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POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO

DIRETORIA DE ENSINO, INSTRUÇÃO E PESQUISA


ESCOLA SUPERIOR DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DE PRAÇAS

ESTUDO SOBRE OS BENEFÍCIOS DO JIU-JÍTSU PARA A SAÚDE FÍSICA DOS


POLICIAIS MILITARES NO BATALHÃO DA ROTAM-MT

ALEXANDRE DA SILVA LIMA


DANIEL PEREIRA CAVALCANTE
RAFAEL LISBOA BOTH
THIAGO BARBOSA VIANA

Cuiabá-MT
2016
ESCOLA SUPERIOR DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DE PRAÇAS

ESTUDO SOBRE OS BENEFÍCIOS DO JIU-JÍTSU PARA A SAÚDE FÍSICA DOS


POLICIAIS MILITARES NO BATALHÃO DA ROTAM-MT

ALEXANDRE DA SILVA LIMA


DANIEL PEREIRA CAVALCANTE
RAFAEL LISBOA BOTH
THIAGO BARBOSA VIANA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Escola Superior de Formação e
Aperfeiçoamento de Praças, como parte dos
requisitos para obtenção do título de
Tecnólogo em Segurança Pública.

Orientador: Cleiton Oliveira de Deus

Cuiabá-MT
2016
Estudo sobre os benefícios do Jiu-Jítsu para a saúde física dos Policiais Militares no
Batalhão da ROTAM-MT

Alexandre da Silva Lima


Daniel Pereira Cavalcante*
Rafael Lisboa Both*
Thiago Barbosa Viana*
Cleiton Oliveira de Deus **

RESUMO

Este estudo buscou compreender os benefícios para a saúde, com a prática do jiu-jítsu, sob o
olhar dos policiais militares com ênfase em suas expectativas e frustrações, a partir dos
levantamentos feitos, que estão organizados no primeiro banco de dados. Para alcançar os
objetivos propostos, empregou-se a pesquisa qualitativa-descritiva com a análise dos
questionários semiestruturados aplicados aos policiais militares da Rondas Ostensivas Tático
Móvel, ROTAM-MT. As análises forneceram dados que nos ajudam a compreender os
apontamentos e após isso permitem subsídios para a elaboração de propostas e estratégias a
serem implementadas nas guarnições dos policias militares da ROTAM-MT. Consideramos
que os resultados obtidos nos levam à conclusão de que se faz necessária a prática de uma
atividade física, passando a refletir a respeito do jiu-jítsu e a sua contribuição como
componente essencial para o desempenho e bem estar dos policiais.

PALAVRAS CHAVE: policiais, atividade física, jiu-jítsu, desempenho, bem estar.

ABSTRACT

This study sought to understand the health benefits, the practice of jujitsu, under the gaze of
the military police with an emphasis on their expectations and frustrations, from surverys that
are organized in the first database. To achieve the proposed objectives, we used qualitative
descriptive research with the analysis of semi-structured questionnaires given to military
police of Ronda Ostensive Tactical Mobile, ROTAM-MT. The analysis provided data to help
us understand the notes and after that allow subsidies for the development of proposals and
strategies to be implemented in the garrisons of the military police of ROTAM-MT. We
believe that the results lead to the conclusion that it is necessary to practice a physical activity,
going to reflect on the jujitsu and its contribution as an essential component for the
performance and welfare of police.

KEYWORDS: police, physical activity, jujitsu, performance, wellness.


Alunos Soldados graduandos no Curso Tecnólogo em Segurança Pública da Escola Superior de
Formação e Aperfeiçoamento de Praças da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso.
**Graduado em Ed. Física Licenciatura, pós-graduação em Fisiologia e Cinesiologia do Exercício - CREF 3346 G-MT

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INTRODUÇÃO
A Polícia Militar, instituição cuja missão constitucional é preservar a ordem pública e
exercer a polícia ostensiva possui uma ampla responsabilidade social. Policiais militares, no
intuito de cumprir seu dever, possuem diversos poderes conferidos pelo Estado, dentre eles o
poder de polícia. O poder de polícia, dotado de características peculiares, dentre elas a
coercibilidade, garante que o agente público imponha uma ordem legal ao administrado, sem
a necessidade de autorização do poder judiciário, podendo inclusive utilizar-se do uso
proporcional da força.
Há diversos instrumentos legais que orientam e delimitam a faculdade do uso da força
pelos agentes responsáveis pela segurança pública. A legislação ressalva tal situação como
exceção, não podendo o policial militar, utilizar-se deste atributo indiscriminadamente.
A origem das artes marciais perde-se no tempo. Criadas inicialmente apenas com o
intuito de auto defesa evoluíram com o passar dos tempos servindo inclusive como
fundamento filosófico de muitos praticantes. Principalmente nos países orientais, a qual a
filosofia e as artes parecem ocupar um espaço maior no cotidiano das pessoas. Cabe destacar
que as principais artes marciais foram desenvolvidas no oriente, podemos exemplificar: Jiu-
Jítsu, Karatê, Kung fu, Tae-kwon-do, Judô, dentre outras. Milenarmente constituídas, as artes
marciais, servem como embasamento técnico para instrução de defesa pessoal. Diversos
policiais militares, buscando o aprimoramento técnico, praticam artes marciais em academias
e centros esportivos.
Há diversas considerações que devem ser destacadas referentes a esta pesquisa, como
a ampla competência das Polícias Militares que desde a alteração na Constituição Federal de
1988, vêm travando cotidianamente com os problemas sociais, devendo solucioná-los, muitas
vezes mediante o uso da força. Os princípios de direitos humanos, internacionalmente
reconhecidos, e defendidos pela legislação vigente no Brasil, fundamentam a função pública,
e merecem relevância nesta pesquisa.
Verificar se a prática da arte marcial agrega benefícios à saúde dos policiais militares é
o objetivo principal desta pesquisa, destacando-se igualmente, o fato de que a prática do jiu-
jítsu, através de técnicas e filosofias, beneficiam a saúde dos policiais militares da Rondas
Ostensivas Tático Móvel, ROTAM-MT, que vê neste estudo oportunidade de demonstrar o
relevante valor da prática de artes marciais para o policial militar e conseqüentemente, para a
atividade policial militar.
Como problema o fato de que o policial militar, ao desempenhar suas atividades
operacionais, faz uso de força física ou de armamento, onde a pressão e a responsabilidade da
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vida é muito grande, causando grande estresse para o policial. Neste intuito, surge nas grades
curriculares da Polícia Militar, disciplinas como a defesa pessoal. A atividade policial militar
é exercida através de diversas modalidades sempre em contato íntimo com a sociedade.
Portanto, é de fundamental importância que seu exercício seja pautado nos preceitos legais,
respeitando os direitos fundamentais do ser humano, baseando suas ações na lei, e que o apoio
dos comandantes e superiores sejam de supra importância.
A hipótese central do trabalho estabelece que o treinamento constante, tem um papel
expressivo, como um fator capaz de reduzir o estresse e de melhorar a qualidade do serviço
prestado pelo policial de uma maneira geral, aumentando o grau de segurança, tanto ao
policial quanto ao cidadão, e diminuindo a exposição de ambos ao risco.
A sociedade espera da Polícia Militar ações técnicas, sem excessos. Percebe-se que
com o passar do tempo, mais frequentemente a população vem discutindo sobre o real papel
das polícias militares, do Estado, no contexto social. Portanto, estudos que possam contribuir,
apontando meios de aprimorar a qualidade técnica de policiais militares, contribuem para
melhoria da imagem da instituição policial militar, perante a população.
A análise dos benefícios advindos com a prática artes marciais, com enfoque maior na
arte do Jiu-Jítsu pelos policiais militares, geralmente repassadas em instruções de defesa
pessoal, pode apontar para uma maior aplicabilidade, e credibilidade da disciplina na
ROTAM-MT.
Esta pesquisa visa enaltecer a prática do Jiu-Jítsu, encorajando e estimulando policiais
militares ao treinamento. Além disso, este estudo objetiva incentivar outras pesquisas visando
ampliar os conhecimentos na área de defesa pessoal, aplicada nas polícias militares, podendo
contribuir para melhorias na grade curricular, bem como na carga horária da disciplina dos
cursos de formação policial militar, usando como base a prática do Jiu-Jítsu como fator
fundamental para formação de policiais militares, mais centrados em seus objetivos.

REFERENCIAL TEÓRICO
A Polícia Militar, instituição cuja missão constitucional é preservar a ordem pública e
exercer a polícia ostensiva possui uma ampla responsabilidade social. Neste artigo iremos
falar sobre a competência da Polícia Militar sob enfoque legal e doutrinário, a arte marcial,
especificamente o Jiu-Jítsu como um atributo para o bem estar dos policiais em seu trabalho.
Possuindo o policial militar a competência de utilizar a força, gradualmente e
proporcionalmente, como forma de reação, as polícias militares buscam inserir nas grades

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curriculares de formação dos policiais, disciplinas que desenvolvam habilidades técnicas,
necessária para aplicação de tais medidas, dentro dos limites legais e dos conceitos e
princípios norteadores dos direitos humanos.
Dentre estas disciplinas salienta-se a Defesa Pessoal. Pinto e Valério (2002, p. 43),
sobre o conceito de defesa pessoal definem:

Defesa Pessoal é o conjunto de movimentos e técnicas de defesa e ataque, abstraídos de um ou


mais estilos de Artes Marciais, que objetivam promover a defesa pessoal própria ou de terceiros,
conjugando, ao máximo, as potencialidades físicas, cognitivas e emocionais do agente.

Baseando-se em técnicas e metodologias de ensino derivadas de artes marciais, tais


conhecimentos, como não poderia ser diferente, são repassados através de muita disciplina,
por parte dos instrutores, respeitando inclusive os princípios hierárquicos existentes entre o
instrutor de artes marciais e os alunos. Destaca-se a semelhança destes preceitos aplicáveis
às artes marciais com os princípios basilares das instituições militares: disciplina e hierarquia.
A disciplina pode ser percebida, também, na parte física do aprendizado, a qual o
aluno, através de exercícios aeróbicos e anaeróbicos, de resistência e força muscular,
desenvolve habilidades, características peculiares aos praticantes de artes marciais.
Sob este rígido enfoque disciplinar, físico e psicológico, o aluno policial militar vai
agregando valores morais, características físicas e psicológicas que são interessantes para os
Policiais Militares, inclusive para o exercício de sua função.
No entanto, existem poucos estudos, obras, direcionadas à importância da disciplina de
defesa pessoal na atividade policial militar, bem como os benefícios trazidos pela prática de
artes marcais, conforme afirma Drigo et al (2003, p. 1). Muitas vezes, por falta de
conhecimento, a disciplina é vista como dispensável para o arcabouço de conhecimentos do
policial militar.
Desta forma, princípios baseados no conceito de direitos humanos, refletidos em
tratados internacionais, bem como, na Carta Magna brasileira e em leis infraconstitucionais,
buscam proteger os cidadãos, de arbitrariedades cometidas através do uso indevido da força
pelas autoridades responsáveis pela aplicação da lei.
Alguns policiais militares cientes desta responsabilidade buscam a prática de artes
marciais fora da instituição, como forma de aprimoramento para sua atividade. A própria
disciplina de defesa pessoal aplicada nas polícias militares, baseando-se nas artes marciais,
busca agregar conhecimentos técnicos aos policiais militares, visando à aplicação da força

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gradual e progressiva nos moldes da lei. Esta prática de artes marciais aponta para possíveis
benefícios aos policiais militares.
Meirelles (2005) afirma que o policial pode utilizar-se da força quando em atitude de
oposição do cidadão a uma ordem dada pelo agente público. No entanto, ensina que a força
empregada deve ser proporcional, podendo caracterizar excesso de poder e abuso de
autoridade tornando nulo o ato administrativo do agente.
Um ato de polícia, como uma ordem para que o cidadão fique onde está, reveste-se
destes atributos. O policial ao determinar tal atitude ao cidadão o faz sem consultar o
judiciário. Impõe sua determinação, explicitando o caráter coercitivo do ato administrativo.
Escolhe, ainda, o momento correto e a circunstância ideal para que possa impor sua
determinação, demonstrando o caráter discricionário do ato.
A sanção de polícia é a forma auto-executória, da atividade administrativa do poder de
polícia, visando a repressão do ato infracional. O constrangimento pessoal, direto, e imediato
nas devidas medidas é o esgotamento desta atividade, para restabelecer a ordem pública.
Segundo Teza (2006), a Polícia Militar deve exercer sua missão constitucional, a
“polícia ostensiva” e a “preservação da ordem pública” através de “ações que comportem
todas as fases do poder de polícia dando, por conseguinte, poderes para que participe do
“antes” e do “depois” do policiamento ostensivo”.
Desta forma, percebemos que o policiamento é apenas uma das fases do poder de
polícia, qual seja a fase de fiscalização.
O poder de polícia é a ferramenta utilizada pelos agentes públicos, representantes do
Estado, dentre eles o policial militar, para restringir ou condicionar, de maneira geral, os
direitos individuais em prol do coletivo. Possui atributos específicos, e dentre estes, cabe
destacar a coercibilidade, base para justificação do emprego da força física, pelo agente
público, para concretização de uma ordem ou mesmo de uma sanção de polícia.

Preservação da Ordem Pública


Buscando esclarecimento quanto à expressão “preservação da ordem pública” o
Parecer GM-25 (2001), encomendado à Advocacia Geral da União pelo excelentíssimo
senhor Presidente da República à época, Fernando Henrique Cardoso, quanto ao termo
“preservação”, coloca que a Carta Magna ao inseri-lo, quis dar ênfase à atividade preventiva.
No entanto acredita ser a terminologia suficientemente elástica para conter a atividade
repressiva, desde que de imediato

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Lazzarini (1999, p. 53), afirma ter sido “feliz”, o legislador constitucional, ao alterar o
termo manutenção por preservação na Carta Magna, pois é mais amplo e mais apropriado. “A
preservação abrange tanto a prevenção quanto a restauração da ordem pública”.
Lazzarini (1999, p. 53) afirma que ordem pública compreende três aspectos: segurança
pública, tranqüilidade pública e salubridade pública. Diogo de Figueiredo Moreira Neto apud
Lazzarini (1999, p. 53) diz ser segurança pública “conjunto de processos, políticos e jurídicos
que visam garantir a ordem pública, sendo essa o objeto daquela”.
Cavalheiro Neto (2004, p. 87) afirma que diversas doutrinas e operadores do direito
buscam conceituar ordem pública. Alguns, conforme a posição que ocupam no processo,
defensores ou acusadores, buscam estender a abrangência do conceito enquanto outros
buscam restringi-lo. Nem mesmo a jurisprudência escapa desta celeuma, em algumas vezes
firmando posição mais rigorosa e em outras mais brandas.
Mirabette (1995, p. 377), leciona como conceito de ordem pública: “O conceito de
ordem pública não se limita a prevenir a reprodução de fatos criminosos, mas também
acautelar o meio social e a própria credibilidade da justiça em face da gravidade do crime e
sua repercussão”.
Lazzarini (1999, p. 53) afirma que ordem pública compreende três aspectos: segurança
pública, tranqüilidade pública e salubridade pública.
Somente em extrema necessidade deve-se aplicar a força e na medida certa. Neste
sentido o uso da arma de fogo, da força letal, é a última instância. Corroborando, Pinto e
Valério (2002, p. 50), acrescentam ainda que “Devem-se fazer todos os esforços no sentido de
excluir a utilização de armas de fogo [...]”.
Em geral, só se deveriam “utilizar armas de fogo quando o suspeito oferece resistência
armada”, ou, de outra maneira, quando por “em risco as vidas alheias e não são suficientes
medidas menos extremas para dominar ou deter o delinqüente suspeito”.
Na apostila Uso legal da Força, confeccionada pelo Ministério da Justiça (2006, p. 15)
ocorre à seguinte reflexão:
Ao fazer o uso da força o policial deve ter o conhecimento da lei, deve estar preparado
tecnicamente, através da formação e do treinamento, bem como ter princípios éticos
solidificados que possam nortear sua atuação. Ao ultrapassar qualquer desses limites não se
esqueça que você estará igualando-se às ações de criminosos. Você deixa de fazer o uso
legítimo da força para usar a força e se tornar um criminoso.

O uso da força ou da arma de fogo são “medidas extremas”, e, portanto, faz-se


necessário a utilização de meios não violentos antes de recorrer ao emprego da força letal. A
regra básica número cinco também se refere ao emprego da força, principalmente ao uso da
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força letal: “Não se deve usar a força com conseqüências letais, a não ser que seja
estritamente necessária para proteger a sua própria vida ou a vida de outros”.
O Código de Conduta dos Encarregados da Aplicação da Lei (CCEAL), da ONU
(1979), em seu artigo terceiro afirma que “Os funcionários responsáveis pela aplicação da lei
só podem empregar a força quando tal se afigure estritamente necessário e na medida exigida
para o cumprimento do eu dever”. Neste sentido, admite o uso da força, no entanto coloca-o
como exceção, e somente autoriza-o respeitando-se o princípio da proporcionalidade.
Neste caso fica mais evidente que o uso da força letal, por exemplo, de armas de fogo,
deve ser feito quando todos os outros meios foram ineficazes.
Desta forma destaca-se a necessidade de preparo dos agentes públicos, estaduais ou
federais, enfim, policiais responsáveis pela segurança pública, quando no uso da força sobre
os cidadãos.
Cunha (2004, p. 9) afirma que as disposições contidas no Código de Conduta e nos
Princípios Básico para Uso da Força são garantias ao policial. Em casos concretos, conceitos
subjetivos como uso da força, legítima defesa e estrito cumprimento do dever legal, poderiam
ser facilmente explicados e compreendidos, utilizando-se dos conhecimentos passados por tais
instrumentos.

O JIU-JÍTSU COMO ARTE MARCIAL DE DEFESA

História do Jiu-Jítsu
O conhecimento histórico é, segundo percebemos, uma forma de valorização das
práticas sociais e de compreensão da realidade. Dessa forma, descrever discutindo o itinerário
do Jiu-Jítsu como Arte Marcial tem um sentido de buscar reconstituir algo que durante o
passar dos tempos tem sido objeto de esquecimento.
O termo “artes marciais”, conforme é usado atualmente abrange uma ampla gama de
atividades derivadas dos antigos estilos de combate corpo-a-corpo. Neste contexto, segundo
Robbe (2006, p.21) o Jiu-Jítsu é considerado pela maioria dos pesquisadores como um
conjunto de técnicas especificamente asiáticas.
Diante das constantes ameaças e recorrendo aos sólidos conhecimentos dos pontos
vitais do corpo humano e da física - com destaque aos princípios de alavanca e ainda, forças
mecânicas, torção, tração, compressão, flexão, equilíbrio e centro de gravidade, eles criaram
movimentos de defesa pessoal que não necessitassem do uso de armas e de força bruta, ao
contrário, usavam um mínimo de esforço para dominar e derrotar os seus agressores,

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atendendo à necessidade da legítima defesa e mantendo-se adaptados à filosofia Budista,
sobretudo pelo biotipo de seu povo (baixo e franzino). Neste contexto, o embrião dessas
técnicas deu origem à criação do Jiu-Jítsu.
O Jiu-Jítsu é, de fato, o resultado do desenvolvimento de uma arte científica de luta. É
considerada por esta razão, a mais perfeita e completa forma de defesa pessoal de todas as
épocas, sendo conhecido como “Arte das Técnicas Suaves” (Jiu - suavidade; e Jitsu –
técnicas).
De acordo com Robbe (2006) vale ressaltar que foi no Japão que o Jiu-Jítsu encontrou
as condições culturais para crescer e se desenvolver. O Japão, que era um país fechado à
cobiça ocidental, recebeu a visita da esquadra norte-americana, comandada pelo Comodoro
Pery, em 8 de julho de 1853, e este trazia consigo uma carta, intimando-o à abertura dos
portos. Este fato acarretou sérios problemas para os nipônicos, dentre eles se enfatiza o perigo
da divulgação do seu grande segredo marcial: o Jiu-Jítsu. O temor consistia em que a partir do
momento em que os ocidentais aprendessem esta arte, a supremacia técnica dos japoneses em
luta corpo-a-corpo pudesse desaparecer.
Com o risco iminente a este sistema de luta, o governo japonês resolveu então, criar
um estilo de Jiu-Jítsu voltado para uso externo, sem a mesma eficácia do Jiu-Jítsu como luta
real, mas que atendesse aos interesses de propagação da arte.
Por volta de 1880, o governo japonês escolheu o professor de Jiu-Jítsu Jigoro Kano,
funcionário do Ministério da Cultura Japonesa, para criar uma modalidade de luta que se
assemelhasse ao Jiu-Jítsu, mas que não deixasse transparecer as técnicas eficientes e secretas
da Nobre Arte. Nasce assim, o sistema Kano de Ju-Jítsu, mais tarde batizado com o nome de
Judô (caminho suave).
O ensino de Jiu-Jítsu aos estrangeiros passou a ser qualificado de crime contra a pátria
japonesa. Diante deste fato, os japoneses passaram a treinar entre si, às escondidas. Eles
próprios sentiam que o Judô estava lhes dificultando o aprendizado do Jiu-Jítsu. Com a morte
de Jigoro Kano, foi introduzido secretamente no Judô, um estilo de Jiu-Jítsu que servisse de
defesa pessoal: o Goshin-Jitsu.
Adotando a mesma estratégia, o professor Funacoshi transformou o Karatê-Jitsu, que
era um estilo de Jiu-Jítsu traumático, num esporte. Criou assim o Karatê-Dô, o qual, com o
Judô, ganhou rapidamente o mundo ocidental.
O Jiu-Jítsu de exportação foi assim desmembrado em dois esportes: um de quedas e o
outro de traumatismos e mais tarde surge o Aiki-Dô, arte baseada em torções do Jiu-Jítsu.

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O Jiu-Jítsu no Brasil
Conforme registra Robbe (2006), a imigração japonesa ocorreu em diversas partes da
América sob influência do pós-guerra. Dentre os japoneses que aqui vieram como: Geo
Omori, Takeo Yano, Funkayo, dentre outros, inúmeros foram aqueles que chegaram com
algum conhecimento do Jiu-Jítsu tradicional japonês, especialmente o campeão Mitsuyo
Maeda, que aporta no Brasil em Belém do Pará, por volta de 1917.
Na realidade, Maeda era sensei da escola kodokan de Judô no Japão e em razão de
afinidade e favores recebidos do empresário Gastão Gracie, ele começou a transmitir seus
conhecimentos técnicos do Jiu-Jítsu japonês ao filho mais velho de Gastão, Carlos Gracie,
que após ter aprendido Jiu-Jítsu começa a dar aulas para seus os amigos, funcionários do
Banco do Brasil, fazendo disto uma profissão. Desde então, Carlos Gracie passou a transmitir
seus conhecimentos a seus irmãos (Guimarães, 1998 apud Barbosa, 2006) .
Dentre eles, Hélio Gracie, que na época tinha 14 anos de idade, ocupava seu tempo
assistindo as aulas do irmão. Certo dia, Carlos atrasou-se e Hélio Gracie substituiu o irmão,
adaptando, a partir daí, o Jiu-Jítsu ao seu modo. Nascia assim, o Gracie Jiu-Jitsu, ou seja, o
Jiu-Jítsu brasileiro ou Brazilian Jiu-Jitsu. A luta de Kimono desconhecida pelos brasileiros foi
se impondo com as vitórias sobre todas as formas de luta que aqui existiam: a capoeira, a luta
greco Romana e o Boxe, mais tarde, o Judô esportivo, e recentemente o Karatê-Do esportivo.
Essa eficiente supremacia ficou evidenciada mais uma vez no vale tudo realizado em
setembro de 1993 e em março de 1994, em Denver, Colorado, Estados Unidos. Na
competição, Royce Gracie venceu os dois campeonatos contra oponentes fisicamente mais
fortes com extrema facilidade. Este marco ficou conhecido como o “boom” do Jiu-Jítsu
(GUIMARÃES, 1998, p.24).
A arte suave começa então a mostrar suas qualidades ao demonstrar uma supremacia
até então impensada. As previsões mais otimistas não contemplavam a grande expansão que o
Jiu-Jítsu passou a vivenciar.
O Jiu-Jítsu brasileiro originário de Mitsuyo Maeda, representante da escola de Jiu-Jítsu
Kito-ryo-Jitsu foi ensinado a Carlos Gracie, que ensinou a Hélio Gracie (Gracie Jiu-Jitsu).
Nele continha a essência da luta/arte a partir das sete técnicas de atuação: quedas (Judô);
traumatismo (Karatê); torções (Aiki-Dô); estrangulamentos, pressões, imobilizações e
colocações. Hélio Gracie aperfeiçoou a técnica, desenvolvendo uma parte traumática diferente
daquela original da Kito-Ryu. Nesta, as quedas tinham a função somente de derrubar o

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adversário, enquanto que na técnica aperfeiçoada por Hélio as quedas passaram a ter a
finalidade não somente de derrubá-lo, mas também de dominá-lo, visando uma finalização.
É importante conceituar o Jiu-Jítsu como uma arte marcial com bases científicas, que
permite ataque e defesa, mas também implica no conhecimento de uma luta que é denominada
de arte suave porque através das técnicas de defesa pessoal, bem como no conhecimento de
alavancas e aplicação destas em pontos vulneráveis do corpo humano, aliado às noções de
equilíbrio, multiplica substancialmente a força inicial, permitindo ao mais fraco defender-se e
até dominar um adversário fisicamente mais forte (GUIMARÃES, 2002, p.11).

Pesquisas científicas sobre benefícios advindos com a prática de artes marciais


Estudiosos em artes marciais, narram sua história e apontam diversos benefícios
físicos e psicológicos. Pesquisas científicas, realizadas com alunos de artes marciais são
importantes, pois podem comprovar cientificamente, conhecimentos empíricos adquiridos
muitas vezes, ao longo de anos na prática de artes marciais por profissionais, mestres,
instrutores em diferentes modalidades.
Sob este enfoque, além os autores citados anteriormente, concernentes às artes
marciais específicas, destacam-se as palavras de Pinto e Valério (2002), que afirmam que a
prática de defesa pessoal (artes marciais) agrega diversos benefícios físicos, mentais e
emocionais. Por ser uma atividade eminentemente prática, requerendo esforço físico
coordenado e adequado, voltado para exigências motoras de cada técnica, resulta no
desenvolvimento de habilidades, otimizando o potencial dos praticantes em diversos aspectos,
tais como; condicionamento aeróbico, alongamento, flexibilidade, agilidade, força,
coordenação motora, etc. Pinto e Valério (2002) indicam ainda como desenvolvimentos
físicos: agilidade, aprimoramento técnico, controle de peso, controle de respiração, correção
postural, destreza, educação corporal, energia, equilíbrio, elasticidade, potência, resistência,
reflexo e saúde.
Silveira e Derros (2006) apontam diversos benefícios trazidos pela prática de
atividades físicas, tais como: melhoria na aparência física, aumento na qualidade de vida,
melhoria do sistema imunológico, prevenção de diversas doenças, aumento do fôlego, maior
disposição para realização de tarefas cotidianas, além de diversos benefícios específicos para
determinas partes do organismo humano.
Silveira e Derros (2006) buscando verificar a influência da atividade física no auxílio
ao combate do estresse existente nos policiais militares, realizaram pesquisa de campo com

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policiais militares da Guarnição Especial da Polícia Militar. A análise dos dados obtidos
demonstrou que policiais que realizam atividade física possuem níveis inferiores de estresse
se comparados com policiais militares que não realizam o mesmo nível de atividade física.
Concluindo que a prática de exercícios auxilia no controle e gerenciamento do estresse, sendo
um grande aliado para os policias militares agregando saúde física ao profissional.
A prática de artes marciais por caracterizar-se eminentemente como uma atividade
física proporciona eminentemente benefícios físicos e psicológicos apontados em pesquisas
científicas, como também agrega conhecimentos técnicos. Alguns trabalhos científicos
explicitam o campo da prática de artes marciais.
Apesar de escassos, conforme Drigo et al (2003, p. 1), destaca-se alguns trabalhos
direcionados às artes marciais específicas, que podem nos trazer, de maneira geral, alguns
benefícios trazidos com a prática de artes marciais.
Camões, et al (2004) realizaram pesquisa com praticantes de Jiu-jítsu, objetivando
avaliar a flexibilidade tóraco-lombar e de quadril. Segundo Camões, et al (2004),
diversos autores citam o conceito de flexibilidade. Weineck apud Camões, et al (2004),
conceitua flexibilidade como mobilidade, como a capacidade física característica do que
executa movimentos com grande amplitude oscilatória, sozinho, ou sob influência de força
externas, nas articulações ou em alguma delas.
Após a análise dos resultados obtidos com a pesquisa de campo, Camões, et al (2004,
p. 1), concluíram que a prática da arte marcial “propicia o aumento da flexibilidade tóraco-
lombar e de quadril [...]”. Franchini apud Franco (2005) concluiu em sua pesquisa com atletas
de Jiu-Jítsu, que estes apresentam bom desenvolvimento muscular e pequenas espessuras de
dobras cutâneas.
O aumento da criminalidade nas últimas décadas é um fenômeno alimentado pela
ampla circulação de armas de fogo, inclusive as de uso restrito das forças armadas, além do
aumento do tráfico de entorpecentes em nossa sociedade. Hoje, apesar do Estatuto
do Desarmamento, Lei n.º 10.826/03, existem muitas armas em circulação na sociedade.
E, sempre quando aparece casos de violência policial, ou mau uso da força, ou mesmo
despreparo na ação do policial, surgem questionamentos sobre a formação e treinamento da
força policial no Brasil. Muitas pessoas têm buscado o Judiciário como forma de
responsabilizar o Estado pelos erros de seus servidores.

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O Caráter da atividade Policial Militar
Segundo Besse (1995) in Silva, (2009), o policial militar trabalha de forma ostensiva
caracterizado por seu fardamento (uniforme), equipamentos e viaturas, estando suscetível a ir
de encontro com ocorrências diversas, nas quais deverá agir, tendo um curto lapso de tempo
para analisar os fatos. Dessa especificidade do trabalho policial pode decorrer as seguintes
condições - consideradas elementos estressores:
- Tomada de decisão emergencial no local dos fatos;
- Exposição a insultos e críticas do público;
- Excesso de responsabilidade;
- Risco da Própria vida e do parceiro;
- Situações que requerem o emprego de força física;
- Matar alguém no cumprimento do dever;
- Ter que cumprir leis desagradáveis;
- Exposição ao suborno e outras tentações;
- Receber apoio inadequado do supervisor;
- Notificar a morte de pessoas;
- Necessidade de dirigir em alta velocidade para prender criminosos;
- Trabalhar com equipamento de poder de dissuasão inferior aos dos meliantes que
enfrenta;
- Ver crianças e adultos espancadas ou mortas, ou sentindo dor;
- Sofrer ferimentos em serviço;
- Enfrentar situações que envolvem o desconhecido;
- Enfrentar situações de violência sexual contra mulheres e crianças;
- Responder a um processo-crime em andamento;
- Ter que agir como policial contra pessoa do sexo oposto;
- Confronto com multidões agressivas;
- Falta de esclarecimentos suficientes para o serviço a que foi designado;
- Combate rotineiro com criminosos (tiroteio)
- Contato com colegas que não desempenham adequadamente o serviço;
- Sofrer acidente com a viatura;
- Sofrer violência física;
- Falta de infra-estrutura pública para o prosseguimento da ocorrência;
- Ver a morte de pessoas;

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- Atuar em problemas sociais que não pode resolver;
Como diz Silva (2009), vale salientar que:
ao ingressar na Polícia Militar o indivíduo passa por um processo de readaptação, no qual o seu
comportamento é modificado para atender as necessidades da instituição de forma rígida,
provocando assim um distanciamento do contexto social no qual estava inserido. A cultura
organizacional influencia em grande escala o comportamento dos homens que atuam na
instituição, por ser militarizada ainda guarda muitos resquícios do regime ditatorial, em que as
mudanças no ambiente organizacional ocorrem de forma lenta e enfrentando muitas resistências
internas.

Ao ingressar na Polícia Militar, o aluno, se depara com algo totalmente diferente do


que estava acostumado. A rigorosa disciplina e as astúcias para a aquisição dela, causam uma
grande estranheza. O simples termo “militarismo” já assusta muitos. O exercício para a
incorporação dos valores institucionais é praticado a todo instante para que ao término do
curso de formação, o agente de segurança pública ou servidor público possa atender as
expectativas institucionais.

ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PESQUISA


Foram feitos levantamentos bibliográficos, no material primário e secundário,
referente ao assunto. Fundamentou-se na leitura de obras referentes às artes marciais, à
instrução policial militar, bem como na doutrina referente à legislação brasileira, além da
pesquisa documental feitos em questionários realizados com os policiais militares.
GRÁFICO 1 – PRÁTICA DA ATIVIDADE FÍSICA E OS SEUS BENEFÍCIOS PARA
SAÚDE QUANTO PARA O RENDIMENTO PROFISSIONAL

60% 57%
50% 40%
40%
30%
20%
10% 1% 1% 1%
0%
Discordo Discordo Concordo Concordo Não tenho
parcialmente totalmente parcialmente totalmente opinião
formada

Fonte: Viana (2016)

No gráfico 1, pode-se observar que a maioria dos policiais entrevistados, concordam


que uma atividade física pode melhorar a saúde física quanto o rendimento profissional,
dando mais qualidade em sua profissão.

13
Analisaram-se o jiu-jítsu posicionando-o no contexto policial militar, o qual se pode
inclusive verificar sua real importância para atividade do agente público, possíveis benefícios
técnico-legais, do uso da força baseado na arte marcial estudada.
GRÁFICO 2 – PRÁTICA DO JIU-JÍTSU E A MELHORA DO CONDICIONAMENTO
FÍSICO E AS VANTAGENS DO SERVIÇO OPERACIONAL APLICANDO AS
TÉCNICAS DURANTE O SERVIÇO.
80%
67%
70%
57%
60%
50% condicionamento
37% físico
40%
27%
30% vantagens
operacional
20%
10% 4% 1%
1% 0% 1% 1%
0%
Discordo Discordo Concordo Concordo Não opinou
parcialmente totalmente parcialmente totalmente

Fonte: Viana (2016)

Os dados também foram enfatizados e analisados baseando-se nos benefícios físicos e


psicológicos adquiridos por praticantes de artes marciais que podem agregar vantagens aos
policiais militares.
Concluindo-se que a prática de uma atividade física ajuda em um condicionamento
físico maior e a prática de jiu-jítsu além de melhorar a concentração, o condicionamento físico
e o rendimento de seus serviços com maior segurança para o agente.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os policiais militares, mesmo antes de serem admitidos nesta profissão já devem
apresentar qualidades físicas superiores às apresentadas pela maioria das pessoas comuns. Os
testes de aptidão física funcionam como uma forma de eliminatória de concursos de admissão
para a classe social referida, sendo estes aplicados aos concorrentes em disputa pelas vagas
disponíveis, as quais se encontram descritas em edital; Deste modo, todos aqueles que
apresentarem baixo desempenho nos testes físicos são classificados como não aptos e
conseqüentemente estão fora da seleção.
Assim, deve-se resguardar a saúde e o bem-estar dos Policiais Militares para que estes
desenvolvam satisfatoriamente sua função de proteção à sociedade (RODRIGUEZ-AÑEZ,
2003). Neste sentido a prática do jiu-jítsu para os policiais militares tem por objetivo: a)

14
proporcionar a manutenção preventiva da saúde; b) desenvolver, manter e recuperar a
condição física geral dos militares; c) cooperar no desenvolvimento das qualidades morais e
profissionais e; d) proporcionar uma redução dos níveis de stress adquiridos no cotidiano do
trabalho.
De acordo com o site institucional de combate ao estresse do Governo Estadual, ações
que visam prevenir, identificar e combater o estresse já estão sendo realizadas, contudo, de
acordo com este trabalho, ainda não é de conhecimento geral dos membros da instituição
militar pesquisada.
No projeto em que fora feita a investigação, existe pouca divulgação do programa
voltado para os policiais militares. Por se tratar de um assunto em voga, entende-se que uma
ação mais contundente seja tomada afim de que se torne realmente público tal benefício. É de
nosso entendimento também que ações grandiosas como essa demandam tempo. A
necessidade em se tomar consciência da necessidade de ações que promovam o bem estar dos
policiais militares da ROTAM-MT é responsabilidade de todos os envolvidos, para que
ambos tomem iniciativas que propiciem um melhor ambiente de trabalho e promova ações
individuais e coletivas para uma vida mais saudável e com mais qualidade.

15
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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de segurança pública e privada. eBooksBrasil. Supervirtual, 2002. Disponível em:
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16
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2006. Disponível em: http://www.direitonet.com.br/artigos/xperfil_autor. Acesso em: 25 mar.
2016.

17
APÊNDICE

18
APÊNDICE I
QUESTIONÁRIO DE ANÁLISE

1. Em sua opinião, a prática da atividade física trás benefícios para a sua saúde?
( ) Discordo ( ) Discordo ( ) Concordo ( ) Concordo ( ) não tenho
parcialmente totalmente parcialmente totalmente opinião formada

2. Em sua opinião, a prática da atividade física influencia no seu rendimento profissional?


( ) Discordo ( ) Discordo ( ) Concordo ( ) Concordo ( ) não tenho
parcialmente totalmente parcialmente totalmente opinião formada

3. Em sua opinião, uma alimentação saudável contribui para um melhor rendimento


profissional?
( ) Discordo ( ) Discordo ( ) Concordo ( ) Concordo ( ) não tenho
parcialmente totalmente parcialmente totalmente opinião formada

4. A atividade física regular, juntamente com alimentação adequada, pode beneficiar a saúde
de pessoas gordas e não gordas?
( ) Discordo ( ) Discordo ( ) Concordo ( ) Concordo ( ) não tenho
parcialmente totalmente parcialmente totalmente opinião formada

5. O excesso de gordura e de peso corporal é apenas um problema estético?


( ) Discordo ( ) Discordo ( ) Concordo ( ) Concordo ( ) não tenho
parcialmente totalmente parcialmente totalmente opinião formada

6. Para a nossa saúde o que importa é apenas a quantidade de alimentos que comemos e não o
tipo de alimentos que ingerimos (frutas, cereais, hortaliças, leites, carnes, etc.)?
( ) Discordo ( ) Discordo ( ) Concordo ( ) Concordo ( ) não tenho
parcialmente totalmente parcialmente totalmente opinião formada

7. Por não serem considerados exercícios físicos, os esforços físicos realizados nas tarefas
domésticas, brincadeiras ativas e ocupações profissionais, não ajudam a preservar e melhorar
a saúde?
( ) Discordo ( ) Discordo ( ) Concordo ( ) Concordo ( ) não tenho
parcialmente totalmente parcialmente totalmente opinião formada

8. A prática de esportes (voleibol, basquetebol, futebol, jiu-jítsu, etc.) é a única forma de fazer
atividade física para a saúde?
( ) Discordo ( ) Discordo ( ) Concordo ( ) Concordo ( ) não tenho
parcialmente totalmente parcialmente totalmente opinião formada

9. Quando fazemos exercícios físicos à gordura corporal pode ser transformada em músculo?
( ) Discordo ( ) Discordo ( ) Concordo ( ) Concordo ( ) não tenho
parcialmente totalmente parcialmente totalmente opinião formada

10. Você acredita que, com a prática do jiu-jítsu, pode melhorar o seu condicionamento
físico?
( ) Discordo ( ) Discordo ( ) Concordo ( ) Concordo ( ) não tenho
parcialmente totalmente parcialmente totalmente opinião formada

19
11. Com a prática do jiu-jítsu, você acredita que obteve vantagens técnicas no serviço
Operacional?
( ) Discordo ( ) Discordo ( ) Concordo ( ) Concordo ( ) não tenho
parcialmente totalmente parcialmente totalmente opinião formada

12. Em sua opinião, as técnicas do jiu-jítsu podem ser aplicadas durante o serviço?
( ) Discordo ( ) Discordo ( ) Concordo ( ) Concordo ( ) não tenho
parcialmente totalmente parcialmente totalmente opinião formada

13. Você acredita que com o apoio do Comando viabilizaria a implantação do jiu-jítsu em
outras unidades da Policia Militar?
( ) Discordo ( ) Discordo ( ) Concordo ( ) Concordo ( ) não tenho
parcialmente totalmente parcialmente totalmente opinião formada

14. Devemos fazer exercícios físicos entre 3 e 5 vezes na semana, preferencialmente em dias
alternados?
( ) Discordo ( ) Discordo ( ) Concordo ( ) Concordo ( ) não tenho
parcialmente totalmente parcialmente totalmente opinião formada

15. O ideal é que cada sessão de exercícios físicos voltados para a promoção da saúde tenha
uma duração mínima de 30 minutos?
( ) Discordo ( ) Discordo ( ) Concordo ( ) Concordo ( ) não tenho
parcialmente totalmente parcialmente totalmente opinião formada

20
21

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