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Zambézia

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2020)

Coordenadas: 17° 30' S 37° 30' E

Zambézia

Província de Moçambique Moçambique

Dados gerais

Capital Quelimane

Município(s) Alto Molocué, Gurúè, Maganja da Costa, Milange, Mocuba, Morrumbala e Quelimane

Características geográficas

Área 105 008 km²

População 5 110 787 hab. (2017)


Densidade 48,7 hab./km²

Província de Zambézia em Moçambique.

Dados adicionais

Código postal 24xx

Prefixo telefónico +258 24

Sítio Portal do Governo da Província de Zambézia

Projecto África • Portal de Moçambique

Esta caixa: verdiscutir

Zambézia é uma província situada na região centro de Moçambique. A sua capital é a cidade de
Quelimane, localizada a cerca de 1 600 quilómetros ao norte de Maputo, a capital do país. Com uma
área de 105 008 quilómetros quadrados e uma população de 5 110 787 habitantes em 2017, está
dividida em 22 distritos, e possui, desde 2022, sete municípios.

Tanto em termos de área como de população a província está em segundo lugar, em área atrás de
Niassa e quanto à população depois de Nampula.

Localização

No topo leste da zona central de Moçambique, a Zambézia está limitada a norte pelas províncias de
Nampula e Niassa, a leste pelo Canal de Moçambique, no Oceano Índico e a sul pela província de Sofala.
A oeste, para além da província de Tete, surge também o Malawi.

Demografia

População

De acordo com os resultados preliminares do Censo de 2017, a província da Zambézia tem 5 110 787
habitantes em uma área de 105 008 quilómetros quadrados, e, portanto, uma densidade populacional
de 48,7 habitantes por quilómetros quadrados, sendo a segunda província mais populosa. Quando ao
género, 52,7% da população era do sexo feminino e 47,3% do sexo masculino.[1]
O valor de 2017 representa um aumento de 1 220 334 habitantes ou 31,4% em relação aos 3 890 453
residentes registados no censo de 2007.[2]

População da província de Zambézia[1][2]

1980 1997 2007 2017

2 418 851 2 891 809 3 890 453 5 110 787

História

A província da Zambézia foi formada a partir do distrito da Zambézia[3] do período colonial.

O nome

O topónimo Zambézia foi criado em 1858 por decreto régio, abrangendo as capitanias de Quelimane e
"Rios de Sena" (outro nome para o Zambeze). O que é hoje a província da Zambézia foi durante muito
tempo o "distrito de Quelimane", criado em 1817, extinto e incorporado no de Sena em 1829 e reposto
em 1853.[4]

Os Prazos

A colonização deste território e, aliás de todo o vale do Zambeze, iniciou-se no século XVII pelo
aforamento de terrenos a portugueses ou "indo-portugueses" (indianos convertidos ao catolicismo, que
adoptaram nomes portugueses) comerciantes ou soldados, a troco duma renda anual. A concessão era
feita por "prazos", ou seja, por duas ou três gerações, sendo transmitida à filha mais velha. Passado esse
tempo, os terrenos voltavam à posse do Estado, mas podiam voltar a ser entregues aos antigos
"prazeiros", se as autoridades achassem que a propriedade tinha sido bem administrada.
Informalmente, no entanto, esta colonização tinha começado no século anterior, através de acordos de
fixação entre os colonos portugueses e os chefes locais, por vezes através do casamento.

Com o tempo e a ineficácia da administração colonial, estas propriedades tornaram-se verdadeiros


"estados" com os seus exércitos de "chicundas". Não só estes senhores feudais não pagavam renda ao
Estado português, como organizaram um sistema de cobrar o "mussoco" (um imposto individual em
espécie, devido por todos os homens válidos, maiores de 16 anos) aos camponeses que cultivavam nas
suas terras. Além disso, mineravam ouro e comerciavam marfim e escravos em troca de panos e
missangas que recebiam da Índia e de Lisboa. Até 1850, Cuba foi o principal destino dos escravos
provenientes da Zambézia.
Em 1870, era apenas em Quelimane (sem conseguir penetrar no "Estado da Maganja da Costa") onde
Portugal exercia alguma autoridade, cobrando o "mussoco", instituído e cobrado pelos prazeiros. Isto,
apesar de, em 1854, o governo português ter "extinguido" os Prazos (pela segunda vez, a primeira tinha
sido em 1832). Outros decretos do mesmo ano extinguiam a escravatura (oficialmente, uma vez que os
"libertos" eram levados à força para as ilhas francesas do Oceano Índico, Maurícia ou "ilha Bourbon" e
Reunião ou "ilha de Fança", com o estatuto de "contratados") e o imposto individual, substituindo-o
pelo imposto de palhota, uma espécie de contribuição predial.

Na margem direita do Zambeze e na margem esquerda da atual província de Tete, os prazos começaram
a ser atacados, em 1830, pelos nguni que fugiam durante o mfecane mas, aparentemente, os prazos da
Zambézia escaparam a essa sorte. Mas, apesar de "ressuscitados" por António Enes, o grande ideólogo
do colonialismo pós-escravatura, não resistiram ao capital pós-esclavagista das grandes companhias.
Depois de serem engolidos por estas, viram a administração colonial organizar-se finalmente — já na
segunda metade do século XIX — e utilizar a sua estrutura feudal, depois de transformados os
"xicundas" em sipaios, para submeterem os povos da região.

A introdução da agricultura comercial

Por volta de 1870, começaram a estabelecer-se em Quelimane várias companhias europeias, já não
interessadas em escravos, nem em marfim, mas sim em oleaginosas — amendoim, gergelim e copra —
muito procuradas nas indústrias recém-criadas de óleo alimentar, sabões e outras. No princípio,
comercializando com os prazeiros, induziram-nos a forçarem os seus camponeses a cultivar estes
produtos. Exemplos dessas companhias são a "Fabre & Filhos" e a "Régie Ainé", ambas com sede em
Marselha, a "Oost Afrikaansch Handelshuis", holandesa, e a "Companhia Africana de Lisboa". A "Oost"
chegou a abrir em Sena uma sucursal para incentivar nessa região a produção de amendoim.

Mas a agricultura familar não produzia as quantidades desejadas, era necessário organizar plantações. É
nessa altura que o governador da "província ultramarina", Augusto de Castilho, cuja administração
estava desejosa de ter uma base tributária para manter a ocupação do território, emite em 1886 uma
"portaria provincial" regulando a cobrança do "mussoco" nos Prazos (que tinham sindo "extintos" pela
terceira vez seis anos antes), que incluía a obrigatoriedade dos homens válidos pagarem aquele
imposto, se não em produtos, então em trabalho; é dessa forma que começam a organizar-se as
grandes plantações de coqueiros e, mais tarde, de sisal e cana sacarina.
Em 1890, o futuro "Comissário Régio" António Enes decreta, numa revisão do Código de Trabalho Rural
de 1875 (que estabelecia apenas a obrigação "moral" dos colonos [leia-se camponeses indígenas] de
produzirem bens para comercialização), que o camponês já não tem a opção de pagar o "mussoco" em
géneros: "…O arrendatário [dos Prazos] fica obrigado a cobrar dos colonos em trabalho rural, pelo
menos metade da capitação de 800 réis, pagando esse trabalho aos adultos na razão de 400 réis por
semana e aos menores na de 200 réis.[5]

Esse decreto impunha ainda aos prazeiros a ocupação efectiva das terras arrendadas e o pagamento à
autoridade colonial da respectiva renda. Mas os prazeiros não tinham conseguido converter a sua
actividade de simples fornecedores de escravos ou de pequenas quantidades de produtos na de
organização das plantações, não só por falta de preparação (ou de vocação), mas também por falta de
capital. O resultado foi terem sido obrigados a subarrendar ou vender os seus prazos, terminando assim
a fase feudal desta porção de Moçambique.

As grandes companhias

A transição do regime feudal dos Prazos para o das Companhias foi feito no modelo capitalista da
formação de empresas. Assim, por exemplo, o arrendatário Baltazar Farinha cria a firma "Farinha &
Lopes", que rapidamente é substituída por "Eigenman & Pereira" e esta por "Eigenman, Pereira &
Stucky", que dá finalmente lugar à "Companhia do Boror". Este "Stucky", ou Joseph Stucky de Quay,
suíço, tinha um irmão Georges que, em 1899, comandou uma coluna de sipaios da Boror que submeteu
o chefe Congone e, dessa maneira, assegurou o controlo do território que hoje corresponde aos distritos
de Lugela, Mocuba e Namacurra. Era desta forma que as autoridades coloniais asseguravam a ocupação
efetiva do território. Na década de 1920, Stucky foi agraciado pelo governo português com o título de
conde.

Em 1921, todo o "distrito de Quelimane" estava dividido em 23 prazos que, entretanto, tinham passado,
à excepção de três, à propriedade de grandes companhias que, no entanto, não eram companhias
majestáticas, mas sim "arrendatárias" de prazos – que em muitos casos, tinham sido incluídos à força no
seu território. Eram as seguintes as companhias e os prazos existentes (entre parênteses os anos de
início do arrendamento ou da fundação das companhias):

Prazos "independentes" das companhias (próximos da vila de Quelimane):

Carungo, arrendado a Francisco Gavicho de Lacerda (1906);

Pepino e Quelimane Sul, em nome de Vitorino Romão da Nazareth (data desconhecida);


Companhia da Zambézia (1892):

Massingire (1897);

Andone (1987);

Anquaze (1897);

Timbué (1900);

Companhia do Boror (1898):

Boror (1898);

Macuse (1898);

Licungo (1898);

Nameduro (1899);

Tirre (sem data conhecida);

Société du Madal (1904):

Madal (1903, pelos anteriores proprietários Gonzaga, Bovay e Ca);

Tangalane (idem);

Cheringone (idem);

Maindo (1904);

Inhassunge (1916);

Empresa Agrícola do Lugela (1906):

Lugela (1906);

Milange (1906);

Lomué (1910);

Sena Sugar Estates (1920):

Maganja d’Aquém Chire (1894, pela predecessora Companhia do Açúcar de Moçambique);

Luabo (1911, pela antecessora Sena Sugar Factory) e

Marral (idem).
Entretanto, do ponto de vista da administração colonial, o "distrito" estava dividido apenas em quatro
circunscrições (criadas nas datas indicadas entre parênteses), que apenas cobriam a parte costeira do
norte da Zambézia:

Alto Molocué (1918),

Ile (1918),

Maganja da Costa (1908) e

Moebaze (1919, que passou a chamar-se Pebane em 1926; Ossiua tinha sido criada em 1919, mas foi
suprimida em 1923, com a sua área dividida entre Alto Molocué e Pebane).

Em 1913, dos cerca de nove milhões de hectares da Zambézia, 5,4 milhões eram administrados pelos
arrendatários, sendo os remanescentes 3,6 milhões a "reserva" do Estado. No entanto, a área total
ocupada pelas plantações correspondia apenas a 0,5% da área arrendada (em 1924, este número sobe
para 0,7%). Isto pode ser explicado por estas culturas (coqueiro, sisal, algodão e cana-sacarina) exigirem
muita mão-de-obra e as companhias não estarem interessadas em investir em maquinaria, uma vez que
a população era excedentária e os salários exíguos. Além disso, as plantações reservavam sempre uma
área para culturas alimentares, para evitar custos adicionais em alimentação dos trabalhadores. Esta
política assegurava um lucro considerável.

As plantações, no entanto, não eram a única fonte de rendimento das Companhias, pois algumas
dedicavam-se igualmente à exportação de mão-de-obra para o estrangeiro (mesmo contrariando a
legislação em vigor). Por exemplo, a Empresa Agrícola de Lugela tinha como um dos sócios Francisco
Monteiro, que era igualmente proprietário de uma das maiores roças de cacau de São Tomé e, de
acordo com fontes da época, calcula-se que, entre 1910 e 1915, tenham sido enviados como
"contratados" para São Tomé cerca de 30 mil moçambicanos, não só da Zambézia, mas também de
outras áreas de Moçambique, onde o recrutamento de mão-de-obra já estava organizado. Outros dez
mil terão sido enviados para as plantações e minas do Transvaal (África do Sul). Ao mesmo tempo, para
cumprir os seus acordos com a República Sul-Africana, a própria administração colonial tinha o seu
papel no fornecimento de trabalhadores: está registado que, de 1904 a 1907, saíram pelos portos de
Quelimane e Chinde 8141 homens oriundos das "reservas" do Estado e do Prazo Lugela.

Esta forma de exploração exacerbou o êxodo de zambezianos, que já tinha começado no tempo da
escravatura e do "mussoco" prazeiro, uma vez que havia oportunidades de trabalho e condições de vida
mais amenas nos territórios vizinhos das Rodésias e Niassalândia, para além do Transvaal. Pesam
também nesta diáspora, as frequentes secas e cheias, com a consequente escassez de comida, e a falta
de cuidados de saúde, mesmo na fase das Companhias. Em 1906, a emigração de Quelimane e Tete foi
de 22.454 pessoas, das quais 1954 foram para o Transvaal, 500 para a construção do caminho-de-ferro
da Suazilândia e 20 mil para locais indeterminados; por outro lado, no mesmo ano, segundo registos
oficiais, teriam morrido de fome só na Zambézia cerca de 30 mil pessoas. Na década de 1910, Carl
Wiese, que arrendara terras da Companhia da Zambézia, reportou terem desaparecido 50 mil pessoas
dos Prazos de Massingire, Milange e de Tete.

Governo

Administradores provinciais

Até 2020 a província era dirigida por um governador provincial nomeado pelo Presidente da República.
No seguimento da revisão constitucional de 2018 e da nova legislação sobre descentralização de 2018 e
2019, o governador provincial passou a ser eleito pelo voto popular, e o governo central passou a ser
representado pelo Secretário de Estado na província, que é nomeado e empossado pelo Presidente da
República.[6]

Governadores nomeados

(1978-1983) Osvaldo Assahel Tazama[7]

(1983-1986) Mário da Graça Machungo[8]

(1986-1987) Feliciano Salomão Gundana[9]

(1987) António Fernando Materula[10][11] Exonerado por razões de saúde

(1987-1995) Carlos Agostinho do Rosário[12]

(1995-2000) Orlando Pedro Candua[13]

(2000-2005) Lucas Chomera Jeremias[14]

(2005-2010) Carvalho Muária[15]

(2010-2012) Francisco Itai Meque[16]

(2012-2015) Joaquim Veríssimo[17]

(2015-2020) Abdul Razak Noormahomed[18][19]

Governadores eleitos

(2020-) Pio Augusto Matos.[20] Eleito pelo Partido Frelimo

Secretários de estado
(2020-2023) Judith Mussácula[21]

(2023-) Cristina Mafumo[22]

Subdivisões da província

Distritos

A província está dividida em 22 distritos, os 16 já existentes quando foi realizado o censo de 2007,[23]
mais o distrito de Quelimane, reestabelecido em 2013 para administrar as competências do governo
central, e que coincide territorialmente com o município do mesmo nome, e os novos distritos de Luabo,
Derre, Mocubela, Molumbo e Mulevala:[24]:[23]

Alto Molócuè

Chinde

Derre

Gilé

Gurué

Ile

Inhassunge

Luabo

Lugela

Maganja da Costa

Milange

Mocuba

Mocubela

Molumbo

Mopeia

Morrumbala

Mulevala

Namacurra
Namarroi

Nicoadala

Pebane

Quelimane

Municípios

Esta província possui sete municípios:[25][26][27]

Alto Molócuè (vila)

Gurúè (cidade)

Maganja da Costa (vila)

Milange (vila)

Mocuba (cidade)

Morrumbala (vila)

Quelimane (cidade)

De notar que a vila de Alto Molócuè se tornou município em 2008, a de Maganja da Costa em 2013 e a
de Morrumbala em 2022.

Ver também

Lista de postos administrativos de Moçambique

Referências

«DIVULGAÇÃO OS RESULTADOS PRELIMINARES IV RGPH 2017». Instituto Nacional de Estatística. 29 de


dezembro de 2017. Consultado em 31 de dezembro de 2017

«Indicadores Sócio Demográficos Província da Zambézia 2007» (PDF). Instituto Nacional de Estatística.
2012. Consultado em 11 de janeiro de 2018

Decreto-lei n.º 6/75 de 18 de Janeiro.

«História». Governo da província da Zambézia. 2018. Consultado em 12 de fevereiro de 2023


Sousa Ribeiro, 1907 "Regimen dos Prazos da Coroa". Imprensa Nacional, Lourenço Marques, citado em
UEM, Departamento de História, 1983. História de Moçambique Volume 2: Agressão Imperialista (1886-
1930). Cadernos TEMPO. Maputo.

«A REFORMA CONSTITUCIONAL E DA LEGISLAÇÃO ELEITORAL AUTÁRQUICA EM MOÇAMBIQUE - 2018 -


Brochura Informativa» (PDF). EISA. Setembro de 2018. Consultado em 31 de outubro de 2022

«Despacho Presidencial n.º23/78 de 22 de Abril, Boletim da República, I Série, número 48,


Suplemento». Imprensa Nacional de Moçambique. 22 de abril de 1978. Consultado em 9 de fevereiro de
2023

«Decreto Presidencial n.º24/83 de 28 de Maio, Boletim da República, I Série, número 21, 2º


Suplemento». Imprensa Nacional de Moçambique. 28 de maio de 1983. Consultado em 9 de fevereiro
de 2023

«Decreto Presidencial n.º52/86 de 24 de Abril, Boletim da República, I Série, número 17, Suplemento».
Imprensa Nacional de Moçambique. 24 de abril de 1986. Consultado em 9 de fevereiro de 2023

«Decreto Presidencial n.º20/87 de 12 de Janeiro, Boletim da República, I Série, número 2». Imprensa
Nacional de Moçambique. 14 de janeiro de 1987. Consultado em 9 de fevereiro de 2023

«Decreto Presidencial n.º32/87 de 25 de Março, Boletim da República, I Série, número 12,


Suplemento». Imprensa Nacional de Moçambique. 25 de março de 1987. Consultado em 9 de fevereiro
de 2023

«Decreto Presidencial n.º3/87 de 25 de Março, Boletim da República, I Série, número 12, Suplemento».
Imprensa Nacional de Moçambique. 25 de março de 1987. Consultado em 6 de fevereiro de 2023

«Despacho Presidencial n.º4/95 de 23 de Janeiro, Boletim da República, I Série, número 3, 2º


Suplemento». Imprensa Nacional de Moçambique. 23 de janeiro de 1995. Consultado em 6 de fevereiro
de 2023

«Despacho Presidencial n.º109/2000 de 14 de Julho, Boletim da República, I Série, número 28,


Suplemento». Imprensa Nacional de Moçambique. 14 de julho de 2000. Consultado em 30 de março de
2023

«Despacho Presidencial n.º90/2005 de 11 de Fevereiro, Boletim da República, I Série, número 6,


Suplemento». Imprensa Nacional de Moçambique. 11 de fevereiro de 2005. Consultado em 30 de março
de 2023

«Despacho Presidencial n.º128/2010 de 15 de Janeiro, Boletim da República, I Série, número 2, 2º


Suplemento». Imprensa Nacional de Moçambique. 15 de janeiro de 2010. Consultado em 5 de fevereiro
de 2023
«Despacho Presidencial n.º46/2012 de 8 de Outubro, Boletim da República, I Série, número 40, 5º
Suplemento». Imprensa Nacional de Moçambique. 8 de outubro de 2012. Consultado em 5 de fevereiro
de 2023

«Despacho Presidencial n.º 17/2020 de 13 de Janeiro, Boletim da República, I Série, número 8» (PDF).
Imprensa Nacional de Moçambique. 13 de janeiro de 2020. Consultado em 23 de novembro de 2022

«Presidente da República exonera governadores provinciais». O País. 14 de janeiro de 2020. Consultado


em 21 de março de 2023

«Governadores provinciais apresentados à população». Notícias. 26 de janeiro de 2020. Consultado em


23 de novembro de 2022

«Secretários de Estado tomam posse em Maputo». O País. 24 de janeiro de 2020. Consultado em 23 de


novembro de 2022

«Jaime Neto é novo Secretário de Estado de Nampula». O País. 20 de janeiro de 2023. Consultado em
20 de janeiro de 2023

Instituto Nacional de Estatística Acesso 2011 outubro 5

Lei nº 26/2013, publicada no Boletim da República nº 101, I Série, de 18 de Dezembro de 2013, pág.
1059-1061 (3)

"Resolução n.º 7/87, de 25 de Abril publicado no Boletim da República (BR), I Série, Nº 16 de 1987" in
Estudo "Desenvolvimento Municipal em Moçambique: As Lições da Primeira Década". pp. 24 e 25.
Banco Mundial. Maio 2009. Acesso 2011 outubro 5

«Moçambique tem dez novas autarquias». A Verdade. 23 de maio de 2013. Consultado em 21 de julho
de 2023

«AR Aprova Lei Que Cria Novas Autarquias Locais». Assembleia da República. 14 de Dezembro de 2022.
Consultado em 21 de julho de 2023

Ligações externas

Portal do Governo da Província da Zambézia

Zambézia Online

Página da província no Portal da Ciência e Tecnologia de Moçambique[ligação inativa]

Código Postal nos Correios de Moçambique Acesso 2011 outubro 4

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Províncias de Moçambique
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Distritos e municípios da Zambézia

Distritos: Alto Molócuè · Chinde · Derre · Gilé · Gurué · Ile · Inhassunge · Luabo · Lugela · Maganja da
Costa · Milange · Mocuba · Mocubela · Molumbo · Mopeia · Morrumbala · Mulevala · Namacurra ·
Namarroi · Nicoadala · Pebane · Quelimane

Localização da Zambézia

Municípios: Alto Molócuè · Gurúè · Maganja da Costa · Milange · Mocuba · Quelimane

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Moçambique Subdivisões de Moçambique

Portal de Moçambique

Categoria: Províncias de Moçambique

https://pt.wikipedia.org/wiki/Zamb%C3%A9zia
Perfis Distritais

Perfis dos Distritos da Provincia da Zambézia

Nicoadala

Data: 16/11/2016

é um distrito da província da Zambézia, em Moçambique, com sede na povoação de Nicoadala. O seu


território é limitado, a norte com o distrito de Mocuba, a oeste com os distritos
de Morrumbala e Mopeia, a sul com o distrito de Inhassunge e o município de Quelimane, a leste com
o Oceano Índico e a nordeste com o distrito de Namacurra.

O distrito de Nicoadala foi criado em 1986 conjuntamente com mais 25 distritos, a nível nacional, e a par
de Inhassunge, na Zambézia. Nesta altura, para o seu território transitaram um total de 10 localidades,
com Munhonha, Nhafuba e Nicoadala, originárias do distrito de Namacurra, enquanto que do então
distrito
de Quelimane transitaram Ionge, Madal, Maquival, Marrongane Nangoela, Namacata e Ilova. Esta
última localidade, Ilova, já não vem referida no perfil do distrito apresentado pelo Portal do Governo,
datado de 2005.

População
Em 2007, o Censo indicou uma população de 231 850 residentes. Com uma área de 3392 km²,
a densidade populacional rondava os 68,35 habitantes por km².

De acordo com o Censo de 1997, o distrito tinha 135 275 habitantes e uma área de 3582 km², daqui
resultando uma densidade populacional de 37,8 habitantes por km².

População do distrito de Nicoadala

1980 1997 2007

n.a. 135 275 231 850

Divisão administrativa

O distrito está dividido em dois postos administrativos: Maquival e Nicoadala. Estes, por sua vez, são
compostos por um total de 9 localidades:

 Posto Administrativo de Maquival:

o Ionge

o Madal

o Maquival

o Marrongane

o Nangoela

 Posto Administrativo de Nicoadala:

o Munhonha

o Namacata

o Nhafuba

o Nicoadala
Namacurra

Data: 16/11/2016

é uma vila da província da Zambézia em Moçambique, sede do distrito do mesmo nome.A vila de
Namacurra tem, de acordo com o censo de 1997, uma população de 2 873 habitantes.O Posto
Administrativo de Namacurra, de acordo com o Censo de 2007, incluia uma população de 94 693
residentes.

História

Namacurra surge referenciado como "circunscrição" administrativa em 1960, um patamar da


administração local mantido aquando da revisão do "Estatuto Político-Administrativo da Província de
Moçambique", em 1963, por imposição da "Lei Orgânica do Ultramar" do estado português desse
mesmo ano.

Em 1986, transitaram do distrito de Namacurra para a criação do distrito de Nicoadala um total de 3


localidades: Munhonha, Nhafuba e Nicoadala.

População

Em 2007, o Censo indicou uma população de 186 410 residentes. Com uma área de 2028 km²,
a densidade populacional rondava os 91,92 habitantes por km². Este é um valor só superado na
província no seu distrito mais pequeno: Inhassunge.

De acordo com o Censo de 1997, o distrito tinha 160 879 habitantes e uma área de 1798 km², daqui
resultando uma densidade populacional de 89,5 habitantes por km².

De notar que em 1980, a área definida para o distrito de Namacurra era de 3941 km². Um valor que,
conjugado com 163 128 habitantes, resultava numa densidade populacional de 41,4 habitantes por km².

Divisão administrativa

O distrito está dividido em dois postos administrativos: Macusse e Namacurra. Estes postos, por sua vez,
eram compostos por um total de 9 localidades, em 2007:

 Posto Administrativo de Macusse:

o Furquia

o Macusse

o Maxixine

o Mbaua

 Posto Administrativo de Namacurra:


o Malei

o Muebele

o Mutange

o Namacurra

o Pida

Mocuba

Data: 16/11/2016

é um distrito situado no centro da província da Zambézia, em Moçambique, com sede na cidade


de Mocuba. Tem limite, a norte com o distrito de Lugela, a noroeste com o distrito de Milange, a oeste
com o distrito de Morrumbala, a sul com os distritos de Nicoadala e Namacurra, a leste com o distrito
de Maganja da Costa e a nordeste com o distrito de Ile.

Em 2007 Mocuba, com 300 628 residentes, era o terceiro distrito com mais população na Zambézia, só
sendo ultrapassado pelos vizinhos Milange e Morrumbala.

População

Em 2007, o Censo indicou uma população de 300 628 residentes. Com uma área de 8803 km²,
a densidade populacional rondava os 34,15 habitantes por km².

De acordo com o Censo de 1997, o distrito tinha 214 748 habitantes e uma área de 8867 km², daqui
resultando uma densidade populacional de 24,2 habitantes por km².

Divisão administrativa

O distrito possui um município, Mocuba, e está dividido por três postos


administrativos: Mocuba, Mugeba e Namajavira. Estes estavam, em 2007, subdivididos em
5 localidades:

 Município de Mocuba

 Posto Administrativo de Mocuba:

o Munhiba

 Posto Administrativo de Mugeba:


o Maguia

o Mugeba

 Posto Administrativo de Namajavira:

o Alto Benfica

o Namajavira

De notar que em 1998 a cidade de Mocuba, até então uma divisão administrativa que compreendia a
maior parte do posto administrativo de Mocuba, foi elevada à categoria de município.

Pesquisa

Pesquisa avançada

 Perfis Distritais

 Agricultura

 População

 Historia

 Geografia

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Lugela

Data: 16/11/2016

é um distrito da província da Zambézia, em Moçambique, com sede na povoação de Lugela. Tem limite,
a norte e nordeste com o distrito de Namarroi, a norte e a oeste com o distrito de Milange, a sul e leste
com o distrito de Mocuba e a leste com o distrito de Ile.

Demografia
Em 2007, o Censo indicou uma população de 135 485 residentes. Com uma área de 6178 km²,
a densidade populacional rondava os 21,93 habitantes por km².

De acordo com o Censo de 1997, o distrito tinha 106 770 habitantes, daqui resultando uma densidade
populacional de 17,3 habitantes por km².

Divisão administrativa

O distrito está dividido em quatro postos administrativos (Lugela, Muabanama, Munhamade e Tacuane),
compostos pelas seguintes localidades:

 Posto Administrativo de Lugela:

o Lugela

o Mussengane

o Nagobo

o Phutine

o Taba

 Posto Administrativo de Muabanama:

o Comone

o M'Pemula

o Muabanama

 Posto Administrativo de Munhamade:

o Alto Lugela

o Cuba

o Mulide

o Munhamade

o Tenede

 Posto Administrativo de Tacuane:

o Ebide

o Mabu
o Tacuane

Pebane

Data: 16/11/2016

é um distrito da província da Zambézia, em Moçambique, com sede na vila de Pebane.


Tem limite, a norte com o distrito de Gilé, a oeste com os distritos de Ile e Maganja da Costa, a sul com
o Oceano Índico e a leste com o distrito de Moma da província de Nampula.

População

Em 2007, o Censo indicou uma população de 185 333 residentes. Com uma área de 10 182 km²,
a densidade populacional rondava os 18,20 habitantes por km².

De acordo com o Censo de 1997, o distrito tinha 198 451 habitantes e uma área de 9985 km², daqui
resultando uma densidade populacional de 19,9 habitantes por km².

Divisão administrativa

O distrito está dividido em três postos administrativos: Mulela Mualama, Naburi e Pebane. Estes, por
sua vez, eram compostos, 2007, por um total de 14 localidades:

 Posto Administrativo de Mulela Mualama:

o Alto Maganha

o Malema

o Mulela

o Mucocoro

o Namanla

 Posto Administrativo de Naburi:

o Mihecue

o Naburi

o Namahipe

o Tomeia

o Txalalane
 Posto Administrativo de Pebane:

o Pebane

o Impaca

o Magiga

o Nicadine

Maganja da Costa

Data: 16/11/2016

é um distrito da província da Zambézia, em Moçambique, com sede na vila de Maganja da Costa. Tem
limite, a norte com o distrito de Ile, a noroeste e oeste com o distrito de Mocuba, a sudoeste com o
distrito de Namacurra, a sul e sudeste com o Oceano Índico e a leste com o distrito de Pebane.

Demografia

Em 2007, o Censo indicou uma população de 276 881 residentes. Com uma área de 7597 km²,
a densidade populacional rondaria os 36,45 habitantes por km².

De acordo com o censo de 1997, o distrito tinha 229 230 habitantes e uma área de 7597 km², daqui
resultando uma densidade populacional de 30,2 habitantes por km².

Divisão administrativa

O distrito está dividido em quatro postos administrativos, Bajone, Maganja da Costa, Mocubela e Nante,
compostos por um total de 14 localidades e a vila de Maganja:

 Posto Administrativo de Bajone:

o Missal

o Nacuda

o Naico

 Posto Administrativo de Maganja da Costa:

o Vila de Maganja da Costa

o Bala
o Cabuir

o Cariua

 Posto Administrativo de Mocubela:

o Maneia

o Mocubela

o Muzo

 Posto Administrativo de Nante/Baixo Licungo:

o Alto Mutola

o Moneia

o Muôloa

o Nante

o Nomiua

Mopeia

Data: 16/11/2016

é um distrito da província da Zambézia, em Moçambique, com sede na povoação de Mopeia. Tem limite,
a norte com o distrito de Morrumbala, a oeste com o distrito de Mutarara da província de Tete, a oeste
e sudoeste com os distritos de Caia e Marromeu, ambos da província de Sofala, a sul com o distrito
de Chinde e a leste com os distritos de Inhassunge e Nicoadala.

Em 2007, Mopeia era o distrito da Zambézia com menor densidade populacional, com 15,03 habitantes
por km². Um estatuto alcançado sobretudo pelo número de 115 291 residentes, que na província era
apenas superior ao apresentado por Inhassunge. Curiosamente, Inhassunge era o distrito com a maior
densidade populacional da província devido sobretudo a ter o mais pequeno território.

População
Em 2007, o Censo indicou uma população de 115 291 residentes. Com uma área de 7671 km²,
a densidade populacional rondava os 15,03 habitantes por km². Um valor que coloca Mopeia como o
distrito da Zambézia com menor densidade populacional.

De acordo com o Censo de 1997, o distrito tinha 71 535 habitantes e uma área de 7614 km², daqui
resultando uma densidade populacional de 9,4 habitantes por km², a mais baixa da província.

Divisão administrativa

O distrito de Mopeia está dividido em dois postos administrativos: Campo e Mopeia. Estes, por sua vez,
eram constituídos por um total de 8 localidades, em 2005:

 Posto Administrativo de Campo:

o Campo

o Catale

o Luala

o Mungane

 Posto Administrativo de Mopeia:

o Chimuara

o Mopeia

o N'Zanza

o Rovuma

Morrumbala

Data: 16/11/2016

é um distrito da província da Zambézia, em Moçambique, com sede na vila de Morrumbala.


Tem limites a norte com o distrito de Milange, a oeste com o Malawi e com o distrito de Mutarara da
província de Tete, a sul com o distrito de Mopeia e a leste com os distritos de Inhassunge e Nicoadala.

Com uma área de 12 801 km², Morrumbala é o maior distrito da província da Zambézia, possuindo, em
2007, o segundo maior número de residentes, 358 913, um valor só suplantado pelo vizinho Milange.

População
Em 2007, o Censo indicou uma população de 358 913 residentes. Com uma área de 12 801 km²,
a densidade populacional rondava os 28,04 habitantes por km².

De acordo com o Censo de 1997, o distrito tinha 243 751 habitantes e uma área de 12 972 km², daqui
resultando uma densidade populacional de 18,8 habitantes por km².

Divisão administrativa

Até 1975, Morrumbala constituía uma "circunscrição administrativa", na até então


denominada Província de Moçambique, criada em 1832.

O distrito de Morrumbala foi dividido em quatro postos


administrativos: Chire, Derre, Megaza e Morrumbala. Estes, por sua vez, eram compostos, em 2007, por
13 localidades.

 Posto Administrativo de Chire:

o Chilomo

o Chire

o Gorro

 Posto Administrativo de Derre:

o Derre

o Guerissa

o Machindo

 Posto Administrativo de Megaza:

o Megaza

o Pinda

o Sabe

 Posto Administrativo de Morrumbala

o Boroma

o Mepinha

o Morrumbala

o Muandiua
Chinde

Data: 16/11/2016

é um distrito da província da Zambézia, em Moçambique, com sede na vila de Chinde. Tem limite, a
norte com o distrito de Mopeia, a oeste com o distrito de Marromeu da província de Sofala, a sul e
sudeste com o Oceano Índico e a nordeste com o distrito de Inhassunge.

Demografia

Em 2007, o Censo indicou uma população de 119 898 residentes. Com uma área de 4403 km²,
a densidade populacional rondava os 27,23 habitantes por km².

De acordo com o Censo de 1997, o distrito tinha 129 115 habitantes, daqui resultando uma densidade
populacional de 29,3 habitantes por km².

Divisão administrativa

O distrito está dividido em três postos administrativos (Chinde, Luabo e Micaune) compostos pelas
seguintes localidades:

 Posto Administrativo de Chinde:

o Vila de Chinde

o Matilde

o Mucuandaia

o Pambane

 Posto Administrativo de Luabo:

o Luabo

o Mangige

o Nzama

o Rovuma

o Samora Machel

o 25 de Setembro
 Posto Administrativo de Micaune:

o Arijuane

o Magaza

o Micaune

o Mitange

o Nhamatamanga

Milange

Data: 16/11/2016

é um distrito da província da Zambézia, em Moçambique, com sede na vila de Milange. Tem limite, a
norte com o distrito de Mecanhelas da província de Niassa, a oeste com o Malawi, a sul com o distrito
de Morrumbala, a sudeste com o distrito de Mocuba, a leste com os distritos de Lugela e Namarroi e a
nordeste com o distrito de Gurué.

Com 498 635 habitantes, em 2007, Milange continuava a ser o distrito da Zambézia com mais
população, superando os seus vizinhos Morrumbala e Mocuba.

População

Em 2007, o Censo indicou uma população de 498 635 residentes. Com uma área de 9842 km²,
a densidade populacional rondava os 50,66 habitantes por km².

De acordo com o Censo de 1997, o distrito tinha 335 728 habitantes e uma área de 9794 km², daqui
resultando uma densidade populacional de 34,3 habitantes por km².

Divisão administrativa

O distrito, em 2007, estava dividido em quatro postos


administrativos: Majaua, Milange, Molumbo e Mongue. Estes, por sua vez, eram compostos por 14
localidades e um município, Milange:

 Posto Administrativo de Majaua:

o Dachudua
o Majaua

o Zalimba

 Posto Administrativo de Milange:

o Chitambo

o Corromana

o Liciro

o Município de Milange

o Tengua

o Vulalo

 Posto Administrativo de Molumbo:

o Capitão Mor

o Nangoma

o Molumbo

 Posto Administrativo de Mongue:

o Dulanha

o Mongue

o Sabelua

De notar que em 1998 a vila de Milange, até então uma divisão administrativa a nível de localidade, foi
elevada à categoria de município.

Namarroi

Data: 16/11/2016

é um distrito da província da Zambézia, em Moçambique, com sede na povoação de Namarroi. Tem


limite, a norte com o distrito de Gurué, a oeste com o distrito de Milange, a sul e sudoeste com o distrito
de Lugela e a leste com o distrito de Ile.
População

Em 2007, o Censo indicou uma população de 125 999 residentes. Com uma área de 3071 km²,
a densidade populacional rondava os 41,03 habitantes por km².

De acordo com o Censo de 1997, o distrito tinha 95 257 habitantes e uma área de 3019 km², daqui
resultando uma densidade populacional de 31,6 habitantes por km².

Divisão administrativa

O distrito está dividido em dois postos administrativos: Namarroi e Regone. Estes, por sua vez, são
compostos por um total de 7 localidades:

 Posto Administrativo de Namarroi:

o Lipilali

o Marea

o Mudine

o Muemue

o Namarroi

 Posto Administrativo de Regone:

o Mutatala

o Regone

Ile

Data: 16/11/2016

Ile é um distrito da província da Zambézia, em Moçambique, com sede na povoação de Ile. Tem limite, a
norte e nordeste com o distrito de Alto Molócue, a noroeste com o distrito de Gurué, a oeste com os
distritos de Namarroi e Lugela, a sul com os distritos de Mocuba, Maganja da Costa e Pebane e a leste
com o distrito de Gilé.

Demografia

Em 2007, o Censo indicou uma população de 289 891 residentes. Com uma área de 5589 km²,
a densidade populacional rondava os 51,87 habitantes por km².
De acordo com o Censo de 1997, o distrito tinha 224 167 habitantes, daqui resultando uma densidade
populacional de 40,1 habitantes por km².

Divisão administrativa

Até 1975 o distrito constituía uma circunscrição administrativa.

O distrito está dividido em três postos administrativos (Ile, Mulevala e Socone), compostos pelas
seguintes localidades:

 Posto Administrativo de Ile:

o Ile

o Calaia

o Mungulama/Hatxue

o Namanda

o Nampexo

o Nipiode

o Palane/Vieriva

 Posto Administrativo de Mulevala:

o Chiraco

o Micalane

o Mucata

o Namigonha

o Ruge

o Tebo

 Posto Administrativo de Socone:

o Curruane (Macopola)

o Socone
Gurué

Data: 16/11/2016

é um distrito da província da Zambézia, em Moçambique, com sede na cidade de Gurué. Tem limite a
norte com o distrito de Malema da província de Nampula, a noroeste com o distrito de Cuamba da
província de Niassa, a sudoeste com o distrito de Milange, a sul com os distritos de Namarroi e Ile e a
leste com o distrito de Alto Molócue.

Demografia

Em 2007, o Censo indicou uma população de 297 935 residentes. Com uma área de 5606 km²,
a densidade populacional rondava os 53,15 habitantes por km².

De acordo com o Censo de 1997, o distrito tinha 197 179 habitantes, daqui resultando uma densidade
populacional de 35,2 habitantes por km².

Clima

O clima do Gurúè é considerado temperado. Os verões têm temperaturas entre os 30 °C e 40 °C.


Os invernos têm temperaturas na ordem de 17 °C a 20 °C. Tal como para os climas tropicais,
consideram-se somente duas estações: a época das chuvas para a estação mais quente e a época
seca para a estação mais fria.

Divisão administrativa

O distrito está dividido em dois postos administrativos (Lioma e Mepuagiua), compostos pelas seguintes
localidades:

 Posto Administrativo de Lioma:

o Lioma

o Magige

o Mualijane

o Nintulo

o Tetete

 Posto Administrativo de Mepuagiua:

o Incize

o Mepuagiua

o Mugaveia
o Nicoropale

o Nipive

De notar que em 1998 a cidade de Gurué, até então uma divisão administrativa que compreendia
vários postos administrativos, foi elevada à categoria de município.

Alto Molocué

Data: 16/11/2016

é um distrito da província da Zambézia, em Moçambique, com sede na vila de Alto Molócuè. Tem limite,
a norte com os distritos de Ribaué e Malema, ambos da província de Nampula, a oeste com o distrito
de Gurué, a sul e sudoeste com o distrito de Ile e a leste com o distrito de Gilé.

Demografia

Em 2007, o Censo indicou uma população de 272 482 residentes. Com uma área de 6386 km²,
a densidade populacional rondava os 42,67 habitantes por km².

De acordo com o Censo de 1997, o distrito tinha 185 224 habitantes, daqui resultando uma densidade
populacional de 29,0 habitantes por km².

Divisão administrativa

O distrito está dividido em dois postos administrativos (Alto Molócuè e Nauela), compostos pelas
seguintes localidades:

 Posto Administrativo de Alto Molócuè:

o Vila de Alto Molócuè

o Caiaia

o Chapala

o Ecole

o Malua

o Mutala

o Nacuaca

o Nimala
o Nivava

o Novanana

 Posto Administrativo de Nauela:

o Mohiua

o Nauela

Gilé

Data: 16/11/2016

é um distrito da província da Zambézia, em Moçambique, com sede na povoação de Gilé. Tem limite, a
norte com o distrito de Ribaué da província de Nampula, a oeste com o distrito de Alto Molócue, a
sudoeste com o distrito de Ile, a sul com o distrito de Pebane, a leste com os distritos
de Mogovolas e Moma, ambos da província de Nampula) e a nordeste com o distrito de Murrupula,
também da província de Nampula

Demografia

Em 2007, o Censo indicou uma população de 169 285 residentes. Com uma área de 8875 km²,
a densidade populacional rondava os 19,07 habitantes por km².

De acordo com o Censo de 1997, o distrito tinha 126 988 habitantes, daqui resultando uma densidade
populacional de 14,3 habitantes por km².

Divisão administrativa

Este distrito foi uma circunscrição administrativa até 1975.

O distrito está dividido em dois postos administrativos (Alto Ligonha e Gilé), compostos pelas seguintes
localidades:

 Posto Administrativo de Alto Ligonha:

o Alto Ligonha

o Inxotcha

o Mirali

o Muiane

o Namihali

o Namireco
o Pury

 Posto Administrativo de Gilé:

o Gilé

o Kaiane

o Mamala

o Manhope

o Moniea

o Naheche

o Uape

Inhassunge

Data: 16/11/2016

é um distrito da província da Zambézia, em Moçambique, com sede na povoação de Mucupia. Algumas


vezes é mencionada como vila sede de Inhassunge. Tem limite, a norte com o município
de Quelimane e com o distrito de Nicoadala, a oeste com o distrito de Mopeia, a sul com o distrito
de Chinde e a leste com o Oceano Índico.

Demografia

Em 2007, o Censo indicou uma população de 91 196 residentes. Com uma área de 745 km², a densidade
populacional rondava os 122,41 habitantes por km²,

De acordo com o Censo de 1997, o distrito tinha 87 396 habitantes, daqui resultando uma densidade
populacional de 117,3 habitantes por km², fazendo deste distrito o mais pequeno e mais densamente
povoado da Zambézia.

Divisão administrativa

O distrito está dividido em dois postos administrativos (Gonhane e Mucupia), compostos pelas seguintes
localidades:

 Posto Administrativo de Gonhane:

o Gonhane
 Posto Administrativo de Mucupia:

o Chirimane

o Ilova

o Mucupia

Agricultura

A introdução da agricultura comercial

Por volta de 1870, começaram a estabelecer-se em Quelimane várias companhias europeias, já não
interessadas em escravos, nem em marfim, mas sim em oleaginosas – amendoim, gergelim e copra –
muito procuradas nas indústrias recém-criadas de óleo alimentar, sabões e outras. No princípio,
comercializando com os prazeiros, induziram-nos a forçarem os seus camponeses a cultivar estes
produtos. Exemplos dessas companhias são a “Fabre & Filhos” e a “Régie Ainé”, ambas com sede em
Marselha, a “Oost Afrikaansch Handelshuis”, holandesa, e a “Companhia Africana de Lisboa”. A “Oost”
chegou a abrir em Sena uma sucursal para incentivar nessa região a produção de amendoim.

Mas a agricultura familar não produzia as quantidades desejadas, era necessário organizar plantações. É
nessa altura que o governador da “província ultramarina”, Augusto de Castilho, cuja administração
estava desejosa de ter uma base tributária para manter a ocupação do território, emite em 1886 uma
“portaria provincial” regulando a cobrança do “mussoco” nos Prazos (que tinham sindo “extintos” pela
terceira vez seis anos antes), que incluía a obrigatoriedade dos homens válidos pagarem aquele
imposto, se não em produtos, então em trabalho; é dessa forma que começam a organizar-se as
grandes plantações de coqueiros e, mais tarde, de sisal e cana sacarina.

Em 1890, o futuro “Comissário Régio” António Enes decreta, numa revisão do Código de Trabalho Rural
de 1875 (que estabelecia apenas a obrigação “moral” dos colonos [leia-se camponeses indígenas] de
produzirem bens para comercialização), que o camponês já não tem a opção de pagar o “mussoco” em
géneros: “...O arrendatário [dos Prazos] fica obrigado a cobrar dos colonos em trabalho rural, pelo
menos metade da capitação de 800 réis, pagando esse trabalho aos adultos na razão de 400 réis por
semana e aos menores na de 200 réis.

Esse decreto impunha ainda aos prazeiros a ocupação efectiva das terras arrendadas e o pagamento à
autoridade colonial da respectiva renda. Mas os prazeiros não tinham conseguido converter a sua
actividade de simples fornecedores de escravos ou de pequenas quantidades de produtos na de
organização das plantações, não só por falta de preparação (ou de vocação), mas também por falta de
capital. O resultado foi terem sido obrigados a subarrendar ou vender os seus prazos, terminando assim
a fase feudal desta porção de Moçambique.

As grandes companhias
A transição do regime feudal dos Prazos para o das Companhias foi feito no modelo capitalista da
formação de empresas. Assim, por exemplo, o arrendatário Baltazar Farinha cria a firma “Farinha &
Lopes”, que rapidamente é substituída por “Eigenman & Pereira” e esta por “Eigenman, Pereira &
Stucky”, que dá finalmente lugar à “Companhia do Boror”. Este “Stucky”, ou Joseph Stucky de Quay,
suíço, tinha um irmão Georges que, em 1899, comandou uma coluna de sipaios da Boror que submeteu
o chefe Congone e, dessa maneira, asegurou o controlo do território que hoje corresponde aos distritos
de Lugela, Mocuba e Namacurra. Era desta forma que as autoridades coloniais asseguravam a ocupação
efectiva do território. Na década de 1920, Stucky foi agraciado pelo governo português com o título de
conde.

Em 1921, todo o “distrito de Quelimane” estava dividido em 23 prazos que, entretanto, tinham passado,
à excepção de três, à propriedade de grandes companhias que, no entanto, não eram companhias
majestáticas, mas sim “arrendatárias” de prazos – que em muitos casos, tinham sido incluídos à força no
seu território. Eram as seguintes as companhias e os prazos existentes (entre parênteses os anos de
início do arrendamento ou da fundação das companhias):

 Prazos “independentes” das companhias (próximos da vila de Quelimane):

o Carungo, arrendado a Francisco Gavicho de Lacerda (1906);

o Pepino e Quelimane Sul, em nome de Vitorino Romão da Nazareth (data desconhecida);

 Companhia da Zambézia (1892):

o Massingire (1897);

o Andone (1987);

o Anquaze (1897);

o Timbué (1900);

 Companhia do Boror (1898):

o Boror (1898);

o Macuse (1898);

o Licungo (1898);

o Nameduro (1899);

o Tirre (sem data conhecida);

 Société du Madal (1904):

o Madal (1903, pelos anteriores proprietários Gonzaga, Bovay e Ca);


o Tangalane (idem);

o Cheringone (idem);

o Maindo (1904);

o Inhassunge (1916);

 Empresa Agrícola do Lugela (1906):

o Lugela (1906);

o Milange (1906);

o Lomué (1910);

 Sena Sugar Estates (1920):

o Maganja d’Aquém Chire (1894, pela predecessora Companhia do Açúcar de


Moçambique);

o Luabo (1911, pela antecessora Sena Sugar Factory) e

o Marral (idem).

Entretanto, do ponto de vista da administração colonial, o “distrito” estava dividido apenas em quatro
circunscrições (criadas nas datas indicadas entre parênteses), que apenas cobriam a parte costeira do
norte da Zambézia:

 Alto Molocué (1918),

 Ile (1918),

 Maganja da Costa (1908) e

 Moebaze (1919, que passou a chamar-se Pebane em 1926; Ossiua tinha sido criada em 1919,
mas foi suprimida em 1923, com a sua área dividida entre Alto Molocué e Pebane).

Em 1913, dos cerca de nove milhões de hectares da Zambézia, 5,4 milhões eram administrados pelos
arrendatários, sendo os remanescentes 3,6 milhões a “reserva” do Estado. No entanto, a área total
ocupada pelas plantações correspondia apenas a 0,5% da área arrendada (em 1924, este número sobe
para 0,7%). Isto pode ser explicado por estas culturas (coqueiro, sisal, algodão e cana-sacarina) exigirem
muita mão-de-obra e as companhias não estarem interessadas em investir em maquinaria, uma vez que
a população era excedentária e os salários exíguos. Além disso, as plantações reservavam sempre uma
área para culturas alimentares, para evitar custos adicionais em alimentação dos trabalhadores. Esta
política assegurava um lucro considerável.
As plantações, no entanto, não eram a única fonte de rendimento das Companhias, pois algumas
dedicavam-se igualmente à exportação de mão-de-obra para o estrangeiro (mesmo contrariando a
legislação em vigor). Por exemplo, a Empresa Agrícola de Lugela tinha como um dos sócios Francisco
Monteiro, que era igualmente proprietário de uma das maiores roças de cacau de São Tomé e, de
acordo com fontes da época, calcula-se que, entre 1910 e 1915, tenham sido enviados como
“contratados” para São Tomé cerca de 30 mil moçambicanos, não só da Zambézia, mas também de
outras áreas de Moçambique, onde o recrutamento de mão-de-obra já estava organizado. Outros dez
mil terão sido enviados para as plantações e minas do Transvaal (África do Sul). Ao mesmo tempo, para
cumprir os seus acordos com a República Sul-Africana, a própria administração colonial tinha o seu
papel no fornecimento de trabalhadores: está registado que, de 1904 a 1907, saíram pelos portos de
Quelimane e Chinde 8141 homens oriundos das “reservas” do Estado e do Prazo Lugela.

Esta forma de exploração exacerbou o êxodo de zambezianos, que já tinha começado no tempo da
escravatura e do “mussoco” prazeiro, uma vez que havia oportunidades de trabalho e condições de vida
mais amenas nos territórios vizinhos das Rodésias e Niassalândia, para além do Transvaal. Pesam
também nesta diáspora, as frequentes secas e cheias, com a consequente escassez de comida, e a falta
de cuidados de saúde, mesmo na fase das Companhias. Em 1906, a emigração de Quelimane e Tete foi
de 22.454 pessoas, das quais 1954 foram para o Transvaal, 500 para a construção do caminho-de-ferro
da Suazilândia e 20 mil para locais indeterminados; por outro lado, no mesmo ano, segundo registos
oficiais, teriam morrido de fome só na Zambézia cerca de 30 mil pessoas. Na década de 1910, Carl
Wiese, que arrendara terras da Companhia da Zambézia, reportou terem desaparecido 50 mil pessoas
dos Prazos de Massingire, Milange e de Tete.

População

Zambézia

Tem uma população de 3 849 455 habitantes em 2007. Com uma área de 103 478 km², a densidade
populacional rondava os 37,2 habitantes por km².

De acordo com o Censo de 1997, a Província tinha 2 891 809 habitantes e uma área de 103 127 km²,
daqui resultando uma densidade populacional de 28,04 habitantes por km².

Entre 1997 e 2007, a população cresceu 24,88%, tendo sido contabilizados mais 957 646 habitantes, o
segundo maior valor registado entre as todas as províncias moçambicanas.

Tanto em termos de área como de população, a província está em segundo lugar, com uma área de
103 478 km² atrás de Niassa e com um total de 3 849 455 residentes depois de Nampula.

Linguas Faladas:

Português
Chuabo

Lomué

sena

Historia

A Província da Zambézia foi formada a partir do distrito da Zambézia do período colonial.

O Nome

O topónimo Zambézia foi criado em 1858 por decreto régio, abrangendo as capitanias de Quelimane e
“Rios de Sena” (o Zambeze). O que hoje chamamos província da Zambézia foi durante muito tempo o
“distrito de Quelimane”, criado em 1817, extinto e incorporado no de Sena em 1829 e reposto em 1853.

Os Prazos

A colonização deste território e, aliás de todo o vale do Zambeze, iniciou-se no século XVII pelo
aforamento de terrenos a portugueses ou “indo-portugueses” (indianos convertidos ao catolicismo, que
adoptaram nomes portugueses) comerciantes ou soldados, a troco duma renda anual. A concessão era
feita por "prazos", ou seja, por duas ou três gerações, sendo transmitida à filha mais velha. Passado esse
tempo, os terrenos voltavam à posse do Estado, mas podiam voltar a ser entregues aos antigos
“prazeiros”, se as autoridades achassem que a propriedade tinha sido bem administrada.
Informalmente, no entanto, esta colonização tinha começado no século anterior, através de acordos de
fixação entre os colonos portugueses e os chefes locais, por vezes através do casamento.
Com o tempo e a ineficácia da administração colonial, estas propriedades tornaram-se verdadeiros
“estados” com os seus exércitos de “chicundas”. Não só estes senhores feudais não pagavam renda ao
Estado português, como organizaram um sistema de cobrar o “mussoco” (um imposto individual em
espécie, devido por todos os homens válidos, maiores de 16 anos) aos camponeses que cultivavam nas
suas terras. Além disso, mineravam ouro e comerciavam marfim e escravos em troca de panos e
missangas que recebiam da Índia e de Lisboa. Até 1850, Cuba foi o principal destino dos escravos
provenientes da Zambézia.
Em 1870, era apenas em Quelimane (sem conseguir penetrar no “Estado da Maganja da Costa”) onde
Portugal exercia alguma autoridade, cobrando o “mussoco”, instituído e cobrado pelos prazeiros. Isto,
apesar de, em 1854, o governo português ter “extinguido” os Prazos (pela segunda vez, a primeira tinha
sido em 1832). Outros decretos do mesmo ano extinguiam a escravatura (oficialmente, uma vez que os
“libertos” eram levados à força para as ilhas francesas do Oceano Índico (Maurícia]] ou “ilha Bourbon” e
Reunião ou “ilha de Fança”, com o estatuto de “contratados”) e o imposto individual, substituindo-o
pelo imposto de palhota, uma espécie de contribuição predial.
Na margem direita do Zambeze e na margem esquerda da actual província de Tete, os prazos
começaram a ser atacados, em 1830, pelos nguni que fugiam durante o mfecane mas, aparentemente,
os prazos da Zambézia escaparam a essa sorte. Mas, apesar de “ressuscitados” por António Enes, o
grande ideólogo do colonialismo pós-escravatura, não resistiram ao capital pós-esclavagista das grandes
companhias. Depois de serem engolidos por estas, viram a administração colonial organizar-se
finalmente – já na segunda metade do século XIX – e utilizar a sua estrutura feudal, depois de
transformados os “xicundas” em sipaios, para submeterem os povos da região.

Geografia

Zambézia é uma província situada na região centro de Moçambique. A sua capital é a cidade de
Quelimane, localizada a cerca de 1600 km ao norte de Maputo, a capital do país. Com uma área de
103 478 km², está dividida em 22 distritos, e possui, desde 2013, 6 municípios: Alto Molócuè, Gurúè,
Maganja da Costa, Milange, Mocuba e Quelimane.

Localização

No topo leste da zona central de Moçambique, a Zambézia está limitada a norte pelas províncias de
Nampula e Niassa, a leste pelo Canal de Moçambique, no Oceano Índico e a sul pela a província de
Sofala. A oeste, para além a província de Tete, surge também o Malawi.

Zambézia embarca no turismo de negócio

Data: 02/12/2016

MAIS de 185 milhões de meticais foram investidos o ano passado na construção de vários
empreendimentos turísticos na cidade de Quelimane e nalguns distritos da província da Zambézia.

Hotéis e pensões, alguns dos quais com imponência de fazer inveja, foram erguidos em pontos
estratégicos para a viabilização do chamado turismo de negócio, que é uma das apostas das autoridades
locais.

O director provincial da Cultura e Turismo na Zambézia, Amostra Sobrinho, afirmou há dias em


entrevista ao nosso Jornal que a província esmera-se para entrar no turismo de negócio, o que, na sua
opinião, representa uma oportunidade para os proprietários das estâncias turísticas ganharem dinheiro,
criar postos de emprego, fazer novos investimentos para diversificar os produtos turísticos e contribuir
para as receitas do Estado. Para isso, segundo Sobrinho, será necessário investir na construção de infra-
estruturas para acolher seminários, conferências, workshops, entre outros eventos em zonas turísticas e
não só. Na entrevista Amostra Sobrinho afirma que apesar de melhorias a necessidade de potenciar a
qualidade dos serviços nas áreas de restauração e hotelaria continua a constituir um desafio.
A costa da província da Zambézia tem mais de quatrocentos quilómetros com condições naturais para a
exploração de todo o tipo de turismo, como de pesca, de contemplação e de negócios. De Chinde a
Pebane podem ser encontrados encantos da natureza à espera do Homem, que com a sua inteligência e
criatividade pode dispor e de forma sustentável. Para além disso, em vários pontos desta extensão há
estações de água termais que bem exploradas podem ser usadas para fins medicinais. Pode se fazer
turismo de contemplação nos verdejantes campos de chá de Guruè, nas montanhas de Milange e de
Morrumbala, para além da caça cinegética na Reserva de Mahimba, no distrito do Chinde.

Amostra Sobrinho diz que o Governo está a trabalhar no sentido de continuar a criar condições como,
por exemplo, estradas transitáveis, telecomunicações, incentivos fiscais e financiamento de alguns
empreendedores do sector. A seguir transcrevemos as partes mais importantes da entrevista com o
director provincial da Cultura e Turismo na Zambézia.

https://www.zambezia.gov.mz/por/Ver-Meu-Distrito/Distrito-de-Quelimane#
HISTORIA

A presença dos portugueses na Zambézia data de 1498, ano da expedição comandada por Vasco da
Gama à caminho marítimo da Índia. O nome Zambézia provém de um decreto régio português de 1858.
Com um vasto território multicultural, a província caracteriza-se por uma miscigenação da presença dos
árabes-persas, portugueses e dos nativos. Após a conferência de Berlim de 1884-1885, surgem as
companhias arrendatárias em substituição dos Prazos da Coroa e dos Estados Militares do Vale do
Zambeze.

Devido a opressão aos povos nativos, surge a FRELIMO, em Junho de1962 desencadeando a luta de
libertação nacional. A 25 de Junho de 1975, Moçambique proclamou a sua independência. Anos mais
tarde surge a guerra civil entre a FRELIMO e a RENAMO que termina com a assinatura dos Acordos de
Paz em Roma, a 4 de Outubro de 1992.

Actualmente, a província da Zambézia em franco desenvolvimento, tem como principal desafio a


melhoria das condições de vida da população por meio do incremento da rede sanitária, educacional,
das vias de acesso e o crescimento das infraestruturas.

CULTURAS E LINGUAS

Culturas e Linguas

A diversidade linguística é uma das principais características da província da Zambézia. Dados do INE
( 2007) ilustram que 37.1% da população zambeziana fala o elomwe, 23.5% echuwabo, 9.2% português,
8.2% cisena, lolo/malolo 5.1%, e emakhuwa 2.0%.

A cultura da Zambézia é uma amálgama fruto do cruzamento da tradição africana, arabo- persa e
portuguesa. Cada traço, em cada canto deste ponto de Moçambique, esta representada a miscigenação
cultural que enfatiza diversos traços crioulos. As céleres donas zambezianas resultantes da implantação
dos prazos da coroa portuguesa neste pedaço de chão salgado pelo Indico, transmitiram aos seus
descendentes a saborosa culinária por meio da mistura da noz-moscada, o mumbuacu e salsa
condimentos bantu-indu-luso. A língua portuguesa, mais enraizada na Zambézia, que nas restantes
províncias do país é um traço marcante do arrendamento do território zambeziano, a Companhia da
Zambézia de Paiva de Andrade e outras. A alegria, a extroversão do povo da Zambézia tornaram a
província particular. Nesta página, conheça algumas das línguas mais faladas.
PORTUGUÊS

A língua portuguesa é fruto do processo de ocupação colonial. Por ser falada em quase todo território
nacional, foi consagrada língua oficial. Em termos estatísticos, aproximadamente 9,2% da população
zambeziana fala ou comunica-se por meio desta língua (ibidem).

Elomwe

O elomwe é a língua mais falada na província da Zambézia, com cerca de 37,1% de falantes (idem)
maioritariamente nos distritos de Alto- Molocué, Gurué, Ilé, Namarroi, Pebane e Gilé.
Echuwabo

Língua com aproximadamente 23,5% falantes a nível da província da Zambézia (idem), é a segunda
língua mais falada nesta região. Este idioma tem maior expressão nos distritos de Quelimane,
Namacurra, Inhassunge, Nicoadala e Mocuba.

Cisena

Esta expressão linguística é falada por 8% da população da província da Zambézia (idem). São
maioritariamente faladas nos distritos de Morrumbala, Mopeia e Luabo.

TRADIÇÃO E RELIGIÃO

As tradições na Zambézia incluem música, dança e artes performativas. Estas são expressão da profunda
relação entre a sua população e as práticas religiosas e sociais reproduzidas diariamente.
A música em Zambézia por exemplo pode servir a varios propósitos que vão da expressão religiosa às
cerimónias tradicionais. Os instrumentos musicais são geralmente feitos à mão. Alguns dos
instrumentos utilizados na expressão musical zambeziana incluem tambores feitos de madeira e pele de
animal.
Junto com as músicas, também as danças tem muita vezes um carácter ritual, tornando-se diferentes
por cada tribo e de difícil compreensão e reprodução.
Pelo que se refere à escultura esta esta vem pela maioria produzida em Madeira. Famosa é a tradição de
algumas comunidades do interior da Zambézia que utilizam máscaras com rostros de pessoas, usadas
nas danças tradicionais. No entanto as esculturas de madeira representam em muitos casos “árvores
genealógicas”, refigurastes a histórias da comunidade o de um grupo familiar.

Viajando pela Zambézia A diversidade cultural da província da Zambézia desenrola-se pela miscelânea
tradicional dos chuabos, senas, lomues, marendjes e manhauas. Zambézia, província por excelência
matrilinear é rica em recursos minerais, faunísticos, agrários e marinhos. Na Zambezia, pode-se
conhecer a encantadora Lagoa Azul, a praia de Zalala bela e ladeada por imensas casuarinas, as águas
termais e a cordilheira do monte Namuli.
· Em termos de crenças religiosas, a província da Zambézia é composta por 40% de católicos, evangélicos
e pentecostes 10%, islâmicos 9,7%, ziones 8,6%, 1,1% de anglicanos. Sendo que, 16% não tem religião
ou são desconhecidos. INE ( 2007).
No âmbito magico- religioso é prático a realização das cerimónias tradicionais denominadas Mukutho,
em todos os níveis e eventos sociais. É ainda comum na Zambézia solicitar um feiticeiro (curandeiro)
para se proteger, tratar uma doença , garantir a fidelidade de um marido ou uma esposa ou seduzir a
sua amada. Do pequeno comerciante ao mais alto político, todos, pelo menos uma vez na vida,
consultaram um feiticeiro e ninguém pensaria de duvidar da eficácia dessas práticas.
Na região zambeziana também vive um numero considerável de hindus e confucianos pela forte
presença de indianos e chineses, sobretudo na Capital. Esta mistura de crenças torna a Zambézia uma
região reconhecida pela sua tolerância religiosa.

“Dança das cobras” – Uma das manifestações artísticas mais famosas da província da Zambézia é a
Enowa N’niketxe ou dança das cobras, que se caracteriza por um conjunto de homens e mulheres que
realizam movimentos em forma de dança com cobras no pescoço e nas mãos. Os integrantes do grupo
executam os seus movimentos de dança com cobras enroladas nos pescoços e braços. Esta dança
fascinante é um legado do povo de Namarroi, transmitido de geração em geração. Antes da dança existe
um ritual a ser seguido pelos dançarinos, obedecendo regras tais como: absterem-se do sexo uma
semana antes e durante o evento, a alimentação das cobras escolhidas na mata é ovo e farinha e as
cobras escolhidas deve ser mambas finas e verdes daquelas muito venenosas.
Depois de verificado estes aspectos preliminares, as cobras ficam hipnotizadas permitindo desse modo,
aos dançarinos de poderem dançar com elas demonstrando os mais variados movimentos.
Este grupo folclórico já participou em muitos eventos culturais locais e nacionais destacando-se pela sua
autenticidade e unicidade cultural que a caracteriza.
Carnaval de Quelimane – A Província da Zambézia é também conhecida como palco das celebrações
carnavalescas em Moçambique. Este evento realiza-se entre os meses de Fevereiro e Março. O carnaval,
um evento bastante apreciado pela sua forma exuberante na apresentação e no calor que empresta,
torna-o numa das manifestações culturais mais importantes e celebrados na cidade de Quelimane.

Dança Niketxe –
Niketxe é uma manifestação cultural praticada por uma grande maioria da população da Alta Zambézia.
Surge como um ritual ligado às cerimónias fúnebres. Caracterizada pela mímica e a teatralidade e o uso
da máscara, a sua denominação deriva som (ketxe, ketxe, ketxe) produzido pelos chocalhos que os
dançarinos usam nas pernas durante a sua actuação. (Lemia e Vilanculos: 2013).

Feriados Nacionais

· 3 de Fevereiro (Dia dos Heróis Moçambicanos) data da morte de Eduardo Chivambo Mondlane em
1969, considerado o Arquitecto da Unidade Nacional.

· 7 de Abril (Dia da Mulher Moçambicana) data da morte de Josina Machel em 1971, heroína nacional.

· 25 de Junho de 1975, dia da Independência de Moçambique contra o regime colonial português.

· 7 de Setembro de 1974. Assinatura dos Acordos de Lusaka, considerado dia da vitória porque Portugal
abre espaço para a independência de Moçambique.

· 25 de Setembro de 1964 - Dia das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, data que marca o início
da Luta de Libertação Nacional.

· 4 de Outubro de 1992. Dia da Assinatura dos Acordos de Roma, marcando o fim da guerra civil em
Moçambique, considerando-se assim o dia da paz.

GASTRONOMIA

Alguns dos pratos icônicos da Zambézia

A gastronomia Zambeziana, com pratos tipicamente locais, é um dos atractivos bem apreciados por
muitos pela sua engenhosa maneira de confeccionar e seu sabor apetitivo. A destacar a galinha
zambeziana que é acompanhada da mukapata, bem como o mukwane (podendo ser verduras de
mandioca, feijão nhemba, aboboreira e outros). Existe também o todwé (Molusco de água salgada), o
nhatando ou quiabo ou ainda o mamgombo, outra espécie de quiabo tirado dos pântanos. Tanto um
como outro prato pode ser acompanhado de camarão ou peixe seco, fundamentalmente o mukage
(peixe barba).
Destacam-se também os doces, como o caso das sananas, micates, bolos de sura, patanícuas entre
outros.

Galinha Zambéziana

Para confeccionar a galinha à zambeziana deve-se ralar a polpa do coco para dentro de uma bacia, e
deita-ser um pouco de água quente aos poucos, mexendo-se lentamente com as mãos até ficar um leite
cremoso. O coco deverá ser espremido para se obter um melhor resultado. Com o frango limpo e
temperado, este é assado em fogões a carvão em brasa e, à temperatura baixa, vai-se regando
constantemente com o molho.
Mucapata

Prato típico e por excelência da gastronomia zambeziana. Bastante divulgado e apreciado localmente e
além fronteiras, geralmente é acompanhado pela galinha à zambeziana.

Camarão Grelhado

Trata-se de uma receita bem conhecida dos portugueses que viveram em Moçambique nos anos 70. Era
uma das especialidades da então Cervejaria Laurentina, o restaurante da fábrica de cerveja.
Molho de Piri-Piri

O molho de Piri-Piri é uma mistura de pimentão muito versátil e usada diariamente na culinária
zambeziana. Alguns Piri-Piri podem ser mais amargos, outros até um pouco doces ou ligeiramente
salgado.

Cervejas
As cervejas de Moçambique são as seguintes: 2M, Barons, Impala, Laurentina Clara, Laurentina
Premium, Laurentina Preta, Manica e Raiz; todas distribuídas pela SAB Miller. Você também pode
encontrar cervejas de outros estados africanos, como Castle e Windhoek.

Pao Recipe

Encontrado em qualquer mercado de Moçambique, paõ (pronunciado pow) são rolos de pão brancos
portugueses cozidos em fornos de madeira nas aldeias.

https://www.visitzambezia.com/zambe-zia.html
Quelimane

Documentos disponíveis nos arquivos do Conselho Autárquico da cidade de Quelimane indicam que as
primeiras construções datam de 1544, constituídas por uma Feitoria, a fortaleza e um centro de recolha
de escravos, as quais foram sendo erguidas novas, aumentando assim o património construído (CECQ,
1997:1).

Crédito: Divulgação

Refere ainda que a 9 de Maio de 1761, a povoação é elevada a categoria de vila, batizada com o nome
de Vila São Martinho, contando nessa altura com 2.769 habitantes, constituída por residência do
Governador, Sede da Boror, Hospital, Catedral, Quartel, Sede da Companhia da Zambézia, três Escolas,
Missão de Coalane, Linha Férrea que ligava ao prazo de São Martinho e o de Maquival, sede da empresa
Chuabo Dembe e o murro da marginal (CECQ, 1988).

Porém, em 1922, foi construída a linha férrea ligando Quelimane a Mocuba que foi designada de
Caminhos de Ferro. Foi a 21 de Agosto (publicado no BO 32/1942, Suplemento) que foi elevada a
categoria de cidade tomando o nome de cidade de Quelimane (CECQ, 1998).

A partir daí a cidade continuou a crescer lentamente até 1974 e a registar um crescimento acelerado,
vindo a ser mais rápido no período da guerra de desestabilização.

A autarquia de Quelimane pertence a categoria C e está entre as primeiras trinta e três autarquias
criadas com o processo de autarcização em Moçambique. Quelimane é a capital provincial e a maior
cidade da província da Zambézia, possuindo uma superfície total de 122 km2, representando 0,1% da
superfície total da província (CECQ, 1998).

No passado, Quelimane tinha empresas económicas que eram referência a nível nacional e
internacional, dentre elas destacam-se as seguintes:

 Na indústria de confeção: FAVEZAL e FACOZA;

 Na agroindústria e processamento: GERALCO, Companhia da ZAMBÉZIA, MADAL, Monteiro e


Giro;

 Na indústria madeireira: PATIAL, MAZA;

 Na indústria metalúrgica: ZAMEL.

 Na indústria alimentar e de bebidas: Fabrica Reunidas de enchimento de refrescos.

Atualmente a pesca, a agricultura, turismo, comércio e banca, constituem as principais atividades


económicas de Quelimane. Possui um porto de pesca e comércio para importação e exportação de
produtos, na indústria do turismo destacam-se a diversidade gastronómica e cultural. E na agricultura a
produção de arroz, plantação de coqueiros e hortaliça.
Segundo dados do INE (2017), a cidade tinha 150.116 habitantes em 1997, vindo a ascender a 185.000
habitantes em 2003, porquanto o censo de 2007 registou 193.343 habitantes e o de 2017 contabilizou
um total de população de cerca de 236 mil habitantes, 5% do total da província, dos quais mais de
metade da população é masculina. Ainda segundo a mesma fonte, a pirâmide etária revela uma
população predominantemente jovem, onde mais de 58% se situam na faixa etária dos 15-64 anos de
idade. Os idosos representam uma proporção muito ínfima, rondando em 2%. No entanto, as projeções
indicavam que em 2020 a cidade atingiria a fasquia dos 261 mil habitantes.

A população economicamente ativa distribui-se por diversos sectores de atividade, desde a agricultura,
pesca, comércio, turismo, serviços financeiros, indústria mineira e serviços públicos. Sendo a agricultura
o sector mais importante, absorvendo 76 indivíduos em cada 100 habitantes do distrito. Contudo,
grande proporção dela desenvolve atividades no sector informal.

Devido a dinâmica urbana estão sendo erguidas infraestruturas diversas que oferecem e prestam
serviços variados configurando novas centralidades, como são os casos de supermercados (Shoprite e
Number One), Hospital Central de Quelimane em Namuinho e a Universidade Licungo em Murropué.
Além deste vão surgindo instituições de grandes agentes económicos e até de multinacionais,
representado marcas.

Artigos

MATSIMBE, M.F.B. LIMA, J.C.M. EXPANSÃO URBANA E NOVAS ÁREAS DE CONSUMO NA CIDADE DE
QUELIMANE: agentes e papéis (no prelo) Anais do IV CIMDPE, Simpósio Internacional sobre Cidades
Médias, Vila Rica, Chile, 2021

MARQUES, S. dos S. Proposta de Planeamento Territorial da Unidade residencial Floresta B – 4º Bairro


na Cidade de Quelimane, Monografia científica, Departamento de Ciências da Terra e Ambiente,
Universidade Pedagógica, Delegação de Quelimane, Quelimane, 2014

CHALE, Z.A. Os factores que afectam o adensamento da população na cidade de Quelimane: estudo de
caso, bairro Torrone Velho, Monografia Científica, Departamento de Ciências da Terra e Ambiente,
Universidade Pedagógica, Delegação de Quelimane, Quelimane, 2016

EVARISTO, K.K.G. A reestruturação urbana da cidade de Quelimane, as actividades económicas e os seus


impactos ambientais, os agentes e papéis, Monografia Científica, Departamento de Ciências da Terra e
Ambiente, Universidade Pedagógica, Delegação de Quelimane, Quelimane, 2017

CUMBE, O.F. Dinâmica Urbana na Cidade de Quelimane, Monografia Científica, Departamento de


Ciências da Terra e Ambiente, Universidade Pedagógica, Delegação de Quelimane, Quelimane, 2017

Evaristo, K. K. G., & Lima, J. C. M. Requalificação urbana e novas centralidades na cidade de Quelimane,
Moçambique (artigo cientifico). Universidade Pedagógica de Quelimane, Moçambique. 2018

Caetano, O.A.J. ESPAÇOS PÚBLICOS PARA CRIANÇAS: Uma Abordagem Geográfica, Monografia
Científica, Departamento de Ciências e Tecnologia, Universidade Licungo, Quelimane, 2020
Luís, Laucénia J. Impacto ambiental resultante da Gestão de Resíduos Sólidos no bairro Aeroporto na
cidade de Quelimane, Monografia Científica, Departamento de Ciências e Tecnologia, Universidade
Licungo, Quelimane, 2021

João, Florinda S.G. Desigualdades Espaciais na Ocupação de Residências na cidade de Quelimane e sua
implicação no ambiente, Monografia Científica, Departamento de Ciências e Tecnologia, Universidade
Licungo, Quelimane, 2021

BREVE HISTÓRIA

Quelimane é a maior cidade e capital da Província da Zambézia, em Moçambique. Está situada junto ao
rio dos Bons Sinais, a cerca de 20 km do Oceano Índico. É limitada geograficamente pelo distrito de
Nicoadala, a noroeste e Inhassunge a Sul. Dada esta localização geográfica, na zona costeira, a
comercialização marítima e a pesca é uma das suas principais atividades económicas.

Aquando da chegada dos portugueses, em 1498, já Quelimane desempenhava um importante papel


comercial suaíle, mas somente em 1530 é que esta é ocupada pelos portugueses.

Em 1763 foi criada como Vila, sendo elevada à categoria de Cidade a 21 de agosto de 1942 (sob o
Diploma Ministerial n.º1/42). Após a independência nacional, foi denominada com a categoria de Cidade
de nível C (resolução n.º 7/78 de 25 de abril). Possui, atualmente, 5 postos administrativos e 59 bairros.
Quelimane é administrativamente um município com um governo local eleito.

A pesca continua a ser uma das principais atividades económicas de Quelimane, somando a agricultura
(plantação de coqueiros, cultivo de arroz e hortaliça). Dada a sua situação topográfica e hidrográfica,
assim como a expansão da população em áreas de risco, as inundações são propícias na cidade.

https://www.uccla.pt/membro/quelimane
Quelimane

Coordenadas: 17° 53' S 36° 51' E

Quelimane

Cidade e Município de Moçambique

Bandeira

Dados gerais

Gentílico quelimanense

Província Zambézia

Distrito Quelimane (distrito)

Posto(s) Quelimane
administrativos(s)

Município(s) Quelimane

Características geográficas

Área km quadrados km² 117

População hab. (1997) 193.343


Quelimane

Localização de Quelimane em Moçambique

S 36° 53' 14" E "35 '52 17°

Dados adicionais

Código postal 2403

Projecto África • Portal de Moçambique

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discutir 

Quelimane é a capital e a maior cidade da província da Zambézia, em Moçambique. Está localizada


no rio dos Bons Sinais, a cerca de 20 km do Oceano Índico; por essa razão, a cidade conta com um porto,
.que é uma das suas principais actividades económicas, centro de uma importante indústria pesqueira
A cidade de Quelimane é administrativamente um município com um governo local eleito e também um
distrito, que administra as competências do governo central.[1] Numa área de 117 km², a cidade tinha
150 116 habitantes em 1997. A população tinha ascendido a 185.000 habitantes em 2003, e o censo de
2007 registou 193.343 habitantes.[2]

História

Era um importante centro comercial suaíle quando os portugueses ali chegaram em 1498, mais
especificamente Vasco da Gama na sua primeira viagem à Índia, mas a presença portuguesa
permanente só foi registada a partir de 1544.[3] Foi elevada a vila e sede de concelho em 1763 e a cidade
a 21 de Agosto de 1942.[4]

Política e governo

Geminações

Quelimane encontra-se irmanada com Setúbal, desde 2005, e com a comuna de Le Port, no
departamento francês de Reunião, desde 2003.[5]

Infraestrutura

Transportes

Quelimane está interligada ao território moçambicano por uma extensa rede de transportes, sendo que
suas mais requisitadas vias de acesso são as rodoviárias, por intermédio da rodovia N10, de ligação
com Nicoadala, ao noroeste; da rodovia N320, de ligação com Chinde, ao sul, e a praia de Zalala, ao
norte, e; da rodovia R1119, de ligação com Mendozo e Magromane, no litoral.[6]

Anteriormente a sede municipal era ligada a Mocuba pelo Caminho de Ferro Transzambeziano, que
utilizava o importante porto de Quelimane para escoamento de produtos agrícolas e semi-beneficiados.
.[7][8] O tráfego no caminho de ferro está suspenso por falta de manutenção

A cidade ainda conta com um aeródromo de voos domésticos, o aeroporto de Quelimane.[9]

Educação

A cidade de Quelimane sedia a Universidade Licungo (UniLicungo), uma das instituições de ensino
superior públicas do país.[10] Também na cidade existe um campus da tradicional Universidade Eduardo
Mondlane, onde funciona a Escola Superior de Ciências Marinhas e Costeiras, e; um campus do Instituto
Superior de Ciências de Saúde.[11]

Ver também

Fortim de Quelimane 

Ligações externas
Imagens da Cidade de Quelimane Retrospectiva aos anos (1950-1975) 

Referências

Lei nº 26/2013, publicada no Boletim da República nº 101, I Série, de 18 de Dezembro ↑ .1


de 2013, pág. 1059-1061 (3)

Cidade de Quelimane.pdf — Instituto Nacional de « ↑ .2


Estatistica» (PDF). www.ine.gov.mz. Consultado em 6 de novembro de 2016

http://www.fcsh.unl.pt/cham/eve/content.php?printconceito=823 Topónimo - ↑ .3
QUELIMANE

http://www.verdade.co.mz/eleicoes/35-themadefundo/23185-quelimane-uma- ↑ .4
cidade-parada-no-tempo Quelimane: Uma cidade parada no tempo

Le Port est jumelé à quatre villes portuaires Arquivado em 2014-07-26 no Wayback ↑ .5


Machine (em francês)

Mapa Rodoviário de Moçambique. Maputo: Administração Nacional de Estradas, ↑ .6


Março de 2012

Vale, Álvaro Henriques do. Do Mapa Cor de Rosa à Europa do Estado Novo. Lisboa: ↑ .7
.Chiado Books, 2015

Fontoura, Álvaro. O caminho de ferro transzambeziano. In: Lusocolonial. - nº 3 (1928), ↑ .8


p. 36-37

.Aeroporto de Quelimane. Aeroportos de Moçambique E.P.. 2017 ↑ .9

.Historial da UniLicungo. UniLicungo. 2019 ↑ .10

Apresentação: Escola Superior de Ciências Marinhas e Costeiras. Universidade ↑ .11


.Eduardo Mondlane
"Cidade de Quelimane já foi conhecida como "pequeno Brasil

Publicado a: 17/02/2023 - 15:26

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Até este domingo, a cidade de Quelimane, capital provincial da Zambézia festeja o carnaval. Uma
festividade que ganhou visibilidade com o tempo por se aproximar do carnaval do Brasil com o carro
.alegóricos, músicas, desfiles, máscaras

Fotografia de arquivo do
carnaval de Quelimane. © Dany Sacoor

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Só o facto de, na altura, as pessoas chamarem esta cidade de pequeno Brasil já quer dizer quase tudo", "
explicou-nos Dany Sacoor, que nasceu em Quelimane, há 68 anos. No Brasil, "logo que termina um
carnaval já estão a preparar o do ano seguinte", completa. Há sessenta anos, o carnaval de
.Quelimane "era muito intenso", com músicas tradicionais, as marchas
Dany Sacoor nasceu e vive em
Quelimane, no centro de Moçambique. © RFI/Lígia Anjos

No período colonial, a festa só acontecia nos salões dos clubes e só alguns moçambicanos tinha acesso
aos festejos. Só a partir da década de 90 é que o Carnaval foi transportado para as ruas e se tornou
.numa festa popular, como nos descreve Elsa Brita, funcionária da Câmara municipal de Quelimane

O carnaval de antigamente decorria em sítio fechado, as pessoas faziam parte de grupos foliões e "
dançavam samba de verdade. No tempo colonial, nem todos participavam, a camada baixa, que
festejavam o carnaval nos bairros. Os grupos foliões eram empresas que participavam no
.carnaval", acrescenta
Elsa Brita, funcionária da
Câmara Municipal de Quelimane. © RFI/Lígia Anjos

O Carnaval de Quelimane era uma atracção nacional e até chegou a ser considerado o terceiro maior
carnaval do mundo, depois do Brasil e de Nice, aponta o empresário Roque Abdulai. "A cidade de
Quelimane era uma atracção nacional e teve renome internacional. Tínhamos carnavais de rua, de
.clubes e vinham pessoas de todo o lado", recorda

Na altura os adolescentes andavam atras das caravanas, juntavam-se em grupos em frente a lojas e os "
donos das lojas atiravam rebuçados era uma alegria. Quando era altura do carnaval, o samba e a marcha
eram as músicas mais tocadas. Depois da independência de Moçambique, o carnaval transformou-se
.num carnaval mais popular", explica
Empresário moçambicano, Roque
Abdulai, em Quelimane. © RFI/Lígia Anjos

Este ano participam 25 grupos de foliões de diferentes bairros que desde sexta –feira passada partilham
o palco de samba na cidade de Quelimane, no maior evento cultural da capital da Província da
.Zambézia

Por:Lígia ANJOS

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