortuito e a força maior;
• 2-fato ou culpa exclusiva da vítima;
• 3-fato de terceiro ou culpa exclusiva de terceiro.
• 1-Caso fortuito ou força maior: entende-se como caso fortuito os eventos inevitáveis e imprevisíveis
que levam ao fato. Já força maior são eventos inevitáveis, mas previsíveis. Essas excludentes devem ser
levadas em conta quando o dano ocorre por obra de pessoas comuns, nas relações entre particulares.
• Artigo 393, § único: O caso fortuito ou de força maior verifica se no fato necessário, cujos efeitos não
era possível evitar ou impedir. Deve-se atentar para o fato de que o Código Civil não faz distinção de
caso fortuito e de força maior. Para esse dispositivo, os dois são a mesma coisa.
DA OBRIGAÇÃO DE REPARAR O DANO
Excludentes do nexo causal: caso fortuito interno e externo
Caso fortuito interno e externo: as hipóteses de caso fortuito interno e externo
servem para excluir o nexo causal nas relações empresariais.
Caso fortuito interno: o fato imprevisível está conexo com a organização e a
atuação da empresa. Exemplo: um motorista de ônibus que, durante o trabalho,
passa mal e bate com o veiculo em um outro que estava estacionado.
OBS: é importante para aferir a responsabilização do transportador, pois se for
provado que o caso fortuito é interno, ele não será usado como excludente do
nexo causal.
Caso fortuito externo: há a imprevisibilidade do fato. Neste caso, não há ligação
com a organização ou com a atuação da empresa. O caso fortuito externo está
mais relacionado com os fenômenos da natureza. Exemplo: um raio cai em uma
árvore e essa cai em cima de um ônibus, causando ferimentos nos passageiros.
RESPONSABILIDADE NO CÓDIGO
CIVIL
• Continua em regra como subjetiva, excepcionando-se,
entre outras, a hipótese da atividade exercida
normalmente pelo autor do dano com risco para os
direitos de outrem, quando então a obrigação de
reparar ocorrerá independentemente de culpa.
OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR NO PRÉ-CONTRATO:
• Configura a responsabilidade pré-contratual: