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RECIFE/PE
2023.1
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RESUMO
O artigo científico tem como objetivo geral demonstrar os aspectos jurídicos que estabelecem
os parâmetros para balizar e resguardar as ações realizadas pelo profissional de segurança
pública, em específico, do Policial Militar do Estado de Pernambuco. Aspectos que configuram
a retaguarda jurídica pelo qual o profissional encontrará amparo necessário para sua defesa e
justificação das ações cometidas, quando dentro da legalidade prevista no ordenamento
jurídico. As diversas legislações e ordenamentos presentes na estruturação da Polícia Militar
do Estado de Pernambuco, que definem sua organização e orientam os procedimentos que
devem ser adotados pelo Policial Militar nas diversas situações enfrentadas no seu cotidiano,
constituem ferramentas que proporcionam amparo jurídico ao policial e são de fundamental
importância para o bom desempenho das atribuições profissionais. A pesquisa será realizada
por meio de estudos e pesquisas doutrinárias, artigos científicos, livros relacionados ao tema e
análises dos procedimentos abordados pela Polícia Militar do Estado de Pernambuco no que
tange os aspectos da retaguarda jurídica e da humanização do aparato policial, ambos aplicados
a atividade da Polícia Militar. O estudo de caso justifica-se pelo ponto de vista técnico, no que
tange ao desempenho satisfatório da ação do agente de segurança pública perante a sociedade.
O tema proposto apresenta grande relevância no âmbito social, demonstrando resultados na
metodologia empregada pelo profissional atuante que se baseia na regulamentação atual para
conduzir as suas ações. Evidenciou-se por meio de análise de estatística que o policial que
detém os conhecimentos técnicos dos procedimentos reduz significativamente as chances de
cometer erros de procedimento e por consequência responder processos no futuro.
ABSTRACT
The scientific article has as general objective to demonstrate the legal aspects that establish the
parameters to mark and safeguard the actions carried out by the public security professional, in
particular, the Military Police of the State of Pernambuco. Aspects that configure the legal
rearguard by which the professional will find the necessary support for his defense and
justification of the actions committed, when within the legality provided for in the legal system.
The various laws and ordinances present in the structuring of the Military Police of the State of
Pernambuco, which define its organization and guide the procedures that must be adopted by
the Military Police in the various situations faced in their daily lives, constitute tools that
provide legal support to the police and are of fundamental importance for the good performance
of professional attributions. The research will be carried out through studies and doctrinal
research, scientific articles, books related to the theme and analysis of the procedures addressed
by the Military Police of the State of Pernambuco with regard to the aspects of the legal
rearguard and the humanization of the police apparatus, both applied to the activity of the
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Graduando em Direito pelo Centro Universitário dos Guararapes (UniFG/PE)
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Military Police. The case study is justified by the technical point of view, with regard to the
satisfactory performance of the action of the public security agent before society. The proposed
theme presents great relevance in the social sphere, demonstrating results in the methodology
employed by the active professional that is based on the current regulations to conduct their
actions. It was evidenced through statistical analysis that the police officer who has the technical
knowledge of the procedures significantly reduces the chances of making procedural errors and
consequently responding to processes in the future.
INTRODUÇÃO
Toda a legislação que envolve o ordenamento jurídico da polícia militar e demais órgãos
de segurança pública compreende o arcabouço da instituição e estabelece normas pelas quais
seus integrantes podem se basear, pautar suas ações dentro da legalidade e assim poder prestar
da melhor maneira possível um serviço de qualidade a sociedade.
No tocante ao cumprimento das normas e regulamentos da instituição, o policial militar
além de servir de forma adequada, garante também a sua retaguarda jurídica, que pode ser
compreendida como a proteção legal que se dá aos agentes públicos que atuam em situações de
risco ou conflito.
A Polícia Militar de Pernambuco (PMPE), que servirá como base para a presente
pesquisa, é uma instituição permanente, subordinada ao Governador do Estado, que tem seu
estatuto regulamentado pela Lei Ordinária 6.783 de 1974. Essa lei dispõe sobre a situação,
obrigações, deveres, direitos e prerrogativas dos policiais militares do Estado de Pernambuco.
O papel da PMPE na segurança pública é garantir a proteção da população por meio do
policiamento ostensivo, uniformizado e visível para inibir a prática de crimes. A PMPE também
contribui para a tranquilidade e segurança pública da cidade do Recife e de todo o Estado de
Pernambuco. Além disso, faz parte de um sistema integrado de segurança pública que envolve
outras instituições públicas e comunitárias, visando assegurar a proteção do indivíduo e da
coletividade e a ampliação da justiça.
A retaguarda jurídica do policial militar em Pernambuco envolve diversas normas e leis
que regulam a atividade policial e garantem a proteção legal dos agentes que atuam em defesa
da ordem pública. Alguns exemplos de normas que constituem a retaguarda jurídica do policial
militar em Pernambuco são:
• O Estatuto dos Policiais Militares do Estado de Pernambuco, Lei nº 6.783/1974, que
dispõe sobre as obrigações, os deveres e os direitos dos policiais militares, bem como
os procedimentos disciplinares e judiciais aplicáveis aos mesmos;
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públicas para garantir a proteção da vida, da liberdade e do patrimônio das pessoas contra as
ameaças criminais ou de outra natureza (BRASIL, 1988).
De acordo com SOUZA (2009, p. 300), segurança pública pode ser conceituada como:
Um estado que possibilita (viabiliza) o livre exercício dos direitos, liberdades e
garantias consagrados na Constituição e na Lei. A segurança é,
simultaneamente, um bem individual e coletivo, tal como a sociedade pertence
a todos e a cada um.
Segundo podemos extrair também do entendimento de DIAS. (2004, p. 1), o conceito
de ser cidadão consiste em:
Exercer a cidadania, estágio avançado do ser humano capaz e responsável, em
princípio obediente aos parâmetros da ordem natural das coisas: todas as coisas
devem obedecer aos princípios, às regras, às normas, de sua ordem natural.
Capaz de evoluir continuamente ao longo do tempo e espaço, com naturais
limitações e desvios que representam os desafios à inteligência e à produtividade
dos seres humanos.
Conforme estabelece o artigo 144 da Constituição Federal de 1988, a segurança pública
é dever do Estado, direito e responsabilidade de todos (BRASIL, 1988). Para exercer esse
direito e cumprir essa responsabilidade, existem as forças de segurança, que são os órgãos
públicos encarregados de prevenir, reprimir e investigar os crimes, bem como de manter a paz
e a segurança nas ruas, nas estradas, nas fronteiras e em outros espaços públicos (BRASIL,
1988).
As principais forças de segurança são: a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal,
a Polícia Ferroviária Federal, as Polícias Civis, as Polícias Militares e os Corpos de Bombeiros
Militares (BRASIL, 1988).
Paralelo às garantias que competem ao Estado, o conceito de segurança pública é amplo,
não se limitando à política do combate à criminalidade e nem se restringindo à atividade
policial. A segurança pública enquanto atividade desenvolvida pelo Estado é responsável por
empreender ações de repressão e oferecer estímulos ativos para que os cidadãos possam
conviver, trabalhar, produzir e se divertir, protegendo-os dos riscos a que estão expostos
(SANTOS, 2006).
A Lei Ordinária nº 6.783, de 16 de outubro de 1974, dispõe sobre o Estatuto dos Policiais
Militares do Estado de Pernambuco e dá outras providências. O estatuto regula a situação,
obrigações, deveres, direitos e prerrogativas dos policiais (PERNAMBUCO, 1974).
Inicialmente, a Lei estabelece as condições em que se encontram os Policiais Militares,
quais sejam na ativa: de carreira; incluídos voluntariamente, durante os prazos a que se obrigam
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preservação da vida e a integridade física das pessoas, a colaboração com a Justiça e a promoção
da paz social (PMPE, 1974).
De acordo com o que estabelece o artigo 30 da Lei 6.783, de 16 de outubro de 1974, os
deveres policiais-militares emanam de vínculos racionais e morais que ligam o policial militar
à comunidade estadual e à sua segurança, e compreendem, essencialmente (PMPE, 1974):
I - a dedicação integral ao serviço policial-militar e a fidelidade à instituição à
que pertence, mesmo com o sacrifício da própria vida;
II - o culto aos símbolos nacionais;
III - a probidade e a lealdade em todas as circunstâncias;
IV - a disciplina e o respeito à hierarquia;
V - o rigoroso cumprimento das obrigações e ordens; e
VI - a obrigação de tratar o subordinado dignamente e com urb anidade.
A proteção da vida e da integridade física das pessoas é a principal obrigação do policial
militar. Em situações de perigo iminente, o policial deve agir com rapidez e eficiência para
garantir a segurança das pessoas envolvidas. Para isso, é necessário que o policial esteja sempre
preparado e capacitado para enfrentar qualquer situação de risco.
Outra obrigação do policial militar é preservar a ordem pública e garantir a segurança
da população. Através do patrulhamento das ruas, o policial militar tem a responsabilidade de
prevenir e reprimir ações criminosas, garantindo a tranquilidade e o bem-estar social. Essa
tarefa é essencial para que a população se sinta protegida e confiante nas instituições
responsáveis pela segurança pública (PMPE, 1974).
Além disso, o policial militar deve cumprir as leis e regulamentos em vigor, agindo
sempre com ética e respeito aos direitos humanos. É importante que o policial atue de forma
coerente e responsável, evitando qualquer tipo de violência ou abuso de pod er. A conduta ética
e responsável é fundamental para que o policial seja visto como um agente confiável e
respeitado pela população (PMPE, 1974).
Ainda de acordo com o que estabelece o artigo 27 da Lei 6.783, de 16 de outubro de 1974,
o sentimento do dever, o pundonor policial-militar e o decoro da classe impõem, a cada um dos
integrantes da Polícia Militar, conduta moral e profissional irrepreensíveis, com observância de
vários preceitos da ética policial-militar, como por exemplo (PMPE, 1974):
• Amar a verdade e a responsabilidade como fundamento da dignidade pessoal;
• Exercer com autoridade, eficiência e probidade as funções que lhe couberem em
decorrência do cargo;
• Respeitar a dignidade da pessoa humana;
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A Escola conta com uma infraestrutura adequada à sua missão, com capacidade de
lotação de quinhentos alunos, dotada de auditório, alojamentos, vinte e cinco salas de aula, um
telecentro, prédio da administração, refeitório, campo de futebol, quadra poliesportiva, cantina,
sala de artes marciais, biblioteca, serviço de orientação educacional, sala de docentes e uma
barbearia (CORREIA, 2007).
No que tange à formação ética do policial militar dentro do Curso de Formação e
Habilitação de Praças (CFHP) da Polícia Militar do Estado de Pernambuco, são ministradas
diversas disciplinas que visam instruir o novo policial com relação a conceitos éticos e morais
sendo de extrema importância para a construção moral do novo profissional e também para o
perfeito conhecimento de dever legal e exercício responsável e eficiente das suas funções
O curso de formação de praças teve seu plano de curso autorizado por intermédio do
Decreto nº 45.378, de 28 de novembro de 2017 e conta atualmente com uma carga horária
total de 1.074 horas-aula, sendo composto por 46 disciplinas, subdivididas em matriz comum
e matriz específica (PMPE, 2017).
Abaixo estão listadas as 46 disciplinas com suas respectivas cargas horárias de acordo
com o Decreto Nº 45.378, de 28 de novembro de 2017 (PMPE, 2017):
MATRIZ BÁSICA CH
Sistema de Segurança Pública 16h
Fundamentos da Gestão Pública 12h
Gestão Integrada e Comunitária 16h
Criminologia a Segurança Pública 24h
Direitos Humanos 30h
Fundamentos Jurídicos da Atividade Policial 30h
Prevenção e Mediação de Conflitos e Práticas Restaurativas 12h
Resolução de Problemas e tomadas de Decisão 12h
Análise e Cenário de Riscos 12h
Gerenciamento Integrado de Crises e Desastres 18h
Relações Interpessoais 12h
Educação Física 1 30h
Educação Física 2 30h
Documentação Técnica 12h
Telecomunicações 12h
Tecnologias e Sistemas Informatizados 12h
Gestão da Informação 12h
Inteligência de Segurança Pública 12h
Estatística e Análise Criminal 18h
Ética e Cidadania 12h
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MATRIZ ESPECÍFICA CH
Direito Penal Aplicado a Atividade Policial Militar 30h
Direito Penal Militar 30h
Polícia Judiciária Militar (Escrivão PM) 30h
Comando e Liderança 20h
Comunicação, Mídia e Segurança Pública 12h
Gestão Administrativa 30h
Política Pública de Gestão por Resultados na Segurança 08h
Instrução Geral 20h
Inteligência PM 20h
Ordem Unida II (Comandamento) 20h
Legislação PM 30h
Procedimento Administrativo Disciplinar 30h
Abordagem II (Comandamento) 30h
Policiamento Ostensivo e Preventivo 60h
Ocorrências Policiais Simuladas 20h
Tiro Policial Defensivo 50h
Fonte: PMPE (2017)
Uma das disciplinas que compõe a grade curricular do Curso de Formação de Praças de
Pernambuco e ratifica a preocupação do Estado na formação ética do novo policial militar é
conhecida como (DES) Diversidade Étnico Sociocultural. A disciplina apresenta em seu
conteúdo programático uma visão crítica acerca de temas como relações étnico-raciais,
preconceito e discriminação, racismo, racismo institucional e também a postura do profissional
da Área de Segurança Pública diante dos conflitos relacionados à diversidade.
A formação ética do policial militar é essencial para o fortalecimento da instituição e
para a construção de uma relação de confiança entre a polícia e a sociedade. Ao promover
valores éticos sólidos e capacitar os policiais para tomarem decisões éticas, é possível garantir
uma atuação policial mais responsável, transparente e voltada para o bem-estar da comunidade.
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direitos humanos. O tribunal tem o papel de interpretar a Constituição e garantir sua aplicação,
inclusive nos casos em que ocorram violações por parte de agentes estatais, como as forças
policiais.
direitos humanos, como afirma Bayley e Skolnick (2001, p. 225, apud COUTO, 2017), implica
que a polícia sirva à comunidade, aprenda com ela e seja responsável por ela [...] a polícia e o
público são coprodutores da prevenção do crime (COUTO, 2017).
Ao adotar a Polícia Comunitária, o país caminha em direção a um modelo de segurança
pública mais participativo, inclusivo e eficiente, onde a colaboração entre polícia e comunidade
é fundamental para a construção de uma sociedade mais segura e justa. É preciso reconhecer a
importância dessa abordagem e continuar a investir em sua implementação, visando
transformar a realidade da segurança pública no Brasil.
É importante destacar que nem todos os agentes policiais são violentos ou abusivos, e
muitos profissionais trabalham dentro dos limites da lei e em conformidade com os direitos
humanos. No entanto, a análise da gênese da violência policial nos ajuda a entender os fatores
estruturais e contextuais que podem contribuir para a sua ocorrência. A busca por soluções
efetivas requer uma abordagem abrangente que inclua o fortalecimento da formação policial, a
promoção da responsabilização por abusos, o combate ao racismo institucional e a
implementação de políticas de segurança pública baseadas nos direitos humanos.
Esse tipo de segregação está presente em diversas esferas da sociedade, como no sistema
de justiça criminal, na educação, no mercado de trabalho e na saúde. No entanto quando nos
referimos a instituições de segurança pública podemos dar o nome de racismo institucional.
As práticas institucionais podem resultar em disparidades raciais na aplicação da lei, na
distribuição de recursos, no acesso a oportunidades e na prestação de serviços.
No contexto do sistema de justiça criminal, por exemplo, o racismo institucional se
manifesta por meio do perfilamento racial, onde pessoas negras são mais suspeitas de crimes,
sofrem maior abordagem policial e são mais frequentemente encarceradas em comparação com
pessoas brancas. Essa disparidade reflete um viés racista que permeia as instituições e perpetua
estereótipos e preconceitos.
O racismo institucional, segundo ALMEIDA (2019), é um conceito que busca analisar
as estruturas e práticas das instituições sociais que perpetuam e reproduzem desigualdades
raciais de forma sistemática. Ele vai além das atitudes individuais e se concentra nas formas
pelas quais as instituições, intencionalmente ou não, discriminam pessoas com base em sua
origem étnico-racial.
O autor defende ainda que o racismo institucional, integrado pelo racismo estrutural, se
mantém devido à inércia das instituições em enfrentar as desigualdades raciais e promover
mudanças efetivas (ALMEIDA, 2019). Complementa o pensamento, quando diz:
Assim, a desigualdade racial é uma característica da sociedade não apenas por
causa da ação isolada de grupos ou de indivíduos racistas, mas
fundamentalmente porque as instituições são hegemonizadas por determinados
grupos raciais que utilizam mecanismos institucionais para impor seus interesses
políticos e econômicos (ALMEIDA, 2019).
Para combatê-lo, é necessário reconhecer a existência dessas práticas e implementar
políticas e ações afirmativas que visem à igualdade racial. É preciso promover a diversidade e
a representatividade em todas as esferas da sociedade, além de investir em programas de
conscientização e educação antirracista (ALMEIDA, 2019).
Para abordar esse desafio da imagem negativa de violência que se criou em torno da
polícia, é necessário compreender as raízes do histórico agressivo da instituição. Em alguns
casos, a falta de treinamento adequado, a cultura institucional arraigada e o contexto histórico
em que a corporação estava inserida à época, puderam contribuir para a adoção de práticas
violentas. Além disso, a própria natureza do trabalho policial, muitas vezes envolvendo
situações de conflito e estresse, contribuiu significativamente para desencadear respostas
agressivas por parte dos agentes.
De acordo com o pensamento de BALESTRERI. (2003) o mesmo discorre o seguinte:
Polícia, então, foi uma atividade caracterizada pelos segmentos progressistas da
sociedade, de forma equivocadamente conceitual, como necessariamente afeta à
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo dos aspectos jurídicos aplicados à Polícia Militar e a busca pela humanização
do aparato policial têm relevância significativa para universitários, a comunidade acadêmica
jurídica e a sociedade como um todo.
Para os universitários, o conhecimento desses aspectos proporciona uma compreensão
mais aprofundada do papel e dos desafios enfrentados pela Polícia Militar no contexto legal.
Isso permite uma reflexão crítica sobre as questões jurídicas envolvidas, bem como o
desenvolvimento de propostas e soluções para promover uma atuação mais humanizada e
respeitosa por parte das forças policiais.
No âmbito da comunidade acadêmica jurídica, o estudo desses temas contribui para o
avanço do conhecimento jurídico, estimulando debates e pesquisas sobre os direitos humanos,
segurança pública, controle de constitucionalidade e a atuação d as polícias militares. Esse
conhecimento é fundamental para formar profissionais do Direito mais capacitados e
conscientes dos desafios e responsabilidades no campo da segurança e justiça.
Para a sociedade em geral, a compreensão do tema também apresenta impactos
significativos, como por exemplo na vida cotidiana das pessoas e na garantia dos direitos
fundamentais. Uma polícia mais humanizada, que atue em conformidade com a lei e respeite
os direitos humanos, contribui para a promoção da segurança e da confiança nas instituições
públicas. Além disso, uma maior transparência, prestação de contas e participação da
comunidade nas políticas de segurança pública são elementos essenciais para a construção de
uma sociedade mais justa e harmoniosa.
Em suma, este artigo científico teve por objetivo fomentar a discussão acerca dos
assuntos abordados e explorar a humanização do aparato policial, o respeito aos direitos
humanos e a superação do racismo institucional. Através da análise desses temas, pudemos
compreender as bases teóricas e as práticas necessárias para construir uma instituição policial
mais justa, igualitária e comprometida com a garantia dos direitos fundamentais.
A retaguarda jurídica desempenha um papel fundamental na definição de normas e
diretrizes que orientam o trabalho policial, bem como na fiscalização e no controle das ações
das forças de segurança. É essencial que as leis sejam claras, coerentes e em conformidade com
os princípios constitucionais e os tratados internacionais de direitos humanos. Além disso,
mecanismos de responsabilização devem ser estabelecidos para garantir que eventuais abusos
e violações de direitos sejam investigados, julgados e punidos de forma efetiva.
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treinamento dos policiais. Além disso, é importante fomentar o diálogo entre a polícia e as
comunidades, promovendo a construção de relações de confiança e respeito mútuo.
É fundamental que a sociedade como um todo esteja engajada em enfrentar essas
questões, promovendo uma cultura de respeito aos direitos humanos e a busca por uma
segurança pública justa e igualitária para todos.
A humanização do aparato policial é um aspecto crucial para a construção de uma
relação de confiança com a comunidade. Isso implica em uma mudança de cultura e práticas,
priorizando a proteção e o respeito em todas as ações policiais. A promoção da formação
policial em direitos humanos, mediação de conflitos, resolução pacífica de problemas e técnicas
de policiamento comunitário é fundamental para garantir uma atuação policial mais próxima e
colaborativa com a sociedade.
É preciso reconhecer que o racismo institucional persiste nas estruturas e práticas das
instituições policiais. Para superar esse problema, é necessário combater ativamente o racismo
e promover a igualdade racial em todas as esferas da atividade policial. Isso envolve o
estabelecimento de políticas de ação afirmativa, o fortalecimento da diversidade e da
representatividade nas instituições policiais, bem como o treinamento em conscientização racial
e combate ao preconceito.
REFERÊNCIAS
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264 p. (Feminismos Plurais / coordenação de Djamila Ribeiro).
ARAÚJO, Guilherme Silva. O conceito de ordem pública e sua utilização como instrumento de controle
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<Microsoft Word - DIREITOS HUMANOS COISA DE POL\315CIA 3.doc)
(campanhanaweb.com.br>. Acesso em 19 mai. 2023.
BENGOCHEA, Jorge Luiz Paz et al. A transição de uma polícia de controle para uma polícia
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CORREIA, RA de B. Educação para a cidadania dos policiais militares em Pernambuco.
2007. Tese de Doutorado. Dissertação de Mestrado não-publicada). Programa de Pós-
Graduação Stricto Sensu em Ciências Jurídicas, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa,
PB.
OLIVEIRA, Hatus Lima. SILVA NETO, Luiz Gonzaga. O amparo legal da polícia Brasileira
e a cláusula de imunidade aos policiais Norte-Americanos. JNTFacit: Business and
Technology Journal, Págs. 361-382, 2022.
SOUZA, LAF., org. Políticas de segurança pública no estado de São Paulo: situações e
perspectivas a partir das pesquisas do Observatório de Segurança Pública da UNESP
[online]. São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009. 219 p. SciELO
Books.
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AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, a meus pais, Gomes e Marilene (in memoriam), que tanto se
esforçaram para contribuir com a minha formação intelectual e moral, minha amada esposa
Luclécia, meus filhos Pedro e Larissa, e a minha Professora e orientadora Érica.