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Boa Vista,
RR 2023
SÉRGIO LUIZ BATISTA LAGE JUNIOR
RESUMO
.
O objetivo deste trabalho é, portanto, discutir a possibilidade de contratação de
pessoas com deficiência, através de concurso público, para algumas atividades-meio
da Polícia Militar de Roraima, desde que respeitando as limitações de cada caso, e
em funções que não interfiram diretamente com a atividade-fim da Polícia Militar, de
forma que os policiais hoje empregados nestas funções administrativas possam ser
revertidos ao serviço operacional, trazendo maior abrangência e efetividade no serviço
operacional, bem como trazendo oportunidades às pessoas com deficiência que há
tempos almejam serem inseridas e valorizadas no mercado de trabalho. Como
metodologia de pesquisa, foi realizada uma revisão bibliográfica e documental sobre
o tema, pesquisando artigos, estudos e leis relacionados ao assunto, a fim de, obter
informações sobre as limitações existentes na realização de concurso público para
contratação de pessoas com deficiência física para atividades-meio da Polícia Militar.
A compilação dos dados e informações obtidos permitiram a análise e reflexão sobre
o tema proposto, de forma a gerar conclusões relevantes para a área estudada. Estas
conclusões foram utilizadas para apontar a conduta de estratégias de melhoria da
gestão de recursos humanos, visando o aperfeiçoamento dos serviços prestados.
1
Aluno do Curso de Habilitação de Oficiais da Polícia Militar de Roraima. Bacharel em Direito (UERR), Especialista
em Gestão Pública Municipal (IFRR). Trabalha na Polícia Militar de Roraima. E-mail: slbljr@gmail.com.
2
Licenciado em Biologia (UFAM). Mestre em Ensino de Ciências (UERR). Trabalha na Secretaria de Educação de
Roraima. E-mail: prof.franciscofalcao@gmail.com.
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Bacharel em Segurança pública (UERR) 1° TEN QOC PM. Trabalha na Polícia Militar de Roraima. E-mail:
rosi@gmail.com
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ABSTRACT
The objective of this work is, therefore, to discuss the possibility of hiring people with
disabilities, through a public tender, for some middle activities of the Military Police of
Roraima, provided that the limitations of each case are respected, and in functions that
do not directly interfere with the core activity of the Military Police, so that the police
officers currently employed in these administrative functions can be reverted to the
operational service, bringing greater scope and effectiveness in the operational
service, as well as offering opportunities to people with disabilities who have long
sought to be inserted and valued in the labor market. As a research methodology, a
bibliographic and documentary review on the subject was carried out, researching
articles, studies and laws related to the subject, in order to obtain information about
the existing limitations in carrying out a public tender for hiring people with physical
disabilities for activities -Middle of the Military Police. The compilation of data and
information obtained allowed the analysis and reflection on the proposed theme, in
order to generate relevant conclusions for the studied area. These conclusions were
used to point out the conduct of strategies to improve the management of human
resources, aiming at improving the services provided.
INTRODUÇÃO
O objeto de estudo deste trabalho trata de um tema polêmico envolvendo
candidatos de concursos públicos e as Policias Militares de todo o Brasil. Há algum
tempo o assunto tem sido levado a diversos tribunais pelo país. Fenômeno observado,
inclusive, recentemente no Concurso para provimentos de vagas para a Polícia militar
de Roraima - PMRR.
Trata-se, portanto do fato das Policias Militares não reservarem vagas para
pessoas com deficiência – PcD, em seus concursos, tendo como justificativa
fundamental das instituições castrenses a premissa de que as atividades profissionais
de um Policial Militar são incompatíveis com limitações de ordem física. Dessa forma,
a corporação não teria a obrigação legal de reservar vagas para Pessoas com
deficiência - PcD em seus concursos públicos.
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1º Batalhão PM (1º BPM), unidade sediada na Capital que tem a seu encargo
as diferentes missões de policiamento ostensivo, nos seus mais variados
tipos, processos e modalidades, exceto os de competência de outras
unidades operacionais da Polícia Militar, tendo como responsabilidade de
atuação a área leste da Capital.
2º Batalhão PM (2º BPM), unidade sediada na Capital que tem a seu encargo
as diferentes missões de policiamento ostensivo, nos seus mais variados
tipos, processos e modalidades, exceto os de competência de outras
unidades operacionais da Polícia Militar, tendo como responsabilidade de
atuação a área oeste da Capital.
- Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), responsável pelo o
Policiamento especializado e desempenho de missões que extrapolem as
competências do policiamento ostensivo de rotina, com atribuições em todo
o território do Estado.
- 1º Esquadrão Independente de Polícia Montada (EIPMONT), é a unidade
sediada na Capital que tem a seu encargo as missões de policiamento
ostensivo montado, com atribuições em todo o território do Estado.
- Companhia Independente de Policiamento Ambiental (CIPA), responsável
pelo o Policiamento Ostensivo na defesa e à preservação do meio ambiente.
- Companhia Independente de Policiamento de Transito Urbano e Rodoviário
(CIPTUR), responsável policiamento ostensivo de trânsito urbano e
rodoviário.
- Grupamento Independente de Intervenção Rápida Ostensiva (GIIRO),
responsável pelo o policiamento ostensivo com emprego de motocicletas.
- Companhia Independente de Policiamento de Guarda (CIPG), responsável
pelo policiamento de guarda em edifícios públicos estaduais e segurança
externa de estabelecimentos penais. (PMRR, [s. d.])
Nossos estudos apontam que vários termos grotescos têm sido empregados
para denominar pessoas com deficiências, tipo: Pessoa deficiente, pessoas
portadoras de deficiência, dentre outros. No Brasil, o tratamento já é presente desde
a década de 1930 onde a Lei Nº 2.044 de 8 de outubro de 1931, que trata de pessoas
com deficiências, foi criada. A partir daí, os termos passaram a ser mais adequados,
como: Pessoas com deficiência, Pessoas com necessidades especiais, Pessoas com
limitações, entre outros, conforme aponta Ribeiro:
Portanto nesse trabalho será utilizado o termo Pessoa com Deficiência – PcD,
por ser a nomenclatura cunhada e aceita desde de 2009, aprovado após debates
mundiais, e utilizado no texto da convenção sobre os direitos das pessoas com
deficiência aprovado pela Assembleia Geral da ONU e doravante inserido nos textos
do arcabouço legal sobre o tema no Brasil.
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Como explica Muniz e Silva (2010). A polícia como sendo um órgão com
presença evidente se torna mais próxima do cidadão. Presente 24 horas por dia e à
distância de uma ligação telefônica gratuita conforme o autor, em um plano ideal, a
governança policial se caracteriza pela articulação de interesses e de tomadas de
decisão, entre os diversos atores envolvidos, agindo de forma cooperativa, em ações
conjuntas, resultando em uma solução mais eficaz para os problemas sociais e de
segurança pública.
A atividade-meio da corporação é exercida por militares que passaram por
diversas etapas criteriosas quando decidiram ingressar no meio policial, pessoas
essas em perfeitas condições físicas, psicológicas, intelectuais e de ilibada reputação
social, porém, tais atividades poderiam muito bem serem executadas por pessoas
com algum tipo de deficiência, uma vez que na atual conjuntura, é admitido pessoas
civis “normais” de outros órgãos da Administração Pública através de cessão,
trabalhando na parte burocrática de diversas unidades da PMRR.
2. METODOLOGIA
Efetivo Antigo
Efetivo Estadual
Território Federal
Patente
Masculino Feminino Masculino Feminino
Oficiais 242 71 10 -
491
348
115
70
331; 14%
606; 25%
418; 17%
1045; 44%
Portanto, dos 2.400 policiais militares, cerca de 56,45% são lotados nos
grandes comandos operacionais (CPC e CPI), sendo que deste total de policiais
lotados, 12% trabalham na atividade-meio e 88% na atividade-fim.
A polícia como sendo um órgão com presença evidente se torna mais próxima
do cidadão. Presente 24 horas por dia e à distância de uma ligação telefônica gratuita
conforme, em um plano ideal, a governança policial se caracteriza pela articulação de
interesses e de tomadas de decisão, entre os diversos atores envolvidos, agindo de
forma cooperativa, em ações conjuntas, resultando em uma solução mais eficaz para
os problemas sociais e de segurança pública.
Na prática, a polícia deve atuar de forma a garantir a segurança do cidadão e
acelerar a resolução de problemas sociais, como a violência, o crime organizado, a
criminalidade juvenil e a criminalidade de alto impacto. Esta atuação deve ser
realizada com base no princípio da legalidade, isto é, a ação policial deve ser norteada
pelo cumprimento da lei. Outro princípio importante na atuação policial é o da
proporcionalidade, ou seja, as ações devem ser compatíveis com a gravidade dos
crimes cometidos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BARROS, Aidil de Jesus Paes de; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Projeto
de pesquisa: propostas metodológicas. 8. ed. Petrópolis: Vozes, 1999.
PMRR, Polícia Militar de Roraima. PMRR – Polícia Militar de Roraima. [S. l.], [s. d.].
Disponível em: https://pm.rr.gov.br/. Acesso em: 28 fev. 2023.
PMRR, Polícia Militar do Estado de Roraima. Boletim Geral – PMRR. [S. l.], 2022.
Disponível em: https://pm.rr.gov.br/boletim-geral/. Acesso em: 28 fev. 2023.
RORAIMA. História da PMRR – PMRR. [S. l.], [s. d.]. Disponível em:
https://pm.rr.gov.br/historia-da-pmrr/. Acesso em: 27 fev. 2023.