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R4 Ana Júlia Marquez Pajuaba – EPM/DOT

INTRODUÇÃO
• PARALISIA CEREBRAL (CP):
• Causa mais comum de incapacidade física a longo prazo nos países
desenvolvidos
• Prevalência 1,5-3 : 1000 nascidos vivos
INTRODUÇÃO
• Patologia musculoesquelética secundária (MSP)
• Maioria das crianças desenvolvem
• Limitação das atividades físicas, funcionais e qualidade de vida
• Natureza progressiva
INTRODUÇÃO
• Estágios de Rang (1990):
• I: espasticidade
• II: contratura
• III: deformidades ósseas

• Não englobam as complexidades musculoesequeléticas


• Não fornece informações para comunicação, educação e tratamento
• Atualmente: sem outras classificações
INTRODUÇÃO
• Gross Motor Function Classification System (GMFCS):
• 2-6 anos
• 6-12 anos: deterioração dos níveis III, IV e V
• Crescimento puberal e progressão das deformidades
• Redução do ADM – varia com o nível do GMFCS e subtipo de CP
INTRODUÇÃO
• Objetivo do estudo:
• Propor uma classificação para as MSP e sua replicabilidade, de acordo com a
“história natural”
MATERIAIS E MÉTODOS
• DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO:
• Classificação clinicamente aplicável, de fácil comunicação e de fácil ensino
• Estágios relacionados com a idade e podem se sobrepor
• Principal: entre os estágios 2 e 3
• Atenção ao risco de descompensação em cada nível em adolescentes e
adultos jovens com CP
• 4 estágios
MATERIAIS E MÉTODOS
• ESTÁGIO 1: Hipertonia – do nascimento aos 4-6 anos
• Hipertonia
• Espasticidade, distonia, desordens mistas do movimento
• Retardo para alcançar os marcos do desenvolvimento motor grosseiro
• Poucas ou nenhuma contratura
• Cirurgia ortopédica geralmente não é necessária
• Manejo:
• Intervenções precoces –> FST, tratamento da espasticidade, órteses
• Espasticidade: injeções de tox butolínica A
• Após os 5 anos –> redução da espasticidade e aumento das contraturas
MATERIAIS E MÉTODOS
• ESTÁGIO 2: Contraturas – 4-12 anos
• Redução do ADM – incompatibilidade entre o comprimento das unidades
músculo-tendão (MTU) e o osso longo adjacente
• Contraturas dos tecidos moles – EF
• Prejuízo da marcha e funcionalidade
• Manejo:
• Cirurgias ortopédicas: alongamentos tendinosos, transferências
MATERIAIS E MÉTODOS
• ESTÁGIO 3: deformidades ósseas – 4-12 anos
• Concomitante com o desenvolvimento de contraturas
• Aumento da anteversão colo femoral (FNA)
• Desde o nascimento, não é causada pela espasticidade
• Tto cirúrgico se > 25°
• Torção tibial externa (ETT)
• Instabilidade articular
• Displasia do quadril (menos comum em deambuladores),
• Instabilidade do mediopé – quebra do mediopé + pé valgo + contratura em equino
• Manejo:
• Osteotomias derrotativas
• Estabilização articular
• Combinado com procedimentos de partes moles
• Procedimento único (SEMLS)
MATERIAIS E MÉTODOS
• ESTÁGIO 4: Descompensação – 10 anos a idade adulta
• Progressão da MSP ao ponto de não ser mais possível restauração adequada
articular e boa funcionalidade músculo-tendão
• Após esporão do crescimento
• Ocasional em crianças mais novas
• Principais achados:
• Contratura severa, deformidade óssea, contratura das MTU, fraqueza e hipertonia
• Quadril – principal
• Subluxação progressiva  deformidade da CF e perda de cartilagem articular
• Cirurgias de salvação
RESULTADOS
• Idade média: 8 +/- 6 anos
• GMFCS:
• I: 3
• II: 9
• III: 4
• MSP:
• Estágio 1: 3
• Estágio 2: 3
• Estágio 3: 5
• Estágio 5: 4
• Confiabilidade inter-observador e intra-observador: boa
DISCUSSÃO
• Classificação GMFCS: válida, confiável e prática, prognóstico e
objetivos de tratamento
• Classificação proposta: 4 estágios para MMII em crianças com CP
• Estágio 1:
• Equino: não operar, tratar com manejo da espasticidade, mantendo função músculo-
tendão, melhora da função motora e marcha
• Estágios 2 e 3:
• Tratamento ortopédico é mais efetivo
• Vigilância do articular:
• Desde o estágio 1
• Quadril, joelhos e pés
DISCUSSÃO
• Limitações do estudo:
• MSP, como entidade clínica, é um continuum, não é separada por grupos
• Um único centro de estudo

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