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MESA II – AGENDA POLÍTICA DE 2010/CNS –

MODELO DE GESTÃO DO SUS


 FLEXIBILIZAÇÃO DA LEI DE
RESPONSABILIDADE FISCAL
 APROVAÇÃO DA LEI DE
RESPONSABILIDADE SANITÁRIA
 ESTRUTURAÇÃO DA ATENÇÃO
PRIMÁRIA

Fernanda Magano
Conselheira Nacional de Saúde
FENAPSI
Sistema Único de Saúde

 Criação: Constituição Federal de 1988


 Regulamentação:
 Lei 8.080/90 de 19.09.90 – Lei Orgânica da Saúde

 Lei 8.142/90 de 28.12.90


 Operacionalização:
 NOB: 01/91 , 01/92, 01/93 e 01/96

 NOAS/SUS 01/2002

 Pacto pela Saúde 2006


 Gestão:
 Comunidade: Conselhos e Conferências de Saúde

 Ministro e Secretários de Saúde

 Comissão Intergestores

3
DIREITO À SAÚDE
 1. Garantia de qualidade de vida: políticas sociais e
econômicas que evitem agravos à saúde – Estado, sociedade e
cidadão
 2. Garantia de acesso a serviços de saúde: promoção, proteção
e recuperação – SUS
 SUS: sistema federativo de responsabilidade de todos os entes
federativos fundado em três diretrizes constitucionais:
 Integralidade da assistência
 Único e descentralizado
 Participação da comunidade
Flexibilização da
Lei de
Responsabilidade
Fiscal
AGENDA CNS 2010
      Flexibilização da Lei de
Responsabilidade Fiscal no que diz respeito
à contratação de profissionais para a área de
saúde, de modo a permitir o cumprimento do
dispositivo constitucional que estabelece a
saúde como direito de todos e dever do Estado
e possibilitando o combate a terceirização e a
precarização das relações de trabalho em
todos os níveis.
O PLANEJAMENTO: MODERNIZAÇÃO
CONSTITUCIONAL
 A Constituição de 1988 introduziu significativa
alteração no sistema orçamentário nacional, que passou
a ser composto por 03 (três) leis orçamentárias
integradas entre si.
 O Planejamento na LRF

 A LRF enfatiza a ação planejada e transparente

 Revigora, para tanto, os três instrumentos de


planejamento previstos na Constituição
 1 - O PPA - Plano Plurianual

 2 - A LDO - Lei de Diretrizes Orçamentárias

 3 - A LOA - Lei Orçamentária Anual


1 - O PPA - PLANO PLURIANUAL
 Instrumento de Planejamento onde um Governo (Federal,
Estadual ou Municipal) se compromete, num período de 04
anos, a implementar, de forma regionalizada, um plano de
investimentos prioritários voltados ao crescimento de uma
Nação/Estado/ Município.
 PLANEJAMENTO DE LONGO PRAZO
 Instrumento que estabeleça o diagnóstico real da situação do município e os caminhos a serem percorridos para
viabilizar uma política de desenvolvimento, a exemplo do Plano Diretor e Plano de Desenvolvimento do
Município*

 PLANEJAMENTO DE MÉDIO PRAZO


 Plano Plurianual Instrumento que materializa as políticas públicas estabelecidas no Plano de Longo Prazo,
traduzindo-as em Diretrizes, Programas, Ações e Metas a serem implementadas num período de 4 anos. PPA.

 PLANEJAMENTO DE CURTO PRAZO


 Lei de Diretrizes Orçamentárias Formula diretrizes e estabelece metas para a elaboração do orçamento.
 Orçamento Anual Instrumento que materializa o programa do Governo, pelo período de um ano, com base nas
prioridades estabelecidas no PPA, em função dos recursos disponíveis.
LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS -
LDO
 Dispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal
 Metas fiscais: receita, despesa, resultados primário e nominal
e dívida;
 Programação da execução orçamentária: fluxo bimestral de
receita e cronograma mensal de desembolso;
 Limitação de empenho e movimentação financeira;

 Controle de custos e avaliação dos resultados;

 Concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de


natureza tributária com renúncia de receita;
 Transferências voluntárias;

 Recursos para pessoas físicas e jurídicas;

 Inclusão de novos projetos;

 Reserva de Contingência: montante e aplicação;


LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL (LRF)
 A Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000,
intitulada Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF, foi
criada para estabelecer normas de finanças públicas
voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal,
constituindo o principal instrumento regulador
das contas públicas do país, por meio de ações em
que se previnam riscos e corrijam desvios capazes de
afetar o equilíbrio das contas públicas, destacando-se
o planejamento, o controle, a transparência e a
responsabilização como premissas básicas.
Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF
LC 101/2000

Instrumento para efetivação da


Responsabilidade na Gestão Fiscal
É um código de conduta para os
administradores públicos, dos três
Poderes (Executivo, Legislativo e
Judiciário), nas três esferas de
governo (federal, estadual e
municipal).
LRF
OS PRINCIPAIS PONTOS DA LRF SÃO:

-O controle do endividamento público;


- O teto para gastos com pessoal;
- O corte de despesas;
- O estabelecimento de metas fiscais;
Responsabilidade na Gestão

23:04
PLANEJAMENTO
PLANEJAMENTO TRANSPARÊNCIA
TRANSPARÊNCIA CONTROLE
CONTROLE RESPONSABILIZAÇÃO
RESPONSABILIZAÇÃO

EQUILÍBRIO
EQUILÍBRIO RECEITAS
RECEITAS DESPESAS
DESPESAS PESSOAL
PESSOAL DÍVIDA
DÍVIDA

RESPONSABILIDADE
RESPONSABILIDADE RESPONSABILIDADE
RESPONSABILIDADE
FISCAL
FISCAL SOCIAL
SOCIAL

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ABRANGÊNCIA DA GESTÃO FISCAL
RESPONSÁVEL
CONSISTÊNCIAPOL.
CONSISTÊNCIA POL.
RECEITAS ECONÔMICA(art. (art.
PLANEJAMENTO
PLANEJAMENTO
RECEITAS ECONÔMICA
instituição,previsão,
previsão, 4,p.2),BACEN
BACEN(art.
(art.7,
7, (cap.II)
(cap. II)
instituição, 4,p.2),

23:04
renúncia(cap.
(cap.III)
III) 9,p.5,28,34,39)
28,34,39) TRANSPARÊNCIA,
TRANSPARÊNCIA,
renúncia 9,p.5,
(METASFISCAIS)
FISCAIS) CONTROLEEE
CONTROLE
(METAS
FISCALIZAÇÃO
FISCALIZAÇÃO
(cap.IX)
(cap.IX)
GESTÃO EMPRÉSTIMOS
EMPRÉSTIMOS
DESPESAS
DESPESAS FISCAL (27,28),
(27,28),
(cap.,IV,V,VI)
(cap.,IV,V,VI) RESPONSÁVEL GARANTIAS,AVAISAVAIS
GARANTIAS,
(LIMITES)
(LIMITES) (cap.VII,5)...
...
(cap.VII,5)

PESSOAL(cap.IV,seç.II),
PESSOAL (cap.IV,seç.II),
JUROS(vetado),
JUROS (vetado), CAP.VIII,
CAP. VIII,
CUSTEIOeeINV.
INV.(art.9)
(art.9) CAP.VII--
CAP.VII
CUSTEIO GESTÃO 14
GESTÃO
SEGURIDADE,TRANSF.
TRANSF. ENDIVIDAMENTO,
ENDIVIDAMENTO,
SEGURIDADE, PATRIMONIAL
PATRIMONIAL
VOL/SET.PRIV.(cap.V,VI) Op.Cr.
Op. Cr.(LIMITES)
(LIMITES)
VOL/SET.PRIV.(cap.V,VI)
RECEITA E DESPESA NA LRF - PLANO PLURIANUAL

PLANEJAMENTO
instrumentos

Cenário Macro, LDO


controle da dívida
Anexo
Anexo
MetasFiscais
Riscos

ORÇAMENTO-LOA Anexos

RECEITAS/METAS DESPESAS
ARRECADAÇÃO
EXECUÇÃO

CUMPRIMENTOS CUSTEIO, DESPESAS


DAS METAS, RCL INVESTIMENTO PESSOAL ESPECIAIS

RELATÓRIO RESUMIDO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA, RELATÓRIO DE


GESTÃO FISCAL, AUDIÊNCIAS PÚBLICAS, PRESTAÇÃO DE CONTAS
LEI DE RESPONSABILIDADE
FISCAL
Objetivo: Equilíbrio Fiscal
Instrumentos de:
 Planejamento Orçamentário e
Financeiro;
 Transparência e Monitoramento;
 Condições, Limites e Restrições para
Geração de Despesas.
OS GASTOS COM OS FUNCIONÁRIOS
 a Lei estabelece limites máximos para gastos totais com funcionários
(ativos, inativos, terceirizados...):
 em porcentagens da receita corrente líquida:
 50% no governo central; e

 60% nos governos estaduais e municipais;

 em cada governo, limite distribuído por esfera de Poder.


 Mecanismos de correção de desvios:
a 95% do limite máximo, se suspendem concessão de novas vantagens,
criação de cargos, horas extras;
 superado o limite, o excesso deve eliminar-se nos 8 meses (regra transitória:
2 anos);
 nenhum ato que aumente os gastos poderá ser editado nos 180 dias
anteriores ao final da legislatura ou mandato.
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL
ADMISSÃO DO AFASTAMENTO DOS LIMITES
DESDE QUE:

 -De forma temporária


 -Não excessivo
 -Respeitados condicionantes bem delimitados
 -Com previsão de volta aos princípios básicos
 São fixadas as regras de punição e os critérios
para o retorno aos limites
 Punições mais severas para eventuais desvios em
limites máximos
 Dos tipos de sanções:
O administrador público, presidente, governador,
prefeito, presidente do tribunal federal e estadual e do
Legislativo das três esferas de governo, que não cumprir
a lei poderá:
 perder seu cargo;

 ficar inabilitado para concorrer em eleições;

 Caso faça dívidas que não tenha condições de pagar até


o fim do mandato ou não tenha dinheiro em caixa para
que o sucessor pague:
 - ser preso e ter seus direitos cassados por até quatro
anos
 Controvérsias

 A LRF abriu um processo generalizado de


privatização do Sistema, que teve seu início na
massificação dos contratos e convênios, avançou na gestão
do trabalho por meio das terceirizações da força de
trabalho e alcança agora a gerência dos serviços públicos,
através de OSs, OSCIPs, Fundações e congêneres, que
foram colocados em prática à revelia da legislação.
Absoluta precarização do trabalho, com tratamentos
diferenciados e falta de perspectivas.
PLC - PROJETO DE LEI DA CÂMARA, Nº 92 de 2008 – agora no Senado
Autor: EXTERNO - Presidente da República
Ementa: Dá nova redação ao § 3º do art. 23 e acrescenta o art. 32 - A à Lei
Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, que estabelece normas de
finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal.
Data de apresentação: 04/06/2008
Situação atual: Local: 02/06/2010 - Comissão de Constituição, Justiça e
Cidadania
Situação: 02/06/2010 - MATÉRIA COM A RELATORIA
Outros números: Origem externa:
(PRESIDENCIA DA REPUBLICA) MSG  00818 de 2007
Origem no Legislativo: CD  PLP  00132 / 2007
Indexação: ALTERAÇÃO, LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL, SEPARAÇÃO,
RESPONSABILIDADE, PODERES CONSTITUCIONAIS, GOVERNO ESTADUAL,
PREFEITURA MUNICIPAL, ÓRGÃO PÚBLICO, AUTARQUIA, DESCUMPRIMENTO,
LIMITAÇÃO, REDUÇÃO, GASTOS PÚBLICOS, DESPESA PÚBLICA, PESSOAL,
MANUTENÇÃO, BENEFÍCIO, TRANSFERÊNCIA VOLUNTÁRIA,
OPERAÇÃO OFICIAL DE CRÉDITO, GARANTIA, ESTADOS, (DF), ADIMPLÊNCIA.
Observações: (RESTRINGE A APLICAÇÃO DE SANÇÕES INSTITUCIONAIS PELO DESCUMPRIMENTO
DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL SOMENTE AOS PODERES E ÓRGÃOS QUE DE
FATO NÃO ESTEJAM OBSERVANDO OS LIMITES MÁXIMOS DA DESPESA COM PESSOAL,
DIFERENCIANDO-SE O PODER DO ÓRGÃO QUANTO À APLICAÇÃO DA PENALIDADE).
A idéia é criar a Lei de Responsabilidade
Social, com metas de desenvolvimento humano
para os estados e municípios.
A exemplo das metas do milênio da ONU, os
estados e municípios teriam que cumprir
objetivos em relação à educação e saúde.
Mas acontece que para efetivar a Lei de
Responsabilidade Social, é necessário pensar em
flexibilizar a Lei de Responsabilidade Fiscal, a
fim de aliviar a situação de estados e municípios
endividados.
   APROVAÇÃO DA LEI DE RESPONSABILIDADE
SANITÁRIA
 É importante definir as responsabilidades
administrativas dos agentes públicos na área da
saúde. É necessário criar responsabilidades
sanitárias para todos os atores envolvidos,
eliminar controles meramente formais,
definindo obrigações administrativas e seus
mecanismos de acompanhamento e fiscalização,
e estabelecimento de penalidades em
decorrência de seu eventual descumprimento.
LEI DE RESPONSABILIDADE SANITÁRIA
 O Projeto de Lei nº 4.010/2004, que dispõe sobre a
responsabilidade sanitária dos agentes públicos e aplicação de
penalidades administrativas, foi apresentado no plenário
da Câmara Federal pelo ex deputado Roberto Gouveia.
 Tem objetivo de dar consistência aos instrumentos de gestão
existentes na Lei nº 8.142/1990, Os instrumentos são: Plano de
Saúde (planejamento municipal, estadual ou nacional), Fundo de
Saúde, Relatório de Gestão, Auditoria Interna e Conselhos de
Saúde. O projeto prevê ainda punição no caso de falta de
alocação de recursos conforme a Emenda Constitucional nº 29.
 As penalidades são: advertência, multa e para o setor privado a
declaração de inidoneidade.
LEI DE RESPONSABILIDADE
SANITÁRIA
 A proposta busca reafirmar as responsabilidades públicas com a
saúde e da maior conformação e consistência aos instrumentos
gerenciais, até mesmo para permitir ao gestor demonstrar se é
ou não a falta de recursos que lhe impede de melhor atender à
população.

 O Princípio da Segurança Sanitária aplica-se a todas as


atividades humanas de interesse à saúde. Abrange, portanto, de
um lado, a necessidade de redução dos riscos existentes nas
atividades humanas que são desenvolvidas na sociedade e, que
podem de alguma forma, afetar a saúde (produção, distribuição,
comércio e consumo de alimentos, medicamentos, cosméticos e
equipamentos de saúde, segurança do trabalho e segurança
epidemiológica).
LEI DE RESPONSABILIDADE SANITÁRIA
 A RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA
 A RESPONSABILIDADE DOS AGENTES PÚBLICOS

Os agentes públicos responsáveis pela proteção da


saúde estão sujeitos às normas da responsabilidade
administrativa. Toda ação ou omissão de um
agente público que contrariar o ordenamento
jurídico sujeitará o mesmo às sanções previstas em
lei, vez que a responsabilidade administrativa é a
garantia da população contra a atuação omissa,
arbitrária ou arriscada de um agente público.
LEI DE RESPONSABILIDADE SANITÁRIA
 O QUE É VIGIAR A SAÚDE ?
 É um compromisso solidário do poder público e da sociedade
na proteção e defesa da qualidade de vida, por meio de ações
da VIGILÂNCIA SANITÁRIA e da VIGILÂNCIA
EPIDEMIOLÓGICA.
VIGILÂNCIA VIGILÂNCIA
VIGILÂNCIA
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
SANITÁRIA
SANITÁRIA EPIDEMIOLÓGICA
Conjunto
Conjuntode deações
açõesque
que
Conjunto proporcionam o conhecimento,
Conjuntode deações
açõescapaz
capazdede proporcionam o conhecimento,
aadetecção
eliminar, diminuir ou
eliminar, diminuir ou detecçãoou ouprevenção
prevençãode de
prevenir qualquer mudança nos fatores
prevenirriscos
riscosààsaúde
saúdeeedede qualquer mudança nos fatores
determinantes
intervir
intervirnos
nosproblemas
problemas determinantesee
sanitários condicionantes
condicionantesde desaúde
sanitários decorrentesdo
decorrentes do individual
saúde
meio ambiente, da produção
meio ambiente, da produção individual e coletiva,com
e coletiva, comaa
eecirculação finalidade
finalidadedederecomendar
recomendaree
circulaçãode debens
benseeda
da adotar
prestação de serviços
prestação de serviços dede adotaras
asmedidas
medidasdede
interesse prevenção
prevenção e controlede
e controle
interesseààsaúde
saúde doenças
de
(Lei 8080/90) doençaseeagravos
agravos
(Lei 8080/90) (Lei 8080/90)
(Lei 8080/90)
DECLARAÇÃO DE ALMA-ATA
CONFERÊNCIA MUNDIAL DE SAÚDE DE 1978
 A atenção primária em saúde são os cuidados
essenciais de saúde baseados em métodos e
tecnologias factíveis, cientificamente bem
fundamentadas e socialmente aceitáveis,
disponibilizando a todos os indivíduos e famílias
da comunidade mediante sua plena participação
e com custos que a comunidade e o país podem
arcar em todas as fases de desenvolvimento,
num espírito de auto responsabilidade e
autodeterminação.
DECLARAÇÃO DE ALMA-ATA
CONFERÊNCIA MUNDIAL DE SAÚDE DE 1978

 A atenção primária é uma parte integrante do


sistema de saúde nacional, sendo sua função
central e o foco principal, e para o
desenvolvimento social e econômico global da
comunidade. Ela representa o primeiro nível de
contato dos indivíduos, das famílias e da
comunidade com o sistema de saúde nacional,
aproximando-a de cuidados de saúde possível,
onde as pessoas vivem e trabalham, e é o primeiro
elemento de um processo contínuo de cuidados de
saúde.
POLÍTICA NACIONAL DA ATENÇÃO
BÁSICA
Estruturação da Atenção Primária
• Pacto pela Vida (Atenção Básica)
• Princípios gerais

• Responsabilidades de cada esfera de governo


• Infra-estrutura e recursos necessários
• Características do processo de trabalho
• Atribuições dos profissionais
• Diretrizes para educação permanente
• Regras de financiamento
ATENÇÃO BÁSICA OU APS
 Caracteriza-se por um conjunto de ações
promoção e proteção da saúde, prevenção de
agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação
e manutenção da saúde, desenvolvida no
individual e nos coletivos, por meio de
práticas gerenciais e sanitárias democráticas
e participativas.
 No SUS, se constitui-se como um nível
hierárquico da atenção, que deve estar
organizado em todos os municípios do país.
A REDE DE ATENÇÃO BÁSICA
Serviços de Atenção Básica:
• Unidades, Centros e Postos de Saúde
• Estratégia de Saúde da Família - ESF
• Núcleos de Apoio à Saúde da Família - NASF
• Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde – EACS
Ações de responsabilidade desta rede:
•Prevenção, recuperação e tratamento de doenças; e
Promoção de saúde
•Ações individuais: consultas, procedimentos (vacinas,
curativos, etc), visitas domiciliares
•Ações coletivas: grupos e atuação no território
ATENÇÃO BÁSICA OU APS
 Ser baseada na realidade local

 Considerar os sujeitos em sua singularidade,


complexidade, integridade e inserção sócio-cultural
 Orientar-se:
 Pelos princípios do SUS: universalidade,
equidade, integralidade, controle social,
hierarquização
 Pelos princípios próprios: acessibilidade,
vínculo, coordenação, continuidade do cuidado,
territorialização e adscrição de clientela,
responsabilização, humanização.
A ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA NA APS
 Busca o fortalecimento da atenção por meio
da ampliação do acesso, a qualificação e
reorientação das práticas de saúde no modelo
de Promoção da Saúde
 Pró-atividade perante indivíduos, famílias e
comunidade
 Foco na Família – produção social do
processo saúde-doença
 Humanização, Acolhimento, Vínculo e
Cuidado ao longo do tempo – Ações de
prevenção, promoção, tratamento,
recuperação e manutenção da saúde
A ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA NA
APS
 Princípios gerais
 Caráter substitutivo
 Atuação no território – cadastramento,
diagnóstico situacional, ações pactuadas
comunidade, postura pró-ativa
 Planejamento e programação
 Integração com instituições e
organizações sociais
 Construção de cidadania
A Produção do Cuidado na ESF
de para

1. Atenção centrada na 1. Atenção centrada na


doença saúde
2. Atua sobre a demanda 2. Responde à demanda de
espontânea forma continuada e
racional.
3. Ênfase na medicina 3. Ênfase na integralidade
curativa da assistência – Cuidado

4. Trata o indivíduo como 4. O indivíduo é sujeito,


objeto da ação integrado a família, ao
domicílio, à comunidade.
A Produção do Cuidado na ESF
de
para

5. Baixa capacidade de 5. Otimização da capacidade


resolver problemas de resolver problemas
6. Saber e poder centrado 6. Saber e poder centrados
no profissional de saúde na equipe e comunidade
7. Desvinculado da 7. Vinculado à comunidade
comunidade
8. Relação custo/benefício 8. Relação custo benefício
desvantajosa otimizada
RESPONSABILIDADE MUNICIPAL
• Definir e implantar o modelo de atenção básica em seu
território
• Regular os contratos de trabalho
• Manter a rede de unidades básicas de saúde em
funcionamento (gestão e gerência)
• Co-financiar as ações de atenção básica
• Alimentar os sistemas de informação nacionais
• Avaliar o desempenho das equipes de atenção básica
sob sua supervisão.
RESPONSABILIDADE ESTADUAL
• Acompanhar a implantação e execução das ações de
atenção básica em seu território
• Ser co-responsável, junto ao MS, quanto a utilização dos
recursos da AB pelos municípios
• Coordenar a execução das políticas de qualificação de
recursos humanos em seu território
• Co-financiar as ações de atenção básica
• Apoiar a execução das estratégias de avaliação da atenção
básica em seu território.
RESPONSABILIDADE FEDERAL
• Elaborar as diretrizes da política nacional
de atenção básica em saúde.
• Co-financiar o sistema de atenção básica
• Ordenar a formação dos recursos humanos
• Propor mecanismos para a programação,
controle, regulação e avaliação da atenção
básica
FINANCIAMENTO - CUSTEIO - ATENÇÃO
BÁSICA
dividido em 02 componentes
1. Piso da Atenção Básica
2. Piso da Atenção Básica Variável
 Saúde da Família
 Agentes Comunitários de Saúde
 Saúde Bucal
 Compensação de especificidades regionais (5%)
 Fator de Incentivo da AB aos povos Indígenas
 Incentivo à Saúde no Sistema Penitenciário
 Política de Atenção à Saúde do Adolescente em
conflito com a Lei
 outros que venham a ser instituídos
A IMPORTÂNCIA DA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM
SAÚDE NAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE
PRINCIPAIS PROBLEMAS
o I. Financiamento insuficiente, fragmentado
e inadequado;
o II. Infra-estrutura das UBSFs inadequada;
o III. Indefinição de uma política de

formação e de educação permanente para


os profissionais de APS;
A IMPORTÂNCIA DA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM
SAÚDE NAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE
PRINCIPAIS PROBLEMAS

o IV. Modelo fragmentado, voltado, prioritariamente, para


atenção às condições agudas, em detrimento da promoção da
saúde e da atenção às condições crônicas, sem articulação entre
os vários pontos da rede de cuidados em saúde.
o V. Ausência de metodologias e instrumentos de monitoramento
e avaliação da APS/ESF;
o VI. Prestar assessoria técnica aos municípios no processo de
organização da APS e da implementação da ESF, bem como
seus processos avaliativos;
A IMPORTÂNCIA DA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM
SAÚDE NAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE
PRINCIPAIS PROBLEMAS
o VII. O SUS garante em ampliação do acesso, mas não consegue

garantir a Integralidade.
o VIII. O SUS vem sendo construído num contexto extremamente
desfavorável, sofrendo muitos ataques.
o IX. Financiamento insuficiente para garantir a saúde como direito
de todos os cidadãos.
o X. Municípios vem construindo seus sistemas municipais de saúde,
enfrentando a pressão da demanda, a dificuldade para mudar o
modelo de Atenção e as limitações impostas pela Lei de
Responsabilidade Fiscal.
o XI. Muitos acabam terceirizando serviços, precarizando as
relações de trabalho e as formas de gestão.
EFETIVIDADE DA AGENDA DO CNS
Através do (a):
 Direito à informação

 Direito à participação

 Controle social

 Políticas públicas

 Confiança e cidadania
PARA O DEBATE
 Com estes elementos apresentados como a rede de
serviços de saúde, pode ser eficiente, e contratar
por concurso público os trabalhadores de saúde?
 É possível ampliar a oferta de serviços de saúde
frente a baixa autonomia econômica dos
municípios?
 A Lei de Responsabilidade Fiscal modificada
pode colaborar no fortalecimento da gestão de
saúde aprimorando sua eficiência?
PARA O DEBATE

 Será que os municípios que apresentam bons


resultados fiscais estão assegurando a prestação de
serviços de saúde?
 Como e quais recursos administrativos podem
estar sendo utilizados para adequabilidade dos
municípios aos limites fiscais?
 Como assegurar o bem estar da população e a
responsabilidade sanitária frente a este conjunto de
questões?
DESAFIOS PARA AS POLÍTICAS DE SAÚDE NO
BRASIL

Lutar pela consolidação de um sistema


de proteção social universalista e
abrangente, que articule políticas sociais
universais e focalizadas, integrado a um
modelo de desenvolvimento que priorize
as questões sociais.
 Superar as distorções histórico-
estruturais do sistema de saúde
brasileiro.
DESAFIOS PARA AS POLÍTICAS DE SAÚDE NO
BRASIL

Ampliar a base social de apoio ao SUS.


 Assegurar o direito de todos os cidadãos
à saúde, articulando padrões nacionais
de política com o respeito à diversidade
regional e a necessidade de superação das
desigualdades injustas (entre regiões e
grupos da população).
Obrigada
Fernanda Magano

fmagano@ig.com.br

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