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INTRODUÇÃO
X Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, I Seminário de Iniciação Científica - IFRO – Campus Cacoal, out. 2020.
contudo, busca atender aos interesses do grupo e não trazer novas
representações/explicações para a História.
DESENVOLVIMENTO
Porém, para levar a cabo esse projeto, era necessário conceder enorme atenção
ao reino da consciência humana; é compreensível, portanto — embora irônico —,
que esses teóricos tenham começado a acreditar que as idéias eram a única coisa
que existia. É como se alguém rotulasse de “filósofo religioso” 66 um racionalista
agnóstico que passasse a vida inteira mergulhado em misticismo e mitologia, a fim
de demonstrar que estes são ilusões engendradas por determinadas condições
sociais. (EAGLETON, Terry. 1997, p. 65.).
Outrossim, Michel Certeau em seu livro: A operação histórica (1974), nos orienta a
respeito de como deve ser um discurso científico para o historiador. Veja:
O discurso “científico” que não fala de sua relação com o “corpo” social não seria
capaz de articular uma prática. Deixa de ser científico. Questão central para o
historiador: essa relação com o corpo social é precisamente o objeto da história;
não poderia ser tratada sem também colocar em questão o próprio discurso
historiográfico. (CERTEAU, Michel. 1974, p.22.).
X Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, I Seminário de Iniciação Científica - IFRO – Campus Cacoal, out. 2020.
sugere: a análise do discurso histórico independente da instituição em função da qual ele
é organizado (CERTEAU, 1974, p.22.). Nesse sentido, fez-se necessário a análise da
transcrição aqui posta.
Historicamente a sociedade fica registrada por meio das narrativas históricas.
Essas narrativas apresentam tipologias que se encaixam em vários sentidos ditos que são
relevantes para uma interpretação analítica. Em geral, Rüsen (2016, p.56) descreve-a
como um “Sistema de operações mentais” e que o tempo cronológico se torna uma
ameaça, então a história se torna a resposta através do poder de sobressair as
incertezas, deixando um rastro de si antes do fim, por meio de ocorrências temporais
significativas.
É importante atribuir o conhecimento de Rüsen a esse estudo, com o intuito de
aplicar o método das tipologias de narrativas históricas e entender qual é o tipo
predominante da que é adotada pelo Brasil Paralelo. Perante isso, é possível analisar que
na narrativa do Brasil Paralelo estão presentes em predominância: narrativa crítica, que
apresenta desvios da história e negação de padrões dados; narrativa tradicional,
caracterizada pela origens seguida das formas atuais de vida, permanência das forma de
vida originalmente formadas e um sentido de eternidade no tempo; narrativa exemplar,
demonstra aplicações e validações de regras, generalização das vivências de tempo em
relação às regras de conduta seguida de um extensão do tempo (RÜSEN, 2016).
Partindo do referencial teórico para o estudo dessa análise, no capítulo 5 da série
Brasil: A última cruzada, Lucas Belanza apresenta a seguinte fala:
O Brasil passou a deixar quatro séculos de legado, tudo aquilo que maturou
pensamento e o desenvolvimento político do país, tanto no seu desenvolvimento
constitucional como em seus grandes debates e toda essa maturidade que foi
sendo gestado no século XIX ficou para trás, à luz de uma expectativa de um
futuro que até hoje nunca chegou.(BRASIL PARALELO, 2017).
X Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, I Seminário de Iniciação Científica - IFRO – Campus Cacoal, out. 2020.
é curioso começar a falar de erros e tropeços ao invés de acertos como nação, o que
subentende que a independência brasileira poderia ter sido um erro.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
CERTEAU, Michel. A operação histórica. In: ALVES, F. História Novos Problemas. Rio
de Janeiro, RJ: Gallimard, 1974.
RÜSEN, Jörn. Narração histórica: fundações, tipos, razão. In: MALERBA, J. História &
Narrativa: a ciência e a arte da escrita histórica. 2º ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2016.
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