Desenvolvimento de Habilidades Gerenciais

Aula 1 – Introdução
Reconhecimento das Habilidades Gerenciais
 Introdução

Habilidades Gerenciais

 Podemos definir habilidades gerenciais como

sendo as capacidades que um profissional precisa
ter para desenvolver, com eficácia, o exercício
gerencial da liderança.
 Peter Drucker

 Peter Ferdinand Drucker (1909 / 2005), nascido em

Claremont, Califórnia, EUA, foi um escritor, professor e
consultor administrativo de origem austríaca, considerado
como o pai da administração moderna, sendo o mais
reconhecido dos pensadores do fenômeno dos efeitos da 
globalização na economia em geral e em particular nas
organizações.
 Habilidades Gerenciais

 Devemos entender a administração moderna como a

ciência que trata sobre pessoas nas organizações, como
dizia o próprio Drucker.

 Vejamos alguns aspectos que, segundo Peter Drucker,

determinam a habilidade gerencial do sujeito e sua
capacidade de liderança: 
 Habilidades Gerenciais

 Vejamos alguns aspectos que, segundo Peter Drucker,

determinam a habilidade gerencial do sujeito e sua
capacidade de liderança: 

 a competência gerencial e o pensamento estratégico;

a comunicação;
o desenvolvimento de equipe(s);
a negociação e gestão de conflitos .
 Competências Gerenciais
 Ao longo dos tempos, têm sido feitas diversas análises
sobre as mudanças profundas enfrentadas pelo sujeito,
quando passa de colaborador individual a gerente e de
gerente a líder.

 Corson desenvolveu o conceito de competências

crescentes e progressivas, em razão destas mudanças
de níveis hierárquicos:

“O bom executivo é o que não esquece o que aprendeu

quando ainda não o era".
 Competências Gerenciais
É importante diferenciar as figuras do líder e do gerente :

 É papel do líder ocupar-se primordialmente da visão

da organização (como se deseja que ela seja vista no
futuro).

 É função do gerente ocupar-se da missão da

organização (o que se espera que a instituição faça,
hoje, para concretizar sua visão do futuro).
 Competências Gerenciais
Em qualquer caso, são elementos básicos da competência
executiva/gerencial:

 o conhecimento e a identificação com os valores da

organização;

 a capacidade de contribuir para a realização da visão e da

missão da organização;

 Saber compartilhar com os demais colaboradores os

valores fundamentais e a cultura da organização;
 Planejamento Estratégico

 A capacidade de ver o todo, de visualizar interrelacionamentos

e interdependências é outra responsabilidade executiva maior,
ou seja, a capacidade de pensar sistemicamente.

"A essência do pensamento sistêmico reside numa mudança de

mentalidade"
 Planejamento Estratégico

Esta mudança de mentalidade consiste em:

 1) ver interrelacionamentos, em vez de cadeias lineares

de causa-efeito;

 2) ver os processos de mudança, em vez de simples

“fotos instantâneas”.
 Planejamento Estratégico

 O planejamento estratégico e o pensamento sistêmico são

aspectos fundamentais, críticos, relacionados com a
responsabilidade e a habilidade gerencial.

 O desenvolvimento da competência, no que se refere a

esses aspectos será abordado em outros tópicos deste
disciplina.
 A Comunicação
 A comunicação, como algumas outras responsabilidades/habilidades
gerenciais, caracteriza-se, em primeiro lugar, por sua dupla face.
Como já se disse é, ao mesmo tempo, simples e complexa, acessível a
todos e segredo de poucos.

 Simples, porque é fácil, a todos, perceber e entender sua extrema

importância em quaisquer tipos de relações sociais.

 Complexa, porque está vinculada à intrincada questão do entrechoque

de mensagens num contexto de percepções, expectativas, valores,
empatias, simpatias, antipatias, troca de razões e de emoções.

 “Um exercício de comunicação”

 A Comunicação
 Em termos bem elementares, comunicar é o ato ou o fato de tornar
comum uma ideia, uma opinião, uma decisão, ou uma informação
qualquer, de forma mais clara, direta e objetiva possível.

 Uma pessoa, ou uma unidade organizacional, torna comum ou divide

com outra pessoa, ou outra unidade organizacional, uma informação
que, anteriormente, só ela possuía.

 Em uma organização, a importância da comunicação é tal que se

afirma: sem comunicação não há organização. Ou ainda: a
organização é um sistema de comunicação.
 A Comunicação

 Segundo Henry Mintzberg e outros estudiosos da matéria, sempre

que se pergunta a qualquer executivo para descrever o seu
trabalho, a resposta imediata obedece à seguinte ordem: planejar,
tomar decisões, coordenar, dirigir.

 E, além disso, invariavelmente seu êxito decorre da maneira como

desempenha tais funções.
 A Comunicação

 Ratificando as conclusões de Mintzberg, outros autores

observam: na essência da função do executivo, porém, "está o
envolvimento em múltiplos intercâmbios verbais com seus
superiores, subordinados, pares e com toda a gama de agentes
externos à empresa".
 A Comunicação

 O aprimoramento desse aspecto da dimensão gerencial

 da liderança poderá, ou deverá, incluir o
desenvolvimento de atitudes e habilidades que
ampliem, por exemplo, nossas capacidades de ouvir, de
dar e receber "feedback", de participar e de coordenar
reuniões e, até mesmo, de melhorar nossa expressão
oral e escrita.

“Outro exercício de comunicação”

 A Comunicação
ESTUDO DE CASO
 No auge de uma das mais recente epidemia de dengue do Brasil, o médico-diretor de
um dos maiores hospitais públicos do país convocou uma entrevista coletiva com os
órgãos de comunicação de sua cidade, a fim de alertar a população sobre a gravidade
da doença e informá-la sobre os seus principais sintomas.
 Na oportunidade, esclareceu como agir caso os sintomas se manifestassem e ensinou
todas as medidas preventivas. Ao enumerar os principais sintomas da dengue, o
médico-diretor citou a mialgia e a cefaleia como os primeiros que aparecem. A
entrevista, veiculada por todas as emissoras locais de televisão, foi assistida por
milhares de pessoas, de todos os segmentos sócioeconômicos.
 Num bairro periférico, Sr. João José de Souza, pedreiro, cinquenta e dois anos de
idade, quase analfabeto, há dois dias sentia uma dor de cabeça insuportável e fortes
dores musculares. Preocupado que aqueles fossem os sintomas da temida dengue, Sr.
João José assistiu atentamente à entrevista.
 A Comunicação
 O médico não citou, em qualquer instante, dor de cabeça e dor nos
músculos, falou muito em mialgia, cefaleia e febre: este último sintoma
Sr. João ainda não havia apresentado. Portanto, o pedreiro concluiu,
aliviado, que seu mal-estar era apenas um resfriado comum. Como
tinha aspirina em casa, tomou dois comprimidos de uma vez, "para
ficar bom logo", conforme explicou à sua esposa.
 Sr. João José nem sequer suspeitava que mialgia e cefaleia significam,
respectivamente, dor muscular e dor de cabeça, exatamente os
sintomas que o acompanhavam persistentemente há mais de quarenta
e oito horas.
 Após tomar os dois comprimidos de aspirina, o pedreiro piorou.
Começou a vomitar e sua esposa, D. Marly, preparou um chá com
ervas caseiras que ele tomou. Após o chá, ele parou de vomitar e, logo,
Sr. João José e D. Marly deduziram que ele estava se recuperando.
 A Comunicação
 Entretanto, a temperatura do corpo do pedreiro começou a subir e, em poucas horas, já
estava com quase quarenta graus de febre. Tomou mais aspirina, chá, fez resfriamento
com álcool, e seu estado geral só piorava.
 Sr. João José de Souza permaneceu cinco dias nessa agonia, sempre achando que
amanheceria curado, no dia seguinte. Havia descartado, internamente, a possibilidade
de estar com dengue, já que não sentia nada "daquelas coisas" - mialgia e cefaleia -,
sobre as quais o médico havia falado na televisão.
 No quinto dia, ele começou a vomitar sangue. D. Marly, apavorada, chamou alguns
vizinhos e levaram Sr. João José para a emergência de um hospital público. O estado de
saúde do pedreiro estava tão precário que ele foi atendido imediatamente e o
diagnóstico foi dengue hemorrágica. Ficou internado durante um mês, entre a vida e a
morte.
 Passou a primeira semana na UTI e a segunda na unidade semi-UTI. Sobreviveu, mas
ficou com a saúde bastante debilitada e, após a alta hospitalar, levou mais de um mês
para retornar ao trabalho
 A Comunicação
 Questionado pelos médicos e pela assistente social do hospital sobre o porquê da sua
demora em procurar assistência médica, Sr. João José contou toda a história e, em
seguida, perguntou: "Afinal de contas, o que é mialgia e cefaleia?".
 A diretoria do hospital, impressionada com o ruído na comunicação e com a
comprovação da forma inadequada como as informações sobre saúde são
transmitidas, decidiu ministrar uma aula sobre dengue para todos os pacientes e
familiares daquela unidade hospitalar. Além disso, redigiu e mandou imprimir
cartilhas bem didáticas sobre a doença. Só assim, Sr. João José entendeu exatamente o
que lhe acontecera.
 A incapacidade do médico-diretor - considerado uma respeitável fonte de informação
da imprensa - de lidar com a comunicação, uma das mais importantes
responsabilidades/habilidades de um gestor, comprometeu seriamente a eficácia do
seu trabalho.
 Será que esta dificuldade de comunicação com o público externo não pode se refletir
também na relação com o seu público interno?
 Exercício de fixação do aprendizado
 Agora que você estudou este aspecto da comunicação, tomando como base o caso do
pedreiro João José de Souza, responda as questões abaixo, para entregar na próxima aula
(não se esqueça de colocar seu nome legível e o nº da turma):
 Obs.: respostas com poucas palavras poderão deixar o professor triste e isso poderá não
ser muito produtivo para o aluno.

 1. Na sua opinião, dentro de uma organização, de que forma devem ser compartilhadas as
informações, principalmente as de maior importância para a missão e a visão da mesma ?

 2. Levando em consideração o exemplo do episódio do pedreiro, como você entende o risco

de haver problemas gerados por uma comunicação deficiente entre o gestor de uma
organização e seus colaboradores ? Porque?
Desenvolvimento de Habilidades Gerenciais

Fim da aula nº 1

Obrigado e até a próxima !

Prof. Jorge Lima