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Marituba/PA
2020
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RESUMO
O presente projeto tem por objetivo analisar as principais adversidades enfrentadas pelas
policiais mulheres, oficiais e praças, da Polícia Militar do Estado do Pará (PMPA) no âmbito
institucional. Dificuldades estas a serem reveladas por meio da análise de questionário a ser
respondido pelas policiais militares pertencentes ao efetivo do 2° Batalhão de Polícia Militar.
Para isso a presente pesquisa apresenta caráter exploratório e uma abordagem qualitativa,
tendo o método comparativo que nos permitirá verificar diferenças e semelhanças
apresentadas pelas respostas coletadas. Possibilitando-nos elencar aquelas que forem citadas
com maior frequência pelas policiais, verificando a existência ou não de uma similaridade
entre as dificuldades das mulheres oficiais e das praças realizando, ainda uma análise que
permita verificar como a instituição tem trabalhado para dirimir os entraves para a atuação
feminina na corporação. O presente projeto também leva em consideração as bibliografias que
tratam da presença da mulher em instituições policiais militares e que também se
preocuparam em revelar os impasses na atuação profissional e seus enfrentamentos.
Palavras-chave: Mulheres policiais militares; Polícia Militar do estado do Pará (PMPA);
Adversidades policiais. Dificuldades
ABSTRACT
Women in the Military Police of Estado do Pará: mains adversities faced by the women
police officers at the institutional environment
The present project aims to find out and analyze the main adversities faced by women police
officers, officers and soldiers, of the Military Police of Estado do Pará (PMPA) at the
institutional environment. Difficulties to be revealed through the analysis of a questionnaire to
be answered by the military police officers from the 2nd Military Police Battalion. For this,
the present research has an exploratory character and a qualitative approach, using the
comparative method that will allow us to verify differences and similarities presented by the
collected responses. Enabling us to list those that are most frequently cited by the women
police, checking the existence or not of a similarity between the difficulties of the official
women and the soldiers, and realizing also an analysis that allows to verify how the institution
has been working to solve the obstacles for the female performance in the corporation. The
present project also considers the bibliographies that deal with the presence of women in
Miliary Police institutions and that were also concerned with revealing the impasses in
professional performance and their confrontations.
Key words: Women Military Policies; Military Police of Estado do Pará (PMPA); Police
Adversities.
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Projeto de Artigo Científico apresentado ao Instituto de Ensino de Segurança do Pará- IESP, como requisito
avaliativo da disciplina Metodologia Científica I para a conclusão do Curso
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX/ Instituto de Ensino de Segurança do Pará, Marituba, 2020.
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Oficial da XXXXXXX, aluno do curso xxxxxxxxxxxxxxxxxxx.
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1 INTRODUÇÃO
tendo suas primeiras experiências no ambiente policial militar e outras que já pertenciam à
corporação, como praças, compartilham suas experiências no âmbito institucional.
Além de documentar, a partir das respostas das policiais militares, as dificuldades que
são vivenciadas por mulheres policiais, no desempenho de suas funções,. Ccomo hipótese ao
futuro artigo é afirmado que: as dificuldades a serem reveladas pelas policiais da PMPA são
similares a outras apontadas em ambiente institucional militar.
2 METODOLOGIA
soma um total de aproximadamente 15.726 policiais militares, entre homens e mulheres e que
deste total: 1.590 são mulheres (10,1%), divididas entre 133 oficiais e 1.457 praças.
Considerando que o efetivo do 2º Batalhão soma 313 policiais prontos para o serviço,
conforme o mapa do efetivo da unidade atualizado em 04 de maio de 2020, disponibilizado
via SIGPOL, destes apenas 40 são mulheres. Assim, a pesquisa terá como amostra máxima 40
policiais femininos, uma quantidade significativa para a obtenção das informações
pretendidas, levando em consideração ainda, as característica da unidade que elas atuam, um
batalhão de grande representatividade na capital paraense, que atende as mais variadas
ocorrências desde pequenos furtos a grandes manifestações populares, onde a atuação policial
militar possui grande destaque na prevenção da criminalidade.
Quanto ao ponto de vista dos objetivos desta pesquisa, a mesma tem caráter
exploratório e uma abordagem qualitativa, tendo como ferramenta o método comparativo que
permitirá verificar diferenças e semelhanças apresentadas pelas respostas coletadas, com o
objetivo de obter melhor compreensão do objeto em estudo, através de questionários
respondidos pelas Policiais Militares pertencentes a diferentes postos e graduações. “o termo
qualitativo” implica uma partilha densa com pessoas, fatos e locais que
constituem os objetos da pesquisa, com o fato de extrair desse convívio os significados
visíveis e latentes que somente são perceptíveis por meio de uma atenção mais sensível por
parte do investigador” (CHIZZOTTI, 2003, p. 221). Já o estudo exploratório proporciona
familiaridade com o problema, além de aprimorar ideias ou descobertas de intuições (GIL,
2008).
O presente estudo contará com questionário de doze perguntas a serem respondidas por
mulheres policiais militares pertencentes ao 2° Batalhão da PMPA, oficiais e praças (APÊNDICE A).
O mesmo será composto tanto por perguntas fechadas como abertas, permitindo objetividade e maior
liberdade das entrevistadas ao relatarem suas experiências no âmbito institucional.
Leite (2013), que vivenciou a realidade da policial militar do Estado do Pará, desde o
ingresso da primeira turma feminina na década de 1980, hoje Capitão da reserva remunerada
da PMPA, também se preocupou em destacar as dificuldades que as policiais militares
enfrentavam, ao entrevistar militares pertencentes a primeira turma de policiais feminino da
PMPA:
Dificuldades estas que se mantém por diversos fatores, inclusive por pensamentos
retrógrados que perduram até os dias atuais. Ribeiro (2018), ao entrevistar homens policiais
militares, sobre como percebem a atuação feminina no serviço policial, chegou à conclusão
que existe um imaginário em relação às mulheres, onde os entrevistados acreditam que, por
questões físicas, as mulheres não se enquadram a atividades que envolvam perigo, e que ao
assumirem função hierarquicamente superior devem estar muito mais preparadas
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intelectualmente que os homens, ainda que para ambos as exigências sejam as mesmas, e para
o serviço policial operacional as mulheres devem aproximar sua atuação a do masculino.
Trabalhos estes que reforçam a declaração dada por Samira Bueno (2017), diretora-
executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que ao falar das profissionais de
segurança pública, em entrevista ao Movimento Mulher, ressaltou que nesta área de atuação
profissional a questão não é salarial e sim a existência de uma mentalidade de que a mulher
não é compatível com o serviço operacional, resultando que funções de comando estejam
prioritariamente ocupadas por homens.
Essa consolidação é de fato real, levantando cada vez mais o debate quanto ao direito
de oportunidades iguais para homens e mulheres. Neste sentido, além da própria constituição
que traz essa garantia de igualdade, outras ferramentas surgem a fim de manter um ambiente
equânime, dentre as quais destaca-se a busca pela igualdade de gênero e empoderamento de
mulheres e meninas, que compõe os objetivos traçados pela Agenda Universal 2030, lançada
pela ONU em 2015.
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Dentro dessa perspectiva de igualdade de gênero, faz-se necessário criar ações que
busquem esse empoderamento em todo os níveis sociais.
(...) é necessário que os Estados garantam internamente a efetivação dos direitos das
mulheres internacionalmente anunciados. Assim, espera-se que as tratativas
internacionais de gênero sejam incorporadas às práticas e realidades nacionais,
reconhecendo as especificadas e interseccionalidades das mulheres, em especial
àquelas que se encontram em situações de maior vulnerabilidade, (...) (SOUSA,
2018, p. 53).
4. Resultados esperados
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5. CRONOGRAMA
REFERÊNCIA
BUENO, S. Apenas 13,5% dos profissionais de segurança pública são mulheres, diz
especialista, 2017. MOVIMENTO MULHER Disponível em:
<http://movimentomulher360.com.br/arquivos/1401>. Acesso em: 13 de abril de 2020.
GIL, A. C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2008.
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8. Qual a área da sua vida pessoal é mais difícil de conciliar à vida profissional pelo
fato de ser uma mulher policial?
( ) LAZER ( ) CASAMENTO/NAMORO ( ) FILHO(s)
( ) ESTUDOS ( ) CURSOS E TREINAMENTOS
( ) OUTROS:________________________________________________________
9. Por que essa área é mais difícil de conciliar com a vida profissional?
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10. Você consegue perceber por parte da instituição medidas para valorização da
mulher policial militar?
( ) SIM ( )NÃO
11. Caso sim, exemplifique.
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12. Hoje poucas mulheres assumem posição de comando na PMPA, em sua opinião a
que se deve isso?
( ) Questões de Gênero
( ) Questão cultural
( ) Outros motivos: ____________________________________________________
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