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Florianópolis
2010
ADILSON MICHELLI
Florianópolis
2010
ADILSON MICHELLI
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Prof. e Orientador Cleber Pires, Msc.
Polícia Militar de Santa Catarina
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Ten Cel PM Maria de Fátima Martins, Esp.
Polícia Militar de Santa Catarina
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Major PM Marco Aurélio Hoffmann, Esp.
Polícia Militar de Santa Catarina
Dedico esta monografia a minha esposa
Sonia Mara, e aos meus filhos Carolina e
Luis Henrique, pelo apoio e carinho
incondicional nos momentos difíceis e por
me fazerem acreditar em um mundo
melhor.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus pela saúde, pela paz e pela vida que tenho.
Aos meus pais Darsi e Laura, pelo incentivo em ingressar na Polícia
Militar e pelos valores ensinados.
Aos meus irmãos Arlindo (in memorian), Maria Odeth e Evanilde, amigos
e companheiros.
Ao meu orientador, Mestre Cleber Pires, que aceitou o desafio de me
orientar durante os trabalhos do CSPM.
Ao meu amigo Maj PM Marco Aurélio Hoffmann, oficial dedicado e
entusiasta dos direitos humanos na instituição.
With the advent and promulgation of the Federal Constitution of 1988, legal landmark
of the institutionalization of the Human Rights and the democratic transistion of the
country, we start to live under égide of a new letter, being determined an order based
on the valuation of the dignity of the person human being and on the establishment of
equal rights, reaching to all, without any distinction, marking definitively the
transistion of a ditatorial and repressive period for a period of democratic opening
and guarantee of basic rights. The Universal Declaration of the Human Rights of the
1948 ONU was basic in the consolidation of the basic rights. The objective of the
research was to have a narrower knowledge on the substance, being looked for to
demonstrate to the importance of the basic human rights it Military Policy, the main
legal systems and its historical evolution, in the national and international context,
searching to congregate subsidies for application in the area of education and the
activities of correição of the institution. In this direction subject was established as
Right Human Basic: Relation between Activities of Correição and education,
analyzing the specific legislation aiming at to establish to the military policemen a
new form of performance, therefore the constitutional change it imposes a revision of
procedures searching to improve the professional qualification. In addition searched
also paradigms, so that the Corregedorias more becomes each time in an eminently
correicional and bonanza punitive agency, whose main approach is the orientation
and later, in case that to the recommendations and orientation are not taken care of,
is the same ones punished of efficient form celery and, inside of the beginning of the
contradictory and legal defense.
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10
1.1 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA ........................................................................ 12
1.1.1 Justificativa ..................................................................................................... 12
1.2 OBJETIVO GERAL ............................................................................................. 13
1.2.1 Objetivos específicos..................................................................................... 13
1.3 METODOLOGIA .................................................................................................. 14
1.4 DESCRIÇAO SUMARIA DOS CAPITULOS ........................................................ 14
2 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS DIREITOS HUMANOS ....................................... 16
2.1 DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS................................. 23
2.2 DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS .................................................... 27
2.2.1 Direito à vida ................................................................................................... 28
2.2.2 Direito à liberdade .......................................................................................... 29
2.2.3 Direito à igualdade ......................................................................................... 30
2.2.4 Direito à segurança ........................................................................................ 31
2.2.5 Direito à propriedade ..................................................................................... 32
3 A EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS ............................................................ 36
3.1 MATRIZ CURRICULAR NACIONAL....................................................................38
3.2 EDUCAÇÃO POLICIAL MILITAR ....................................................................... .42
4 BREVE HISTÓRICO DAS CORREIÇÕES............................................................ 48
4.1 VISAO GERAL DA ATIVIDADE CORREICIONAL .............................................. 49
4.2 CORREIÇÃO: UMA NECESSIDADE ATUAL...................................................... 52
5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 54
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 57
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1 INTRODUÇÃO
Organização das Nações Unidas, em 1948, um longo caminho foi percorrido, com o
objetivo de dotar o ser humano de garantias e direitos fundamentais.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos terá enfoque de destaque,
pois está contextualizada na maioria das constituições dos países que ratificaram
seu texto, sendo também recepcionada em nossa Carta Magna.
A formação policial focada nos princípios de direitos humanos
fundamentais já é uma realidade nos currículos dos cursos de formação dos policiais
militares a qual deverá estar atrelada às atividades de correição da Corporação e de
Revitalização dos conteúdos programáticos, visando minimizar os desvios de
conduta de seus integrantes.
O crescimento de ocorrências policiais envolvendo violação das garantias
individuais dos cidadãos vem causando preocupação aos dirigentes da instituição, o
que nos leva a refletir e apontar sugestões e caminhos a serem trilhados a fim de
resguardar a imagem da instituição policial militar.
O artigo 5° da Constituição da Republica Federativa do Brasil de 1988,
terá uma abordagem especifica, no que tange ao direito à vida, à liberdade, à
propriedade, à igualdade e à segurança, pois são mais afetos a atividade policial
militar.
Art. 5° Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes: (BRASIL,1998)
1.1.1 Justificativa
1.3 METODOLOGIA
E continua:
E para tais fins, praticar a tolerância e viver em paz, uns com os outros,
como bons vizinhos, e unir as nossas forças para manter a paz e a
segurança internacionais, e a garantir, pela aceitação de princípios e a
instituição dos métodos, que a força armada não será usada a não ser no
interesse comum, a empregar um mecanismo internacional para promover o
progresso econômico e social de todos os povos. (ONU, 1945)
Artigo 1°
“Todos as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. São
dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras
com espírito de fraternidade.
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Artigo 2°
1- Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades
estabelecidas nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de
raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, de
origem nacional ou social, riqueza, nascimento ou qualquer outra condição.
2- Não será tampouco feita nenhuma distinção fundada na condição
política, jurídica ou internacional do país ou território a que pertença, quer
se trate de um território independente, sob tutela, sem governo próprio, quer
sujeito a qualquer outra limitação de soberania.
Artigo 3°
Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. (ONU,
1945)
XV - liberdade de locomoção;
XVI - liberdade de reunião;
XVII - liberdade de associação;
XXXII - direito de informação;
XXXIV - direito de petição e obtenção de certidão;
XXXV - direito de apreciação pelo Poder Judiciário de lesão de direito
ou ameaça de direito;
XXXVI - direito adquirido;
XXXVII - inexistência de tribunal de exceção;
XXXVIII - instituição do tribunal do júri;
XXXIX - princípio da anterioridade da lei;
XL - irretroatividade da lei, salvo para benefício do réu;
XL- punição por qualquer discriminação atentatória dos direitos e
garantias fundamentais;
XLII - torna inafiançável e imprescritível os crimes de racismo;
XLIII - considera inafiançável e insusceptível de graça ou anistia os crimes
de tortura;
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos
armados civis ou militares, contra a ordem constitucional ou o Estado
democrático;
XLV - sobre o fato de que a pena não passará da pessoa do condenado,
e a possibilidade de extensão de reparação do dano e perda dos bens,
ser estendida aos sucessores ou contra eles executada;
XLVI - sobre os tipos de penas;
XLVII - sobre as penas banidas do nosso ordenamento jurídico;
XLVIII - sobre o local do cumprimento da pena, e as condições de
natureza do delito, idade e sexo do apenado;
XLIX - sobre a garantia do respeito à integridade física e moral dos
presos (inciso muito importante para o conhecimento do Policial Militar);
L - sobre a garantia às presidiárias de poder permanecer com o filho
durante o período de amamentação;
LIII - sobre garantia de processo pela autoridade competente;
LIV - sobre a garantia do devido processo legal, na hipótese de privação
de liberdade ou de bens;
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Princípios Éticos:
- Compatibilidade entre Direitos Humanos e eficiência policial: as
habilidades operativas a serem desenvolvidas pelas ações formativas de
segurança pública necessitam estar respaldadas pelos instrumentos legais
de proteção e defesa dos Direitos Humanos, pois Direitos Humanos e
eficiência policial são compatíveis entre si e mutuamente necessários. Esta
compatibilidade expressa a relação existente entre Estado Democrático de
Direito com o cidadão.
- Compreensão e valorização das diferenças: as ações formativas de
segurança pública devem propiciar o acesso a conteúdos conceituais,
procedimentais e atitudinais que valorizem os Direitos Humanos e a
cidadania, enfatizando o respeito à pessoa e à justiça social. (BRASIL,
2008, p. 7)
Princípios Educacionais
Flexibilidade, diversificação e transformação: as ações formativas de
segurança pública devem ser entendidas como um processo aberto,
complexo e diversificado que reflete, desafia e provoca transformações na
concepção e implementação das Políticas Públicas de segurança,
contribuindo para a construção de novos paradigmas culturais e estruturais.
Abrangência e capilaridade: as ações formativas de segurança pública
devem alcançar o maior número possível de instituições, de profissionais e
de pessoas, por meio da articulação de estratégias que possibilitem
processos de multiplicação, fazendo uso de tecnologias e didáticas
apropriadas.
Qualidade e atualização permanente: as ações formativas de segurança
pública devem ser submetidas periodicamente a processos de avaliação e
monitoramento sistemático, garantindo, assim, a qualidade e a excelência
das referidas ações.
Articulação, continuidade e regularidade: a consistência e a coerência dos
processos de planejamento, acompanhamento e avaliação das ações
formativas devem ser alcançadas mediante o investimento na formação de
docentes e na constituição de uma rede de informações e interrelações que
possibilitem disseminar os referenciais das políticas democráticas de
segurança pública e alimentar o diálogo enriquecedor entre as diversas
experiências. (BRASIL, 2008, p. 8)
Princípios Didático-Pedagógicos
Valorização do conhecimento anterior: os processos de desenvolvimento
das ações didático-pedagógicas devem possibilitar a reflexão crítica sobre
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5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BOBBIO, Norberto. A Era dos Direitos. Rio de Janeiro: Ed. Campus, 1992.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 2. ed. São Paulo: Atlas,
1989.
MEIRELES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 20. ed., São Paulo:
Malheiros Editores, 1995, p. 110.