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Patologias músculo esqueléticas

2014
Fibromialgia
• Fibromialgia caracteriza-se por dor crônica que migra
por vários pontos do corpo e se manifesta
especialmente nos tendões e nas articulações.
• Trata-se de uma patologia relacionada com o
funcionamento do sistema nervoso central e o
mecanismo de supressão da dor que atinge, em 90%
dos casos, mulheres entre 35 e 50 anos.
• A fibromialgia não provoca inflamações nem
deformidades físicas, mas pode estar associada a
outras doenças reumatológicas o que pode confundir o
diagnóstico.
Causas
• A causa específica da fibromialgia é
desconhecida.

• Sabe-se, porém, que os níveis de


serotonina são mais baixos nos
portadores da doença e que desequilíbrios
hormonais, tensão e estresse podem estar
envolvidos em seu aparecimento.
Sintomas
• Dor generalizada e reicidivante;
• Fadiga;
• Falta de disposição e energia;
• Alterações do sono que é pouco reparador;
• Síndrome do cólon irritável;
• Sensibilidade durante a micção;
• Cefaleia;
• Distúrbios emocionais e psicológicos.
Diagnóstico
• O diagnóstico da fibromialgia baseia-se na
identificação dos pontos dolorosos.

• Deve-se observar a presença de ao


menos 17 dos 18 pontos clássicos de dor.

• Ainda não existem exames laboratoriais


complementares que possam orientá-lo.
Tratamento
• O tratamento da fibromialgia exige cuidados
multidisciplinares. No entanto, tem-se
mostrado eficaz para o controle da doença:
• Uso de analgésicos e anti iflamatórios
associados a antidepressivos tricíclicos;
• Atividade física regular;
• Acompanhamento psicológico e emocional;
• Massagens e acupuntura.
Recomendações
• Tome medicamentos que ajudem a combater os
sintomas;
• Evite carregar pesos;
• Fuja de situações que aumentem o nível de estresse;
• Elimine tudo o que possa perturbar seu sono como luz,
barulho, colchão incômodo, temperatura desagradável;
• Procure posições confortáveis quando for permanecer
sentado por muito tempo;
• Mantenha um programa regular de exercícios físicos e
atividades que desenvolvam o bem estar, como
massagens e acupuntura.
Artrite reumatoide
• Artrite reumatoide é uma doença
inflamatória crônica, autoimune, que afeta
as membranas sinoviais (fina camada de
tecido conjuntivo) de múltiplas
articulações (mãos, punhos, cotovelos,
joelhos, tornozelos, pés, ombros, coluna
cervical) e órgãos internos, como
pulmões, coração e rins, dos indivíduos
geneticamente predispostos
• A progressão do quadro está associada a
deformidades e alterações das
articulações, que podem comprometer os
movimentos.
• Não se conhecem as causas da doença,
que afeta duas vezes mais as mulheres do
que os homens entre 50 e 70 anos, mas
pode manifestar-se em ambos os sexos e
em qualquer idade.

• A forma juvenil tem início antes dos 16


anos, acomete número menor de
articulações e provoca menos alterações
no exame de sangue.
Sintomas
• No início, os sintomas podem ser
insidiosos e comuns a outras
enfermidades ou ocorrer abrupta e
simultaneamente.

• Os mais comuns são rigidez matinal que


regride durante o dia, mal-estar,
diminuição do apetite, perda de peso,
cansaço, febre baixa, inchaço nas juntas
das mãos, punhos, joelhos e pés, que se
deformam com a evolução da doença.
Diagnóstico
• O diagnóstico leva em conta os sintomas,
o resultado de exames laboratoriais (VHS,
proteína C-reativa e fator reumatoide) e
por imagem (raios X, ressonância
magnética, ultrassonografia articular).
• O Colégio Americano de Reumatologia
estabeleceu os seguintes critérios que
ajudam a nortear o diagnóstico (os quatro
primeiros devem estar instalados durante
seis semanas pelo menos):
• Rigidez matinal;
• Artrite de três ou mais áreas, com sinais de
inflamação;
• Artrite de articulação das mãos ou punhos
(pelo menos 1 área com edema);
• Artrite simétrica (a simetria não precisa ser
perfeita);
• Nódulos reumatoides ;
• Fator reumatoide sérico positivo;
• Alterações radiográficas (erosões ou
descalcificações articulares).
Tratamento
• Quanto mais cedo for diagnosticada a
doença e iniciado o tratamento, melhor
será o prognóstico. Embora ainda não se
conheçam os recursos para a cura
definitiva, é possivel obter a remissão dos
sintomas, preservar a capacidade
funcional e evitar a progressão das
deformidades.
• Repouso só deve ser indicado em
quadros muito dolorosos e por pouco
tempo.

• Atividade física e fisioterapia são


importantes para controlar o
comprometimento das articulações e a
perda da mobilidade.
• O tratamento medicamentoso inclui
analgésicos, anti-inflamatórios não esteroides
(AINE), cortiscoroides e drogas
imunossupressoras, como o metrotrexato e a
ciclosporina.
• Alguns medicamentos mais recentes,
desevolvidos através de tecnologias baseadas
na biologia molecular, trazem novas
possibilidades terapêuticas.
• A cirurgia e a colocação de próteses articulares
podem representar uma opção de tratamento,
nos estágios avançados da doença.
Recomendações
•  Não tenha medo: artrite reumatoide não é
doença contagiosa nem hereditária;
• Lembre que a artrite reumatoide sem
tratamento pode ter como consequência a
total incapacidade de movimentar-se;
• Não se automedique nem atribua ao
envelhecimento sinais que possam ser
indicativos da artrite reumatoide. Procure
assistência médica.
Artrose
• Sinônimos: Osteoartrite, OA, doença
degenerativa das articulações

• A artrose ou osteoartrite (OA) é o distúrbio


mais comum das articulações.
Causas
• A artrose é causada pelo desgaste de
uma articulação.
• A cartilagem é o tecido fino e
emborrachado que reveste os ossos nas
articulações e permite que os ossos
deslizem uns sobre os outros.
• A cartilagem pode quebrar e se desgastar.
Como resultado, os ossos se friccionam,
causando dor, inchaço e rigidez.

• Bicos de papagaio ou esporões podem se


formar ao redor da articulação e os
ligamentos e músculos ao redor da bacia
ficam mais fracos e rígidos.
• Em geral, a causa da artrose é desconhecida.
• Ela está relacionada principalmente ao
envelhecimento.
• Os sintomas da artrose geralmente aparecem
na meia-idade.
• Quase todo mundo tem algum sintoma por volta
dos 70 anos.
• No entanto, esses sintomas podem não ser
graves.
• Antes dos 55, a artrose ocorre tanto em homens
quanto em mulheres.
• Após os 55 anos, ela é mais comum em
mulheres.
Outros fatores também podem
levar à artrose.
• A artrose tende a ser genética
• Estar acima do peso aumenta o risco de
artrose na bacia, nos joelhos, nos
tornozelos e nas articulações dos pés
• Fraturas ou outras lesões nas articulações
podem causar osteoartrite futuramente
• O uso excessivo a longo prazo no trabalho
ou no esporte pode levar à artrose
Entre as doenças que podem
causar a artrose estão:
• Distúrbios de coagulação que causam
hemorragia na articulação, como hemofilia
• Distúrbios que bloqueiam o suprimento
sanguíneo próximo a uma articulação,
como a necrose vascular
• Outros tipos de artrite, como gota crônica,
pseudogota ou artrite reumatoide
Exames
• O exame físico pode mostrar:
• Movimentação da articulação que pode provocar
rangidos (atrito) chamado de crepitação
• Inchaço das articulações (os ossos ao redor das
articulações podem parecer maiores do que o
normal)
• Amplitude de movimento reduzida
• Dor ao pressionar a articulação
• Movimento normal passa a ser doloroso
• Não existem exames de sangue que
auxiliem no diagnóstico da artrose.
• Um raio X das articulações afetadas
mostrará uma perda do espaço da
articulação. Em casos avançados, haverá
desgaste das extremidades dos ossos e
dos osteófitos.
Sintomas de Artrose
• Dor e rigidez nas articulações são os
sintomas mais comuns da artrose.

• A dor é muitas vezes pior depois do


exercício e quando peso ou pressão são
colocados na articulação.
• articulações ficam mais rígidas e duras de
mover com o tempo.
• fricção, atrito ou estalido ao mover as
articulações.
• A frase "rigidez matutina" refere-se à dor e
à rigidez que as pessoas sentem quando
se levantam pela manhã.
• A rigidez geralmente dura no máximo 30
minutos.
• Ela melhora com atividades leves que
"aqueçam" a articulação.
• Durante o dia, a dor pode piorar com a
atividade e melhorar ao repouso.
• A dor pode voltar quando estiver
descansando.
• A dor pode ocorrer durante o .
• Algumas pessoas podem não ter
sintomas, embora as radiografias mostrem
as alterações da artrose.
Tratamento de Artrose
• A artrose não pode ser curada. É muito
provável que ela se torne pior com o
tempo. Entretanto, os sintomas da artrose
podem ser controlados.
• Embora seja possível fazer cirurgias,
outras terapias podem melhorar a dor e
tornar sua vida melhor. Embora esses
tratamentos não curem a artrite, eles
podem adiar a cirurgia.
MEDICAMENTOS
• Analgésicos
• Corticoides injetados diretamente na
articulação também podem ser usados
para reduzir o inchaço e a dor.
• Entretanto, o alívio dura somente por um
curto período. Mais de duas ou três
injeções por ano podem ser prejudiciais à
saúde.
MUDANÇAS NO ESTILO DE VIDA

• Os exercícios podem ajudar a manter o


movimento geral e das articulações.
• Os exercícios aquáticos, como a natação,
são especialmente úteis.
Entre outras recomendações sobre estilo de
vida estão:

• Aplicar frio e calor


• Ter uma dieta balanceada e saudável
• Repousar
• Emagrecer se estiver acima do peso
• Proteger as articulações
• Fisioterapia é o tratamento mais utilizado
TRATAMENTOS ALTERNATIVOS

• A acupuntura é um tratamento baseado


na medicina chinesa.

• Alguns estudos concluíram que a


acupuntura pode aliviar a dor de pessoas
com artrose.
Gota
• Gota é uma doença caracterizada pela
elevação de ácido úrico no sangue, o que
leva a um depósito de cristais de
monourato de sódio nas articulações. É
este depósito que gera os surtos de artrite
aguda secundária que tanto incomodam
seus portadores.
• É importante saber que nem todas as
pessoas que estiverem com a taxa de
ácido úrico elevada (hiperucemia) serão
portadoras de gota (somente 20% dos
hiperucêmicos desenvolverão a doença).
A maioria dos portadores de gota é
composta por homens adultos.
Causas

• Ausência congênita de um mecanismo


enzimático responsável pela excreção do
ácido úrico pelos rins. Sem a eliminação
adequada, há um aumento da
concentração desse ácido no sangue;
• Produção excessiva de ácido úrico pelo
organismo devido a um “defeito”
enzimático. Neste caso, a pessoa produz
uma grande quantidade de ácido úrico e
os rins não conseguem eliminá-la. Esta
causa é menos comum.
• Alguns medicamentos como diuréticos e o
ácido acetilsalicílico podem levar à
diminuição da excreção renal do ácido
úrico.
Sintomas
• Na maioria das vezes, o primeiro sintoma
é um inchaço do dedo grande do pé
acompanhado de dor forte. A primeira
crise pode durar de 3 a 10 dias, e após
este período o paciente volta a levar uma
vida normal, o que geralmente faz com
que ele não procure ajuda médica
imediata.
• Uma nova crise pode surgir em meses ou
anos e comprometer a mesma ou outras
articulações. Geralmente as crises de
artrite aparecem nos membros inferiores,
mas pode haver comprometimento de
qualquer articulação.
• Sem tratamento, o intervalo entre as
crises tende a diminuir e a intensidade a
aumentar.
• O paciente que não se trata pode ter suas
articulações deformadas e ainda
apresentar depósitos de cristais de
monourato de sódio em cartilagens,
tendões, articulaçõs e bursas.
Diagnóstico
• Só é possível fazer o diagnóstico de gota na
primeira crise se forem encontrados cristais
de ácido úrico no líquido aspirado da
articulação. Caso contrário, não é possível
definir o diagnóstico antes de descartar outras
causas possíveis. Se a taxa de ácido úrico
estiver normal durante a crise, mas mesmo
assim houver suspeita do desenvolvimento da
doença, o médico deverá indicar uma nova
dosagem dentro de 2 semanas.
Tratamento
• Não há cura definitiva para a gota, já que a
maioria dos casos acontecem devido a
falhas na eliminação ou na produção do
ácido úrico. Como ambas as causas são
genéticas, o tratamento não é definitivo.
• Geralmente são indicados dieta e
medicamentos para diminuir a taxa de ácido
úrico no sangue e, conseqüentemente,
evitar as crises de gota.
Recomendações
•  Quando em tratamento, se os níveis estiverem
normais, o consumo de bebidas alcoólicas pode
ser feito sem exagero;
• * Não coma frutos do mar, miúdos, excesso de
carne vermelha, quando os níveis de ácido úrico
estiverem altos porque você pode desencadear
uma crise. Sob tratamento, esses alimentos podem
ser ingeridos sem exagero.
• * Não abandone o tratamento porque o nível de
ácido úrico sobe novamente levando a
deformidades das articulações.
Fraturas

• É a ruptura total ou parcial do osso


e podem ser fechadas ou expostas.
• O que caracteriza uma fratura?
• 1) Incapacidade total ou parcial de
movimentos
2) Dificuldade e dor aos movimentos
3) Observação de inchaço na área
atingida
4) Posição anormal do membro atingido
5) Traumatismos
• Classificação das fraturas
• Podem ser classificadas da seguinte
forma:
• 1) de acordo com a direção da linha da
fratura
2) conforme a localização anatômica
3) de acordo com a forma linear ou
cominutiva
• Quanto ao tipo, podem ser:
• 1) Múltiplas
2) Por encurtamento e torção
3) Completa e incompleta (quando a
estrutura óssea é lesionada na sua
totalidade ou apenas em parte).
4) De impacto, oblíquas, epifisárias,
penetrantes
5) Por fadiga (stress, comum em atletas)
6) Fechadas ou abertas (Não expostas ou
expostas)
Fratura fechada:
• Na fratura fechada não há rompimento da
pele, ficando o osso no interior do corpo.
Fratura exposta:
• Fratura na qual há rompimento da pele.
Este tipo de fratura ocorre
simultaneamente um quadro de
hemorragia externa, existindo ainda o
risco iminente de infecção.
Identificação:
• Dor local:

• Uma fratura sempre será acompanhada


de uma dor intensa, profunda e localizada,
que aumenta com os movimentos ou
pressão.
• Incapacidade funcional:

• É a incapacidade de se efetuar os
movimentos ou a função principal da parte
afetada.
• Deformação ou edema:

• Ocorre devido ao deslocamento das


seções dos ossos fraturados ou acúmulo
de sangue ou plasma no local. Um
método eficiente para se comprovar a
existência de deformação é o de se
comparar o membro fraturado com o são.
• Crepitação óssea:

• É um ruído produzido pelo atrito entre as


seções ósseas fraturadas. Este sinal,
embora de grande valor para diagnosticar
uma fratura, não deve ser usado como
método de diagnóstico para não agravar a
lesão.
• Mobilidade anormal:

• É a movimentação de uma parte do corpo


onde inexiste uma articulação. Pode-se
notar devido à movimentação anormal ou à
posição anormal da parte afetada. Este
método, assim como o anterior, não deve
ser forçado. No caso de dúvida, sempre
considerar a existência da fratura.
Tratamento da fratura fechada:
• Aplicar tração em fraturas de membros sempre que possível;
• · Imobilizar a fratura mediante o emprego de talas, dependendo das
circunstâncias e alinhamento do osso;
• · Imobilizar também a articulação acima e abaixo da fratura para evitar qualquer
movimento da parte atingida;
• · Observar a perfusão nas extremidades dos membros, para verificar se a tala
ficou demasiadamente apertada;
• · Verificar presença de pulso distal e sensibilidade;
• · Tranqüilizar o acidentado mantendo-o aquecido e na posição mais cômoda
possível;
• · Prevenir o estado de choque;
• · Remover a vítima em maca;
• · Transportar para o hospital.
• Obs: Como em qualquer traumatismo grave, a dor e o estado psicológico (stress)
podem causar o choque, devendo o socorrista preveni-lo.
• Em fraturas anguladas ou em articulações não se deve tracionar. Imobilizar como
estiver.
Tratamento da fratura exposta:
• Este tipo de fratura é caracterizado pela hemorragia abundante, risco de contaminação,
bem como lesões de grande parte do tecido. As medidas de procedimento são:
• · Gentilmente, tentar realinhar o membro;
• · Estancar a hemorragia, mediante emprego de um dos métodos de hemostasia;
• · Não tentar recolocar o osso no interior da ferida;
• · Prevenir a contaminação, mediante assepsia local, mantendo o ferimento coberto com
gaze esterilizada ou com as próprias roupas da vítima (quando não houver gaze);
• · Imobilizar com tala comum, no caso de fratura onde os ossos permaneçam no seu
alinhamento, ou empregar a tala inflável, a qual estancará a hemorragia
(tamponamento) e prevenirá a contaminação;
• · Se não for possível realinhar a fratura, imobilizá-la na posição em que estiver;
• · Checar a presença de pulso distal e sensibilidade;
• · Nos casos em que há ausência de pulso distal e/ou sensibilidade, o transporte
urgente para o hospital é medida prioritária;
• · Prevenir o estado de choque tranqüilizando a vítima e evitando que veja o ferimento;
• · Remover a vítima em maca;
• · Transportar a vítima para o hospital.
• Obs: Fraturas e deslocamentos na região do ombro (clavícula, omoplata e cabeça de
úmero) devem ser imobilizadas combandagem.

•  
Luxações
• Uma luxação é um deslocamento repentino e duradouro,
parcial ou completo de um ou mais ossos de uma das
articulações do corpo.

• Em geral, uma luxação acontece quando uma força externa


atua direta ou indiretamente sobre uma articulação,
empurrando o osso para fora da sua posição normal.

• É muito comum que isso aconteça nos traumas de certa


intensidade. Embora seja possível ocorrer luxação em
qualquer articulação, os locais mais comuns são ombros,
dedos, joelhos, punhos e cotovelos.
• Uma luxação pode ser completa ou incompleta.

• Luxação completa: os segmentos ósseos que


constituem a articulação ficam completamente
desunidos

• Luxação incompleta (ou subluxação) aquela em que a


união dos segmentos ósseos é reduzida, mas não é
completa.

• Na maioria das vezes a extremidade do osso deslocado


fica no interior da cápsula
articular (luxação intracapsular), mas em alguns casos
ela fica no exterior da mesma (luxação extracapsular).
• A dor aparece imediatamente após o acidente, o que
dificulta ou impede qualquer tentativa de movimentar
aarticulação afetada.

• A articulação se apresenta deformada e à palpação nota-


se o osso fora do seu lugar habitual.

• O deslocamento do segmento ósseo pode impossibilitar


a normal realização dos movimentos da
articulação lesionada.

• Caso a luxação afete uma articulação de um membro,


por vezes a extremidade dele fica um pouco mais curta
ou mais longa do que o normal.
• Caso não se tenha realizado o tratamento
adequado, a articulação pode ser fixada numa
posição anômala. Neste caso,
a articulação permanecerá deformada e com uma
limitação funcional mais ou menos significativa.

• A zona afetada deve ser imobilizada após a


realização da redução da luxação e os elementos
de sustentação da articulação devem ser
adequadamente reparados, em caso contrário
propiciará certa instabilidade à articulação.
• Uma primeira impressão decorre do
exame clínico.

• Em seguida, as radiografias são


necessárias e suficientes para confirmar
o diagnóstico. Além disso, ajudam a
detectar possíveis fraturas que possam ter
ocorrido no momento da luxação.
• Antes de chegar a um serviço médico, o paciente ou aqueles que o
acompanham devem ter alguns cuidados:

• Providencie socorro médico o quanto antes, já que quando


a articulação é deslocada, o suprimento sanguíneo normal pode estar
comprometido e, além disso, a reação inflamatória que sobrevém logo
em seguida pode fazer com que a redução não possa mais ser
realizada através de manobras manuais, sendo necessária a realização
de uma intervenção cirúrgica.

• Não tente recolocar o osso no lugar, pois isso pode piorar o quadro,
rompendo vasos, comprimindo nervos, etc.

• Imobilize a articulação na posição em que ela tenha ficado, com


uma tala ou tipoia, até chegar ao socorro médico.

• O paciente não deve comer até ser atendido pelo médico, já que
poderá necessitar de anestesia geral para reduzir a luxação, o que
requer jejum.
• As articulações que uma vez tenham sido
luxadas ficam mais susceptíveis a sofrer novas
luxações, devido ao enfraquecimento
dos músculos e ligamentos que mantêm
a articulação no lugar habitual.

• Para minimizar este problema e recuperar a


plenitude funcional
da articulação comprometida, toda luxação deve
ser acompanhada por fisioterapia.
• https://www.youtube.com/watch?v=xDePR
KeB4kc

• https://www.youtube.com/watch?v=D3GV
KjeY1FM
Lesões Ligamentares
• É frequente ver o termo entorse ser
aplicado a um tipo de lesão que se
caracteriza pela ruptura, estiramento ou
alongamento excessivo de um ou vários
ligamentos articulares.
• No entanto, o entorse é apenas o
mecanismo (isto é, o tipo de movimento)
que provoca a lesão ligamentar.
• Pode ocorrer em qualquer estrutura
articular, sendo que as lesões mais
comuns são nos membros inferiores
(joelho, tornozelo,…), quando as
articulações são submetidas a gestos que
as fazem ultrapassar a sua amplitude
normal.
• A lesão ligamentar pode ser ligeira,
moderada ou grave, de acordo com o tipo
de entorse.
• Os sintomas variam de dor ligeira e sem
grande dificuldades em andar, até dor
intensa, acompanhada de edema
(inchaço), derrame, incapacidade ou
dificuldade em realizar movimentos ou
mesmo um aumento excessivo da
mobilidade articular (se a lesão for de
ruptura total dos ligamentos).
• Caso se trate de uma lesão grave, a
situação pode requerer cirurgia.

• Em casos rápidos e moderados, a ordem


é de repouso seletivo e diminuição dos
efeitos inflamatórios, na fase inicial
(primeiros 3 a 5 dias).
• .
Desvios patológicos e doenças
na coluna vertebral
• Uma boa postura é a atitude que uma
pessoa assume utilizando a menor
quantidade de esforço muscular e, ao
mesmo tempo, protegendo as estruturas
de suporte contra traumas.
• Os desvios posturais tais como
a lordose cervical, cifose dorsal, lordose 
lombar e escoliose podem levar ao uso
incorreto de outras articulações, tais como
as dos ombros, braços, articulações
temporo-mandibulares, quadris, joelhos e
pés.
• Manter posturas erradas por tempo
prolongado pode acarretar alterações
posturais ocasionando enrijecimento das
articulações vertebrais e encurtamento
dos músculos.
• Esses defeitos estruturais causam
alterações das curvaturas normais da
coluna vertebral, tornando-a mais
vulnerável as tensões mecânicas e
traumas.
Lordose

• É o aumento anormal da curva lombar


levando a uma acentuação da lordose
lombar normal (hiperlordose). Os
músculos abdominais fracos e um
abdome protuberante são fatores de risco.
• Caracteristicamente, a dor nas costas em
pessoas com aumento da lordose lombar ocorre
durante as atividades que envolvem a extensão
da coluna lombar, tal como o ficar em pé por
muito tempo (que tende a acentuar a lordose).

• A flexão do tronco usualmente alivia a dor, de


modo que a pessoa frequentemente prefere
sentar ou deitar.
Cifose
• É definida como um aumento anormal da
concavidade posterior da coluna vertebral,
sendo as causas mais importantes dessa
deformidade, a má postura e o
condicionamento físico insuficiente.
• Doenças como espondilite anquilosante e
a osteoporose senil também ocasionam
esse tipo de deformidade.
Escoliose
• É a curvatura lateral da coluna vertebral,
podendo ser estrutural ou não estrutural. 
A progressão da curvatura na escoliose
depende, em grande parte, da idade que
ela inicia e da magnitude do ângulo da
curvatura durante o período de
crescimento na adolescência, período
este onde a progressão do aumento da
curvatura ocorre numa velocidade maior.
• O tratamento fisioterápico usando
alongamentos e respiração são essenciais
para a melhora do quadro.
Hérnia de disco
• A palavra hernia significa projeção ou
saída através de uma fissura ou orifício,
de uma estrutura contida.

• O disco intervertebral é a estrutura


cartilaginosa que fica entre uma vértebra e
outra da coluna vertebral.
• Ele é composto de uma parte central, chamada
núcleo pulposo ou liquido viscoso, de uma parte
periférica composta de tecido cartilaginoso
chamado anel fibroso e de uma parte superior e
inferior chamado placa terminal.

• Portanto, a hérnia de disco é a saída do liquido


pulposo através de uma fissura do seu anel
fibroso.
• A extrusão do núcleo pulposo pode
provocar uma compressão nas raízes
nervosas correspondentes a hernia de
disco ou a protrusão. Esta compressão
poderá causar os mais diversos sintomas.
• A placa terminal fica entre o disco e a
vértebra supra e subjacente.

• Com a degeneração destas estruturas,


os líquidos poderão migrar para os
corpos vertebrais.
Tendinites
• Os tendões são fibras resistentes
agrupadas que se situam entre os
músculos e o osso.
• Possuímos tendões em todas as partes
dobráveis do nosso corpo. Por vezes esses
tendões podem sofrer algum tipo de
inflamação, causando a tendinite, que
pode ter duas causas: a mecânica e a
química.
• A causa mecânica é provocada por
esforços prolongados e repetitivos, além
de sobrecarga.
• A causa química é provocada por
alimentação incorreta e por algumas
toxinas presentes no organismo.
• Também pode ocorrer quando os
músculos e tendões não estão sendo
suficientemente drenados, ocasionando a
desidratação.
• Os primeiros sintomas da tendinite são as
dores. Além disso, a pessoa fica incapaz
de realizar alguns movimentos simples,
como caminhar, subir e descer escadas.
• O tratamento da inflamação no tendão irá
depender da gravidade do caso.
• Há casos em que são prescritos apenas anti-
inflamatórios; em outros, pode haver a
imobilização do membro afetado com tala ou
até mesmo gesso; enquanto que em casos
muito graves pode haver a aplicação local de
corticoides.
• Repouso e fisioterapia também são
recomendados. Em casos de tendinite com
origem química, os médicos indicam uma dieta
alimentar especial.
Bursites
• Bursite é a inflamação da bolsa cheia de
líquido (bursa) que se localiza entre um
tendão e a pele ou entre um tendão e o
osso.

• A doença pode ser aguda ou crônica.


• As bursas são cavidades cheias de líquido
próximas a articulações, onde tendões ou
músculos passam por cima de saliências
ósseas.

• Elas auxiliam o movimento e reduzem o


atrito entre as partes móveis.
• A bursite pode ser causada pelo uso excessivo
crônico de articulações, trauma, artrite
reumatoide, gota ou infecção.
• Algumas vezes, a causa não pode ser
determinada.
• A bursite ocorre normalmente nos ombros,
joelhos, cotovelos e no quadril.
• Outras áreas também podem ser afetadas,
como o tendão de Aquiles e os pés.
• A inflamação crônica pode ocorrer com lesões
ou ataques de bursite repetidos.
Sintomas
• Dor nas articulações e sensibilidade ao
pressionar ao redor da articulação
• Rigidez e dor ao mover a articulação
afetada
• Inchaço, calor ou vermelhidão na
articulação
Tratamento
• repouso temporário ou imobilização da
articulação afetada.
• Os anti-inflamatórios não esteroides
(AINEs), como o ibuprofeno, podem aliviar
a dor e a inflamação. A fisioterapia formal
também pode ser útil.
• Se a inflamação não responder ao
tratamento inicial, poderá ser necessário
extrair líquido da bursa e injetar
corticoides. A cirurgia raramente é
necessária.
• Os exercícios na área afetada devem
começar assim que cessar a dor. Se
houver atrofia muscular (debilidade ou
redução de tamanho), o médico poderá
recomendar exercícios para fortalecimento
e aumento da mobilidade.
• A bursite causada por infecção é tratada
com antibióticos. Algumas vezes, a bursa
infectada deve ser drenada
cirurgicamente.
Complicações
• Pode ocorrer bursite crônica.
• Injeções de esteroides excessivas em um
curto período de tempo podem causar
danos aos tendões circundantes.
Recomendações
• Não se automedique. Analgésicos podem ser
contraindicados para mulheres grávidas e
pessoas com histórico de úlcera;
• Deixe a área afetada descansar o máximo
possível;
• *Faça aplicações de gelo no local;
• *Procure descobrir as atividades que disparam
o processo inflamatório e evite-as;
• *
• Faça exercícios de
alongamento, fortalecimento muscular e
dos tendões ou fisioterapia apenas sob a
orientação de um profissional
especializado
Distensões e rupturas
musculares
• A distensão muscular ocorre quando um
músculo ou o tendão que se prende ao
osso é submetido a um esforço que rompe
algumas ou muitas fibras musculares e os
vasos sanguíneos que as irrigam, dando
origem a um hematoma acompanhado de
inflamação local.
• Distensão aguda: acontece quando os
tendões e os músculos são solicitados a
fazer uma contração repentina, de forte
intensidade. Exemplos são as contusões
musculares que ocorrem durante a prática
de esportes competitivos, quando
levantamos objetos pesados do chão ou
fazemos força brusca contra uma
resistência.
• Distensão crônica: surge em
consequência de exercícios repetitivos,
prolongados, que solicitam sempre os
mesmos músculos. São as distensões
musculares que atingem os corredores, os
ciclistas e os que praticam esportes
competitivos.
• O risco de sofrer distensões musculares
aumenta nas seguintes situações:

• a) falta de condicionamento físico e do


emprego da técnica adequada para a
realização de cada tipo de exercício;
• b) falta de aquecimento antes da prática
dos exercícios;
• c) cansaço extremo e
• d) excesso de peso corpóreo.
Sintomas
• Dor, hematoma (mancha roxa), edema (inchaço),
dificuldade para movimentar o músculo lesado
são os sintomas típicos das distensões
musculares.
• Quanto mais intensos, maior a gravidade do
quadro.
• Quando há rutura completa das fibras e o
rompimento dos vasos sanguíneos, surge um
grande hematoma no local que fica muito
inchado.
• No que se refere à dor, nas distensões
agudas, ela pode vir acompanhada de
pontadas e dificuldade de movimentação
do músculo comprometido.

• nas distensões crônicas, costuma ser


mais fraca e manifestar-se quando os
movimentos que causaram a distensão
são repetidos.
Diagnóstico
• Além da avaliação clínica da região
afetada pela distensão muscular,
radiografia, ressonância magnética e
eletromiograma são exames de imagem
importantes para estabelecer o
diagnóstico diferencial e orientar o
tratamento.
Tratamento
• Normalmente, o próprio organismo se
encarrega de reparar as fibras musculares
que se romperam, absorver o coágulo e
controlar a inflamação.
• Lesões mais graves exigem avaliação
médica imediata para excluir a presença
de fraturas e evitar sequelas que limitem
os movimentos.
Tratamento
• As seguintes medidas são essenciais para
o tratamento das distensões musculares:
aplicação de gelo no local da lesão,
compressão da área para evitar inchaço,
repouso, elevação do membro em que
ocorreu o ferimento, uso de analgésicos e
dos anti-inflamatórios vendidos sem
necessidade de receita médica.
Recomendações
• Aplique gelo no local da lesão
imediatamente. O frio diminui a
sensibilidade à dor, o inchaço, o
sangramento interno e o processo
inflamatório. Repita a operação a cada
duas horas até desaparecerem os
sintomas;
• * Proteja o músculo lesado com uma faixa
para comprimir a área e evitar que o
inchaço e o sangramento interno
aumentem;
• * Evite atividades que aumentem a dor,
mas não fique completamente parado.
Use o bom senso: os limites para a
atividade são a dor e o inchaço. Doeu ou
inchou, parou;
• Mantenha o membro em que ocorreu a
distensão em posição mais alta do que o
coração;

• * Recorra ao uso de analgésicos e dos anti-


inflamatórios para aliviar a dor.

• No entanto, os anti-inflamatórios não devem


ser empregados por mais de três ou quatro
dias e sem orientação médica.
•  

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